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A Arte na Educação Infantil

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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
ESPECIALIZAÇÃO Em arte e educação
ILDELITA DOS SANTOS SOARES 
A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
MARINGÁ
2018
�
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
ILDELITA DOS SANTOS SOARES 
A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Monografia apresentada à Faculdade Campos Elíseos, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Arte e Educação, sob supervisão da orientadora: Prof.Fatima Ramalho Lefone. 
MARINGÁ
2018
�
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS 
 ILDELITA DOS SANTOS SOARES 
A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 Monografia apresentada à Faculdade Campos Elíseos, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Arte e Educação, sob supervisão da orientadora: Prof.Fatima Ramalho Lefone. 
Aprovado pelos membros da banca examinadora em 
___/___/___.com menção ____ (________________).
Banca Examinadora
_________________________________
_________________________________ 
 
MARINGÁ
 2018
�
RESUMO
A Arte no Ensino Infantil e nos anos iniciais de aprendizado, deve ser caracterizada como pilar fundamental para a escola e deve fazer parte predominante do currículo escolar como uma das matérias principais, pois seu conteúdo pode ser auxílio para as outras disciplinas e ajudar mais habilmente e com mais facilidade a criança a aprender. O professor é a base para isso, e o seu planejamento deve ser focado em não ensinar somente a educação artística e sim a Arte como um todo, e como reflexão do mundo em sua sensibilidade. Os segmentos da Arte devem fazer parte destes planos e incluídos para que com a música, ou teatro, ou quadrinhos ou qualquer outro tipo de arte, como pintar ou montar uma escultura, o aluno possa aprender e ser um ser-humano mais conexo com uma realidade transportada da Arte para a vida. O objetivo desta pesquisa está em ensinar e expor a Arte e sua importância na Educação Infantil, com a marca da contemporaneidade. A metodologia será bibliográfica, por seu caráter de pesquisa científica, na internet e em livros. 
Palavras-chave: Arte. Crianças. Segmentos. Sensibilidade. Reflexão.
�
 
SUMÁRIO
61 INTRODUÇÃO	�
71.1 OBJETIVO GERAL	�
71.2 OBJETIVO ESPECÍFICO	�
81.3 JUSTIFICATIVA	�
91.4 PROBLEMA	�
92 O PAPEL DO PROFESSOR E DA INTEGRAÇÃO DA ARTE NO ENSINO INFANTIL	�
113 O ENSINO DA ARTE E SUAS PRINCIPAIS FINALIDADES E CONSEQUÊNCIAS	�
134 OS SEGMENTOS DA ARTE	�
154.1 A MÚSICA E SUA IMPORTÂNCIA	�
14.2 O QUANTO A DANÇA É RELEVANTE	�8
20CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
�
�
1 INTRODUÇÃO 
A arte, desde os nossos ancestrais, sempre foi considerada como uma expressão; eles evidenciavam sua vida nas paredes das cavernas externando, por intermédio de esboços, seus acontecimentos diários. Em perspectiva, a arte foi se transformando e preenchendo a vida das pessoas com suas conotações especiais, então desde tempos remotos até hoje a consolidação da arte foi feita em um processo evolutivo considerado demasiadamente importante.
Falar sobre arte é falar sobre sinônimo de expressão, capaz de traduzir emoções e sensações, é uma ressignificação das situações, de um jeito menos alienado e mais sensibilizado (FUSARI & FERRAZ, 2001). É desta maneira que a arte age, como formadora de mentes pensadoras, e possibilita a qualquer um poder traduzir os fatos individuais ou grupais em análises profundas, inclusive a relevância do mérito de cada um dentro da sociedade. 
Como disciplina escolar abrange mais de um segmento, Dança, Música, Teatro e Artes Visuais, com inúmeras possiblidades com relação aos conteúdos e à permissão para tanto o professor quanto o aluno se expressarem, se comunicarem, e se desenvolverem. A prática escolar tem outro significado quando dá atenção nos benefícios trazidos pela arte. 
Na época contemporânea, há a tentativa de resgatar o valor da arte com a seriedade merecida, já que é passível de conectar as pessoas com suas construções cognitivas, e pode ser abordada de forma triangular em uma conjunção de ações como leitura de imagens, fazer artístico e contextualização. 
Assim a arte para crianças foi sendo fomentada, com esse novo olhar conceitual, social e político que objetiva mudanças. O universo de uma escola infantil é caracterizado pelo lúdico, como expressa Vygostsky (2001), a criança pode aprender e uma das melhores maneiras de conduzi-la para isso é utilizar-se do lúdico e por práticas que expressam a liberalidade artística e são usadas como formas de expressão e comunicação com a criança, pelo qual o professor pode inserir o seu mundo pedagógico dentro do mundo infantil com a comunicação que já é usual para a criança, para os mais diversos objetivos.
Contudo, como já é parte do dia-a-dia do professor de educação ser assim, age como se fosse incorporada a arte em seu trabalho, mas as linguagens artísticas merecem mais do que somente a intuição ou a inconsciência da ação, merecem sim, a reflexão. A problemática norteia a contribuição na formação dos professores e no sentido de compartilhar experiências e conhecimentos sobre todas as formas de arte. Há cursos de linguagens artísticas que ensinam quais os instrumentos que devem ser usados para que seja atribuída à Arte a mesma valia que se dá para qualquer outra matéria, principalmente se o assunto é a criança, por gerar uma capacidade de entendimento que se articula com as outras áreas de ensinamento e que possui peculiaridades que podem ser o foco de inúmeras situações, desde o aprendizado até a parte psicológica da criança.
A concepção da Arte no ensino não pode ser estabelecida somente por histórias de suas vidas, a formação deve trazer ao professor a base da Arte como um todo, e ao acesso do repertório cultural vasto que ao Brasil e ao mundo é atribuído, mas, muitas vezes os professores são privados desta percepção e não tem este ponto de vista, o que gera a falta de consciência sobre o quanto esses sentidos artísticos podem influenciar na vivência e na expressividade dentro da escola e para com os pequeninos. 
No entanto, esse debate já consegue nortear pesquisas de educadores que fazem pesquisas para influenciar a reflexão da Arte na escola e sua participação de maneira imprescindível como importante referência para os outros professores, assim, várias escolas já conseguem identificar o quão relevante é a Arte como base para o seu currículo, o que pode ser corroborado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da arte e a Referência Curricular Nacional de Educação Infantil. 
1.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta pesquisa está em refletir e expor a importância da Arte na Educação Infantil, à luz da contemporaneidade. 
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Como objetivos específicos:
Analisar como está sendo implementada a Arte no ensino pré-escolar;
Investigar a influência e o reconhecimento da Arte como matéria de igual valor;
Verificar como o uso da Arte pode beneficiar o lado pedagógico do aprendizado da criança;
Caracterizar o uso do lúdico no aprendizado influenciado pela Arte.
1.3 JUSTIFICATIVA
	
A teoria e a prática desafiam as interpretações de como a Arte deve ser ensinada para a Educação Infantil, esta pesquisa tem como justificativa questionar essa maneira e trazer ideias diferenciadas que possam destacar a inclusão dessa matéria como base fundamental para a melhoria do ensino-aprendizado dentro de qualquer área do saber, simplesmente por compreender que a Arte pode explorar a criatividade da criança a ponto de deixa-la solta e utilizar de suas próprias ideias, para construir, dentro das variáveis que podem não ser prováveis mas que devem representar a criança como uma construção de conhecimentos que podem ser mudados e melhorados.
A arte deve ser relacionada sem especificidades únicas e próprias, desenvolvendo ações necessárias para a sua implementação efetiva e para a sua aplicação, e também como justificativapara que a Arte seja parte de uma identidade que constitua um componente no currículo estudantil. 
Esta pesquisa justifica-se, pois, a Arte está dentro e fora da escola e se faz importante, porque é uma constante na realidade das crianças e das pessoas, pode ser relacionada com a vida de cada um, pode ser exemplo, pode ser brincadeira, pode ter diversos tipos de análises e o seu debate pode suscitar o olhar crítico da criança e fazer a correspondência dela com sua vida e a vida dentro do aprendizado, facilitando o ensino. 
Além de tudo, justifica-se, pois, a Arte é capaz de expressar e despertar sentimentos e constitui-se de elementos que dão margem à imaginação e à criação, mas que neste trabalho vai ser demonstrada não somente como um entretenimento, ou como apenas “educação artística”, mas como parte integrante do papel representado por ela para as crianças que fazem parte do Ensino Infantil, ainda há a inclusão específica da Música e da Dança como fatores principais da inclusão do lúdico e das características principais do uso do corpo e das formas na utilização dessas matérias tão significativas para uma criança, pois fazem parte de sua vida em família e devem fazer parte da sua vida escolar.
1.4 PROBLEMA
Qual contribuição que a Arte pode oferecer para o ensino da Educação Infantil? Pesquisar um caminho para integrar a Arte como parte fundamental no ensino infantil.
2 O PAPEL DO PROFESSOR E DA INTEGRAÇÃO DA ARTE NO ENSINO INFANTIL
O Professor é peça fundamental para o ensino de uma criança, por meio de seu preparo consegue influenciar os seus alunos, é o profissional que dá início a qualquer outra profissão e que deve ser base para isso, como complementa Alessandra Arce (2007): 
O professor aqui planeja antes de entrar em sala, prepara-se estudando os conteúdos, desenvolvendo estratégias de ensino e buscando metodologias eficazes para a aprendizagem. Enfim ele sabe que o desenvolvimento de suas crianças será marcado pelo seu trabalho intencional em sala de aula. Desde o momento em que entra na escola, o professor tem plena consciência de que precisa estar 100% com as crianças, que suas atitudes, suas falas reverberam na humanização das crianças sob sua responsabilidade (ALESSANDRA ARCE, p. 35, 2007). 
	
	Assim, se faz importante identificar que o processo para a evolução do aluno é ainda mais relevante que o resultado final em si, e que o contato com a Arte é muito valioso na vida do indivíduo desde cedo, principalmente porque a criança enxerga arte com os seus olhos, e se enxergar na escola uma vertente da sua vida pessoal, pode considerar que a escola seja um lugar mais amistoso para ficar e ter mais interesse em estudar, assim como expõe Ferraz (1993):
Desde a infância, tanto as crianças como nós, professores, interagimos com as manifestações culturais de nossa ambiência e vamos aprendendo a demonstrar nosso prazer e gosto, por exemplo, por imagens, músicas, falas, movimentos, histórias, jogos e informações com os quais nos comunicamos na vida cotidiana... Gradativamente, vamos dando forma às nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de apreciar – e também de fazer – as diferentes manifestações culturais de nosso grupo social e, dentre elas, as obras de arte. É por isso que mesmo sem o saber vamos nos educando esteticamente, no convívio com as pessoas e as coisas (FERRAZ, p. 16-17, 1993).
Quando se diz respeito à Educação Infantil, a Arte sempre teve papel importantíssimo na formação, e sempre esteve presente na maioria absoluta das escolas, como forma natural desta etapa da vida da criança, portanto a Arte sempre marca presença neste ambiente estudantil, com desenhos, músicas, massinha, argila, pinturas entre tantos outros, contudo esta pesquisa quer identificar a Arte como um processo de conhecimento muito maior e mais abrangente que isso, como ressalta Santos (2006): 
A arte é um bem mundial considerado patrimônio cultural da humanidade, pois, através da comunicação e expressão plástica, musical, dramática e literária, o homem deixou a sua história registrada através dos tempos. A arte também é uma linguagem e, como tal, tem uma simbologia própria. Esta linguagem simbólica comunica significados a respeito do mundo. São representações materiais, intelectuais e emocionais que caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Ao decodificar e entender esta linguagem pode-se compreender o modo de vida, o sistema de valores, as tradições e crenças de um povo (p. 7).
A arte é um estímulo para pensar a vida, e tem caráter fundamental para a história do ensino, pois traz significados culturais, sociais, e é utilizada como uma ferramenta comunicativa de integração do aluno com a escola, com a história, com a sua família, com as outras pessoas, com a sociedade e com os fatores da vida em geral, o reconhecimento da Arte como elemento fundamental para o ser humano conhecer e agir na realidade sobre ela dá motivos para Barbosa (2009, p. 21) afirmar que a arte é capaz “(...) de recuperar o que há de humano no ser humano. Por isso, o professor deve estar antenado nas condições de integrar a arte na escola para os seus alunos, não como uma brincadeira, mas como uma questão mais profunda. 
O comportamento exploratório da Arte possui uma linguagem abrangente que podem despertar no aluno, por intermédio do professor, significados que possuem suas próprias características, sem a rigidez do certo e do errado, e novamente Barbosa (2009) comenta:
Por meio da arte, é possível desenvolver a percepção e a imaginação para apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada (BARBOSA, 2009, p. 21).
As linguagens artísticas também são valorizadas nas Diretrizes do Paraná, e por isso o professor, mesmo sem formação específica em Artes, deve requerer conhecimentos que possam garantir suporte à prática educativa em função da relevância fundamental desta disciplina na vida de cada um de seus alunos, em particularmente as crianças: 
O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. (PARANÁ, 2008, p.52).
	Requerer o jogo, somente por ele mesmo, na interação das realizações coletivas com as crianças desfaz o objetivo das experiências cognitivas e emocionais relacionadas ao ensino da Arte, como Antunes (2003, p. 14), constitui-se uma ilusão supor que o jogo pelo jogo possa abrigar conhecimento cognitivo e abrigar relações interpessoais. 
3 O ENSINO DA ARTE E SUAS PRINCIPAIS FINALIDADES E CONSEQUÊNCIAS 
	A aula de Artes, como qualquer outra disciplina tem que ser planejada, e esta é uma das ações que mais pode beneficiar o aluno, pois é pelo planejamento que o professor pode fazer adaptações, pode perceber os acertos e os erros conforme cada turma em especial e seu aproveitamento, e com esta autoanálise também há a possibilidade do observar mais, levantar suposições, buscando melhorar o aprendizado dos alunos, para que haja mais conhecimento e reflexão, e a análise para que os fatores positivos e negativos, sejam envolvidos em um alicerce para tomadas de decisão dentro da sala de aula (ZABALA, p. 48, 1998)
A pesquisa é uma das principais finalidades para que qualquer matéria de currículo dê certo, pelo qual é feito o suporte da aula, é o momento apropriado para o professor entender quais dos conhecimentos devem ser utilizados, para que os alunos aprendam, faz parte da natureza do professor ser pesquisador, é uma das consequências do seu trabalho e a Arte é a busca de uma metodologia estratégica e eficaz para a aprendizagem, é o caminho deum trabalho intencional direcionado para as crianças, no caso da Educação Infantil (ARCE, 2007). 
Os meios culturais por intermédio de seus objetos artísticos, quaisquer deles que seja, são segmentos da Arte, como por exemplo: quadros, poesias, cordel, músicas, danças entre outros, faz com que o aprendizado da criança possa ser baseado na experiência da arte produzida por autores nacionais ou estrangeiros, e são levadas a perceberem as manifestações artísticas da humanidade, a arte pode influenciar no ensino da história, no ensino da matemática, no ensino de qualquer matéria, é mais simples do que se pensa, pois gera muito interesse e curiosidade, e essa vontade e desejo pode influenciar positivamente a criança a aprender com mais sucesso, é possível criar um desiquilíbrio motivador cognitivo que irá atingi e desenvolver a zona proximal de forma eficiente, e por essa um método que propõe profundidade (HERNANDEZ, 2000). 
Este mesmo autor também dá ideias sobre tópicos que podem beneficiar um projeto para ser trabalhado nas aulas de Artes: 
Parte de um tema ou de um problema negociado com a turma. 2) Inicia-se um processo de pesquisa. 3) Busca-se e selecionam-se fontes de informação 4) São estabelecidos critérios de organização e interpretação de fontes. 5) São recolhidas novas dúvidas e perguntas. 6) São estabelecidas relações com outros problemas. 7) Representa-se o processo de elaboração do conhecimento vivido 8) Recapitula-se (avalia-se) o que se aprendeu. 9) Conecta-se com um novo tema ou problema. (HERNANDEZ, p.182, 2000)
	
O aprendizado da arte não pode ser fixo, tem que ser baseado na flexibilidade que a arte agrega na vida das pessoas em geral e começar ensinando para uma criança pode agregar no jeito que ela vê a vida. Há vários autores para serem consultados, há várias obras para servirem de exemplo, são infinitas as reflexões sobre como um professor pode exercer o ensino da arte, assim, se um professor quer ensinar sobre as flores, pode utilizar do pintor Monet, pois suas pinturas são uma valiosa expressão de como a criança pode se expressar, e que a flor não precisa ser pintada de uma única maneira, e sim da sua maneira, e que para Monet foi assim também, ele inventou um novo jeito de pintar, porque a criança também não pode inventar? Assim como analisa Severino (2006);
Está definitivamente superada a ideia metafísica de que o nosso modo de ser se definiria por uma essência, entendida esta como um conjunto de características fixas e permanentes, ideia consagrada pelos filósofos antigos e medievais quando afirmavam que o agir decorre do ser... Mas justamente aqueles aspectos pelos quais somos especificamente humanos são aspectos que não estão dados a priori, eles são construídos graças a nossa prática (SEVERINO, 2006).
O conhecimento da Arte deve reforçar a compreensão do aluno segundo uma identidade poética, a Arte propõe a modificação das estruturas, a transformação da existência segundo uma diretriz mais humanizadora, não pode ser classificada somente como recreação, tem que ser reconhecida e exercitada com os exercícios expressivos e estimulantes para cada faixa etária inserida em uma perspectiva que ressalte o seu valor, com a preparação do professor de maneira apropriada para que o aluno se beneficie disso, como exemplifica as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná:
A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica. (PARANÁ, 2008, p. 56).
Além disso, pode ser por meio da arte o aprendizado da História, do Português, da Matemática, as prerrogativas para se aprender de maneira mais fácil são identificadas, há muitos anos, mesmo pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, que destacam:
O aluno que conhece arte pode estabelecer relações mais amplas quando estuda um determinado período histórico. Um aluno que exercita continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir um texto, a desenvolver estratégias pessoais para resolver um problema matemático. (BRASIL, 1997, p. 19).
É a partir desta ponderação que a Arte pode ser considerada como alicerce da função pedagógica do professor, e ainda como alicerce para o aprendizado do aluno, independente da sua idade, mas muito bem cotado para o Ensino Infantil, onde qualquer disciplina pode recorrer à Arte, reconhecendo suas características polivalentes, pois uma criança aprende melhor quando o contexto da matéria se equivale ao seu reconhecimento de criança, e pode solucionar às suas problemáticas dentro de um tema que se assemelha à sua vida diária (ÁVILA & SILVA, 2003). 
4 OS SEGMENTOS DA ARTE 
A arte não é uma visão única, é uma interpretação, é toda forma de manifestação e expressão, conectada à imaginação e à sensibilidade, e com a evolução da história da humanidade, a arte que sempre existiu, hoje em dia, pode ser exteriorizada, com a evolução tecnológica e intelectual, de diversas maneiras diferentes (FUSARI & FERRAZ, 2001).
Os segmentos da Arte fazem com o que o indivíduo possa se expressar conforme quiser, pois há inúmeras possibilidades para exprimir-se, e isso pode e deve incentivar o aluno a desenvolver-se por meio do usufruto do ensino, é aquela ideia de deixar fluir, pois a criança deve perceber que é uma oportunidade para sua expressividade, e um constante incentivo para o seu desenvolvimento, então o caminho para essa interpretação deve ser aguçado. Nas palavras de Moreno (2007): 
A construção da capacidade de criação na infância é uma forma da criança manifestar a sua compreensão da realidade que o cerca, de exercitar sua inteligência ao criar, alterar, organizar e reorganizar elementos plásticos, é uma construção do ser humano. Na sua interação com o mundo, ela vivencia inúmeros contatos com experiências estéticas que envolvem ideias, valores e sentimentos, experiências estas que envolvem o sentir e também o pensar e o interpretar. Portanto a linguagem visual faz parte da formação integral do indivíduo e não pode ser desconsiderada no contexto da educação infantil. (2007, p.44)
Ao vivenciar a arte, pode-se perceber que ela não é identificada de um segmento só, ela está na música, na dança, na pintura, na escultura, na literatura, no teatro, na fotografia, no cinema e até nas histórias em quadrinhos, com a inserção da tecnologia, está nos jogos multimídia e na arte digital e o futuro já pode elevar a arte para um outro patamar (ÁVILA & SILVA, 2003).
Há de haver o incentivo para que as crianças conheçam esses diferentes tipos de arte, e a escola deve colaborar para que os alunos, e pontualmente nesta pesquisa, pertencentes à Educação Infantil, tenham amplas experiências, podendo não só pintar, mas desenhar, fazer esculturas, se não conseguem ainda ler, manusear os quadrinhos, dançar e montar uma peça teatral, fazerem projetos com música ou em relação a tudo que puderem seguir os seus instintos e percepções dentro de uma produção artística, tanto grupal quanto pessoal (BRASIL, 1997). 
Como um exemplo útil e básico destes segmentos, pode ser citada a dança e o ritmo, como salienta Ávila & Silva (2003, p. 78): “ leva a ordenação do pensamento, e suas características de organização do tempo exigem das funções cerebrais maior agilidade e maior presteza”, que atreladas à musica podem compor um cenário favorável ao aprendizado.
Para Nogueira (2003, p. 1), a música é capaz de agir como uma companheira, pois passa por todos os caminhos da vida da pessoa, seguindo a sua trajetória, as pessoas têm uma música para tudo, para as tristezas e alegrias, para vitórias e derrotas,e além disso, é responsável por ativar a criatividade dos alunos, por isso, a experiência por meio da música não deve ser ignorada e sim, compreendida e analisada para serem transformadas criticamente. 
Assim pode ser para cada segmento individualmente e anteriormente citados, pois, cada qual faz sua parte ser mais interessante para a Arte em si, e pode ser revelado como um ótimo auxílio ao ensinar uma criança, considerando que a escola é um dos fatores de maior magnitude na vida crítica do aluno. 
4.1 A MÚSICA E SUA IMPORTÂNCIA
	A presença da música na vida das pessoas é inquestionável, e acompanha a história da humanidade como arte universal dentro de muitas culturas, fazendo-se presente em todos os lugares do planeta, e em cada um com sua influência específica, aqui no Brasil o processo musical é dono de incontáveis influências, são diversas, nos cantos de Sul à Norte do país, sua linguagem é bem diversificada e a expressão cultural é a representatividade gerada por ela, seu histórico é repleto de transcendências, africanas, elementos europeus, religiosos inclusive dos padres jesuítas em seu começo com os índios, contudo, como explica Loureiro (2003), na escola havia pouca relevância referente aos aspectos musicais, pois a ênfase estava em manter a ordem em sala de aula, então utilizar-se da música não era uma opção muito valorizada.
Apenas em 1996, com a Lei nº 9.394, que a inclusão da Arte foi contemplada como currículo obrigatório, nos diversos níveis de educação básica, então somente há pouco tempo, a música pode ser contextualizada como uma das formas de metodologia para ser trabalhada na escola e passa a ser uma linguagem disponível, e em 1998, o Ministério da Educação, no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), constrói a metodologia para trabalhar a música na educação infantil, onde o ensino da música deve passar pela experimentação, interpretação, improvisação, composição, percepção, como as estruturas de organização musical, centrada em uma visão mais atualizada e nova, e esta é a forma de tratamento da Música na Arte dentro da educação do Brasil. 
Segundo Daniel Gohn (2003, p. 41) “Os processos de musicalização nas crianças têm o objetivo de, através de jogos e brincadeiras, desenvolver a sensibilidade e criar as primeiras noções de ritmo. ” Para as crianças, esse contexto deve ser a sua conexão com o prazer de aprender, como salienta Loureiro (2003), e que seja a comunhão com as suas experiências, não uma opção ditatorial, uma imposição, para a criança aprender um instrumento onde sua sensibilidade seja minada, e sim que dê a oportunidade de expressar a sua criatividade. A Música é o elo pertencente entre o silêncio e o som, então pensar na música como um elemento traz a capacidade de o indivíduo perceber o mundo a sua volta, sendo uma das chances dos bebês e crianças possam ter como possibilidade de interagir, dentro de sua iniciação musical. 
A música pode ser utilizada como um instrumento pedagógico no ensino fundamental infantil, o que proporciona a reflexão, e entender a utilização da música e o seu papel com o educando possibilita a experiência da vivência como um passo para o fazer musical dentro do ambiente escolar, entretanto, sem deixar que seja uma construção mecânica, assim sendo, as escolas são lugares para serem proporcionados o favorecimento do aluno, para ampliar o seu gosto e sua visão (GOHN, 2003). 
As brincadeiras de roda, jogos batendo palmas, brincadeiras com estímulos rítmicos, estimulam um elemento fundamental para o gosto musical ser despertado, para que seja introduzido o processo de formação, como evidencia Joly (2003), algumas razões são demasiadamente imprescindíveis para a inserção musical na escola e em seu currículo escolar como: 
O desenvolvimento das suas sensibilidades estéticas e artísticas, o desenvolvimento da imaginação e do potencial criativo, um sentido histórico da nossa da nossa herança cultural, meios de transcender o universo musical de seu meio social e cultural, o desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicomotor, o desenvolvimento da comunicação não-verbal (JOLY, 2003, p. 117). 
As práticas que podem ser utilizadas na Educação Infantil dependem da turma a ser ensinada pois, podem ser o foco para atender os propósitos distintos e podem variar de acordo com os grupos, dependem das regiões, dependem das propostas e dos objetivos do currículo utilizado pela instituição de ensino, ao mesmo tempo, não há que se confundir música com brincadeira apenas, mesmo que a tradição transmitida pelas gerações tenha que ser mantida, a seriedade do ensino não pode ser confundida e não deve ser apenas suporte de conhecimento e sim a base dele, como argumenta Gohn (2003), os processos de musicalização devem, mesmo através de brincadeiras musicais, ter a sensibilidade de desenvolver, pelo menos, as noções de ritmo. 
Existem muitas dificuldades em integrar o estudo da música no Ensino Infantil, pois no contexto educacional detecta-se defasagem, entre os trabalhos realizados entre a música em comparação com os outros, evidenciados por somente imitação, por reprodução, em detrimento de uma elaboração mais especial e cabível na criação para propósitos diferenciados (LOUREIRO, 2003). 
A falta de formação específica para a área musical pode ser uma das interferências nas ações pedagógicas, o que faz com que o professor possa tratar esse tipo de arte como uma ação corriqueira de dia-a-dia, sem conotações específicas, em uma visão simplista, sem o caráter institucional da instituição de ensino, para isso, é preciso do esforço pessoal do profissional, para a captação e transformar as suas informações em função de adapta-las para novas práticas, com conceitos amplificados (GOHN, 2003). 
A redimensão da linguagem musical, em seus muitos aspectos, deve começar pelos seus conteúdos, a serem especificados e planejados, e definidos de acordo com a faixa etária do aluno, e em continuação devem conter a organização do tempo; organização do espaço; fontes sonoras; a utilização de jogos e brincadeiras musicais; registros musicais; com foco na apreciação e no fazer musical (LOUREIRO, 2003). 
As concepções pedagógicas devem ser atualizadas para o desenvolvimento da prática musical, sem ações pré-programadas como cantar somente nas festas de aniversário ou em datas comemorativas, cantar para ir para o recreio ou cantar no momento da fila. As aulas de música devem ser divertidas e dinâmicas, devem estabelecer técnicas, mas não se esquecer de enaltecer os movimentos vindos dos alunos em si, com contribuição da noção do professor e a base a ser trabalhada, a dança, dentro do espaço escolar deve ser mais do que apenas pensar, é o auxílio para a construção do conhecimento (GOHN, 2003). 
4.2 O QUANTO A DANÇA É RELEVANTE
A dança na Educação Infantil tem uma função relevante, especialmente para a evolução e desenvolvimento do estudante, pois está na diversidade da vivência, nas formas de se movimentar e construir conceitos a partir dos movimentos e de suas ações, além disso, é favorável para o conhecimento do corpo, suas limitações, para enfrentarem os seus próprios desafios, para a interação com as outras crianças e outras pessoas, para a expressão de seus sentimentos, para que melhorem a comunicação pela linguagem corporal ao desenvolver suas capacidades intelectuais e físicas, para Marques (2010) “ o nosso corpo passa a ser a expressão de nosso gênero, etnia, faixa etária, crença espiritual, classe social’. 
É uma habilidade a ser desafiada, para pessoas mais conscientes e críticas, Barreto (2005, p. 83) recomenda que: “dançar é essencial à formação humana, e seu ensino na escola tem o potencial de contribuir para a construção de um processo educacional mais harmonioso e equilibrado”. 
A dança é o corpo em movimento, toda ação humana envolve uma dinâmica, a ação é uma das características mais presentes na criança, é a mobilidade constante e age como um agente socializador, traz alegrias, compartilha histórias de vida e podeser valioso dentro do aprendizado, assim como ressalta Neves (1987, p. 7): 
Apesar de parecer simples o número de definições para a palavra "dança" é quase infinito. Isto mostra a complexidade e as divergências existentes nesta área. A dança tem várias faces e é encarada de diversas maneiras. Algumas pessoas estão interessadas nos aspectos psicológicos e emocionais; outras, com uma visão mais mecânica. Enfatizam os elementos funcionais; existem ainda aqueles que procuram analisar os elementos básicos e universais que constituem a dança. Por isso, até hoje, é difícil encontrar uma definição suficientemente abrangente e completa sobre a dança.
Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), sugere a dança como uma das formas de aprendizagem para os eixos de trabalhos orientados em função da construção da variedade do conhecimento da criança, e dos benefícios que a dança pode trazer ao ambiente construído pela linguagem artística atribuída a ela, como uma das possiblidades de conhecimento de experimentação do mundo na Educação Infantil, a dança pode construir corporalidades e possibilidades de relacionar-se consigo, e para o aluno essa pode ser uma chance de resgatar histórias culturais e construir outras. 
No processo educacional a dança pode ser considerada como uma aliada, é um campo de aprendizado privilegiado, para que a formação dos alunos possa ser o seu encontro com a liberação de sua energia, com a capacidade de explorar os seus medos e impossibilidades, para que possam encontrar maior liberdade, naturalidade em se expressar e se movimentar, e dentro dos objetivos educacionais, a compreensão do funcionamento e da estrutura corporal e a investigação do movimento estão articuladas à percepção do tempo e do espaço, como relata Nanni (2008, p.1) a Dança é um mergulho em um mundo mágico, em sua essência como manifestação primitiva, onde os movimentos são espontâneos e surgem da imaginação. 
Os movimentos que dão base para a dança são incorporados na amplitude em inúmeras possibilidades de expressões e movimentos corporais, e como reforça Bergolato (2007, p. 143) sobre a música e a dança: “os movimentos são realizados espontaneamente, movidos pelo sentimento que música proporciona”. Para as crianças, como destaca Oliveira (2012) há a percepção do próprio corpo no espaço e da sua posição, para somente depois perceber a posição de outros elementos em relação a ela mesma, para aprender a notar a posição dos objetos entre si. 
Nessa compreensão da dança, na função pedagógica, de forma específica, para o Ensino Infantil, é a tradução para a criação dos movimentos, a ampliação para as capacidades rítmicas, para a comunicação entre a linguagem corporal e a psicomotricidade, a permissão para a evolução do ser humano, em relação ao seu domínio, ao domínio do corpo e do espaço a sua volta, de novos espaços, a superação dos aspectos motores, sociais, cognitivos e afetivos, de acordo com Alves (2008), uma boa coordenação física ocorre com a harmonia perfeita dos movimentos e dos jogos musculares, em movimento ou em repouso. 
A dança é um universo de desafios, enquanto uma atividade educativa é uma disciplina intrigante, pois mesmo que seja uma realidade na vida da criança é um universo que não tem a conotação relevante que deveria ter, os professores devem utilizar-se de métodos como estratégias e como experimentação, relacionados à expressividade da criança, com a instrumentalização do profissional, que atua no processo educativo, tanto nos universos simbólicos quanto cultural, pois dessa forma, os alunos podem favorecer as possibilidades de movimento, o que dá garantia à autonomia motora das crianças, para dar a ideia à criança de que ela é um corpo e não que ela tem um corpo (MARQUES, 2010). 
Para ensinar dança para uma criança, na realidade escolar, como abordagem metodológica, é preciso escolher uma música para que o ritmo seja um acompanhamento externo para o desenvolvimento do trabalho, com a acentuação do componente rítmico ao componente corporal, para que haja o descobrimento da fusão entre ritmos externo e interno, pela introdução da experimentação corpórea, como diz Godoy (2003), o que faz com que a música e a dança sejam parceiras em suas constituições. 
Assim, o trabalho do professor deve integrar a arte em si, e a dança deve, para a faixa etária infantil, ser inserida como um processo de busca, de movimentos espontâneos e livres, sem o requerimento e a imposição para serem determinados, deve ser usado o lúdico, como estratégia no processo de ensino-aprendizado para que a criança possa perceber e desenvolver seu lado cognitivo, físico e social e, como Bregolato (2007, p. 143) ressalta: “com liberdade de expressão, cada aluno é motivado a buscar dentro de si próprio, a fonte inspiradora de sua movimentação. Com isso há a liberação de espírito – sentimentos e pensamentos – movimento dançado”, além disso, como complementa Nanni (2008, p. 8), a dança deve proporcionar e ser “agente efetivo da harmonia entre a razão e o coração”. 
O uso da dança e a influência do lúdico, no âmbito escolar, pode ser influenciadora pelo seu lado crítico-social, e pode privilegiar o aluno para a aquisição do saber, para que possa se sentir cada vez mais pertencente à escola, e à sociabilidade que a vida escolar pode proporcionar para a vida na sociedade, criando esta ponte, vinculada às realidades da vida do aluno para ajudar a criança a se adaptar mais facilmente com o processo do crescer, pois a escola deve fazer um confronto entre os saberes que vem de fora para o seu processo educativo ser mais primoroso, principalmente para o desenvolvimento infantil (ALVES, 2008). 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Analisar a trajetória da Arte na Educação é uma questão abrangente, a Arte está para todas as matérias como um auxílio para serem melhores executadas, para entrarem na vivência da criança para sua maior concepção, gerando mais atração. A arte, nos dias de hoje, tem que deixar de ser considerada apenas como educação artística, e ser considerada como parte formadora e integrante do currículo escolar. Diversas são as variantes quando é atribuída à Arte a sua real significância, seus segmentos comprovam que a Arte pode ser conciliadora, pode ser mediadora, pode ser a criatividade em si, pode ser a reflexão e pode ser a maneira, por meio do planejamento, que o professor pode expor as suas matérias, mesmo que não seja somente quando fala de Arte, ela pode ser inclusa com várias formas de arte com a música, a dança, o teatro, entre outras e além disso pode ser o caminho para se aprender a matemática mais facilmente, ou qualquer outra disciplina em que a Arte possa ser incorporada. 
Nesta pesquisa houve a preocupação em destacar tanto a música quanto a dança como colaboradoras para a facilitação da aprendizagem na faixa etária destinada à Educação Infantil, portanto utilizadas em cada atividade em suas diferentes especificidades à medida que oferece melhores oportunidades para o aprendizado infantil. 
REFERÊNCIAS
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ARCE, Alessandra; MARTINS, Ligia M. (orgs). Quem tem medo de ensinar na educação infantil?: em defesa do ato de ensinar. Campinas: Alínea, 2007. 
ÁVILA, M. B.; SILVA, K. B. À. A música na educação infantil. In: NICOLAU, M. L. M; DIAS, M. C. M (orgs). Oficinas de Sonho e Realidade: Formação do educador da infância. Campinas: Papirus, 2003. 
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FUSARI, M. F. R; FERRAZ, M. H. C. T. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2001.
GODOY, Kathya Maria Ayres. Dançando na escola: o movimento da formação do professor de arte. Tese (Doutorado em Psicologia da Educação)– PUC-SP, São Paulo, Tese de Doutorado, 2003.
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MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010.
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