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Aula 01 - Logística reversa

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Aula 01 - Logística reversa 
-> Definições e conceitos
Nessa aula, estudaremos os principais conceitos e definições da Logística Reversa e da Responsabilidade Social e Ambiental. Veremos também a importância desses conceitos para as corporações.
Abordaremos um assunto de grande importância no mundo atual:
A reutilização de produtos e materiais.
Esta reutilização não é um fato novo. A reciclagem de metais, plásticos e papéis é processo realizado já há algum tempo.
Nesses casos, a reciclagem se justifica, pois a recuperação é algo mais vantajoso economicamente do que a simples disposição final.
Entretanto, com a crescente preocupação com o meio ambiente, a importância do reuso vem tomando maiores proporções. Ao invés de fluxo único dos materiais, a ideia de ciclo é cada vez mais empregada.
Em todos os casos, a oportunidade de reutilização deu origem a um novo fluxo de materiais:
Fornecedor - Partindo do consumidor e chegando ao consumidor <- consumidor
O gerenciamento desse caminho inverso dos materiais, quando comparado ao fluxo direto da cadeia de suprimentos, é chamado de logística reversa.
Em outras palavras, a logística reversa trata de mover o produto da destinação final para o retorno ao ciclo de negócios, ou para disposição final adequada.
O setor empresarial possui imensos recursos financeiros, tecnológicos e econômicos, exerce grande influência política, financia campanhas eleitorais e tem acesso privilegiado aos governantes ---> essa extraordinária força implica grande responsabilidade. 
No Brasil, muitos empresários já perceberam a necessidade de direcionar suas práticas no sentido de alterar o quadro de degradação ambiental, a péssima distribuição de renda, a baixa qualidade dos serviços públicos, a violência e a corrupção não apenas no discurso, mas fundamentalmente nas ações. 
Exemplo:
Como exemplo, leia esta notícia que saiu no jornal O Globo.
 
Se você for usuário do Facebook ou Twitter, aproveite para compartilhar esta matéria e debater com os seus colegas!
As empresas passam a compreender e incorporar critérios de responsabilidade social de forma progressiva, a implementar políticas e práticas com critérios éticos e de promover e incentivar formas inovadoras e eficazes de gestão do relacionamento da empresa com todos os seus públicos e a atuação em parceria com as comunidades na construção do bem-estar comum.
A coleta seletiva é um meio adotado por muitas empresas para reduzir impactos no meio ambiente e exercer a prática da reciclagem.
A preocupação com o papel e a responsabilidade das empresas diante das questões sociais e ambientais está presente em diversos países do mundo, e atualmente encontra uma tradução nos princípios do Global Compact, iniciativa do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
As pressões ambientais e sociais relativas às responsabilidades das organizações têm adquirido um espaço cada vez maior na sociedade.
O desenvolvimento de um novo paradigma de produção e consumo vem sendo desenhado. 
Num horizonte não muito distante já é possível enxergar empresas e consumidores atentos à sustentabilidade de produtos e serviços.
Você sabe o que é essencial para que haja uma implantação de processos sustáveis de logística reversa?
Para a implantação de processos sustentáveis de logística reversa... É ESSENCIAL... uma reestruturação cultural das empresas... BUSCANDO... o desenvolvimento de uma proposta de produção/consumo sustentável.
No que tange aos processos de logística reversa sustentável, a reestruturação cultural implica maior envolvimento e comprometimento de toda a cadeia de suprimentos, pois uma das principais dificuldades no gerenciamento destes processos é a diferença, o desencontro, entre os objetivos dos fabricantes, distribuidores, varejistas e consumidores de forma geral.
A logística reversa
O estudo da Logística Reversa é relativamente recente na logística empresarial moderna.
A base de tudo é:
... uma parcela dos bens vendidos por meio da cadeia de distribuição direta...
Empresa (fornecedor) -> consumidor
...que retorna ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo pelos canais de distribuição reversos.
Empresa (fornecedor) <- consumidor
Uma parcela dos bens vendidos por meio da cadeia de distribuição direta...
Empresa (fornecedor) - O estudo dos canais de distribuição reversos interessa às empresas modernas e às universidades pela oportunidade de recuperação de custos envolvidos e pela diferenciação dos níveis de serviços oferecidos em mercados globalizados e extremamente competitivos da atualidade.
Você sabe o que é Logística Reversa de Pós-Consumo e Logística Reversa de Pós-Venda?
Logística Reversa de Pós-Consumo:
É a área de atuação da logística que controla o fluxo de retorno dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, classificados em função de seu estado de vida e de origem em “produto em condições de uso”, “produto em fim de vida útil” ou “resíduo industrial”.
Logística Reversa de Pós-Venda:
É a área de atuação da Logística que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda.
Canais de distribuição reversos
Velocidade de lançamento de produtos
Rápido crescimento da tecnologia de informação e do comércio eletrônico
Busca por competitividade por meio de novas estratégias de relacionamento entre empresas
Conscientização ecológica relativa aos impactos que os produtos e os materiais provocam no meio ambiente
São fatores que estão modificando as relações de mercado em geral e justificando de maneira crescente as preocupações estratégicas das empresas, do governo e da sociedade com relação aos canais de distribuição reversos.
Definições e áreas de atuação
Evolução das definições da logística reversa:
Em CLM (1993: 323) ‘’Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens...”.
Em Stock (1998:20) “Logística reversa: em uma perspectiva de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retomo de produtos, ¬ redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura...”
Rogers e Tibben-Lembke (1999:2) Adaptando a definição de logística do Council of Logistics Management (CLM), definem a logística reversa como: "O processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar ou destinar à apropriada disposição”.
Dornier et al. (2000:39) Abrange áreas de atuação novas, incluindo o gerenciamento dos fluxos reversos: "Logística é a gestão de fluxos entre funções de negócio. A definição atual de logística engloba maior amplitude de fluxos do que no passado. Tradicionalmente, as empresas incluíam a simples entrada de matérias-primas ou o fluxo de saída de produtos acabados em sua definição de logística. Hoje, no entanto, essa definição expandiu-se e incluem todas as formas movimentos de produtos e informações...”.
Bowersox e Closs (2001: 51-52)
Apresentam, por sua vez, a ideia de apoio ao ciclo de vida como um dos objetivos operacionais da logística moderna, referindo-se ao seu prolongamento além do fluxo direto dos materiais e à necessidade de considerar fluxos reversos de produtos em geral.
Portanto, além dos fluxos diretos tradicionalmente considerados, a logística moderna engloba, entre outros, os fluxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e seus acessórios, de produtos vendidos devolvidos e de produtos usados/consumidos a serem reciclados. Um resumo dessas ideias (Dornier et al “2000: 40-42) é apresentado na tabela abaixo: 
OBS.: Tabela anexada a imagem salva na pasta da aula 01 como: Fluxos diretos / fluxos reversos
Entendemos a logística reversacomo:
A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo de informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.
Portanto...
A logística reversa, por meio de sistemas operacionais diferentes de cada categoria de fluxos reversos, objetiva tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo de negócios.
Agrega valores econômicos, ecológicos, legais e de localização ao planejar as redes reversas e as respectivas informações ao operacionalizar o fluxo desde a coletas dos bens de pós- consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao ciclo.
Definições e áreas de atuação –> Anexo a pasta da aula 1, como: Definições e áreas de atuação*
Logística reversa de pós-venda: 
A específica área de atuação que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, os quais, por diferentes motivos, retomam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta que se constituem de uma parte dos canais reversos pelos quais fluem esses produtos. Seu objetivo estratégico é agregar valor a um produto logístico que é devolvido por, dentre outros motivos: 
• Motivos comerciais.
• Erros no processamento dos pedidos.
• Garantia dada pelo fabricante.
• Defeitos ou falhas de funcionamento.
• Avarias no transporte.
Esse fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de distribuição direta dependendo do objetivo estratégico ou do motivo do retorno.
Logística reversa de pós-consumo
Área de atuação da logística reversa que equaciona e operacionaliza igualmente o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral que retoma ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo por meio dos canais de distribuição reverso específicos. Constituem bens de pós-consumo os produtos em fim de vida útil ou usado com possibilidade de reutilização e os resíduos industriais em geral. Seu objetivo estratégico é agregar valor a um produto logístico constituído por bens inservíveis ao proprietário original ou que ainda possuam condições de utilização, por produtos descartados pelo fato de terem atingido o fim de vida útil e por resíduos industriais. E produtos de pós-consumo poderão se originar de bens duráveis ou descartáveis e fluir por canais reversos de reuso, desmanche, reciclagem até a destinação final.
Definições e áreas de atuação
Na figura ao lado resumimos, para melhor entendimento e sem a pretensão de exaurir todas as possibilidades, o campo de atuação da logística reversa através das principais etapas dos fluxos reversos nas duas áreas de atuação citadas, observando-se sua interdependência. 
A logística reversa de pós-venda deve, portanto, planejar, operar e controlar o fluxo de retorno dos produtos de pós-venda por motivos agrupados nas classificações: ‘garantia/qualidade’, ‘comerciais’ e ‘substituição de componentes’. 
Classificam-se como devoluções por ‘garantia/qualidade’ aquelas nas quais os produtos apresentam defeitos de fabricação ou de funcionamento (verdadeiros ou não avarias no produto ou na embalagem etc.). Esses produtos poderão ser submetidos a consertos ou reformas que permitam que retomem ao mercado primário ou a mercados diferenciados denominados secundários, agregando-lhes novamente valor comercial.
Comerciais -> estoques: Na classificação ‘comerciais’ destaca-se a categoria de ‘estoques’, caracterizada pelo retorno de produtos devido a erros de expedição, excesso de estoques no canal distribuição, mercadorias em consignação, liquidação de estação de vendas, ponta de estoque etc., que retomam ao ciclo de negócios por meio de redistribuição e outros canais de vendas.
Comerciais -> Na classificação ‘comerciais’ destaca-se a categoria de ‘estoques’, caracterizada pelo retorno de produtos devido a erros de expedição, excesso de estoques no canal distribuição, mercadorias em consignação, liquidação de estação de vendas, ponta de estoque etc., que retomam ao ciclo de negócios por meio de redistribuição e outros canais de vendas. 
Devido ao término de validade de produtos ou a problemas observados após a venda, o denominado recall, os produtos serão devolvidos por motivos legais ou por diferenciação de serviço ao cliente e se constituirão na classificação ‘validade’ em nosso esquema.
Substituição de componentes -> A classificação 'substituição de componentes' decorre da substituição de componentes de bens duráveis e semiduráveis em manutenções e consertos ao longo de sua vida útil e que são remanufaturados, quando tecnicamente possível, e retornam ao mercado primário ou secundário ou são enviados à reciclagem ou para uma disposição final, na impossibilidade de reaproveitamento.
A logística reversa de pós-consumo deverá planejar operar e controlar o fluxo de retorno dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, classificados, em função de seu estado de vida e origem, em:
Em condições de uso: refere-se as atividades em que o bem durável e o semidurável apresentam interesse de reutilização, sendo sua vida útil estendida, adentrando ao canal reverso de ‘’reuso’’ em mercado de segunda mao ate atingir o ‘’fim’’ de vida ‘’util’’, constituindo o looping apresentado na figura anterior.
Fim de vida útil: A logística reversa poderá atuar em duas áreas não destacadas no esquema: dos bens duráveis ou dos descartáveis. Na área de atuação de duráveis ou semiduráveis, os bens entrarão no canal reverso de desmontagem e reciclagem industrial, sendo desmontados na etapa de ‘’desmanche’’ e seus componentes poderão ser aproveitados ou remanufaturados, retomando ao mercado secundário ou á própria indústria, que os reutilizará, sendo uma parcela destinada ao canal reverso de ‘’reciclagem’’. 
Resíduos industriais: No caso de bens de pós-consumo descartáveis, havendo condições logísticas e econômicas, os produtos de pós consumo descartáveis retornam por meio do canal reverso de ‘’reciclagem industrial’’, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente ou, no caso de haver as condições mencionadas, encontram a disposição final’’: os aterros sanitários os lixões e a incineração com recuperação energética.

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