Buscar

TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO - NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO– NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
 
O primeiro ponto que deve ser entendido é sobre como funcionava antes o processo de 
execução. Era lento. Lento, pois para que uma sentença fosse executada, independentemente 
de haver a constituição de um título extrajudicial ou judicial, de ser obrigação de fazer, não fazer 
ou entregar, como é hoje, haveria a necessidade de constituição de um processo autônomo. 
Para um entendimento um pouco mais imersivo, pensemos o seguinte: antes, no Código de 
Processo Civil de 1973, haviam três processos, distintos. A já, em sua totalidade, morosa, fase 
de conhecimento/cognitiva, cuja finalidade era mostrar quem tinha de fato razão; havia ainda o 
processo de liquidação, para quando a sentença fosse ilíquida (fruto de pedido genérico), 
houvesse a apuração do que de fato era devido e, por fim, o processo de execução, que servia 
para que um direito, que já possuía um grau de certeza de sua obtenção, fosse solidificado. 
Agora pensemos: TRÊS PROCESSOS. Ficavam nos mesmos autos. Mas eram AUTONOMOS e 
dependiam de citação do réu. Imagine o grau de insatisfação das pessoas ao verem que seu 
pedido foi concedido, depois de um processo de conhecimento, mas ainda com um caminho no 
mínimo para enfrentar. Era de fato assim. Entretanto com modificações trazidas pelas Leis 
10.444/2002 e a 11.232/2005, diferenças substanciais e com o intuito de trazer celeridade 
processual, fazendo com que todo o procedimento fosse considerado de maneira única, 
sincrética. Processo Sincrético, por tanto, é aquele constituído de FASES, que são cognitivas e 
executivas. Com essas mudanças o conceito que havia de sentença, na fase cognitiva, que era 
aquele ato onde era posto o fim do processo, mudou. Com as mudanças, o processo não se 
encerrava mais através da sentença, afinal, ainda haviam outras fases, fazendo com que 
somente nos casos em que houvesse extinção do processo sem resolução do mérito desse o 
entendimento anterior. Entretanto, devido a tal modificação, haviam situações em que pedidos 
estavam sendo julgados de maneira separada, fazendo com que a sentença, uma vez que não 
colocaria mais fim ao processo, fosse apenas relacionada a um dos pedidos formulados na inicial, 
o que implicava na fase recursal, visto que, não poderia ser examinado, devido ao fato de ainda 
não ter sentença para os demais pedidos. A doutrina entende que para que tais situações não 
ocorram é necessário que se faça entendimento que a sentença não seja somente o ato que 
põe fim ao processo, mas também aquele referente a fase condenatória.

Outros materiais