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Curso de 
Aromaterapia 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
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SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
O que é Aromaterapia 
História da Aromaterapia 
Cronologia da Aromaterapia 
O Aroma 
A Respiração e o Aroma 
Vivências 
 
MÓDULO II 
 
As Fases de Interpretação de um aroma 
Sistema Límbico 
As estruturas cerebrais na formação das emoções 
Os Óleos Essenciais 
Métodos de Extração 
Exercícios 
Vivências 
 
MÓDULO III 
 
Aromaterapia 
Sinergias 
Anamnese Uso da 
Precauções no uso da Aromaterapia 
Confecção de Produtos Aromaterapêuticos 
Exercícios 
 
 
 
 
 
3 
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MÓDULO IV 
 
Guia de Óleos Essenciais 
Exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
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MÓDULO I 
 
 
O que é a Aromaterapia? 
 
“A aromaterapia é uma opção de vida que nos ajuda a sentir bem fisicamente, 
mentalmente e emocionalmente. Seus meios para restaurar o equilíbrio do corpo e do 
espírito estão fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas e seus 
óleos essenciais”. 
 
Adão Roberto da Silva 
 
História da Aromaterapia 
 
Nos tempos primórdios, as ervas eram tratadas de maneira empírica e os 
conhecimentos eram passados verbalmente pelas mulheres, de mãe para filha, ao 
longo de milhares de anos. A vocação feminina para os cuidados da casa, colheita 
das ervas e geração e manutenção da prole, facilitou a transmissão do conhecimento 
e aprimoramento de técnicas para a prevenção de doenças dentro do lar. 
 
A Aromaterapia faz parte dos mais antigos métodos de cura. Foi constatado o 
uso dos óleos aromáticos no embalsamamento de múmias datando 6000 a.C; junto 
ao esqueleto havia vasilhas com folhas e plantas medicinais. Porém, os primeiros 
registros só apareceram por volta de 3000 a.C, quando foi criado o alfabeto Sumério. 
 
Acredita-se que a história da Aromaterapia começou com a queima de 
madeiras, folhas, gravetos e eucaliptos perfumados na Antigüidade. Esta prática 
provavelmente apareceu a partir da descoberta de que algumas fogueiras, como as 
feitas de cipreste e cedro, perfumavam o ar quando eram queimadas. Na verdade, a 
nossa palavra moderna perfume deriva do latim per fumum, que significa "através da 
fumaça". O incenso não foi, portanto, a única utilização de fragrância nos tempos 
 
 
 
 
 
5 
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antigos. Em algum ponto entre os anos 7000 e 4000 a.C, as tribos neolíticas 
aprenderam que as gorduras dos animais, quando eram aquecidas, absorviam as 
propriedades aromáticas e curativas das plantas. Talvez folhas ou flores perfumadas 
tenham caído acidentalmente na gordura enquanto a carne estava sendo preparada 
na fogueira. A informação obtida nesse acidente levou a outras descobertas: as 
plantas davam sabor à comida, ajudavam a curar ferimentos e suavizavam a pele 
seca de forma bem melhor que a gordura sem fragrância. Essas gorduras 
perfumadas, as precursoras das nossas modernas loções para massagem e para o 
corpo, perfumavam quem as usava, protegiam a pele e os cabelos das intempéries 
do tempo e dos insetos e relaxavam músculos doloridos. Elas também afetavam a 
energia e as emoções das pessoas. 
 
Podemos dizer que a Aromaterapia trabalha nosso corpo de maneira natural 
e holística. Os óleos essenciais atuam no corpo restaurando nossas energias 
curativas e proporcionando o balanceamento entre corpo, mente e espírito. 
 
A fumaça ou a fumigação foi provavelmente um dos usos mais antigos das 
plantas aromáticas com efeitos alucinógenos, estimulantes ou calmantes. 
Gradualmente esses conhecimentos foram passados geração a geração, até chegar 
aos dias de hoje. 
 
Cronologia da Aromaterapia: 
 
Na Babilônia foram encontradas placas de barros do ano 3000 a.C, que 
descreviam sobre a utilização de ervas. A Farmácia babilônica era extensa, tinha a 
descrição de 1.400 plantas. Porém a prática da medicina naquela época era muito 
precária. Heródoto, historiador grego, dá dicas de que era o costume deitar os 
pacientes nas ruas e pedir opiniões as pessoas que passavam. 
 
Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers comprou um volumoso rolo de 
papiro. Após ter decifrado a introdução, Ebers foi surpreendido pela seguinte frase: 
 
 
 
 
 
6 
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«Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do 
corpo humano.» 
 
Viria a provar-se ser aquele escrito o primeiro tratado médico egípcio 
conhecido. Compunha-se de uma parte relativa ao tratamento das doenças internas e 
de uma longa e impressionante lista de medicamentos. 
 
Atualmente, pode afirmar-se que, 2000 anos antes do aparecimento dos 
primeiros médicos gregos, já existia uma medicina egípcia, organizada como conjunto 
de conhecimentos e de práticas distintas das crenças religiosas. Duas das receitas 
incluídas no papiro de Georg Ebers são, efetivamente, consideradas como 
remontando à 6ª dinastia, ou seja, há cerca de 24 séculos antes do nascimento de 
Cristo. 
Aproximadamente na mesma época, o Templo de Edfu desenvolveu uma 
escola de medicina e mantinha um importante jardim de plantas medicinais. 
 
Dentre as plantas mais utilizadas pelos Egípcios, é indispensável citar o 
zimbro, as coloquíntidas, a romãzeira, a semente do linho, o funcho, o bordo, o 
cardamomo, os cominhos, o alho, a folha de sene, o lírio e o rícino. Um baixo-relevo 
proveniente de Akhetaton ostenta uma planta medicinal que posteriormente 
desempenharia um papel fundamental na farmacopéia da Idade Média: a 
mandrágora. 
Os Egípcios conheciam também as propriedades analgésicas da dormideira, 
utilizada, segundo eles, na preparação do «remédio contra as crises anormalmente 
prolongadas». 
Mais notável ainda é o conhecimento progressivamente adquirido das regras 
de dosagem específicas para cada droga; prática que se ampliou ao fabrico e à 
administração de todos os remédios, podendo afirmar-se que assim nasceu à receita 
médica e a respectiva posologia. 
 
Estes conhecimentos médicos iniciados no antigo Egito divulgaram-se 
 
 
 
 
 
7 
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nomeadamente na Mesopotâmia. Em 1924, o Dr. Reginald Campbell Thompson, do 
Museu Britânico, conseguiu identificar 250 vegetais, minerais e substâncias diversas 
cujas virtudes terapêuticas os médicos babilônios haviam utilizado, especialmente a 
beladona, administrada contra os espasmos,a tosse e a asma; os pergaminhos da 
Mesopotâmia mencionam ainda o cânhamo indiano, ao qual se reconhecem 
propriedades analgésicas e que se receita para a bronquite, o reumatismo e a 
insônia. 
O nome de Cleópatra é lendário e importante para a História da Aromaterapia 
e está inextricavelmente ligado à perfumaria. Cleópatra foi à última das rainhas 
egípcias, apesar de não ter puro sangue egípcio. Ela, mais grega que egípcia, reinou 
sobre um império moribundo – a força de sua personalidade foi suficiente para 
subjugar Júlio César, bem como Marco Antônio. Já disseram que sua beleza não era 
tão notável. A sedução que exerceu sobre Marco Antônio foi conseguida com seu uso 
liberal de perfumes. Há registros de que, em dada ocasião, usou ungüentos no valor 
de 400 denários - caríssimo, apenas para suavizar e perfumar suas mãos. Há 
histórias de Cleópatra embeber as velas de seu navio com o óleo essencial de 
jasmim e todas as vezes que cruzava o Nilo, todos sabiam que era ela, pois a 
reconheciam pelo seu perfume. 
Também encontramos notas de faraós que usavam os ornamentos nas 
cabeças em formato de cone, contendo os óleos que gotejavam pouco a pouco por 
seus cabelos aromatizando-os e produzindo uma grande atração e poder sobre as 
pessoas. 
Após a morte de Cleópatra, em 30 a.C o Egito se tornou uma província 
romana. Os romanos eram ainda mais liberais no uso de perfume que os gregos. 
Seus perfumes eram acondicionados em garrafas “unguentaria”, geralmente feitas de 
alabastro, ônix ou vidro e usadas para banhos – os banhos romanos. Os perfumistas 
romanos unguentarii eram numerosos e ocuparam um trecho específico de uma rua 
da cidade, a vicus thuraricus no Velabrum. Em Cápua, cidade notável por seu luxo 
 
 
 
 
 
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ocupava toda uma rua. Usavam-se três tipos de perfume: “Ladysmata” – ungüentos 
sólidos, stymmata - óleos essenciais, e diaspasmata – perfumes em pó. 
Na Índia, a aromaterapia como parte da medicina ayurvédica, remonta aos 
tempos dos Vedas, uma coleção de hinos datando aproximadamente 1500 a.C. 
Nessa época, os médicos indianos desenvolveram técnicas cirúrgicas e criaram 
diagnósticos avançados. O tratamento, entretanto, era feito com ervas aromáticas e 
fitoterápicas. O livro sagrado da Medicina Ayurveda, o Atharva Veda, inclui mais de 
1000 ervas medicinais, muitas das quais continuam sendo utilizadas até hoje. 
A princípio eram os Gregos, e mais tarde, por seu intermédio os Romanos, os 
herdeiros dos conhecimentos egípcios, desenvolvendo-os até um elevado nível. 
Aristóteles, espírito universal, estudou história natural e botânica; Hipócrates, 
freqüentemente considerado «o pai da medicina», reuniu com os seus discípulos a 
totalidade dos conhecimentos médicos do seu tempo no conjunto de tratados 
conhecidos pelo nome de Corpus Hippocraticum: para cada enfermidade descreve o 
remédio vegetal e o tratamento correspondente. 
Catão, o Antigo, no século II a.C., mencionou no seu tratado De Re Rustica 
cento e vinte plantas medicinais que cultivava no seu próprio jardim. 
No início da era cristã, Dioscórides inventariou no seu tratado De Materia 
Medica mais de 500 drogas de origem vegetal, mineral e animal. À semelhança dos 
seus predecessores, esforçou-se por ter em conta o maravilhoso e separar o racional 
do irracional. Esta preocupação científica nem sempre foi seguida por Plínio, o Antigo, 
cuja monumental História Natural contém por vezes descrições de algum modo 
fantasistas. 
Finalmente, o grego Galeno, cuja influência foi tão duradoura como a de 
Hipócrates, ligou o seu nome especialmente ao que ainda se denomina a «escola 
galênica» ou «farmácia galênica». Efetivamente, distingue-se o emprego das plantas 
«ao natural»; ou seja, sob a forma de pós, das «preparações galênicas», em que 
solventes como o álcool, a água ou o vinagre servem para concentrar os 
componentes ativos da droga, os quais serão utilizados para preparar ungüentos, 
emplastros e outras formas galênicas. 
 
 
 
 
 
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O longo período que se seguiu no Ocidente, à queda do Império Romano, 
designado universalmente por Idade Média, não foi exatamente uma época 
caracterizada por progressos científicos. Os domínios da ciência, da magia e da 
feitiçaria tendem freqüentemente a confundir-se; drogas como o meimendro-negro, a 
beladona e a mandrágora serão consideradas como plantas de origem diabólica. 
 
Assim, Joana D’Arc será acusada de ter «atormentado os Ingleses pela força 
e virtude mágica de uma raiz de mandrágora escondida sob a armadura». 
Contudo, não é possível acreditar que na Idade Média se perderam 
completamente os conhecimentos adquiridos durante os milênios precedentes. Os 
monges, devido aos seus conhecimentos do latim e do grego, foram os detentores do 
saber da Antiguidade; grande número de mosteiros vangloriava-se dos seus «jardins 
dos simples», onde cresciam as plantas utilizadas para o tratamento dos doentes. 
Ainda atualmente se conserva a memória de Santa Hildegarda, a «santa curandeira», 
cujos tratados, conhecidos pelo nome de Physica, além de resumirem os 
conhecimentos antigos, trazem à luz, pela primeira vez, as virtudes de algumas 
plantas como a pilosela ou a arnica. No entanto, a medicina da Idade Média foi, 
sobretudo, dominada pela Escola de Salerno; os eruditos que ali trabalhavam deram 
a conhecer, por intermédio de sábios (como Avicena, Avenzoar e Ibn-el-Beithar) e 
dos textos árabes, grande número de obras da medicina grega. Rogério de Salerno, 
no início do século XII, contribuiu para os consideráveis progressos da medicina do 
seu tempo. 
 
Foi, no entanto, no Renascimento, com a valorização da experimentação e da 
observação direta e com o surto das grandes viagens para as Índias e as Américas, 
que se originou o período de progresso no conhecimento das plantas e das suas 
virtudes. 
No início do século XVI, o médico suíço Paracelso tentou descobrir a «alma», 
a «quinta-essência» dos vegetais, de onde irradiam as suas virtudes terapêuticas. 
Não dispondo, evidentemente, dos meios de análise que mais tarde seriam 
 
 
 
 
 
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oferecidos pela tecnologia moderna, tenta aproximar as virtudes das plantas das suas 
propriedades morfológicas, da sua forma e cor: é a chamada «teoria dos sinais». O 
italiano Pier Andrea Mattioli, seu contemporâneo, comenta a obra de Dioscórides e 
descobre as propriedades do castanheiro-da-índia e da salsaparrilha-da-europa e 
descreve 100 novas espécies. 
 
Surgem os jardins botânicos: em 1544, Luca Ghini, professor em Bolonha, 
funda o de Pisa; em 1590, Veneza confia a Cortuso o de Pádua. Olivier de Serres 
reforma a agricultura francesa no reinado de Henrique IV, criando também, na sua 
propriedade de Pradel, em Vivarais, um admirável jardim de plantas medicinais, 
imitado algum tempo depois por Luís XIII, que funda em Paris o Jardim do Rei, 
predecessor do atual Museu Nacional de História Natural. 
O desenvolvimento das rotas marítimas, abertas a partir do final do século 
XV, coloca efetivamente a Europa no centro do Mundo. Os produtos dos países 
longínquos abundam e, entre eles, as plantas provenientes de outros territórios. Os 
conquistadores testaram em si mesmos as propriedades medicinais de muitas das 
plantas, suportando a experiênciadas propriedades mortais do curare; a casca de 
quina é utilizada para fazer baixar a temperatura nas febres palúdicas muito antes de 
se ter conhecimento de como dela extrair a quinina. 
A América transmitiu aos europeus o conhecimento das virtudes anestésicas 
e estimulantes da folha de coca. 
 
No período compreendido entre os anos de 1800 e 1900, aumentam os 
cientistas que sintetizam mais e mais compostos químicos. Começa novamente o 
declínio de tratamentos ou terapias com plantas que só voltam a serem utilizadas em 
meados do ano de 1914. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No ano de 1920 René-Maurice Gattefosse, Ph. D., químico francês 
especialista na área de cosmética, cria o termo aromaterapia. Enquanto trabalhava 
em seu laboratório, ele sofreu um acidente que resultou em uma queimadura de 
terceiro grau em sua mão e antebraço. Ele mergulhou seu braço em uma tina 
contendo óleo de lavanda, crendo que era água. Para sua surpresa, a dor da 
queimadura rapidamente diminuiu e durante um curto espaço de tempo, com o 
contínuo emprego do óleo de lavanda, a queimadura cicatrizou completamente sem a 
presença de qualquer tipo de cicatriz. 
Assim, como químico, Gattefosse dedicou-se a análise do óleo essencial de 
lavanda e descobriu que ele continha uma série de substâncias químicas de 
extraordinárias propriedades terapêuticas. 
Posteriormente, baseado nas pesquisas de Gattefosse, um médico francês, o 
Dr. Jean Valnet, desenvolveu o primeiro sistema de terapia através dos óleos 
essenciais. Durante a segunda guerra mundial, serviu como médico na frente armada 
francesa nas muralhas da China, tratando das vítimas. Em uma ocasião, ficou sem 
antibióticos e tentou a administração dos óleos essenciais. Para espanto de Valnet, 
os óleos essenciais possuíam um poderoso efeito em reduzir e parar com os 
processos infecciosos. 
Devido ao nascimento de uma nova forma de terapia, que não possuía ainda 
uma denominação clara e que fazia uso dos "aromas" presentes nos óleos essenciais 
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para tratar corpo e mente. Gattefosse criou o termo aromaterapia, termo que em 
pouco tempo passou a ser utilizado em tratamentos com aromas por todo o mundo. 
Além de criar o termo que denominou o uso terapêutico de óleos essenciais, 
Gatefosse escreveu o primeiro livro sobre o assunto que recebeu o mesmo nome. 
Atualmente a aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes 
países e pela Organização Mundial da Saúde. 
 
O Aroma 
 
Aroma – termo de origem latina; odor, olor, perfume agradável; cheiro; 
essência odorífera. 
 
Aromaterapia – ramo da fitoterapia - novo termo para ciência dos aromas: 
Aromalogia (1989) 
 
Aromacologia – é uma ciência em desenvolvimento que promovera a 
integração entre áreas diversas. Tais como, a neurofisiologia, a química, a farmácia, a 
cosmetologia, a psicologia, entre outras. Pretende inter-relacionar os aromas e seus 
efeitos psicofisiológicos. 
Nada é mais marcante do que um aroma: ele pode ser inesperado, pode ser 
marcante, fugaz, e mesmo assim marcar para sempre um instante de vida! 
 
Os odores explodem suavemente em nossa memória, como minas 
poderosas, escondidas sob a massa espessa de muitos anos de experiência. Basta 
percebermos um aroma para que lembranças aflorem e emoções sejam sentidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A respiração e o aroma 
 
A respiração é formada por pares: inspiração e expiração. Ao nascer 
inspiramos pela primeira vez e ao morrermos expiramos pela última vez. Ao longo da 
vida, cada respiração faz com que o ar passe pelo olfato. 
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela 
contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma 
abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com 
conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a 
entrar nos pulmões. 
As moléculas aromáticas flutuam até a câmara olfatória situada na parte mais 
alta do nariz, atrás da região entre as duas sobrancelhas; entram em contato com os 
receptores presentes no epitélio olfatório, que conduzem essas informações até o 
cérebro, até o sistema límbico (tálamo e hipotálamo) onde estão os sentimentos, as 
memórias, as emoções e as reações aprendidas e arquivadas. 
 
Quando as mensagens aromáticas atingem o sistema límbico, são 
processadas instantânea e intuitivamente. Por isso os aromas têm grande efeito, pois 
agem nos centros cerebrais, provocando reações emocionais ou físicas. 
 
De uma forma sutil, afetam os sentimentos relaxando ou revigorando, 
excitando ou ajudando a afastar o stress. 
 
O Olfato 
O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros 
mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células 
sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais (um cachorro tem mais de 100 
milhões de células sensoriais, cada qual com pelo menos 100 pêlos sensoriais). Os 
 
 
 
 
 
receptores olfativos são neurônios genuínos, com receptores próprios que penetram 
no sistema nervoso central. 
 
 
 
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em 
cima da boca e debaixo da caixa craniana. Contêm os órgãos do sentido do olfato e é 
forrada por um epitélio secretor de muco. 
Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta. 
O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais - 
chamada mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a 
parte inferior. 
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A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos e 
contêm glândulas que secretam muco o que mantém úmida a região. Se os capilares 
se dilatam e o muco é secretado em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma 
característico do resfriado. 
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. 
Os dendritos das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos 
olfativos), que ficam mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades 
nasais. Os produtos voláteis ou de gases perfumados ou ainda de substâncias 
lipossolúveis que se desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados, 
entram nas fossas nasais e se dissolvem no muco que impregna a mucosa amarela, 
atingindo os prolongamentos sensoriais. 
 
 
 
Dessa forma, geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo 
celular das células olfativas, de onde atingem os axônios, que se comunica com o 
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bulbo olfativo. Os axônios se agrupam de 10-100 e penetram no osso etmóide para 
chegar ao bulbo olfatório, onde convergem para formar estruturas sinápticas 
chamadas glomérulos. Estas se conectam em grupos que convergem para as células 
mitrais. Fisiologicamente essa convergência aumenta a sensibilidade olfatória que é 
enviada ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde o processode sinalização é 
interpretado e decodificado. 
 
 
 
Aceitam-se a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do 
olfato, cada uma com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos 
diferentes de cheiros que uma pessoa consegue distinguir resultariam da integração 
de impulsos gerados por uns cinqüenta estímulos básicos, no máximo. A integração 
desses estímulos seria feita numa região localizada em áreas laterais do córtex 
cerebral, que constituem o centro olfativo. 
 
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Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 
1981. 
 
 
A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para 
estimulá-la, produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa 
quanto maior a quantidade de receptores estimulados, o que depende da 
concentração da substância odorífera no ar. 
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto 
mastigamos, sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista 
adaptativo, o olfato tem uma nítida vantagem em relação ao paladar: não necessita 
do contato direto com o objeto percebido para que haja a excitação, conferindo maior 
segurança e menor exposição a estímulos lesivos. 
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início 
da exposição a um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte 
também, mas, após um minuto, aproximadamente, o odor será quase imperceptível. 
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores 
ao mesmo tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada 
vez. Contudo, um odor percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes. 
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Se tanto um odor pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o 
dominante será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma 
intensidade, a sensação olfativa será entre doce e pútrida. 
O olfato é 10 mil vezes mais sensível que o paladar. 
 
Vivências: 
Vivência I: 
Comece preparando um ambiente tranqüilo para a sua meditação, longe de 
muitas interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule a 
luminosidade. Procure usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem como se for 
ouvir música, que esta seja suave e em volume baixo. 
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se 
confortavelmente. 
Relaxe os músculos e passe a respirar tranqüilamente de forma circular. A 
respiração circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen fiquem 
cheios de ar, depois expire todo o ar que puder, sem dar pausa entre um movimento 
e outro. Faça isso lentamente e logo se sentira em um estado de transe leve. 
Transporte-se agora para a sua infância e identifique quais os cheiros que o 
rodeavam e qual a sensação referente a cada um desses aromas. 
Quais os cheiros que vêm primeiro a mente? 
Qual a sensação relativa a eles; é boa ou ruim? 
Lembra alguém ou situação em especial? 
 
 
 
 
 
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Veja-se agora na adolescência. Quais os cheiros que você identificou na 
infância e permanecem agradáveis neste período? 
Quais os cheiros que te desagradavam neste período? Por quê? 
Quais de todos os cheiros que você identificou no período da infância e 
adolescência que permanecem agradáveis e a que tipo de sensação eles remetem? 
Vivência II 
Transcreva a vivência em detalhes. 
 
Vivência III 
Compre ramas de ervas secas e separe-as em vasilhas de vidro: 
Pétalas de rosas – referente aos aromas de flores 
Ramas de alecrim – referente aos aromas de folhas 
Canela e cravo – referente aos aromas de madeira 
Casca da laranja – referente aos aromas cítricos. 
 
Com os olhos vendados pegue cada um dos potes e sinta o aroma tentando 
identificá-los e fixá-los. 
Escrevam no caderno as sensações e percepções. 
Ex: Qual aroma identificou primeiro? 
 
 
 
 
 
 
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Vivência IV 
Compre os óleos essenciais básicos e comece a uni-los em uma caixinha que 
será a sua caixa de aromaterapia. 
Os óleos são: lavanda, laranja, alecrim e cedro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
----------------- FIM DO MÓDULO I ---------------

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