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3
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Superior em TECNOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO
ACIDENTES DE TRABALHO:
Fatores e Influ
ê
ncias Comportamentais
Barreiras
 - 
BA
2015
ACIDENTES DE TRABALHO:
Fatores e Influ
ê
ncias Comportamentais
Trabalho de Tecnologia em Segurança do Trabalho
apresentado
 à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral
, 1º semestre,
 na
s
 disciplina
s de Educação a 
Distância
; Modelo de 
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estão e Relações Interpessoais; Metodologia 
C
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fica; Ergonomia Industrial; Introdução à 
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ecnologia em Segurança do 
T
rabalho; seminário I 
.
Orientador: Prof
.
 
FlávioAugusto
 
Carraro
 
 
Elisete Alice 
Zanpronio
 de Oliveira
 
 
Vinicius Pires Rincão 
 
 
Silvia Paulino
 
 
Claudiane Ribeiro 
Balan
 
 
 Fernanda Mendes 
Caleiro
Barreiras
 - 
BA
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 O PAPEL DAS EMPRESAS NA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO	4
2.2 ERGONOMIA NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO	5
2.3 COMPORTAMENTO HUMANO NOS AMBIENTES LABORAIS	6
2.4 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO	7
2.5 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E OS ACIDENTES DE TRABALHO	8
2.6 SOFRIMENTO NO TRABALHO E SAÚDE MENTAL DO TRABALHADOR	9
2.7 IMPACTO DE UM ACIDENTE DE TRABALHO SOBRE A COLETIVIDADE E FAMÍLIA DO TRABALHADOR	10
2.8 CAUSAS HUMANAS E FATORES PSICOLÓGICOS	11
2.9 CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE E ACIDENTES DE TRABALHO	12
3 CONCLUSÃO	13
4 REFERÊNCIAS	14
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa analisar a influência da organização do trabalho nas vivências de prazer e sofrimento, na inteligência emocional e no comportamento do indivíduo no ambiente laboral, de forma a realçar aspectos desses fatores que culminam em acidentes de trabalho.
Como metodologia, foi utilizada a pesquisa bibliográfica, buscando uma melhor compreensão sobre o tema.
O objetivo geral é entender e aprender a empregar os recursos disponíveis na atualidade, como a ergonomia e a psicologia de forma a promover a saúde, segurança e bem estar do trabalhador no ambiente laboral.
DESENVOLVIMENTO
O PAPEL DAS EMPRESAS NA SAúDE E SEGURANçA DO TRABALHO
Em 1943, no Brasil, foi criada a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que introduziu no país as regulamentações em defesa da saúde do trabalhador, disciplinando as relações coletivas e individuais de trabalho. Nos dias de hoje, a segurança e saúde dos trabalhadores são regulamentadas pela portaria nº. 3.214, de 8 de junho de 1978, que, em suas Normas Regulamentadoras (NR) contém as determinações para a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores. Mas a inserção destas normas não foi suficiente para que os ambientes de trabalho se tornassem saudáveis e seguros. Saurin (2002) considera que o cumprimento de normas representa o esforço mínimo de prevenção aos acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, havendo, portanto, necessidade de outras estratégias para a redução das altas taxas de acidentes. As empresas que utilizam de mão-de-obra produtiva, com situações de risco têm a responsabilidade pela manutenção e melhoria das condições de trabalho. Nas obrigações deve:
Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina no Trabalho, com os objetivos de prevenir atos inseguros no exercício do trabalho; divulgar as obrigações e proibições para que os empregados conheçam e as cumpram e que o descumprimento delas será passível de punição; determinar quais os procedimentos adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais; adotar medidas determinadas pelo MTE; adotar medidas para eliminar ou neutralizar atos inseguros e a insalubridade no trabalho; quais os riscos que possam originar no ambiente laboral e os meios de prevenção e limitação de tais riscos que a empresa adotou; resultados de exames médicos e complementares aos quais os trabalhadores forem submetidos; permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina do Trabalho.
Mesmo com o cumprimento dessas obrigações, as empresas podem destinar uma parte dos lucros em investimentos na educação e aperfeiçoamento de seus funcionários. As empresas desempenham papel importante no desenvolvimento social de uma comunidade, pois, alem de gerar lucros, também geram empregos, e propiciam o desenvolvimento do ser humano através de suas atividades. 
ERGONOMIA NA PREVENção DE ACIDENTES DE TRABALHO
A ergonomia tem como objetivo a busca pela adequação do trabalho ao homem de forma a possibilitar o máximo de conforto e eficiência.
As Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego exigem do empregador a segurança para o trabalhador. A NR17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Condições de trabalho adequadas contribuem para a segurança e saúde dos trabalhadores, e também melhorar a produção e competitividade da empresa. Para a Ergonomia, existem algumas decisões administrativas que auxiliam na melhoria da organização e do conteúdo do trabalho:
Aumentar o grau de liberdade para a realização da tarefa, reduzindo a fragmentação e a repetição;
Permitir maior controle do trabalhador sobre o seu trabalho;
Levar em conta que a capacidade produtiva de uma pessoa pode variar, e que essa capacidade é diferente entre um indivíduo e outro;
Estabelecer pausas, quando e onde cabíveis, durante a jornada de trabalho para relaxar, distensionar e permitir a livre movimentação, sem aumento do ritmo ou da carga de trabalho;
Enriquecer o conteúdo do trabalho, nas tarefas e locais de atividade, para que a criatividade e a realização profissionais sejam objetivos comuns das empresas e dos trabalhadores;
O mobiliário dos locais de trabalho deve permitir posturas confortáveis, ser adequado às características físicas do trabalhador e à natureza das tarefas, e permitir liberdade de movimentos; e
Ferramentas e instrumentos de trabalho devem ser adequados à tarefa e ao seu operador;
Ginástica laboral.
COMPORTAMENTO HUMANO NOS AMBIENTES LABORAIS
É comum encontrarmos notícias de acidentes, seja nas estradas, em fábricas, ou qualquer outro lugar e situações de stress geralmente os precedem.
Algumas situações de stress fogem ao controle das empresas para os quais os funcionários trabalham como discussões em casa entre marido e mulher, preocupação com filhos, etc. Mas há alguns tipos de stress que podem ser evitados, como por exemplo, a sobrecarga de trabalho e o número excessivo de horas de trabalho que podem levar o indivíduo ao stress fisiológico ou psíquico, tornando-o propenso ao acidente de trabalho. Estas situações podem ser previstas e controladas pela organização.
Os acidentes representam um problema importante na medida em que resultam em perdas significativas, tanto de vidas humanas como econômicas.
Existem dois fatores determinantes para a ocorrência do acidente de trabalho: as condições inseguras e o ato inseguro. As condições inseguras podem ser eliminadas pelas empresas através do aprimoramento dos mecanismos materiais de segurança no ambiente laboral. O ato inseguro é mais complexo. Três razoes fundamentais para os comportamentos inadequados no trabalho pode ser apontadas:
O homem NÃO PODE comportar-se de maneira diferente;
O homem NÃO SABE comportar-se de outro modo;
O homem NÃO QUER comportar-se de outra maneira.
O primeiro grupo pode ser diminuído consideravelmente, através de uma seleção de pessoal, analisando fatores como aptidões, personalidade e história anterior do indivíduocom a finalidade de colocá-lo em uma função mais adequada.
O segundo grupo será praticamente extinto através de um programa de treinamento com base na formação do pessoal. Utilizando recursos como campanhas de segurança, técnicas de dinâmica de grupo, cartazes enfocando a prevenção de acidentes, simulação de emergência, etc.
O terceiro grupo apresenta maior resistência ao desaparecimento, pois o homem comporta-se de maneira insegura e não quer comportar-se de outra maneira. A este grupo é necessário que se faça uma profunda mudança de atitudes. 
Partindo do princípio de que todo comportamento pressupõe uma causa, deve-se saber por que os homens desse grupo se comportam dessa maneira. Qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o comportamento deve ser considerado. Descobrindo e analisando essas causas será possível prever o comportamento inseguro e, portanto controlá-lo.
Descobrindo-se e analisando as causas, pode-se prever o comportamento e controlá-lo na medida em que se pode manipulá-lo. 
Através do serviço de seleção de pessoal de uma empresa, sabendo-se quais as exigências de um determinado trabalho, quais aptidões, características pessoais e interesses de vários indivíduos, pode-se encaixar o funcionário no cargo certo, tornando maior a produtividade da empresa e tornando melhor o ajustamento do funcionário no trabalho.
INTELIGêNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO
O ser humano não nasce inteligente, cada um cria a própria inteligência no decorrer da sua existência. Todos os seres humanos nascem com as faculdades necessárias para desenvolvê-la, assim como têm a capacidade de andar, mas não nascem andando. De acordo com Machado (1984), “A inteligência é uma faculdade que pode ser desenvolvida e não algo que vem pronto com o nascimento e não pode ser alterado”.
Para Goleman (2001, p.23), o ser humano tem duas mentes, a racional e a emocional, as quais constituem-se em formas de conhecimento que interagem na construção da vida mental. A mente racional é o modo de compreensão de que o ser humano tem consciência, é mais atenta e capaz de ponderar, refletir e fazer ligações lógicas. Já a mente emocional age irrefletidamente, excluindo a reflexão deliberada e analítica, que caracteriza a mente racional. Reage ao presente com meios registrados ao longo da história evolutiva do homem, em situações que ficaram gravadas como tendências inatas e automáticas do ser humano.Geralmente existe um equilíbrio entre essas duas mentes, e na maior parte do tempo elas operam em perfeita harmonia.
A inteligência das pessoas considerando a habilidade em lidar com as emoções, que é o que caracteriza a inteligência emocional, e é o que tem sido avaliada atualmente. 
Goleman (2001, p. 48) afirmou que há uma baixa correlação entre sucesso e os índices de QI, já que a inteligência acadêmica não oferece praticamente nenhum preparo ou oportunidade para o que ocorre na vida (pessoal e/ou profissional). 
As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade; as que não conseguem exercer nenhum controle sobre sua vida emocional travam batalhas internas que sabotam a capacidade de concentração no trabalho e de lucidez de pensamento. (GOLEMAN, 2001, p. 49).
Pessoas com inteligência emocional bem desenvolvida sentem-se satisfeitas e tendem a ser eficientes em sua vida pessoal e profissional, aumentando sua produtividade, sabem gerenciar emoções, promover a cooperação, tomar decisões adequadas, desenvolver o autoconhecimento e ter empatia pessoal, são autoconfiantes e persistentes.
INTELIGêNCIA EMOCIONAL E OS ACIDENTES DE TRABALHO
Para Goleman,(2001) utilizar bem a inteligência emocional é trabalhar muito bem em equipe, exercitando constantemente o diálogo e a auto-análise. Dessa forma, a produção do indivíduo flui naturalmente, mantendo-o em equilíbrio consigo mesmo e com os demais.
É ilimitada a quantidade de situações em que a inteligência emocional pode ser colocada em prática no local de trabalho: ao se utilizar das emoções de maneira produtiva; ao desenvolver a capacidade necessária para manter um bom relacionamento com os colegas; para solucionar um problema complicado; ao realizar uma tarefa e muitos outros desafios que surgem no dia-a-dia de uma instituição ou empresa. A inteligência emocional pode ser aplicada tanto intrapessoalmente, quanto interpessoalmente.
A inteligência emocional é simplesmente o uso inteligente das emoções – isto é, fazer intencionalmente com que suas emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados. (WEISINGER, 2001, p. 14).
Usar a inteligência emocional nas relações profissionais faz com que haja um aumento da satisfação e da eficiência no desenvolvimento do trabalho. 
É importante aprender a utilizar a inteligência emocional para criar laços de empatia e colocar em prática as habilidades necessárias para o desempenho de um bom trabalho, pois a inteligência emocional pode contribuir para afetos e atitudes positivas no trabalho, gerando dessa forma satisfação no ambiente de trabalho.
SOFRIMENTO NO TRABALHO E SAúDE MENTAL DO TRABALHADOR
A psicodinâmica tem como objetivo estudar a influência da organização do trabalho no funcionamento psíquico do trabalhador, e as vivências de prazer e de sofrimento resultantes desta inter-relação. Dejours (1987) considera o sofrimento como uma vivência subjetiva, responsável pelo comprometimento do funcionamento psíquico do trabalhador quando do confronto permanente de interesses opostos e contraditórios, conscientes e inconscientes.
Conforme Dejours, (1987) o trabalho está cada vez mais direcionado à busca da satisfação das necessidades básicas, de realização dos sonhos e das fantasias. É uma forma de tentar enquadrar o jeito de ser à produtividade, à competência, ao reconhecimento, à ocupação de um espaço na sociedade. O indivíduo produtivo torna-se integrado ao que culturalmente representa boas condições de saúde, pois participa da elaboração necessária ao bom desenvolvimento da organização, da família, da comunidade em que vive e de sua própria vida enquanto responsável por si próprio.
A Psicodinâmica do Trabalho considera que as vivências de prazer-sofrimento coexistem entre si, e pode haver preponderância de uma sobre a outra.
A conceituação das vivências de prazer no trabalho constitui um núcleo teórico fundamental em Psicodinâmica do Trabalho (Dejours, 1994; Mendes, 1999). As vivências de prazer estão relacionadas ao sentido que o indivíduo atribui ao seu trabalho, às condições disponibilizadas pela organização e à liberdade de utilização de estratégias operatórias pelo trabalhador (Mendes e Linhares, 1996).
Pesquisas desenvolvidas por Mendes e Abrahão, (1996); Mendes (1999); Mendes e Tamayo, (2001) demonstram que as vivências de prazer ocorrem quando a organização do trabalho permite que o trabalhador utilize estratégias de trabalho para ajustar e adequar o prescrito à realidade de trabalho.
Ferreira e Mendes (2001),definem prazer como gratificação, sentimento de satisfação, realização, orgulho, identificação com o trabalho, sentimento de estar livre para pensar, organizar e falar sobre o trabalho, considerando que o modo particular de pensar é reconhecido pelo chefia e pelos colegas. 
Mas o trabalho também pode gerar sofrimento. As vivências de sofrimento aparecem associadas à divisão e à padronização de tarefas com subutilização do potencial técnico e da criatividade; rigidez hierárquica, com excesso de procedimentos burocráticos, ingerências políticas, centralização de informações, falta de participação nas decisões e não-reconhecimento; pouca perspectiva de crescimento profissional. 
Pesquisas revelam que situações de medo e de tédio são responsáveis pela emergência do sofrimento, que se reflete em sintomas como a ansiedade e insatisfação. Apontam ainda para a relaçãoentre esses sintomas e a incoerência entre o conteúdo da tarefa e as aspirações dos trabalhadores; a desestruturação das relações psicoafetivas com os colegas; a despersonalização com relação ao produto; frustrações e adormecimento intelectual.
Assim, o sofrimento pode desestabilizar a identidade e a personalidade do indivíduo e trazer conseqüências sobre o seu estado de saúde e sobre o seu desempenho laboral.
IMPACTO DE UM ACIDENTE DE TRABALHO SOBRE A COLETIVIDADE E FAMíLIA DO TRABALHADOR
O grande número de acidentes do trabalho é um grave problema social em nosso país, estudiosos do tema no Brasil e no mundo criticam as conclusões de várias análises de acidentes conduzidas no âmbito de empresas e de algumas instâncias governamentais e as concepções teóricas e metodológicas que lhes dão suporte. Na maioria das situações, os fatores identificados nas conclusões dessas análises se referem a comportamentos de trabalhadores, em ações ou omissões ocorridas pouco antes do acontecimento do acidente. São os atos e condições (ambientes) inseguros, falhas humanas ou técnicas. 
Os acidentes e doenças causam sofrimento e problemas para os trabalhadores, suas famílias e colegas de trabalho, além de onerar as empresas e a sociedade.
O trabalhador além de sofrer com a lesão física e com abalos psicológicos apresenta diferentes percepções e estratégias após o acidente, relacionadas à vida profissional familiar, demonstra preocupação em perder o emprego; aponta o desgaste que o afastamento temporário ou definitivo causa em sua vida; a dificuldade do retorno ao mercado de trabalho no caso de demissão; sofrem preconceito na família, na comunidade e na empresa. 
A família tanto pode culpar o trabalhador pelo acidente de trabalho como dar apoio e proteção às necessidades decorrentes do adoecimento, onde em uma grande maioria de vezes, seus membros assumem seu papel. O trabalhador e sua família sofrem cada vez mais os impactos do adoecimento e acidente de trabalho. 
	A avaliação adequada das condições de segurança e saúde identifica os riscos associados com as atividades laborais, contribuindo para que as condições de trabalho sejam transformadas e garantindo que sejam seguras, através de medidas de controle de risco bem planejadas, com supervisão adequada.
CAUSAS HUMANAS E FATORES PSICOLOGICOS 
O aumento do número de ocorrências de acidentes de trabalho e doenças profissionais instigou os pesquisadores a realizar investigações na busca da compreensão de como e por que os acidentes acontecem, e as razões para a explicação são as mais diversas. Envolvem falhas nos projetos dos sistemas de trabalho, das ferramentas e equipamentos que são denominadas causas materiais e, como principal causa encontra-se o fator humano, denominadas causas humanas, que ocorrem pelos atos inseguros realizados pelo trabalhador.
Através da psicodinâmica, busca-se entender como a organização do trabalho é importante na saúde do trabalhador, e porque altera sua percepção da atividade quando a ele é imposta uma realidade de trabalho que diverge das suas expectativas internas, muitas vezes inconscientes. Os estudos da psicodinâmica têm demonstrado que o trabalho pode ser um elemento tanto de estabilização como de fragilização do homem, dependendo da forma como está organizado e como se processam as relações sócio-profissionais dentro de uma determinada estrutura organizacional. Dessa forma, o trabalho aparece como elemento fundamental na conquista da identidade do indivíduo. 
CARACTERíSTICAS DE PERSONALIDADE E ACIDENTES DE TRABALHO
Cada indivíduo tem uma personalidade que é determinada pela relação que ele estabelece com seu meio. E seu comportamento pode ser alterado mediante as situações que ele enfrenta em seu dia-a-dia no ambiente de trabalho.
Nos acidentes de trabalho, todas as variáveis envolvidas no comportamento devem ser identificadas, para que se possam introduzir ações corretivas evitando conseqüências futuras e ações repetitivas.
As condições que podem favorecer um comportamento mais seguro e adequado envolvem um processo educativo em segurança e saúde, tornando desta forma o ambiente mais seguro e saudável para prevenir acidentes no ambiente de trabalho.
Havendo a melhoria do ambiente, do clima, da qualidade de vida, procedimentos, do conhecimento e do acompanhamento periódico, estão sendo oferecidas condições para que os trabalhadores possam trabalhar de forma mais produtiva e segura, minimizando a ocorrência dos acidentes de trabalho.
CONCLUSÃO
Todos esses indicadores apresentados neste trabalho são necessários para explicar os antecedentes de alguns acidentes de trabalho, mas o fator humano ocupa o lugar de destaque, compreendendo o prazer e sofrimento no processo de trabalho, as características psicossociais, o comportamento e aspectos da personalidade do indivíduo, dentre tantas outras.
Na ocorrência de acidentes de trabalho, todas as variáveis envolvidas no comportamento do trabalhador devem ser identificadas, e ações corretivas devem ser aplicadas, evitando ações repetitivas e conseqüências futuras.
As condições que favorecem um comportamento mais seguro e adequado envolvem um processo educativo em segurança e saúde, tornando o ambiente laboral mais seguro e saudável para prevenir acidentes.
Com a melhoria do ambiente, clima, qualidade de vida, procedimentos, conhecimento e acompanhamento periódico, estão sendo oferecidas condições para que se possa trabalhar de forma mais produtiva e segura, minimizando a ocorrência dos acidentes de trabalho. Quanto mais os trabalhadores em seu ambiente laboral vivenciarem prazer, satisfação e envolvimento na execução de suas tarefas, o desempenho será acima da média, favorecendo não só trabalhadores, mas também a organização.
REFERÊNCIAS
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAApdEAK/seguranca-trabalho acesso em: 26/04/2015
SAURIN, T. A. Segurança e Produção: um modelo para o planejamento e controle integrado. 312 f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.
GOLEMAN, D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MACHADO, L. Superinteligência. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
Revista Intersaberes, Curitiba, ano 2, n. 3, jan/jun 2007
WEISINGER, H. Inteligência emocional no trabalho: como aplicar os conceitos revolucionários da I. E. nas suas relações profissionais, reduzindo o estresse, aumentando sua satisfação, eficiência e competitividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
GELLER, E. Scott. Cultura de Segurança Total. Profissional Safety, Setembro, 1994.
LÉPLAT, Jacques e Xavier Cuny. Introdução à psicologia do trabalho. Rio de Janeiro: Fundação CalousteGulbenkian, 2000.
DELA COLETA, José Augusto. Acidentes de Trabalho. São Paulo: Atlas, 1991.
DEJOURS, C. Psicodinâmica do trabalho: uma contribuição da escola dejouriana a analise de relação prazer e sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas 1994
MENDES, A.M.; ABRAHÃO, J.I. A influência da organização do trabalho nas vivências de prazer e sofrimento dos trabalhadores: uma abordagem psicodinâmica. Revista: Psicologia Teoria e Pesquisa, v.26, n.2,1996. 
MENDES, A.M.; TAMAYO, A. Valores organizacionais e prazer e sofrimento no trabalho. Revista Psico-USF, v.6, n.1,2002.
FERREIRA, M.C.; MENDES, A.M. só de pensar em trabalhar, já fico de mal humor: atividade de atendimento ao público e prazer e sofrimento no trabalho.Revista Estudos em Psicologia,v.6,n 1, 2001.

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