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Fundamentos de Direito Administrativo - Livro Texto - Unidade IV

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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Unidade IV
7 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
Tradicionalmente, o Estado se confundia com a imagem de um soberano, razão bastante para não se 
cogitar a possibilidade de punir o rei por seus erros. Com o passar do tempo e do desenvolvimento das 
teorias de Direito e do Estado, foram concebidos gradativamente mecanismos legais e constitucionais 
no sentido de conter os excessos praticados pelo Poder Constituído.
Atualmente no ordenamento jurídico brasileiro quando tratamos de responsabilidade estamos, 
grosso modo, nos referindo ao dever de indenizar após um dano causado. Temos três campos distintos 
para tratar de responsabilização:
• Penal.
• Civil.
• Administrativa.
A responsabilidade penal decorre da prática de ações ou omissões que estejam tipificadas numa lei 
penal. No âmbito da Administração Pública, por exemplo, podemos citar os tipos penais nos artigos do 
Título XI – Dos Crimes contra a Administração Pública, da Parte Especial do Código Penal: corrupção 
passiva, abandono de função e peculato.
Na esfera da responsabilização administrativa, temos a sanções quanto a infrações de normas 
administrativas, como a multa de trânsito e o fechamento de estabelecimentos pela fiscalização sanitária.
Por fim, no campo civil, que nos é pertinente neste momento, buscamos a reparação de danos ou 
ressarcimento de prejuízos causados, exempli gratia, a troca de mercadoria originalmente defeituosa no 
contrato de compra e venda e o ressarcimento moral após um mal atendimento na prestação de um serviço.
Percebamos que este último caso é atinente ao Direito Privado na maioria das vezes. E aqui podemos 
também falar da responsabilidade contratual, que é aquela decorrente das cláusulas contratuais, 
desde que em conformidade com as normas civilistas e os princípios de direito.
O norte do dever de indenizar está disciplinado no Código Civil de 2002:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito.
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Unidade IV
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê‑lo, 
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou 
social, pela boa‑fé ou pelos bons costumes.
[...]
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará‑lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de 
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem (BRASIL, 2002).
Devemos lembrar que no que tange à Administração Pública, ela pode prestar serviços aos cidadãos, 
realizar parcerias com entidades privadas ou delegar prestações de serviços para a iniciativa privada, eis 
a razão de tratarmos também da responsabilidade civil do Estado.
 Saiba mais
No decorrer dos anos, devido à natureza jurídica peculiar de certas 
entidades da Administração Indireta, muitos casos demandaram especial 
atenção das Cortes Superiores do País.
Para aprofundarmos o assunto, é recomendável a leitura do seguinte 
artigo do Superior Tribunal de Justiça, que compila alguns entendimentos:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ). A responsabilidade do Estado 
e das concessionárias de serviços públicos. Disponível em: <http://www.
stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/
Not%C3%ADcias/A‑responsabilidade‑do‑Estado‑e‑das‑concession%C3%
A1rias‑de‑servi%C3%A7os‑p%C3%BAblicos>. Acesso em: 5 fev. 2019.
Por sua vez, esta também é conhecida como responsabilidade extracontratual. Depende 
exclusivamente da junção dos seguintes requisitos: o vínculo ou a presença do Poder Público, o dano 
causado ao cidadão‑particular, e o agente público causador do dano. Temos que a Administração ressarce 
o cidadão pelo prejuízo causado pelo agente público. Posteriormente, o próprio Poder Público poderá 
ajuizar ação contra o agente causador do dano para averiguar culpa ou dolo quanto àquele prejuízo 
e recompor‑se pela indenização.
No primeiro caso, quando há a relação agente público‑dano‑cidadão lesado, falamos em 
responsabilidade objetiva, por não necessitar comprovar a culpa, mas sim focar no dano e 
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
na pessoa lesada. Após a Administração ressarcir o prejudicado, ela peticiona em sede de ação 
regressiva para apurar a culpa ou o dolo e a ação ou omissão do agente infrator. Aqui, estamos 
falando da responsabilidade subjetiva.
Quanto às teorias, a doutrina consolidou algumas bastante importantes para o Direito Administrativo, 
como a culpa administrativa, que trata da culpa pelo serviço público propriamente. Não busca elucidar 
a culpa de um agente causador de dano, e sim atribuí‑la à Administração Pública. O cidadão que foi lesado 
deve provar a culpa em razão de inexistência de um serviço que possa ser útil, o mau funcionamento 
ou a técnica e o retardo na prestação. Podemos mencionar alguns julgados do STJ interessantes da 
aplicação dessa concepção:
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO 
EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE DE 
DETENTO, EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL. DANOS MORAIS. REVISÃO DO 
QUANTUM INDENIZATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO 
INTERNO IMPROVIDO.
I. Agravo interno aviado contra decisão publicada em 04/06/2018, que 
julgara recurso interposto contra decisum publicado na vigência do CPC/73.
II. Na origem, trata‑se de ação de indenização por danos morais e 
materiais, proposta pelos agravados em desfavor do Estado do 
Ceará, em decorrência da morte de detento, em estabelecimento 
prisional. Alegam os autores que são filhos de José Edivaldo Biserra 
da Silva, que veio a falecer, vítima de espancamento, sofrido dentro do 
Instituto Presídio Olavo Oliveira II.
III. No que tange ao quantum indenizatório, o Tribunal de origem, à luz 
das provas dos autos e em vista das circunstâncias fáticas do caso, fixou 
a indenização por danos morais em R$ 100.000,00 (cem mil reais), a ser 
dividido pelos autores, valor que não se mostra excessivo, diante das 
peculiaridades da causa, expostas no acórdão recorrido. Tal contexto não 
autoriza a redução pretendida, de maneira que não há como acolher a 
pretensão do recorrente, em face da Súmula 7/STJ. Precedentes do STJ.
IV. Agravo interno improvido (BRASIL, 2018d).
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM 
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS ESTÉTICOS. 
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. RAZÕES DO AGRAVO 
QUE NÃO IMPUGNAM, ESPECIFICAMENTE, A DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 
182/STJ. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. PROFESSORA 
ESTADUAL. ACIDENTE DE TRABALHO. CONTROVÉRSIA RESOLVIDA, PELO 
TRIBUNAL DE ORIGEM, À LUZ DAS PROVAS DOS AUTOS. SÚMULA 7/STJ. 
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Unidade IV
PRETENDIDA REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE 
REVISÃO, NA VIA ESPECIAL. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO PARCIALMENTE 
CONHECIDO, E, NESSA PARTE, IMPROVIDO.
I. Agravo interno aviado contra decisão publicada em 07/02/2018, que, por 
sua vez, julgara recurso interposto contra decisum publicado na vigência 
do CPC/2015.
II. Na origem, trata‑se de ação de indenização por danos morais e 
materiais, propostapela ora agravada em desfavor do Estado de Mato 
Grosso, em razão de acidente ocorrido no desempenho de sua função 
de professora. Sustenta que, em decorrência da queda, provocada por 
um de seus alunos, sofreu fratura no fêmur e passou por dois procedimentos 
cirúrgicos, que resultaram em sequelas permanentes, com encurtamento da 
perna esquerda.
III. Interposto Agravo interno com razões que não impugnam, especificamente, 
os fundamentos da decisão agravada – mormente quanto à incidência da 
Súmula 211/STJ –, não prospera o inconformismo, quanto ao ponto, em face 
da Súmula 182 desta Corte.
IV. O Tribunal a quo, soberano na análise do conjunto fático‑probatório dos 
autos, entendeu estarem presentes os requisitos ensejadores da reparação 
civil, porque “a Escola Estadual ao oferecer uma atividade recreativa, em 
local que prescinde de cuidados especiais, um clube recreativo, cabia à 
administração pública, no mínimo zelar de forma eficaz pela integridade 
tanto dos alunos quanto dos professores, fato que não ocorreu”. Ressaltou 
que, “ainda que não fosse reconhecida a responsabilidade do apelante sob este 
prisma, não se pode olvidar que a apelada sofreu o acidente no desempenho 
de sua função de professora, o que sem sombra de dúvida, também caracteriza 
acidente de trabalho que deve ser indenizado”.
Concluiu, assim, estarem “presentes os elementos de formação do nexo 
de causalidade, isto é, a conduta omissiva (falta de adoção de medidas 
preventivas) e o resultado (acidente), não há que se falar em ausência de nexo 
de causalidade tampouco, reconhecer caso fortuito”. Assim, a modificação 
das conclusões a que chegou a Instância a quo – de modo a acolher a tese da 
parte ora recorrente, em sentido contrário – demandaria, inarredavelmente, 
o revolvimento do acervo probatório dos autos, o que é inviável, em sede de 
Recurso Especial, em face da Súmula 7 desta Corte.
V. No que tange ao quantum indenizatório, “a jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça é no sentido de que a revisão dos valores fixados a título 
de danos morais somente é possível quando exorbitante ou insignificante, 
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
em flagrante violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, 
o que não é o caso dos autos. A verificação da razoabilidade do quantum 
indenizatório esbarra no óbice da Súmula 7/STJ” (STJ, AgInt no AREsp 927.090/
SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 08/11/2016). 
No caso, o Tribunal de origem, à luz das provas dos autos e em vista das 
circunstâncias fáticas do caso, concluiu pela razoabilidade do valor fixado, pela 
sentença, a título de indenização por danos morais – R$ 80.000,00 (oitenta mil 
reais) –, considerando que, “em decorrência do acidente, teve que se submeter 
a 02 (duas) cirurgias, permaneceu por (02) dois anos em tratamento, inclusive 
fora de sua residência, ficou privada de movimentos, e do exercício de sua 
profissão”. Com efeito, o quantum fixado não se mostra excessivo, diante das 
peculiaridades da causa, expostas no acórdão recorrido.
VI. Agravo interno parcialmente conhecido, e, nessa parte, improvido 
(BRASIL, 2018e).
 Lembrete
Quanto a seu fato gerador, a responsabilidade pode ser classificada em 
contratual ou extracontratual. No tocante ao seu fundamento, poderá ser 
subjetiva ou objetiva.
No risco administrativo, observa‑se a ocorrência de um fato no serviço público. Da parte do particular 
lesado, basta haver como requisitos o agente causador de dano e o próprio prejuízo. O particular não tem o 
ônus de provar se foi o Estado ou o agente público que realizou ou deixou de realizar o ato. Admite‑se, 
no entanto, que o Poder Público possa provar que houve culpa recíproca – tanto o Estado quanto 
o particular agiram de modo a causar o dano, minorando o valor pecuniário da indenização – ou 
que o cidadão lesado agiu de forma a sofrer o dano independente da atuação estatal, provando, 
portanto, que a Administração não terá que indenizar.
Por sua vez, o risco integral, gradativamente, é a perspectiva mais radical da responsabilização. 
Para essa teoria, haverá o dever de indenizar quando ocorrer a conexão entre dano e Poder Público. 
Excepcionalmente, é admitido no ordenamento jurídico brasileiro no que tange a danos nucleares.
Art. 21. Compete à União:
[...]
XXIII – explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza 
e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e 
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus 
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
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Unidade IV
[...]
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de 
culpa (BRASIL, 1988).
 Lembrete
As três teorias se intercalam no ordenamento jurídico brasileiro. 
Habitualmente, no Direito, uma teoria vem para complementar ou mudar a 
anterior diante de novas demandas e conflitos na sociedade.
A seguir, temos o principal norte no que diz respeito à responsabilidade civil do Estado, que é o 
art. 37, § 6º da Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte:
[...]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa (BRASIL, 1988).
O escopo do dispositivo constitucional é amplo: atinge a própria Administração Pública, direta e 
indireta, e as pessoas jurídicas de direito privado que atuam em parceria ou por meio de delegação, 
como as concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços públicos.
 Observação
Recentemente, a jurisprudência pátria traçou distinções a respeito 
de certas empresas públicas ou sociedades de economia mista. Umas 
destinam‑se a atividades econômicas de direito privado, outras, a serviços 
públicos de natureza estatal.
As primeiras sujeitam‑se às normas de direito privado quando estão em 
regime de competição, não se valendo de prerrogativas de direito público, 
as últimas já se valem dessas condições.
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Quanto a isso, o disposto constitucional não traça essa hipótese de responsabilidade objetiva 
para as empresas públicas e sociedades de economia mista que atuam em atividades econômicas 
típicas de direito privado. Para essa parcela de entidade da Administração Indireta, há a sujeição à 
responsabilidade civil subjetiva.
Quanto aos agentes públicos mencionados, temos o termo “nessa qualidade”, que especifica que 
o dano causado pelo agente é devido enquanto estiver em seu expediente de trabalho ou cumprindo 
deveres. Não há que se falar dessa responsabilização quando um agente público específico briga ou 
destrói bem alheio em dia de descanso, mas é considerada a responsabilidade objetiva se na mesma 
circunstância o servidor estivesse utilizando uniforme e instrumentos relacionados com o exercício 
da função, como, por exemplo, policial militar portando arma de fogo, ou funcionário dos correios 
extraviando correspondências em sua posse.
Ainda, acerca da ação regressiva, a doutrina explica de maneira clara:
A ação regressiva da Administração contra o causador direto dodano está 
instituída pelo § 62 do art. 37 da CF como mandamento a todas as entidades 
públicas e particulares prestadoras de serviços públicos. Para o êxito desta 
ação exigem‑se dois requisitos: primeiro, que a Administração já tenha sido 
condenada a indenizar a vítima do dano sofrido; segundo, que se comprove 
a culpa do funcionário no evento danoso. Enquanto para a Administração 
a responsabilidade independe da culpa, para o servidor a responsabilidade 
depende da culpa: aquela é objetiva, esta é subjetiva e se apura pelos 
critérios gerais do Código Civil.
Como ação civil, que é, destinada à reparação patrimonial, a ação regressiva 
(Lei nº 8.112/90, art. 122, § 32) transmite‑se aos herdeiros e sucessores do 
servidor culpado, podendo ser instaurada mesmo após a cessação do exercício 
no cargo ou na função, por disponibilidade, aposentadoria, exoneração 
ou demissão.
O ato lesivo do agente pode revestir ao mesmo tempo aspecto civil, 
administrativo e criminal, como é comum nos atropelamentos ocasionados 
por veículos da Administração. Em tais infrações, o servidor público 
responsável pelo desastre sujeita‑se a ação penal e a ação civil regressiva 
da Administração para haver a indenização paga à vítima, nos termos, já 
analisados, do art. 37, § 62, da CF, e ao processo interno da Administração, 
para fins disciplinares (MEIRELLES, 2016, p. 792).
Podemos nos questionar se sobre a responsabilidade do Estado haveria hipóteses acerca do Poder 
Judiciário e do Poder Legislativo. Para tanto, entendemos que em suas funções atípicas, como a função 
administrativa de cada órgão do Poder, haveria a possibilidade de que esses dispositivos aqui comentados 
sejam aplicados. Nas suas funções típicas (Judiciário: julgar; e Legislativo: criar leis), por regra não 
haveria responsabilização nesses termos.
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Unidade IV
8 EXCLUDENTES DE RESPONSABILIZAÇÃO
Em que pese todo o arcabouço jurídico em torno da responsabilidade civil do Estado, há circunstâncias 
em que é afastado o dever de indenizar por parte do Poder Público:
• culpa exclusiva da vítima;
• caso fortuito ou força maior;
• fato de terceiros.
Essas hipóteses afastam o chamado nexo de causalidade entre a atuação ou a omissão do agente 
público e o dano.
 Observação
Há divergências na doutrina brasileira sobre a conceituação de caso 
fortuito e de força maior.
Detalhando as hipóteses elencadas, caso fortuito pode ser atribuído a condições materiais 
humanas fora de controle e força maior a eventos da natureza. Outros podem mencionar que caso 
fortuito, nesta disciplina, diz respeito a eventos imprevisíveis dentro da atuação da Administração 
que repercutem no dano; já força maior são circunstâncias externas que estão fora de controle. O 
adequado é entender o sentido da expressão disjuntiva para determinar hipóteses imprevisíveis e 
alheias à vontade das partes, que repercutem nas relações jurídicas, causando prejuízos.
Para finalizar, fato de terceiros refere‑se a eventos em que um agente causa prejuízo a outrem, mas 
o nexo de causalidade com a Administração em prover segurança é inexistente, ou, ao menos, dúbio. Ex.: 
manifestações com depredações de veículos e estabelecimentos.
 Saiba mais
Para aprofundar os estudos, consulte os livros a seguir:
ARAGÃO, A. S. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
GOMES, F. Bellote. Elementos de Direito Administrativo. Barueri: 
Manole, 2006.
Podemos encontrar também algumas notícias sobre a responsabilização 
do Estado em acidentes, manifestações e atos de vandalismo:
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
ARAÚJO, G.; TOMAZ, K. Após 10 anos do Caso Eloá, Justiça condena 
Estado de SP a indenizar Nayara em R$ 150 mil. G1. Disponível em: <https://
g1.globo.com/sp/sao‑paulo/noticia/2018/10/12/apos‑10‑anos‑do‑cas 
o‑eloa‑justica‑obriga‑estado‑de‑sp‑a‑indenizar‑nayara‑em‑r‑150‑mil.
ghtml>. Acesso em: 14 out. 2018
ESTADO pagará indenização a empresa que teve ônibus queimados 
em 2014. Extra. Disponível em: <https://extra.globo.com/noticias/rio/
estado‑pagara‑indenizacao‑empresa‑que‑teve‑onibus‑queimados‑ 
em‑2014‑23049820.html>. Acesso em: 7 set. 2018.
 Resumo
Aprendemos que gradativamente ao longo da História, houve 
uma paulatina limitação dos poderes e responsabilidade daquele que 
governa seu povo.
Por regra, no ordenamento jurídico brasileiro encontramos três campos 
distintos para traçar a responsabilização de um infrator decorrente do 
ilícito cometido: administrativo, civil e penal.
No campo do Direito Administrativo, temos como regra constitucional 
basilar o art. 37, § 6º, que estabelece que as pessoas jurídicas de Direito 
Público têm responsabilidade civil objetiva perante os administrados; 
posteriormente, este ente administrativo poderá se resguardar perante o 
agente público específico que causou o dano inicial, tratando‑se então da 
responsabilização civil subjetiva.
A doutrina entende que as principais teorias da responsabilidade no 
direito administrativo são: culpa administrativa, risco administrativo e 
risco integral.
Há também hipóteses em que é afastado o dever de indenizar por parte 
do Poder Público: quando houver culpa exclusiva da vítima; caso fortuito 
ou força maior – eventos incontroláveis ou imprevisíveis, em razão da ação 
humana coletiva ou da natureza; e fatos de terceiros, onde fica nebuloso 
estabelecer o nexo de causalidade do dano sofrido com a ação ou omissão 
da Administração Pública.
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Unidade IV
 Exercícios
Questão 1. Guiltimino Nozariano guiava seu veículo por uma avenida da cidade e colidiu 
com uma viatura policial que estava em alta velocidade e cruzou a via quando o sinal semafórico 
lhe era proibitivo. Os danos foram materiais e de grande monta, porque o veículo de Guiltimino 
capotou e ficou muito avariado. Os policiais militares, servidores públicos estaduais, alegaram que 
estavam perseguindo criminosos que haviam assaltado uma pessoa e não eram obrigados a parar 
no sinal semafórico. Alegaram, ainda, que por estarem cumprindo com sua função pública, não 
poderiam ser responsabilizados pelos danos.
Assinale a alternativa correta:
I – A alegação dos policiais militares é verdadeira porque o interesse público deve se sobrepor ao 
interesse particular.
II – O ocorrido é ato próprio do risco administrativo porque foi praticado por servidor público no 
exercício da atividade pública.
III – O risco administrativo impõe que o particular prove apenas o fato e não a relação de culpa 
porque esta é presumida por se tratar de ato praticado por servidor público no exercício de sua função.
A) I, somente.
B) II, somente.
C) III, somente.
D) I e II, somente.
E) II e III, somente.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o interesse público deve se sobrepor ao interesse particular ou privado; no entanto, 
isso não autoriza os servidores públicos a praticar atos contrários à lei, como passar o sinal semafórico 
proibitivo, mesmo que em perseguição a criminosos, sem tomar o cuidado de se certificar de que podem 
executar a manobra sem colocar em risco outras pessoas.
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FUNDAMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
II – Afirmativa correta.
Justificativa: o risco administrativo é aquele que decorre do exercício de atos próprios dos servidores 
públicos.
III – Afirmativacorreta.
Justificativa: no risco administrativo há presunção de responsabilidade do Estado, que, no entanto, 
poderá provar a concorrência de culpa do particular. Quanto a este, deverá provar apenas que o fato 
ocorreu e quais os danos decorrentes, sem precisar provar a culpa, porque esta é presumida pelo fato de 
ter sido decorrente de ato de servidor público no exercício de sua atividade.
Questão 2. Miriltiades Sampaioteque era servidora pública na Prefeitura Municipal de Mil Flores, 
município de um estado da federação brasileira. Ela trabalhava no pronto‑socorro municipal e uma de 
suas funções era retirar e separar o lixo hospitalar, de forma que o descarte fosse feito com segurança. 
Ela era obrigada a trabalhar com luva e máscara de proteção, para evitar qualquer tipo de contaminação. 
Ela foi submetida a treinamento para o trabalho quando foi aprovada no concurso e, anualmente, 
uma equipe de médicos e enfermeiras realizava um curso de atualização para todos os servidores que 
trabalhavam com área de risco, inclusive o lixo hospitalar. Mas, infelizmente, Miriltiades era pessoa 
de temperamento difícil e se negava sistematicamente a cumprir as regras de segurança. Chegava a 
trabalhar sem luvas, sem máscaras e totalmente desconcentrada das tarefas que estava realizando e 
chegou a ser advertida duas vezes em razão dessa conduta. Três anos após iniciar suas atividades, ela 
contraiu uma hepatite C, que, infelizmente, teve desenvolvimento muito rápido e levou a servidora 
pública a óbito em três meses. A família da servidora pública ingressou com ação de responsabilidade 
civil na justiça, pedindo indenização pela morte cuja causa foi atribuída à falta de treinamento e de 
instruções para lidar com o perigoso lixo hospitalar.
A Prefeitura Municipal de Mil Flores se defendeu no processo alegando, fundamentalmente:
A) Culpa exclusiva da vítima.
B) Caso fortuito ou força maior.
C) Fato de terceiro.
D) Culpa exclusiva da vítima gerada por caso fortuito.
E) Culpa exclusiva da vítima gerada por fato de terceiro.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
ORGANOGRAMA_FAZENDA_2018.JPG. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/orgaos/
secretaria‑executiva/spoa/institucional/organograma>. Acesso em: 13 fev. 2019.
REFERÊNCIAS
Audiovisual
OS 12 trabalhos de Asterix. Dir. René Goscinny e Albert Uderzo. França, 1976, 82 minutos.
Textuais
AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES (ANATEL). Resolução nº 5, de 15 de janeiro de 1998. Disponível 
em: <http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/1998/423‑resolucao‑5>. Acesso em: 23 jan. 2019.
BENTO, L. V. Governança e governabilidade na reforma do Estado: entre eficiência e democratização. 
Barueri: Manole, 2002.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 16 jan. 2019. 
___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. Regulamenta 
o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. 
Brasília, 2005b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004‑2006/2005/Decreto/
D5450.htm>. Acesso em: 23 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013. Regulamenta 
o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Brasília, 
2013a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011‑2014/2013/Decreto/D7892.
htm>. Acesso em: 23 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 9.412, de 18 de junho de 2018. Atualiza os valores 
das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Brasília, 
2018c. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015‑2018/2018/Decreto/D9412.
htm#art1>. Acesso em: 23 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto‑lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre 
a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá 
outras providências. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto‑lei/
del0200.htm>. Acesso em: 18 jan. 2019.
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___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto‑lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código 
Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto‑lei/del2848.htm>. Acesso em: 28 
jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. Regula a ação popular. 
Brasília, 1965. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4717.htm>. Acesso em: 17 
jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre 
o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais. Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm>. 
Acesso em: 17 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991. Dispõe sobre a 
capacitação e competitividade do setor de informática e automação, e dá outras providências. Brasília, 
1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8248.htm>. Acesso em: 22 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções 
aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego 
ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. Brasília, 1992. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm>. Acesso em: 28 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 
37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração 
Pública e dá outras providências. Brasília, 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
LEIS/L8666cons.htm>. Acesso em: 22 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre 
o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da 
Constituição Federal, e dá outras providências. Brasília, 1995. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987compilada.htm>. Acesso em: 13 fev. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997. Dispõe sobre a 
organização dos serviços de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador 
e outros aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. Brasília, 1997. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L9472.htm>. Acesso em: 23 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Dispõe sobre a 
organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Brasília, 1998. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9649cons.htm>. Acesso em: 18 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regula o processo 
administrativo da Administração Pública Federal. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/L9784.htm>. Acesso em: 17 jan. 2019.
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___. Presidência da República. CasaCivil. Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000. Dispõe sobre a gestão 
de recursos humanos das Agências Reguladoras e dá outras providências. Brasília, 2000. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9986.htm>. Acesso em: 18 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código 
Civil. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm>. 
Acesso em: 16 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Institui normas 
gerais para licitação e contratação de parceria público‑privada no âmbito da administração pública. 
Brasília, 2004b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004‑2006/2004/Lei/
L11079.htm>. Acesso em: 23 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais 
de contratação de consórcios públicos e dá outras providências. Brasília, 2005a. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004‑2006/2005/Lei/L11107.htm>. Acesso em: 18 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime 
Diferenciado de Contratações Públicas ‑ RDC; altera a Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, que 
dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência 
Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária 
(Infraero); cria a Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão e 
cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de controladores de tráfego aéreo 
temporários; altera as Leis nos 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 
8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 
12.350, de 20 de dezembro de 2010, e a Medida Provisória no 2.185‑35, de 24 de agosto de 2001; 
e revoga dispositivos da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998. Brasília, 2011. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011‑2014/2011/Lei/L12462.htm>. Acesso em: 24 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 12.990, de 9 de junho de 2014. Reserva aos negros 
20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos 
e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações 
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. Brasília, 
2014b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011‑2014/2014/Lei/L12990.htm>. 
Acesso em: 28 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime 
jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime 
de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a 
execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em 
termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a 
política de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil; e altera as 
Leis nos 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999. Brasília, 2014a. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011‑2014/2014/Lei/L13019.htm>. Acesso em: 21 jan. 2019.
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___. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o 
estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no 
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Brasília, 2016b. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015‑2018/2016/lei/l13303.htm>. Acesso em: 18 jan. 2019.
___. Presidência da República. Casa Civil. Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe 
sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito 
Federal, e dá outras providências. Brasília, 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
LEIS/LCP/Lcp116.htm>. Acesso em: 28 jan. 2019.
___. Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial: AgInt no 
AREsp 994711 CE 2016/0262584‑6. Ceará, 2018e. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/
jurisprudencia/583617873/agravo‑interno‑no‑agravo‑em‑recurso‑especial‑agint‑no‑aresp‑994711‑
ce‑2016‑0262584‑6>. Acesso em: 14 fev. 2019.
___. Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agravo Interno no Agravo em Recurso Especial: AgInt no AREsp 
1284642 CE 2018/0097444‑6: AgInt no AREsp 1284642/CE. Min. Relatora: Assusete Magalhães. Ceará, 
2018d. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/636532156/agravo‑interno‑no‑
agravo‑em‑recurso‑especial‑agint‑no‑aresp‑1284642‑ce‑2018‑0097444‑6>. Acesso em: 13 fev. 2019.
___. Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agravo Interno no Recurso em Mandado de Segurança: AgInt 
no RMS 57805 PE 2018/0143783‑7. Pernambuco, 6 set. 2018a. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.
com.br/jurisprudencia/631917465/agravo‑interno‑no‑recurso‑em‑mandado‑de‑seguranca‑agint‑no‑
rms‑57805‑pe‑2018‑0143783‑7/inteiro‑teor‑631917475?ref=juris‑tabs>. Acesso em: 17 jan. 2019.
___. Superior Tribunal de Justiça (STJ). Embargo de Divergência no Recurso Especial: EREsp 463258/
SC. Min. Relator: Eliana Calmon. Santa Catarina, 2004a. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.
com.br/jurisprudencia/7381382/embargos‑de‑divergencia‑no‑recurso‑especial‑eresp‑463258‑
sc‑2003‑0098903‑8>. Acesso em: 13 fev. 2019.
___. Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mandado de Segurança: MS 21311 DF 2014/0255485‑8. Min. 
Relator: Regina Helena Costa. Mato Grosso do Sul, 2018b. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/
jurisprudencia/569854018/mandado‑de‑seguranca‑ms‑21311‑df‑2014‑0255485‑8>. Acesso em: 17 
jan. 2019.
___. Supremo Tribunal Federal (STF). Ação Direta de Inconstitucionalidade: ADI 3026/DF. Relator: Eros 
Grau. Distrito Federal, 2006. Disponível em: <https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/760367/acao‑
direta‑de‑inconstitucionalidade‑adi‑3026‑df>. Acesso em: 18 jan. 2019.
___. Supremo Tribunal Federal (STF). Súmula Vinculante nº 3. Nos processos perante o Tribunal de Contas 
da União asseguram‑se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou 
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do 
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.
stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1191>. Acesso em: 17 jan. 2019.
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___. Supremo Tribunal Federal (STF). Súmula Vinculante nº 15. O cálculo de gratificações e 
outras vantagens do servidor público não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário 
mínimo. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.
asp?sumula=1233>. Acesso em: 16 jan. 2019.
___. Supremo Tribunal Federal (STF). Súmula Vinculante nº 21. É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
Brasília, 2009. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.
asp?sumula=1255>. Acesso em: 16 jan. 2019.
___. Supremo Tribunal Federal (STF). Súmula Vinculante nº 44. Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=2358>. Acesso em: 14 fev. 2019.
___. Supremo Tribunal Federal (STF). Súmula Vinculante nº 49. Ofende o princípio da livre 
concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo 
em determinada área. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/
menuSumario.asp?sumula=2506>. Acesso em: 16 jan. 2019.
___. Supremo Tribunal Federal (STF). Súmula Vinculante nº 55. O direito ao auxílio‑alimentação 
não se estende aos servidores inativos. Brasília, 2016a. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/
jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=3014>. Acesso em: 16 jan. 2019.
CARVALHO, M. Manual de Direito Administrativo. Salvador: Juspodivm. 2017.
CASTRO, R. B.; OURIQUES, P. PL simplifica pregão, mas fere direito de defesa. Conjur, 2010. Disponível 
em: <https://www.conjur.com.br/2010‑jul‑12/projeto‑lei‑simplifica‑pregao‑fere‑direito‑defesa>. 
Acesso em: 5 fev. 2019.
DALLARI, D. de A. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva. 2005.
FERNANDES, J. U. J. Inversão de fases pode aprimorar processo de licitação. Conjur, 2012. Disponível 
em: <https://www.conjur.com.br/2012‑jul‑17/jacoby‑fernandes‑inversao‑fases‑aprimorar‑processo‑
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GOMES, F. B. Elementos de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva. 2012.
JUNGSTEDT, L. O. C. Legislação de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2016.
MEDAUAR, O. Direito Administrativo Moderno. Belo Horizonte: Fórum. 2018.
MEIRELLES, H. L. Curso de Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2016.
OLIVEIRA, R. C. R. de. Princípios do Direito Administrativo. 2. ed. São Paulo: Método, 2013. 
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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. A responsabilidade do Estado e das concessionárias de 
serviços públicos. 2017. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/
Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcias/A‑responsabilidade‑do‑Estado‑e‑das‑
concession%C3%A1rias‑de‑servi%C3%A7os‑p%C3%BAblicos>. Acesso em: 5 fev. 2019.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU). Manual do pregão eletrônico. [s.d.]. Disponível em: <https://portal.
tcu.gov.br/licitacoes‑e‑contratos‑do‑tcu/licitacoes/manuais‑e‑orientacoes/>. Acesso em: 5 fev. 2019.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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