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PESQUISA DE RESPONSABILIDADE CIVIL A

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RESPONSABILIDADE CIVIL, EM QUE CONSISTE A TEORIA DA CAUSALIDADE ALTERNATIVA.
Trata-se de uma técnica de responsabilização decorrente de danos causados por objetos caídos ou lançados de um prédio, "pela qual todos os autores possíveis - isto é, os que se encontravam no grupo - serão considerados, de forma solidária, responsáveis pelo evento, em face da ofensa perpetrada à vítima por um ou mais deles, ignorado o verdadeiro autor, ou autores. " (CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 6ª edição. São Paulo: Malheiros, 2006, pág. 246.)
Tal responsabilidade é objetiva, e não admite como excludentes a força maior e o caso fortuito. Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Na hipótese de danos causados por objetos caídos ou lançados de um condomínio edilício, não sendo possível identificar o agente, todo o condomínio será responsabilizado.
Haverá, no entanto, direito de regresso contra o real causador do dano identificado posteriormente. Não sendo possível a identificação do condômino responsável, os prováveis causadores do dano poderão ser acionados na ação de regresso.
REsp 64682 / RJ . Ementa. RESPONSABILIDADE CIVIL. OBJETOS LANÇADOS DA JANELA DE EDIFÍCIOS. A REPARAÇÃO DOS DANOS É RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO. A impossibilidade de identificação do exato ponto de onde parte a conduta lesiva, impõe ao condomínio arcar com a responsabilidade reparatória por danos causados à terceiros.
Verifica-se a ocorrência de causas complementares, quando duas ou mais causas concorrem para a produção do dano, que não teria sido alcançado de forma alguma, isoladamente por cada uma. Na causalidade cumulativa, cada uma das causas teria causado de forma isolada o resultado danoso. A causalidade Alternativa ocorre quando o dano é causado por uma pessoa indeterminada de um grupo determinado, ou seja, não se é capaz de determinar quem causou o dano.
NEXO DE CAUSALIDADE E CAUSALIDADE ALTERNATIVA
O nexo de causalidade é a conexão existente entre causa e efeito, que determina o resultado proveniente de determinada conduta, com o fim de estabelecer a culpabilidade pelo dano, sendo elemento indispensável na atribuição da responsabilidade civil.
Ou seja, é o fio condutor entre o agente e o dano, independentemente se for concebido via culpa ou risco; subjetivamente ou objetivamente, não há de ser falar em responsabilidade civil sem nexo causal, salvo em raríssimas exceções.
Não é o intuito aqui, analisar as diversas teorias que concebem a interação do nexo causal dentro do âmbito jurídico, nem esgotar o assunto referente a esta questão, contudo, é importante citar que a doutrina brasileira, através do Código Civil, concebe como teoria adotada a da causalidade adequada, na qual entende que apenas as causas ou condutas com capacidade de ocasionar por si só o dano são passíveis de gerar o dever de indenizar.
A causalidade alternativa está diretamente atrelada aos conceitos de coparticipação, uma vez que mais de um agente pode estar envolvido no evento causador do dano, sem se distanciar daquilo que se denomina de causalidade comum, pois a relação entre causa e dano será imputada a todos os agentes.
Sob este entendimento, têm se encontrado em jurisprudência a adoção desta teoria para imputação de responsabilidade em eventos no qual o agente que deu causa ao dano não pode ser definido, devido a promoção da causa por um grupo e não por um indivíduo. Não sendo desta maneira, não haveria como estabelecer a reparação diante do dano.
A responsabilização solidária deve também ser a solução para os casos de causalidade alternativa, porém, não com fundamento estrito na solidariedade obrigacional, mas sim com lastro em princípios como o da dignidade da pessoa humana, da solidariedade, da reparação integral e da boa-fé objetiva – este último princípio a demandar a observância de condutas positivas para evitar ou reduzir o risco de dano. Na causalidade alternativa, ao contrário da causalidade concorrente simultânea, uma só conduta causou o dano, mas é impossível sua identificação dentre as várias condutas passíveis de tê-lo causado. A causalidade alternativa, conforme já mencionado, importa numa ampliação do conceito de nexo causal.
Fica claro que apesar da teoria adotada pelo sistema jurídico nacional ter sido a causalidade adequada, não há uma hegemonia verificada, pois o que se tem notado é a adoção de determinada teoria para determinado caso concreto, sendo posto como imperioso a reparação ao dano, o que acaba por dificultar a apreciação do nexo causal.
Desta maneira, o nexo causal tem sido concebido a partir do juízo estabelecido por cada tribunal, diante da utilização do bom senso, sem estar atrelado a um padrão específico, sendo conduzido de acordo a cada caso concreto, mediante a necessidade do fato. Não há no ordenamento brasileiro disposição ou norma geral que delibere acerca do dano causado por indivíduo indeterminado de um todo, o que impõe a responsabilização de todos.
Em síntese, a Responsabilidade Civil, a fim de evitar injustiças, desenvolveu-se historicamente para fixar a imputação com lastro em um nexo de causalidade natural e racional, estabelecendo conceitos que caminharam desde a necessidade de comprovação de culpa, passando pela presunção de culpa até chegar à responsabilidade objetiva. Com lastro nesse mesmo valor Justiça e nos princípios positivados no ordenamento que o veiculam, em certas hipóteses as vicissitudes da sociedade contemporânea ora inspiram a necessidade de presunção do próprio nexo causal, deixando de exigir uma rigorosa identificação da causa de um dano para contentar-se com a repartição de responsabilidade entre seus potenciais causadores, cujas condutas elevaram o risco para além dos limites tolerados pela sociedade.
PESQUISA DE RESPONSABILIDADE CIVIL.
DANOS CAUSADOS POR ANIMAIS ERRANTES.
Pedro Balbi Duque
600556808
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO FRENTE AOS DANOS CAUSADOS POR ANIMAIS ERRANTES.
Os animais errantes são entendidos como os seres domesticados, livres e sem dono, que habitam o meio urbano. Dentre eles, destacam-se cães, gatos e cavalos.
Além do sofrimento experimentado pelos referidos animais diante da situação de abandono, a sua condição de desamparo também acarreta em diversos danos aos particulares. Os prejuízos mais comuns causados por animais errantes são os acidentes de trânsito, ataques a pessoas ou outros animais, bem como a transmissão de zoonoses.
Quanto aos danos passíveis de reparação, frisam-se os de natureza patrimonial, relacionados a despesas com tratamentos médicos e afastamento do trabalho. Ainda, há a possibilidade de indenização por danos extrapatrimoniais, nos casos de falecimento ou perda de animal de estimação, por exemplo. Os Tribunais também garantem indenização referente aos danos estéticos experimentados pela vítima.
Para evitar a ocorrência dos referidos danos, cabe ao Município adotar diretrizes para a erradicação dos animais errantes e para o combate ao abandono de animais domesticados, a fim de proporcionar o equilíbrio do meio ambiente, este compreendido pelo convívio harmônico entre fauna, flora e seres humanos.
Com a ausência de adoção dessas medidas, o Município se torna o responsável pela ocorrência dos danos causados pelos animais errantes, nos termos do artigo 225, caput, e artigo 23, incisos VI e VII, ambos da Constituição Federal, motivo pelo qual deve indenizar o cidadão lesado.
O artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, dispõe acerca da responsabilidade civil do Estado nos casos de danos provocados por pessoas jurídicas de direito público ou pessoas jurídicas de direito privada prestadoras de serviço público.
O aludido diploma legal demonstra os requisitos que devem ser preenchidos para que o Estado indenize o particular, sendo estes: a ação ou omissão praticada pelo agente público; a comprovaçãodo dano sofrido; e o nexo que causal, que se trata da relação entre a conduta do agente e o dano experimentado.
Importante ressaltar que não existe entendimento consolidado acerca da necessidade de comprovação de culpa do Estado, existindo dois entendimentos divergentes. O primeiro posicionamento, pautado na teoria da responsabilidade subjetiva, entende que há a obrigatoriedade de comprovar a culpa do agente público, demonstrada pela negligência, imprudência, ou até mesmo pela falha na prestação do serviço público. O segundo posicionamento determina que a responsabilidade civil do Estado, nos casos de omissão, deve ser baseada na teoria da responsabilidade objetiva, sendo irrelevante a comprovação de culpa do agente público.
Dessa forma, em que pese a existência de discussão doutrinária e jurisprudencial acerca da necessidade de comprovação da culpa do agente público, a maioria dos Tribunais entende que, demonstrados os requisitos básicos da responsabilidade civil do Estado, é possível que este seja incumbido a indenizar o particular, após a análise do fato concreto.
O abrigamento de cães abandonados ou soltos na via pública é de competência dos municípios, visto que se trata de medida necessária à preservação da saúde pública e do meio ambiente, nos termos do artigo 23, incisos II e VII, da Constituição Federal; e do artigo 13, da Constituição do estado do Rio Grande do Sul. O entendimento levou a 4ª Câmara Cível a negar recurso impetrado pelo município de Porto Alegre, que tentou se eximir da determinação de recolher e abrigar cães bravos das ruas, expedida pela 10ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
O município argumentou que o abrigamento de cães bravos demanda despesa muito maior que a de qualquer outro cão. Além disso, observou que o deferimento da pretensão poderá implicar comprometimento com as metas fiscais previstas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), conquanto orçamento foi aprovado sem a previsão destes gastos.
‘‘E foi justamente no exercício dessa competência administrativa estabelecida nas Cartas Constitucionais Federal e Estadual que o Município de Porto Alegre estabeleceu (nesta mesma gestão do Prefeito Municipal em exercício), pela Lei Complementar Municipal 624/2012, sua própria atribuição e poder de polícia para recolher e apreender animais de modo sumário (artigo 72, parágrafo único), em caso de iminente risco à segurança e à saúde da população, o que se mostra inteiramente afinado com a decisão judicial contra a qual investe neste recurso, contraditoriamente’’, escreveu no acórdão o desembargador-relator do Agravo de Instrumento, Eduardo Uhlein.
Com a decisão unânime do colegiado, ficam mantidas as determinações do juízo de origem, que mandou recolher e abrigar os animais com perfil agressivo com a ajuda concorrente do Estado, sob pena de multa para cada caso de descumprimento. O acórdão foi lavrado na sessão de julgamento do dia 17 de dezembro.
O caso começou quando o 1º Batalhão do Comando Ambiental da Brigada Militar — a Polícia Militar gaúcha — passou a ter dificuldades em dar um destino correto a cães agressivos apreendidos na via pública, pela falta de um canil preparado para acolhê-los. Como a competência para cuidar deste assunto é concorrente, o município de Porto Alegre e o estado do Rio Grande do Sul ficaram num jogo-de-empurra, impasse que obrigou o Ministério Público estadual a entrar em cena por meio de uma Ação Civil Pública. 
Liminarmente, o MP-RS pediu que a Justiça declare que ambos têm competência para recolher os cães com perfil agressivo nas vias públicas de Porto Alegre, ficando a municipalidade com a incumbência de oferecer o devido abrigo. Conforme a inicial, o estado do Rio Grande do Sul poderia atuar em caráter subsidiário para as hipóteses de omissões.
O juiz da 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Capital, Luís Felipe Paim Fernandes, reconheceu o interesse da coletividade em recolher estes animais, além da competência solidária entre estado e município. Em Porto Alegre, discorreu no despacho, esta tarefa cabe à Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (Seda), segundo a Lei Municipal 11.101/2011, que a criou. Logo, a guarda de animais domésticos com este perfil é da Seda, que, inclusive, conta com projeto de ressocialização para incentivar a adoção especial.
Em face da fundamentação, o julgador deferiu o pedido de antecipação da tutela para determinar que estado e município, de forma solidária, recolham cães bravios que estejam soltos na via pública sempre que acionados pelos fones 156 (Seda) e 190 (emergência da Brigada Militar). Se ambos não divulgarem este serviços em seus respectivos sites, após a intimação oficial da decisão, pagarão multa, por episódio notificado, de R$ 5 mil.
O juiz também determinou que o município de Porto Alegre, após o recolhimento, providencie o abrigamento dos animais, para adoção especial. Se comprovar impossibilidade de cumprir a decisão neste ponto, a municipalidade foi autorizada a pedir o apoio do estado. Também neste caso, a multa cominada por descumprimento foi arbitrada em R$ 5 mil, por episódio verificado. As multas, se pagas, serão revertidas para o Fundo Municipal de Defesa ao Meio Ambiente.

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