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Resumo Processo Civil

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RESUMO PROCESSO CIVIL PROVA 1
Fases do processo de conhecimento
1. Fase postulatória: é a fase inicial, onde a ação das partes é predominante. É o momento em que o autor expõe sua causa de pedir.
 Inércia + Princípio Dispositivo: o juiz deve julgar a causa com base nos fatos alegados e provados pelas partes, sendo-lhe vedada a busca de fatos não alegados e cuja prova não tenha sido postulada pelas partes. Tal princípio vincula duplamente o juiz aos fatos alegados, impedindo-o de decidir a causa com base em fatos que as partes não hajam afirmado e o obriga a considerar a situação de fato afirmada por todas as partes como verdadeiras. 
 Petição inicial e vinculação do juízo: com seu ingresso em juízo, considera-se proposta a ação e instaurado o processo (ART.312, NCPC) com a citação do réu. Posteriormente, realiza-se a audiência de conciliação e mediação, a eventual resposta do requerido, e a impugnação à contestação, caso esta levante preliminares ou contenha defesa indireta de mérito. A resposta do réu pode consistir em contestação, impugnação ou reconvenção, que são atividades que ainda pertencem à fase postulatória. 
 Petição inicial: é o instrumento pelo qual a demanda (conteúdo) se manifesta. 
 - Ato solene: o que está prescrito na lei 
 - Requisitos I – Intrínsecos (art. 319, CPC) 
 II – Extrínsecos (art. 320, CPC)
Requisitos Intrínsecos 
I. JUÍZO: o autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado) perante o qual formula a sua pretensão, observando as regras de competência. Para determina-las, devem ser observados os seguintes critérios: 
Funcional ou Hierárquico: define qual órgão irá julgar de acordo com a função.
Territorial: refere-se à localização e aos limites de atuação de cada órgão.
Objetivo: funda-se na matéria e no valor da causa.
A distribuição da competência é feita, no Brasil, a partir da própria Constituição Federal, que a atribui:
ao Supremo Tribunal Federal – art. 102, inc. I;
ao Superior Tribunal de Justiça – art. 105, inc. I
 Não sendo o processo de competência do STF, nem do STJ, será atribuído: 
c. às justiças especiais: 
 - Superior Tribunal Militar
 - Tribunal Superior do Trabalho 
 - Tribunal Superior Eleitoral 
d. às justiças comuns:
 - Federal – art. 109;
 - Estadual – art. 46 a 53, CPC
II. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES: o demandante apresentará qualificação das partes, dele próprio e do réu, com intuito de individualiza-los. 
III. FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Causa de pedir OU libelo: refere-se ao momento em que a parte busca o Judiciário para indicar qual é sua pretensão e o porquê dela. Limita a cognição, pois não pode julgar além ou fora disso.
-Próxima (ativa) = fundamentos jurídicos (fatos lesivos do direito do autor). É o próprio direito. Após a descrição fática e a aplicação do direito, consiste na norma do abstrato para o concreto, substanciando o pedido do autor.
-Remota (passiva) = fatos (fatos constitutivos do direito do autor). Essa será a descrição do fato que deu origem a lide. 
 Teoria da Substanciação x Teoria da Individuação
Adotada pelo Direito Processual Brasileiro, exige que os fatos e os fundamentos jurídicos sejam indicados pelo autor na P.I. como elementos da causa de pedir.
IV. PEDIDO: é o objeto da ação. Consiste na pretensão do autor levada ao Estado-Juiz para que preste uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
- Imediato = é o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Sua pretensão é dirigida ao próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional. 
- Mediato = é o desejo do autor de ter um determinado bem da vida, ou seja, de satisfazer uma necessidade através da submissão do réu a pretensão jurídica levada ao judiciário. 
 O pedido precisa ser:
- Certo: quando o autor declara na P.I. qual é o pedido imediato formulado expressamente, e qual o pedido mediato, ou seja, qual é o provimento que ele quer alcançar para obter o bem da vida (exceção: juros, sucumbência, prestações periódicas). 
- Determinado: quando se delimita a quantidade e qualidade do pedido, explicitando claramente o que se quer alcançar para que o pedido não seja genérico e o juiz consiga compreender o limite da sua decisão, além da garantia do réu saber o que ele precisa impugnar.
Exceção: universalidade de direito = quando no momento da propositura da ação, é desconhecido pelo autor quais bens a compõem. Ex.: herança, pois o autor desconhece quantos imóveis são, se há veículos, etc. 
V. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS 
De maneira geral, a lei a permite que haja a cumulação de pedidos quando as demandas estão relacionadas entre si, contanto que se justifique um julgamento conjunto, seja por economia processual, ou para evitar a desarmonia dos julgados.
- Objetiva: há pluralidade de pedidos ou causa de pedir; 
- Subjetiva: há pluralidade de partes (litisconsórcio).
- Originária: quando ocorre o pedido no início, logo na P.I. 
- Superveniente: se dá quando os pedidos são formulados em momentos processuais diversos, seja por emenda, conexão ou reconvenção. Ex.: ação declaratória incidental, incidente de falsidade documental, etc.)
- Simples ou próprio: são vários pedidos que o juiz pode deferir tudo, nada ou parcial. O autor formula, em face do mesmo réu, dois ou mais pedidos somados, pretendendo obter êxito em todos. Para que a cumulação seja simples, é preciso que os pedidos sejam interdependentes, e que o resultado de um não dependa do outro. Será possível, portanto, que o autor obtenha êxito em um, mas não nos outros, caso em que haverá procedência parcial da demanda. 
- Sucessiva: existe situação de causa e consequência nos pedidos. Se dá quando existe entre os pedidos uma relação de prejudicialidade, ou seja, para análise de um depende a análise do outro. Ex.: exemplo, investigação de paternidade com pedido de alimentos).
- Subsidiária: se dá quando o autor faz um pedido principal e propõe, para hipótese de sua rejeição, pedidos secundários ou supletivos. Prioridade ao pedido 1, mas “pode ser outro”. 
* Cumulação alternativa de pedidos: O autor formula dois ou mais pedidos, postulando o acolhimento de apenas um deles, sem estabelecer uma ordem de preferência. O acolhimento de um exclui o outro. Para o autor, é indiferente qual das suas pretensões seja acolhida, desde que ele tenha êxito em uma delas.
VI. VALOR DA CAUSA (arts. 291 e 292, NCPC): em toda P.I. deve constar o valor da causa, visto que não há causa sem valor. Se a lei não trazer, cabe ao autor ou ao juízo estimar um valor, analisando a causa de pedir e o pedido. Se o advogado atribuir valor errado, o juiz pode devolver a P.I. para ele arruma-lo. 
VII. PROVAS: “O autor pretende provar o alegado por todos os meios de prova”. Fazer especificação.
VIII. AUDIÊNCIA: a menos que as duas partes manifestem interesse contrário na P.I., haverá audiência de conciliação. Caso não esteja especificado na P.I., haverá audiência por artigo expresso. 
Requisitos extrínsecos
Procuração: caso não tenha a procuração, é preciso fazer um requerimento dizendo na P.I. que vai junta-la posteriormente. 
Guias: recolhimento de custas. É possível pedir a exoneração de seu pagamento somente se for hipossuficiente, caso contrário, seu não pagamento resulta na extinção da P.I. 
Documentos essenciais: documentos cuja ausência não permite a proposição de determinada ação, pois demonstram a existência mínima do fato narrado. Deve estar em posse do autor. 
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL
1. Ordenar a correção de vícios. JUÍZO ORDINATÓRIO
- Principio da cooperação: princípio segundo o qual o processo será o produto da atividade cooperativa triangular (entre o juiz e as partes). Cooperação para alcançar uma decisão de mérito justa e efetiva em tempo razoável. 
- Prazo de 15 dias para correção dos vícios. 
- Decisão
Se houver um vício sanável, o juiz concederá ao autor o prazo de 15 dias para que emende ou complete a petição inicial. Ex.: A parteesqueceu de juntar documentos que são indispensáveis à aquela petição. O esquecimento de juntar documentos é um vício sanável.
2. Rejeitar a Petição Inicial. JUÍZO NEGATÓRIO
 Ocorre a rejeição da P.I.: 
Quando há vícios sanáveis NÃO corrigidos; 
Nos casos previstos no caput do art. 330 e §1º, CPC: 
Quando for inepta: a inépcia da petição inicial é um dos casos de indeferimento, mas nem todo indeferimento é caso de inépcia.
A parte for manifestamente ilegítima: Ex.: sua mãe sofre um acidente e não quer entrar com ação, mas você, filho da vítima, indignado, entra com a ação que posteriormente é indeferida, pois a parte legítima não tem interesse; 
O autor carecer de interesse processual, observando se é: Necessário
 Útil
 Adequado 
 Parágrafo 1º
Quando falta o pedido ou a causa de pedir. Não se extingue de imediato sem consultar o autor devido o princípio da não-surpresa; 
Quando o pedido for indeterminado; 
Quando o pedido for ilógico;
Quando tem lógica, mas o pedido é incompatível com aquela ocasião. 
O indeferimento da petição inicial se dá por meio de sentença. O recurso cabível é a apelação, normalmente dirigida ao juiz, e este manda para o tribunal. Nesse caso do indeferimento da petição inicial, o juiz, ao receber a petição e analisá-la, pode vir a se retratar.
3. Julgar liminarmente improcedente (art. 332, CPC) 
Se o pedido contrariar uma decisão já julgada pelo STJ ou STF, o entendimento de resolução de demandas repetitivas ou Assunção de Competência, o juiz poderá julgar improcedente antes de citar o réu. 
OBS: O juiz estará proferindo uma sentença em todos estes casos. E o recurso cabível será o de apelação. Se houver apelação, o juiz terá 5 dias para se retratar.
4. Aceitar a Petição Inicial. JUÍZO POSITIVO
Não ocorrendo as situações anteriores, o juiz ordenará a citação do réu. 
Teorias: 
Asserção (aceita pelo CPC): quando o juiz recebe a P.I., baseia-se única e exclusivamente no que o autor alega para analisar os requisitos, pois ainda não tem o conhecimento real dos fatos acontecidos. 
“Exposição, concretista ou eclética: a análise deve ser feita depois da resposta do réu e também pós-probatória, ou seja, o juiz só analisa a P.I. após o processo ocorrer. 
CITAÇÃO (Art. 238, CPC)
Conceito: É ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual, sendo indispensável para sua validade a citação dos dois primeiros, exceto nos casos de indeferimento da P.I., improcedência liminar do pedido e na lei.
Caso o réu integre espontaneamente a relação processual, tem-se a nulidade da citação. Se não for acolhida a nulidade, o réu será declarado revel no processo de conhecimento, e se for de execução terá andamento normal – art. 239, CPC 
Realiza-se a citação no local em que se encontra o réu (art. 243), exceto quando causar algum tipo de constrangimento, como no momento do culto religioso, nos 3 dias seguintes ao casamento e no dia ou 7 dias seguintes ao falecimento de parente, ou cônjuge ou convivente até 2º grau em linha reta ou colateral (art. 244). 
Obs.: Quando o direito do autor está perecendo (informado na P.I.), pode ocorrer a citação nas hipóteses de exceção.
 A citação pode ser: 
Direta: quando feita na pessoa do réu ou de seu representante legal.
A pessoa jurídica deve ser citada na pessoa de seu representante legal, via de regra um gerente ou administrador (art. 75, CPC).
O menor incapaz deve ser citado na pessoa do seu representante legal, em geral seu guardião. Já o relativamente incapaz deve ser citado pessoalmente, bem como seu assistente ou tutor. Este tipo de citação recebe o nome de citação bifronte.
Indireta: quando feita a terceiro ou procurador, estabelecido por um contrato ou por força legal (art. 242); 
Real: é realizada na pessoa do réu ou na pessoa do seu procurador com poderes para receber a citação.
Ficta: é aquela em que se supõe que o réu tenha tomado conhecimento da citação. Em caso de citação ficta, decorrido o prazo do réu in albis, ou seja, sem manifestação, o juiz deverá nomear um curador especial ou advogado dativo. Em geral, são consideradas fictas as citações por hora certa ou por edital.
Formas/Modalidades 
Citação por Correio: via de regra será feita por carta (art. 247, caput); 
Citação por Mandato: é realizada por oficial de justiça ou quando frustrada a citação pelo correio. 
Conteúdo do mandado – art. 250, CC.
Procedimento.
Comprovação da ocorrência.
Citação fora da Comarca:
Carta Precatória:
Comarca contígua.
Região metropolitana
Fácil comunicação.

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