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A prova como um instrumento de avaliação a favor do acompanhamento do processo de ensino/aprendizagem

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UNIVERSIDADE PAULISTA
PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 5º/6º PERÍODO
A prova como um instrumento de avaliação a favor do acompanhamento do processo de ensino/aprendizagem
São Paulo – SP
2018
4
PROJETO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
CURSO PEDAGOGIA – 50 horas
INTRODUÇÃO
	Considerando as recentes necessidades apresentadas para atender às expectativas dos alunos e adequar as especificidades do mercado de trabalho na área de Pedagogia, acrescidas das recomendações do Instituto Nacional de Ensino Superior (INEP-MEC) e das Diretrizes Curriculares Nacionais (24/11/2006 Resolução nº 13), o curso de Pedagogia integra em seu Projeto Pedagógico de Curso o Projeto Atividades Práticas Supervisionadas – Trabalho Integrado (TI). 
	O Projeto Atividades Práticas Supervisionadas (APS) – Trabalho Integrado (TI) constitui-se em um meio ou instrumento pedagógico para o aprimoramento da aprendizagem, via interdisciplinaridade – integração e relacionamento dos conteúdos de disciplinas que compõem os semestres do curso – e práxis – integração teoria e prática por meio da aplicação do conhecimento adquirido em sala de aula – à realidade. 
	As Atividades Práticas Supervisionadas (APS) são atividades acadêmicas desenvolvidas sob a orientação, supervisão e avaliação de docentes e realizadas pelos discentes. (Art.2º REGULAMENTO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS, UNIP 2010).
	São consideradas Atividades Práticas Supervisionadas (APS): estudos dirigidos, trabalhos individuais, trabalhos em grupo, desenvolvimento de projetos, atividades em laboratório, atividades de campo, oficinas, pesquisas, estudos de casos, seminários, desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, dentre outros. (Art.4º, REGULAMENTO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS UNIP 2010).
Um dos aspectos fundamentais do Projeto Atividades Práticas Supervisionadas é que o Trabalho Integrado não só objetiva treinar os alunos nas diferentes práticas da pesquisa e no uso da metodologia científica, mas também promover a criação de uma metodologia de trabalho de caráter interdisciplinar, a partir do trabalho conjunto com o corpo docente e discente. Outro aspecto do TI é incentivar os alunos a utilizar a metodologia de caráter interdisciplinar com vistas ao desenvolvimento do conhecimento científico para a área de Pedagogia.
No Segundo Semestre de 2013, o curso de Pedagogia, por intermédio de seu Núcleo Docente Estruturante (NDE) elegeu a disciplina Avaliação Educacional para ancorar (subsidiar) as atividades práticas supervisionadas (APS) para os alunos do quinto e sexto períodos. 
Com isso, tem-se a pretensão de proporcionar aos nossos estudantes a oportunidade de buscar referenciais teóricos para que eles possam superar uma visão fragmentada sobre a avaliação que ainda faz parte do cotidiano de muitos deles. 
Com esse projeto, pretendemos subsidiar com a formação de futuros professores do ponto de vista teórico e prático para que eles possam contribuir para a melhoria do processo avaliativo e minimizar as dificuldades encontradas no processo de ensino-aprendizagem na comunidade escolar com relação aos instrumentos de avaliação, por entendermos que eles interferem na vida cotidiana da escola e de todos os atores envolvidos (educadores, aprendentes, pais e comunidade).
Dessa forma, buscam-se respostas aos seguintes questionamentos: como se desenvolve a avaliação na escola? Que consequências para o processo de ensino-aprendizagem têm trazido com a aplicação dos instrumentos avaliativos utilizados atualmente? Que procedimentos adotar para que se tenham instrumentos avaliativos mais contextualizados com esse público, com fins na melhoria do processo?
A partir da análise do Plano de Ensino da disciplina Avaliação Educacional, verificou-se que esse componente curricular permite ao docente o desenvolvimento de projetos com os alunos para estudo e análise dos diferentes instrumentos de avaliação utilizados pelos professores em exercício nos anos iniciais do ensino fundamental. 
Portanto é com base nestes princípios que entendemos que a disciplina citada poderá contribuir sensivelmente para a formação dos futuros pedagogos, pois são profissionais que atuarão, principalmente, na educação de crianças e jovens e o conhecimnto de bases teóricas sobre os princípios, fundamentos e os instrumentos de avaliação é fundamental para a formação do pedagogo. 
2. TEMA 
“A PROVA COMO UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO A FAVOR DO ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM”
3. JUSTIFICATIVA
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Por meio dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e, também, reorientar o trabalho docente. Assim, a avaliação é uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e atribuições de notas. 
Mas será que todos os professores sabem disso? Será que eles sabem elaborar instrumentos de avaliação que de fato avaliam o pretendem avaliar?
Sabemos que fatores diversos interferem na questão da avaliação: professores mal remunerados, mal vocacionados, com formação insuficiente, trabalhando demais por questões salariais, alunos problemáticos, rebeldes, alunos-trabalhadores, empobrecidos, famílias desestruturadas psicologicamente, sociologicamente e financeiramente, conteúdos fora da realidade dos alunos, metodologias inadequadas, escolas sem condições físicas, falta de equipamentos e materiais, superlotação, etc. Sem falar nas construções historicamente constituídas pela sociedade sobre o processo avaliativo que todos herdaram ao longo da vida (pais, professores, gestores, supervisores, pedagogos e alunos) que contribuem para a permanência desse modelo de avaliação vigente até o presente.
Assim, a realização deste projeto se justifica com base na tese de que, embora seja visível tudo isso, deseja-se acreditar, sem utopias, que é possível adequar o processo avaliativo aos objetivos de aprendizagem em cada componente curricular. Por essa razão, nosso ponto de partida é a Base Nacional Comum Curricular – BNCC, documento oficial que estipula o currículo mínimo para a educação básica, com habilidades mínimas desejáveis em cada etapa escolar e em cada componente curricular. 
Acreditamos ser possível e urgente formar professores aptos a elaborar instrumentos de avaliação condizentes com o trabalho docente realizado em sala de aula e que possam subsidiar suas tomadas de decisões inerentes ao processo educativo de seus alunos.
Portanto, em termos mais específicos propomos a seguinte atividade para as Atividades Práticas Supervisionadas (APS) dos alunos matriculados no quinto e sexto períodos do curso de Pedagogia. 
OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO
Entre as atividades esperadas, os alunos matriculados no quinto e sexto períodos do Curso de Pedagogia deverão realizar uma pesquisa bibliográfica para fundamentação teórica do projeto: 
“A PROVA COMO UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO A FAVOR DO ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM”
 A pesquisa bibliográfica tem por objetivo levar o aluno a compreender que:
[...] a educação: não mudou apenas os métodos de ensino, que se tornaram ativos, mas incluir também a concepção de avaliação. Antes, ela tinha um caráter seletivo, uma vez que era vista apenas como uma forma de classificar e promover o aluno de uma série pra outra ou de um grau para outro. Atualmente, a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos (Haydt, 1988, p.14). 
Assim, a avaliação assume uma dimensão orientadora, cooperativa e interativa, onde os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparadoscom os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e, também reorientar o trabalho docente e a construção dos projetos pedagógicos.
Além do levantamento bibliográfico, o aluno deverá desenvolver um instrumento prova com as seguintes características:
- 05 itens de múltipla escolha com 05 alternativas, sendo um gabarito e quatro distratores, ou seja, quatro respostas erradas que se aproximem de “erros” comuns a crianças daquela etapa escolar e naquele determinado componente curricular. Cada grupo desenvolverá uma prova nos moldes acima para uma etapa escolar dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e escolherá um componente curricular, Matemática ou Língua Portuguesa. É importante ressaltar que cada item avaliará APENAS UMA HABILIDADE descrita na BNCC, por isso, a prova avaliará 5 habilidades diferentes dentro do mesmo componente curricular definido previamente. [1: Distratores: respostas incorretas que devem, contudo, apresentar plausibilidade (semelhanças ou similaridade em relação à alternativa correta). Os distratores produzem informações importantes para a avaliação na medida em que apontam possíveis caminhos de raciocínio dos alunos ou de erros na elaboração de suas respostas, delimitando a etapa do desenvolvimento da aprendizagem em que o aluno se encontra.]
JUSTIFICATIVA
Existe um questionamento entre a maioria dos docentes quanto à validade e eficácia dos instrumentos avaliativos utilizados pelos professores. Se os instrumentos atuais são ineficazes para se conhecer o grau de aprendizagem dos estudantes, como então aperfeiçoá-los ou mesmo substituí-los?
O conhecimento dos diferentes instrumentos para avaliação e da melhor forma de utilizá-lo é um dos recursos de que o professor competente deve dispor. Este conhecimento está ligado à convicção de que a avaliação não deve servir de instrumento de pressão para manter a disciplina em aula ou de fazer o aluno estudar.
OBJETIVO GERAL
Formar profissionais aptos a construir e utilizar os diferentes instrumentos de avaliação em prol de uma educação a favor da aprendizagem.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Fazer um levantamento bibliográfico acerca da avaliação da aprendizagem escolar;
Incluir no levantamento a abordagem do currículo por competências
Definir com clareza um objeto a ser avaliado (competência leitora, escritora ou resolução de problemas);
Desenvolver instrumentos de avaliação com vistas ao acompanhamento do aluno;
Identificando, para tanto, o(s) objeto(s) de avaliação e os critérios de avaliação utilizados.
RESULTADOS ESPERADOS
Além dos objetivos registrados, espera-se que o projeto desconstrua, em nosso aluno, o conceito de que a avaliação está a serviço da aprovação ou reprovação. 
Espera-se que o aluno de Pedagogia entenda que a avaliação não deve ser vista na perspectiva do senso comum. É preciso entender que ela envolve o desempenho do aluno, do professor e de todo o contexto escolar. 
Portanto, o educador deve rever sua prática pedagógica procurando desenvolver um conteúdo mais significativo e uma metodologia mais participativa de tal forma que diminua a necessidade de recorre à nota como instrumento de coerção.
Relatório: O relatório contemplará a aprendizagem que a construção do instrumento de avaliação proporcionou ao estudante de Pedagogia. É necessário que a escolha pelo instrumento prova seja fundamentada pela literatura pertinente. Dessa forma, espera-se que a bibliografia contemple:
- A trajetória da avaliação educacional até os anos 1990, bem como seu caráter excludente e classificatório até então;
- A inserção de novos paradigmas da avaliação no debate educacional, quais sejam, a avaliação diagnóstica, formativa e somativa;
- O currículo por competências como um caminho para a aprendizagem significativa;
- A especificidade do instrumento “prova” entre as possibilidades de diversificação de práticas e instrumentos à disposição do professor, uma escolha dependente, sobretudo, dos objetos de avaliação.
A formatação para o relatório deverá seguir as orientações a seguir:
Mínimo 3 e máximo 5 páginas, contendo:
Capa: constando o nome da instituição, o título do trabalho/pesquisa, os nomes dos integrantes do grupo; o local e a cidade. 
Introdução: apresentação sintética do assunto (pode haver citação bibliográfica), justificativa e objetivos do projeto.
Desenvolvimento: a apresentação dos resultados com discussão reflexiva da temática abordada. É fundamentação a citação de autores que discutem o assunto para evitar a fragmentação do texto. 
Conclusão: ao final, os alunos deverão resgatar os objetivos apresentados na introdução do texto e dizer em que medida eles foram alcançados ou não. Eles podem também sugerir novas formas de abordar o assunto “instrumentos e práticas de avaliação” tomando por base suas conclusões a respeito do tema investigado.
Referências: colocar em ordem alfabética e conforme as normas da ABNT vigente, as referências utilizadas para a escrita do texto, três autores, no mínimo e utilizados na disciplina de Avaliação Educacional.
8. AVALIAÇÃO 
A comprovação da realização da APS será feita pela postagem do trabalho no sistema seguindo as orientações contidas no Manual de APS. O professor responsável atribuirá uma nota de 0 a 10 ao componente curricular APS que será lançada no próprio sistema quando ele fizer a correção do trabalho (relatório) até a data limite de definida pela Secretaria Central/Vice-Reitoria. 
A finalização das Atividades dar-se-á por visitas técnicas e ao Laboratório de Pedagogia (Brinquedoteca), atividades em Bibliotecas, trabalhos individuais e em grupos, Práticas de Ensino e outras compondo o total de horas previsto na matriz curricular em que o aluno está matriculado que deverão ser registradas na ficha de APS. 
REFERÊNCIAS
CRAHAY, Marcel. Poderá a escola ser justa e eficaz?: da igualdade das oportunidades à igualdade dos conhecimentos. Tradução de Vasco Farinha. Lisboa: Instituto Piaget, 2002. 
DEPRESBITERIS, Léa; TAVARES, Marialva. Diversificar é preciso...: instrumentos e técnicas de avaliação da aprendizagem. São Paulo: SENAC, 2009.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 17. ed. São Paulo, Cortez, 2005. 
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da educação infantil ao ensino superior. 33 ed. Porto Alegre: Mediação, 2014.
São Paulo, 27 de julho de 2018.
Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Coordenador do Curso de Pedagogia

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