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Unidade II MODELAGEM DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Profa. Gislaine Stachissini Assuntos abordados na unidade II Metodologia e desenvolvimento de sistemas de informação: ciclo de vida; fases da metodologia; artefatos; técnicas de levantamento de dados. Metodologia de desenvolvimento ágil de sistemas de informação: XP; Scrum. Conceitos – I Também denominada de método, forma de trabalho, técnica ou de um conjunto de passos organizados. É a forma organizada de alcançar um objetivo e que permite o uso de uma ou de diversas técnicas para o desenvolvimento de sistemas de informação. Conceitos Deve ser discutida, detalhada e sempre revisitada, revisada, atualizada e complementada, padronizada e deve ser utilizada por toda a organização. Como premissa, tem-se a modularidade, que divide um sistema complexo em módulos menores, coesos e mais gerenciáveis. Ciclo de vida de desenvolvimento de SI Ciclo de vida: Os sistemas de informação são desenvolvidos visando a atender as necessidades de uma organização, com base nas necessidades ou nos requisitos fornecidos pelo cliente ou pelo usuário. Fonte: livro-texto Ciclo de vida – I Concepção ou nascimento: É o momento de estudo e entendimento dos requisitos dos clientes e/ou usuários. É importante levar em consideração uma análise do sistema atual ou anterior. Fase importante, pois é a partir dela que se define e se desenha um sistema que contemple a necessidade real do cliente/organização. Ciclo de vida – II A construção abrange: a análise de sistemas; desenvolvimento/construção dos códigos dos SIs. Ciclo de vida – III Implantação: Ocorre após a realização de todos os testes e a geração da documentação do SI. É quando se disponibiliza ao cliente o sistema que foi desenvolvido. Ciclo de vida – IV Implementação: Essa fase tem o sentido de otimizar processos, agregar valor, adaptar funções ou realizar melhorias no sistema. Ela é importante, pois garante que a real necessidade do cliente e a transparência das informações sejam mantidas desde o início do uso. Ciclo de vida – V Maturidade: Fase de utilização total do sistema, ou seja, do atendimento completo dos requisitos funcionais e da sedimentação do sistema. Esse é o momento de medir a satisfação do cliente. Ciclo de vida – VI Declínio: Ocorre quando o SI não atende mais ao que se espera dele, o que gera a impossibilidade de agregações e a não garantia da satisfação do cliente. O declínio pode ser atenuado com injeções periódicas de ajustes e melhorias. Ciclo de vida Manutenção: Ocorre em decorrência de uma exigência legal, de correção de defeitos/erros ou atualizações, tendo como principal foco a sobrevivência do sistema. Morte: É quando ocorre a descontinuidade de um sistema de informação. Obrigações no processo de desenvolvimento de SI No processo de desenvolvimento de sistemas, deve-se: fornecer uma visão do estado do projeto a qualquer instante; servir de meio de comunicação entre os envolvidos; indicar o nível de participação de todos os envolvidos; detalhar os níveis adequados aos interesses da equipe envolvida; manter um histórico documental do sistema; criar uma base de dados de conhecimento para fases e subfases futuras. Interatividade Em qual degrau no ciclo de vida é o momento de estudo e entendimento dos requisitos dos clientes e/ou usuários? a) Concepção. b) Implantação. c) Construção. d) Declínio. e) Manutenção. Fases da metodologia Visão do ciclo de vida do desenvolvimento clássico de sistemas de informação. Fonte: Livro-texto Fase – estudo preliminar – I Tem por objetivo compreender: A necessidade e a estrutura do sistema a partir de suas origens e envolvidos. Constitui-se da concepção de um protótipo com a primeira definição dos requisitos desejados, objetivos, abrangências, integrações, limitações, impactos e áreas englobadas. Fase – estudo preliminar Tem como subfases: definição da equipe; recebimento das diretrizes e das necessidades; definição dos requisitos funcionais; definição da estratégia de análise. Fase – análise do sistema atual – I Tem por objetivo: obter o conhecimento do ambiente e do produto a partir do atual sistema; relatando os requisitos funcionais e observando suas vantagens e suas desvantagens; por meio do levantamento de dados e organização das informações. Fase – análise do sistema atual Tem como subfases: revisão do estudo preliminar; estudo do ambiente; levantamentos dos pontos críticos; desenho do sistema atual; definição do projeto lógico; validação da análise atual. Fase – projeto lógico Tem por objetivo definir o que o sistema fará, os requisitos e o detalhamento da lógica ideal do projeto. Possui as seguintes subfases: rever a análise atual; definir a macroproposta; descrever a lógica; planejar o projeto físico; validar o projeto lógico. Fase – projeto físico Tem por objetivo definir o que o sistema fará, como será a execução e a confecção de seus respectivos subsistemas. Apresenta as seguintes subfases: rever o projeto lógico; elabora o modelo de dados; padronizar a arquitetura; desenvolver o sistema; fazer a conclusão do sistema; definir o projeto de implantação; validar o projeto físico. Fase – projeto de implantação Tem por objetivo definir o plano real de treinamento e a capacitação do cliente e o acompanhamento pós-implantação. Possui as seguintes subfases: rever o projeto físico; refinar o plano de implementação; concluir o sistema; entregar o sistema definitivamente; realizar a pós-implantação; finalizar o projeto. Artefatos, documentos, templates Durante o processo de desenvolvimento devem ser utilizados diversos modelos de documentação que podem ser modificados de acordo com a necessidade de cada projeto. Todos devem ser padronizados e identificados, contendo o título ou nome do projeto, a data de seu início e os nomes dos responsáveis por eles. Artefatos modelo – I Termo de abertura do projeto. Documento que define: o objetivo do projeto, a demanda, o escopo, os interessados, as interfaces com projetos existentes, prazo estimado para a conclusão do projeto, orçamento estimado, equipe básica, restrições, premissas e gerente do projeto. Artefatos modelo – II Plano para gerenciamento de escopo e mudanças. Documento que contém: os aspectos gerais do gerenciamento, o processo de gerenciamento do escopo e mudanças, relação dos participantes do comitê de controle de mudanças, o processo de gerenciamento de configuração e os itens de configuração e responsáveis. Artefatos modelo – III Declaração de escopo do projeto. Documento que declara: o resumo do projeto, o objetivo do projeto, as metas do projeto, a lista de entregas e requisitos, exclusões de escopo, estimativas de tempo e custo, funções e responsabilidades, premissas, restrições, riscos e critérios de aceitação do produto/serviço. Artefatos modelo – IV Plano para gerenciamento de custos: Documento que contém a montagem do plano, estimativas de custos, orçamento e cronograma. Plano para recursos humanos: Documento que descreve a quantidade de RHs necessários em cada especialidade que o projeto necessita. Artefatos modelo Plano para gerenciamento de riscos: Documento que descreve os aspectos gerais do gerenciamento de riscos, como serão identificados,qualificados e quantificados. Plano para aquisições: Documento que declara os itens que serão comprados e de que forma a compra será realizada. Técnicas de levantamento de dados – I Destacam-se as seguintes técnicas: Questionário: Formulário previamente desenvolvido com questões a serem apresentadas e discutidas com os stakeholders do projeto. Entrevista: Técnica para atuar junto dos interessados para obter conhecimento sobre suas necessidades. Técnicas de levantamento de dados Seminário: Workshop ou dinâmica de grupo a fim de obter informações sobre a empresa. Pesquisa: Forma de verificar o que ocorre no cotidiano do cliente/usuário. Documentação: Registro de todos os conhecimentos adquiridos no projeto e garantia que serão utilizadas no futuro. Interatividade Na fase de projeto lógico da metodologia de desenvolvimento de sistemas: a) Definem-se as necessidades do cliente em forma de requisitos. b) Definem-se as necessidades do cliente em forma de protótipo. c) Define-se a macroproposta de solução para o SI. d) Desenvolve-se realmente o sistema. e) Define-se a macroproposta, descrevem-se as lógicas de implementação dos códigos e se planejam as soluções físicas do SI. Metodologia ágil – motivação – I Proposta que surge com a necessidade de desenvolvimento rápido de softwares, devido: à grande quantidade de informações que trafegam nas corporações; à viabilidade para converter essa gama de informações desencontradas em informações úteis para a organização. Metodologia ágil – motivação – II Já que o desenvolvimento tradicional, ao longo do tempo, mostrou-se muito demorado, e quando o software é entregue já está desatualizado e não atende completamente à necessidade do cliente. Obviamente, isso não ocorre com todos os projetos. Metodologia ágil – motivação As organizações necessitam de outro tipo de metodologia que possa atender as suas necessidades de forma ágil e, dessa forma, torna-se fundamental alterar seus processos de desenvolvimento. Essa é a proposta da metodologia ágil ou os métodos ágeis. Metodologia ágil – características fundamentais – I O projeto e a implementação são realizados de forma intercalada. A documentação pode ser gerada automaticamente pelo ambiente de programação (automação do desenvolvimento). No documento de levantamento de requisitos constam apenas as características importantes do sistema. Metodologia ágil – características fundamentais – II O sistema não é desenvolvido de uma só vez, e sim em uma série de versões ou releases. Os stakeholders são envolvidos na especificação e na validação de cada versão. Utiliza-se uma interface interativa com uma tela rápida de criação com uso intensivo de figuras, desenhos e ícones, o que facilita a comunicação com o usuário final. Princípios da metodologia ágil Nos métodos ágeis mais utilizados, ou seja, no Scrum e no XP, têm-se fortemente definidos os princípios da metodologia ágil que são focados: no cliente; em pessoas; em mudanças; na entrega; na simplicidade. Metodologia ágil – constatação A metodologia ágil tem sido bem sucedida: nas organizações de pequeno e médio porte; no desenvolvimento de sistemas personalizados; dentro das empresas que permitem que se trabalhe de forma não tão metódica. Metodologia ágil – pontos fracos e riscos Dependência da participação do cliente na equipe de desenvolvimento. As pessoas não estão acostumadas a definir sua própria forma de trabalho e trabalhar em parcerias. Conflitos quando existem muitos stakeholders envolvidos no projeto. Pressões por prazos e cronogramas. Existência de um processo definido e implementado. Ciclo de desenvolvimento ágil O projeto e a implementação são considerados foco central. Todas as outras atividades, como levantamento de requisitos, teste e implementação, estão inseridos dentro desses processos. Na metodologia ágil, o amadurecimento dos requisitos é feito internamente no processo. Fonte: Livro-texto Metodologia comum x metodologia ágil Comparação – abordagens: Fonte: Livro-texto Interatividade Qual dos itens abaixo não é um foco da metodologia ágil? a) No cliente. b) Em pessoas. c) Em mudanças. d) No hardware. e) Na simplicidade. Metodologia ágil – XP Uma das mais utilizadas no método ágil de desenvolvimento. Surgiu com o objetivo de se ter um desenvolvimento levado ao extremo. Testada por diversos desenvolvedores com opiniões diferenciadas. Os requisitos viram cenários que são trabalhados pelos desenvolvedores em pares. Metodologia ágil XP – fundamentos – I Os requisitos são baseados em cenários e têm como base a simplicidade. Existe um envolvimento contínuo da equipe, incluindo o cliente. As mudanças são apresentadas em releases ao cliente e são frequentemente avaliadas por ele. Metodologia ágil XP – fundamentos A metodologia é sustentada por pessoas, e não por processos. Com o uso dos pares, os casos são solucionados em menos tempo, pois duas cabeças pensam em mais possibilidades. Pela simplicidade, a manutenção é realizada pela releitura constante, o que gera melhoria de qualidade no código fonte. Metodologia ágil XP Fonte: Livro-texto Metodologia ágil XP – melhores práticas – I O uso de pares para agregar valor ao trabalho e reduzir tempo, custo e estresse. Liberação em releases com poucas funcionalidades para o cliente. O plano é incremental a partir dos cenários acordados com o cliente. O projeto deve ser simples e se ater a trabalhar as necessidades em contrato. Metodologia ágil XP – melhores práticas – II Os testes podem ser escritos antes mesmo da codificação do sistema. Uso da refatoração para deixar o código simples e aplicar as melhorias contínuas. A propriedade do código é do time e não de um único desenvolvedor. A integração é contínua e os pedaços podem ser enviados para análises e testes de sistemas. Metodologia ágil XP – melhores práticas Sustentabilidade: não é aceito excesso de horas extras, já que comprometem a qualidade e a produtividade esperadas. O cliente presente: o cliente não é apenas um observador, ele é parte integrante e importante durante todo o projeto, opinando em todas as fases. Gerenciamento nas metodologias ágeis O foco principal de um gerente de projetos na metodologia ágil é garantir que o projeto seja entregue no prazo e dentro do orçamento estimado. Supervisiona as atividades que estão sendo realizadas conforme o cronograma estipulado, porém o faz de forma que se faça o melhor uso do tempo e dos recursos disponíveis para a equipe. Metodologia ágil SCRUM O método ágil SCRUM tem como foco o gerenciamento do desenvolvimento ágil. Ciclos devem ser cumpridos para a entrega do produto final. Possui uma nomenclatura própria, são termos-padrão utilizados, mesmo que os nomes desses itens em inglês soem estranhos, não é usual que eles sejam traduzidos no momento de sua utilização. SCRUM – envolvidos I Product Owner: É a pessoa da equipe que define os itens que comporão o Product Backlog e suas prioridades. Gerente na metodologia tradicional. Scrum Team: É formado pelos integrantes do grupo que irão desenvolver o projeto com base na lista de tarefas negociada para o Sprint. SCRUM – envolvidos II Scrum Master: É o responsável por garantir os valores e as práticas do SCRUM nas equipes. Product Backlog: É uma lista de funcionalidades levantadas combase na necessidade do cliente e que deve passar por um processo de categorização no qual serão atribuídas prioridades para cada uma delas. SCRUM – envolvidos Product Backlog: Uma lista de funcionalidades levantada nas necessidades do cliente. Sprint Planning Meeting: É uma reunião realizada com todas as pessoas envolvidas no projeto. É obrigatória a presença do Product Owner, do Scrum Master e de todo o Scrum Team. Com o objetivo traçado, o Sprint é avaliado no Sprint Review Meeting. Metodologia ágil SCRUM Fonte: Agile Project Management with Scrum (2004) – livro-texto. Interatividade Na metodologia SCRUM, o Sprint Planning Meeting: a) É uma reunião realizada com todas as pessoas envolvidas no projeto. b) Não é obrigatória a presença do Product Owner, já que é uma reunião técnica. c) É uma reunião para avaliar se os objetivos traçados foram cumpridos. d) É uma reunião inicial para que o Scrum Master defina as prioridades do desenvolvimento. e) É uma reunião de equipe para discutir somente cronogramas. ATÉ A PRÓXIMA!
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