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Apostila Módulo 6 - Relações Interpessoais

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Curso Superior de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Semestre 01 . Módulo 06
Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco 
CEFET-PE
CEAD - Coordenação de Tecnologias Educacionais e Educação a Distância
2007
Disciplina Relações Interpessoais Sócio-Ambientais 
Módulo 6
27
Capítulo 1: ética ambiental
Apresentação
Neste módulo, vamos refletir um pouco sobre problemas ambientais nas 
escalas global e local, discutindo sobre ética, política e educação ambiental 
como formas de construir uma consciência pró-ativa, visando à conservação 
e preservação ambiental.
1. Questões ambientais globais e locais
Muitas questões ambientais globais poderiam ser tratadas neste tópico, 
todavia vamos tomar como exemplo aquelas relativas às mudanças climáti-
cas globais.
Mudanças climáticas é um tema muito discutido na atualidade e tais mudan-
ças advêm das somas das perturbações causadas por diferentes atividades 
humanas, tais como o desflorestamento intensivo e a emissão de poluentes 
na atmosfera.
Nas diferentes formações vegetacionais do mundo, o homem desempenha 
atividades que requerem a retirada da cobertura vegetal. Em função de suas 
necessidades, o homem retira a vegetação para uso energético (lenha, 
carvão); madeireiro (construção de casas e cercas, fabricação de utensí-
lios, etc.), estabelecimento da agricultura (feijão, milho, hortaliças e outros); 
pastoreio (Figura 1); estabelecimento de moradias (urbanização) (Figura 2), 
entre outros.
A retirada da vegetação leva a uma modificação das paisagens naturais e 
também a uma alteração na taxa de seqüestro de Carbono de cada ambiente, 
porque as plantas, através do processo denominado de fotossíntese, são as 
principais responsáveis pela retirada do Carbono do ar.
O aumento da concentração de CO2 (seja pela retirada da cobertura vegetal, 
seja pelo excesso de emissão de gases na atmosfera) leva a um aumento da 
temperatura, induzindo mudanças climáticas em escala local e mundial.
IMPACTOS DO 
AQUECIMENTO GLOBAL
Entre os impactos que 
poderão ser ocasionados pelo 
aquecimento global, podemos 
destacar problemas graves 
relacionados à:
àgua: 3 bilhões de pessoas 
podem ser expostas à severa 
escassez de água;
saúde: 600 milhões de 
pessoas podem ser atingidas 
pela fome e pela desnutrição 
em razão de secas, à 
degradação dos ambientes e à 
salinização do solo;
biodiversidade: 30% das 
espécies animais e vegetais 
poderão ser extintas, se a 
temperatura média do mundo 
subir entre 1,5ºC e 2,5ºC;
economia: 4ºC de aumento 
na temperatura do ar pode 
levar a uma perda média de 1% 
a 5% do Produto Interno Bruto 
(PIB) global (Fonte: Modificado 
de http://www.unifacs.br/ 
pesquisa/eventos/ 
6%20seminario%20combustive
is/tarde/Paulo%20Cunha%202
007%20JUNHO%20UNIFACS.
pdf).
FORMAS DE MODIFICAÇÃO 
DOS ECOSSISTEMAS 
NATURAIS
O homem faz uso diversificado 
da vegetação. Entre eles, 
temos a exploração da mesma 
para uso como lenha, como 
mostra a figura abaixo. Esta 
prática tem levado à eliminação 
local de espécies, redução do 
tamanho das populações e 
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2� Figura 1. Vista de uma área de caatinga, onde a vegetação lenhosa foi retirada para 
estabelecimento de uma área de pastagem. Nestas áreas, poucos indivíduos arbóreos 
remanescentes são mantidos no pasto (Foto: Elcida L. Araújo).
Figura 2. Vista de uma área de caatinga,onde a vegetação foi retirada para construção 
de residências(Foto: Elcida L. Araújo).
Além de questões ambientais globais, localmente muitos problemas ambien-
tais são vivenciados pela sociedade. A maioria deles ocorre devido à ocupação 
desordenada das cidades e à exploração predatória dos recursos naturais. O 
lixo resultante das atividades humanas, via de regra, é um problema ambiental 
de escala local, que traz transtornos, também, à saúde humana, tornando-se 
um problema social, sanitário e ambiental.
Em ecossistemas aquáticos (como os reservatórios, açudes, etc.), o 
excesso de nutrientes que chega ao ambiente aquático, proveniente 
de efluentes domésticos e rejeitos industriais, tem causado a eutrofi-
zação artificial (ou seja, o enriquecimento excessivo de determinados 
nutrientes). A crescente eutrofização dos corpos d’água proporciona 
o surgimento de florações de microalgas (florações significa o cres-
cimento excessivo de algumas populações de microalgas), podendo 
algumas delas serem tóxicas à saúde dos animais, incluindo o homem. 
Um exemplo de um problema desta natureza pode ser o famoso caso, 
conhecido como Síndrome de Caruaru, onde 76 pacientes de uma clí-
nica de hemodiálise, do município de Caruaru-PE, morreram por serem 
tratados com água que estava contaminada com uma toxina, denomi-
nada de microcistina. Este problema ambiental ocorreu em escala local, 
mas teve repercussão em escala mundial, sendo discutido em vários 
fóruns ambientais e de saúde pública.
fragmentação florestal.
Outra prática bastante utilizada, 
na região nordeste, é a retirada 
da vegetação para 
estabelecimento de áreas de 
agricultura, como vemos 
abaixo, representado pelo 
cultivo de palma.
Foto: Suzene I. Silva
Ainda outra prática usual é a 
retirada de vegetação para 
estabelecimento de áreas 
de pastagens. Vejam, na 
foto abaixo, extenso trecho 
desflorestado onde o gado 
pasta livremente.
Foto: Suzene I. Silva
TESTE DE ÉTICA
“Ao tomar uma decisão, faça 3 
perguntas:
1. É uma decisão legal? (do 
ponto de vista civil, criminal 
e em relação à política da 
empresa?).
29
Vamos, agora, comentar um pouco sobre o problema da ética versus a polí-
tica ambiental adotada por nossa sociedade.
2. Ética ambiental x política ambiental
Antes de adentrarmos propriamente em uma discussão sobre a ética e a 
política ambiental, nos cabe entender melhor o que é ética. Por isso tecere-
mos, abaixo, alguns comentários sobre a ética e a prática.
A palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo de ser, o caráter. 
Os romanos traduziram a palavra “ethos” do grego para o latim “mos” (ou no 
plural “mores”), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral. Tanto 
“ethos” (caráter) como “mos” (costume) indicam um tipo de comportamento 
propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como 
se fosse um instinto, mas o costume é “adquirido ou conquistado por hábito”. 
Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma reali-
dade humana que é construída, histórica e socialmente, a partir das relações 
coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.
Podemos ampliar a compreensão desta palavra buscando entender o que 
diz os dicionários de nossa língua. Ética é conceituada como parte da filoso-
fia que estuda os valores morais da conduta humana. Também é entendida 
como um conjunto de princípios morais que devem ser observados no exer-
cício de uma profissão.
Os termos ética e moral, hoje em dia, são utilizados como sinônimos. 
Todavia, do ponto de vista técnico existe distinção entre estes dois termos. A 
moral pode ser entendida como um sistema de normas, princípios, preceitos, 
costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo 
social, ou seja, que são acatadas pelo indivíduo de forma livre e consciente, 
por convicção íntima, e não como uma imposição do grupo social.
Já a ética pode ser entendida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do 
comportamento moral, que busca explicar, compreender, justificar e criticar 
a moral de uma sociedade. Logo, a ética é filosófica e científica, ao contrário 
da moral, que, como vimos acima, tem caráter normativo.
Existe um ditado popular que diz que uma vida só é vivida quando é envol-
vida em outra vida, ou seja, a vida humana requer convívio, indicando que 
o homem não pode viver só. É na convivência ou na vida social que o 
homem torna-se realizadocomo um ser moral e ético. São nas relações 
interpessoais que os questionamentos de ordem moral aparecem. Em muitas 
situações, o homem freqüentemente necessita refletir sobre como deve agir 
2. É uma decisão imparcial? 
(Todos os envolvidos serão ganha-
dores?)
3. Vou me sentir bem comigo 
mesmo, tomando esta decisão? 
(Se for publicado nos jornais? / Se 
a minha famíliasouber?)”
Se as 3 respostas forem positivas, 
o quociente da nossa Inteligência 
Emocional (IE) é alto e a nossa 
decisão provocaráretornos de 
excelentes resultados.
Se forem negativas, os retornos 
serão comprovadamente desas-
trosos a curto ou longo prazo 
e devemos desenvolver, com 
urgência, o quociente da nossa 
Inteligência Emocional (IE).
Atualmente, para evitar as con-
seqüências desastrosas da falta 
de ética, inúmeras instituições, 
empresariais ou não, possuem seu 
Código de Ética obrigatório para 
todos os participantes, condição 
de permanência na organização.
A integridade é a única conduta 
vencedora e sintoma de alto quo-
ciente de Inteligência Emocional.
Livro consultado: “O Poder da 
Administração Ética” Kenneth 
Blanchard / N.V. Peale (Fonte: 
http://www. mh.etc.br/documentos/
seja_bem_sucedido_nas_rela-
coes_humanas.pdf)”.
UM POUCO DO HISTÓRICO DA 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1950 e 1960, diante de 
episódios como a contaminação 
do ar em Londres e Nova York.
1953 e 1965, a diminuição 
da vida aquática em alguns dos 
Grandes Lagos norte-americanos, 
a morte de aves provocada pelos 
efeitos secundários imprevistos do 
DDT e outros pesticidas.
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30
e quais decisões deve tomar. Por exemplo, diante de um distúrbio ambiental 
e mediante uma proposta de suborno para não registrar uma denúncia, o 
Gestor Ambiental necessita tomar uma decisão que vai envolver seu caráter 
moral e ética profissional.
Toda a reflexão sobre os problemas que um gestor ou qualquer outro profis-
sional tem a enfrentar estará relacionada ao que é socialmente considerado 
correto ou errado, justo ou injusto, bom ou mal, segundo a moral vigente, 
exigindo deles ações e comportamentos que envolvem uma avaliação, um 
julgamento ou um juízo de valor.
Ao deixarmos de refletir os porquês de nossas atitudes, estamos, de certa 
forma, aceitando como natural a realidade social, política, econômica e 
cultural vigente. Conseqüentemente, deixamos de exercitar nossa capaci-
dade crítica, ou seja, não colocamos em prática os nossos valores éticos e 
morais.
Os valores éticos e morais do homem se refletem nas políticas ambientais. A 
história do crescimento econômico e do desenvolvimento tecnológico no país 
está, infelizmente, relacionada à degradação dos recursos naturais, tornando 
críticos os impactos causados ao ambiente.
As políticas públicas ambientais nascem em resposta aos transtornos ambien-
tais que comprometem a economia e a sustentabilidade de gerações futuras. 
Por exemplo, o ciclo da cana-de-açúcar foi e ainda é muito importante para a 
história econômica da região Nordeste. Todavia, um dos subprodutos desta 
prática econômica, conhecido como vinhaça, tornou-se um sério problema 
ambiental bastante discutido nas décadas de 70 e �0. A vinhaça é um subpro-
duto do processo de fabricação do álcool (etanol), obtido a partir da destilação 
do caldo fermentado da cana-de-açúcar. Este subproduto, durante décadas, 
foi lançado ao céu aberto, nos mananciais de superfície (rios, riachos, entre 
outros), ocasionando danos à flora e à fauna do ambiente aquático.
Devido a todos os problemas ambientais advindos da deposição da vinhaça 
no ambiente, muitos fóruns sociais e políticos foram instituídos, levando ao 
aparecimento de políticas ambientais efetivas para o tratamento da vinhaça. 
Estas políticas levaram à aprovação de leis ambientais, hoje, em vigência, 
tais como: 1. a Portaria MINTER n° 323, de 03/11/1980, que proíbe o lan-
çamento da vinhaça nos mananciais superficiais; 2. Resolução CONAMA n° 
0002, de 05/06/1984, que determina a realização de estudos e apresentação 
de projeto de resolução, contendo normas para controle da poluição causada 
pelos efluentes das destilarias de álcool e pelas águas de lavagem da cana; 3. 
Resolução CONAMA n° 0001, de 23/01/1986, que obriga que seja realizada 
a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e o Relatório de Impacto Ambiental 
1960 e 1970, construção de 
grande parte dos conhecimentos 
atuais dos sistemas ambientais do 
mundo foi gerada nesse período.
1972, Conferência de Estocolmo, 
discussão do desenvolvimento 
e ambiente, conceito de 
ecodesenvolvimento .
1973, no Brasil, cria-se a 
Secretaria Especial do Meio 
Ambiente (SEMA).
1975, a UNESCO, em colaboração 
com o Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente, 
cria o Programa Internacional de 
Educação Ambiental (PIEA).
1978, Criação de cursos voltados 
às questões ambientais em várias 
universidades brasileiras.
1983, no Brasil, o Decreto n.º 
88.351/83, que regulamenta a Lei n.º 
226/87, determina a necessidade da 
inclusão da Educação Ambiental nos 
currículos escolares de 1º e 2º graus.
1986, I Seminário Nacional sobre 
Universidade e Meio Ambiente.
1987, realiza-se o Congresso 
Internacional sobre a Educação 
e Formação Relativas ao Meio 
Ambiente, em Moscou, Rússia, 
promovido pela UNESCO.
1989, Primeiro Encontro Nacional 
sobre Educação Ambiental no 
Ensino Formal, IBAMA-UFRPE, 
Recife.
1990, o Ministério da Educação 
(MEC), o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA) e o Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA) desenvolvem diversas 
ações para consolidar a Educação 
Ambiental na Brasil.
1990, Declaração de Haia, 
preparatório da Rio-92 – aponta 
a importância da cooperação 
internacional nas questões 
ambientais.
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31
(RIMA) para novas indústrias instaladas ou quaisquer ampliações efetua-
das nas já existentes. Assim, o Gestor Ambiental passou a ter instrumentos 
legais para fiscalização e monitoramento de empreendimentos econômicos 
no setor alcooleiro.
Outro exemplo ambiental, muito discutido na atualidade, diz respeito ao esta-
belecimento de empreendimentos em áreas ciliares, ou seja, em áreas com 
vegetação que ocorre em torno dos mananciais hídricos. Estas áreas eram 
e ainda são preferidas por proporcionar água para agricultura, para o pasto-
reio e para as atividades humanas. O quadro atual mostra que a maioria das 
margens ciliares encontra-se descaracterizada e muitas das espécies, consi-
deradas ciliares, não são mais encontradas com freqüência nessas áreas.
O problema ambiental das margens ciliares requer ações que proíbam o 
desmatamento de novas áreas e que incentivem o reflorestamento destes 
ambientes. As ações de reflorestamento de matas ciliares são medidas que 
proporcionam uma melhoria da qualidade da água do manancial, porque 
possibilitam: 1. melhoria das condições de infiltração e armazenamento da 
água pluvial nas imediações da área reflorestada, pois a malha formada 
pelas raízes da vegetação auxilia na retenção da água, reduzindo seu esco-
amento superficial; 2. redução da erosão das margens ciliares, minimizando 
problemas de assoreamento do leito do corpo hídrico; 3. o aumento da 
superfície de sombreamento, o que favorecerá a redução da taxa de evapo-
ração das águas; 4. recuperação da paisagem natural do ambiente ciliar e 5. 
o aumento da biodiversidade local.
Hoje, devido ao problema ambiental e ao exercício das políticas públicas, 
existem leis de proteção às margens ciliares. Estas se constituem em ins-
trumentos legais que devem ser utilizados pelo gestor no gerenciamento de 
ambientes ciliares. Entre as leis, vamos citar duas que serão úteis na prática 
do Gestor Ambiental:
a Lei nº 4771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal, 
estabelece, como de preservaçãopermanente, as florestas e demais 
formas de vegetação natural, situadas ao redor das lagoas, lagos ou 
reservatórios d´água naturais ou artificiais;
Resolução CONAMA No 302, de março de 2002, que dispõe sobre os 
parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente 
de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno de manan-
ciais hídricos. O Art. 1º desta Resolução versa sobre o estabelecimento 
de parâmetros, definições e limites para as Áreas de Preservação 
Permanente de reservatório artificial e a instituição da elaboração obri-
gatória de plano ambiental de conservação e uso do seu entorno. O Art 
3º desta Resolução constitui Área de Preservação Permanente a área 
1)
2)
1992, Conferência Rio-92 
estabelece uma proposta de ação, 
denominada Agenda 21.
1993, Criação dos Centros de 
Educação Ambiental do MEC, 
com a finalidade de criar e difundir 
metodologias em Educação 
Ambiental.
1994, I Congresso Ibero-
americano de Educação 
Ambiental, Guadalajara, México.
1997, Conferência Internacional 
sobre Meio Ambiente e Sociedade: 
Educação e Conscientização 
Pública para a Sustentabilidade, 
Grécia.
1997, I Teleconferência Nacional 
de Educação Ambiental, MEC. “ 
(Fonte: http://www.proext. ufpe.
br/cadernos/meio%20ambiente/
OFICINAS%20DE%20ARTESAN
ATO%20COM%20O%20LIXO%20
NA%20ILHA%20DE%20ITAMARA
CA-PE.doc).
GESTÃO AMBIENTAL E A 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
“A gestão pública estratégica 
dos recursos hídricos é de 
fundamental importância para 
a conservação e bom uso da 
água e deve ser encarada como 
prioridade pelos órgãos gestores 
que tratam dessa temática. Por 
se tratar de um bem natural, 
único, essencial ao ser humano 
e à vida e que está distribuído 
de forma desigual no planeta, 
além de apresentar atualmente, 
em todo o mundo, sinais 
evidentes de crescente escassez 
e deterioração, a gestão dos 
recursos hídricos é tratada de 
forma preponderante na Gestão 
Ambiental.
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»
33
A Educação Ambiental Informal é aquela praticada fora do ambiente escolar. 
Está principalmente vinculada a ações comunitárias, sendo desenvolvida 
por associação de moradores, clubes, igrejas, etc. A Educação Ambiental 
Informal tem por objetivo sensibilizar a sociedade para os problemas 
ambientais, de forma que a mesma possa mudar de atitudes em relação à 
exploração e conservação dos recursos naturais. Tenta fazer com que todos 
se sintam participantes e responsáveis pelo uso e conservação do ambiente, 
evitando, assim, sua degradação.
De modo geral, a Educação Ambiental Informal utiliza técnicas diversifica-
das para a percepção dos problemas ambientais. Para isto, muitas vezes 
se utiliza da cultura popular local (teatro, dança, música) para realizar uma 
comunicação em massa mais eficiente. A prática da educação Ambiental 
Informal permite fazer um diagnóstico local das necessidades e prioridades 
das comunidades.
Tanto a Educação Ambiental Formal quanto a Informal constituem-se em 
um processo de ensino-aprendizagem permanente e contínuo que objetiva 
a preparação de cidadãos conscientes, que participem de tomadas de deci-
sões em prol de uma gestão sócio-ambiental, comprometida com a melhoria 
da qualidade de vida e do bem -estar social de gerações presentes e futuras, 
tanto a nível local quanto global. 
4. Atividade a ser desenvolvida pelo(a) aluno(a)
Identifique e apresente, no fórum desta disciplina, as principais ques-
tões ambientais de seu município.
Discuta estratégias de ação para minimizar os problemas ambientais 
identificados por você.
5. Bibliografia consultada
BRAGHIROLLI, M. E.; BISI, G. P.; RIZZEN, L. A.; NICOLETTO, U. 2000. 
Psicologia Geral. 1ª ed. Vozes, Petrópolis- RJ.
CAMPBELL, B. 1983. Ecologia Humana. Edições 70. Lisboa. 260p.
D´ASSUMPÇÃO, E.A. 1984. Comporta-se fazendo: conceitos de ética 
para o profissional de saúde. Editora PUC-MG, FURMAC. Belo Horizonte. 
241p.
DIAS, G.F. 1992. Educação Ambiental: princípios e práticas. Ed. Gaia, 
São Paulo.
RICKLEFS, R. E. 1996. A economia da natureza. 3a. ed. Editora Guanabara 
Koogan. Rio de Janeiro. 469p.
»
»
I Conferência Intergovernamental 
sobre Educação Ambiental, 
realizada em Tbilisi, em 1977, e 
que coloca a necessidade da:
Consciência - para que se 
possam ajudar os indivíduos 
e grupos sociais na busca da 
sensibilidade e conseqüente 
assimilação da consciência 
necessária dos problemas do meio 
ambiente global e suas questões;
Conhecimento - para 
adquirirem uma diversidade de 
experiências e compreensão 
fundamental do meio ambiente e 
os problemas que o afetam;
Comportamento - que resulte 
em comprometimento com uma 
série de valores éticos, tal que os 
indivíduos se sintam interessados 
pelo meio ambiente, participando, 
assim, da proteção e da melhoria 
ambiental;
Habilidades - para adquirirem 
as habilidades necessárias para a 
correta identificação e resolução 
de problemas ambientais;
Participação - visando 
proporcionar a possibilidade da 
participação ativa nas tarefas que 
busquem resolver os problemas 
ambientais” (Fonte: http://www.
aguabolivia.org/situacionaguaX/
IIIEncAguas/contenido/trabajos_
azul/TC-126.htm).
a)
b)
c)
d)
e)