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Avaliação Nutricional nos Ciclos da Vida: Gestante Material: Aline Tischler e Érica Santos Profa. Érica Santos Alterações Fisiológicas na Gestação 50% de expansão do volume plasmático. 20% de queda na concentração de hemoglobina plasmática Débito cardíaco aumenta de 30 a 40% Intensa circulação placentária TMB aumenta de 15 a 20% no final da gestação. Aumento de peso Demanda de O2 Maior produção hormonal. Alterações Fisiológicas na Gestação No final da gravidez há maior acúmulo de gordura sob a forma de triglicerídios, principalmente nas coxas e na região subescapular, para servir de energia imediata em períodos de jejum. Expansão uterina: Diafragma movimenta-se mais vezes, com menor profundidade, o que caracteriza na gestante, a respiração “ofegante”. Alterações Fisiológicas na Gestação Alterações hormonais (1º trimestre) Paladar Diminuição da sensibilidade ao sal. Olfato: Heperêmese, náuseas e vômitos. Alterações Fisiológicas na Gestação GP do 3º. Trimestre Crescimento da massa muscular fetal. Células adiposas fetais 4º. mês e aumento acentuado das mesmas até o nascimento. Desnutrição gestacional no início da vida pós-natal está associada a prejuízos durante toda a infância. Problemas Nutricionais Mais Prevalentes na Gestaçã0 Magreza / Desnutrição Aborto Prematuridade Retardo de crescimento intrauterino BPN Mortalidade neonatal / pós-neonatal / infantil Problemas Nutricionais Mais Prevalentes na Gestaçã0 Sobrepeso / obesidade Macrossomia (peso > 4000kg) Pré-eclampsia Obesidade pós-parto Diabetes (prévia ou gestacional) Hipertensão Arterial Complicações no parto cirúrgico Anemia Hb <10,5 Conceitos Importantes Classificação da gestação por semana gestacional GRAVIDEZ PRÉ-TERMO OU RN NASCIDO PRÉ-TERMO <37 SEMANAS DE GESTAÇÃO GRAVIDEZ A TERMO OU RN NASCIDO A TERMO 37 A 42 SEMANAS DE GESTAÇÃO GRAVIDEZ PÓS-TERMO OU RN NASCIDO PÓS-TERMO >42 SEMANAS DE GESTAÇÃO Conceitos Importantes Duração – até 42 semanas gestacionais Primeiro trimestre 1ª. à 13ª. SG Segundo trimestre 14 ª. à 27ª. SG Terceiro trimestre 28ª. à 42ª. SG Distribuição do Ganho de Peso Durante a Gestação COMPONENTES QUANTIDADE(g) FETO 3.300 PLACENTA 650 LÍQUIDO AMINIÓTICO 800 ÚTERO 900 GLÂNDULA MAMÁRIA 400 SANGUE MATERNO 1.250 SUB-TOTAL 7.300 RESERVA 5.200 TOTAL 12.500 Avaliação do Estado Nutricional (EN) e do Ganho de Peso Gestacional Objetivo: avaliar e acompanhar o estado nutricional da gestante e o ganho de peso durante a gestação para: • Identificar, a partir de diagnóstico oportuno, as gestantes em risco nutricional (baixo peso, sobrepeso ou obesidade) no início da gestação; • Detectar as gestantes com ganho de peso baixo ou excessivo para a idade gestacional; • Realizar orientação adequada para cada caso, visando à promoção do estado nutricional materno, condições para o parto e peso do recém-nascido. Avaliação nutricional na gestação Anamnese: histórico de doenças, história social, econômica e educacional, inquéritos alimentares... Exame físico: Avaliação clínica Avaliação antropométrica Avaliação bioquímica Exames complementares (SN) EXAME FÍSICO Exame Físico: Edema ACHADOS ANOTE CONDUTAS Edema ausente (-) Acompanhar a gestante seguindo o calendário de rotina Apenas edemas de tornozelo, sem hipertensão ou aumento súbito de peso (+) Avaliar a associação com postura, ao final do dia, ao aumento da temperatura ou ao tipo de calçado. Exame Físico: Edema ACHADOS ANOTE CONDUTAS Edema limitado aos membros inferiores, com hipertensão ou aumento de peso e/ou proteinúria + (++) Aumentar repouso em decúbito lateral esquerdo. Verificar a presença de sinais/sintomas de pré-eclâmpsia grave e interrogar sobre movimentos fetais. A gestante deve ser avaliada pelo médico e encaminhada para o serviço de alto risco. Edema generalizado (face, tronco e membros), ou que já se manifesta ao acordar, acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de peso (+++) Gestante de risco em virtude de suspeita de pré-eclâmpsia ou outras intercorrências. Mucosas COLORAÇÃO – A coloração normal é róseo-avermelhada, decorrente da rica rede vascular das mucosas. A nomenclatura habitual é mucosas normocoradas. ALTERAÇÕES DA COLORAÇÃO Descoramento das mucosas – É a diminuição ou a perda da cor róseo-avermelhada. Designa-se este achado mucosas descoradas ou palidez das mucosas, ou mucosas hipocrômicas. Mucosas É de praxe utilizar uma escala de uma a quatro cruzes para a coloração das mucosas (+, ++, +++ e ++++), onde: Mucosas descoradas (+) significa uma leve diminuição da cor normal; Enquanto mucosas descoradas (++++) indica o desaparecimento da coloração rósea. As mucosas se tornam, então, brancas como uma folha de papel. O encontro de mucosas descoradas é um achado semiológico de grande valor prático, pois indica a existência de anemia!!! Estado Nutricional Pré-Gestacional Conhecido a partir da recordação da mãe com relação ao seu peso até 2 meses antes da gestação. Importância: Fator determinante para Ganho de Peso - GP insuficiente ou excessivo Intervenção precoce Monitoramento frequente Avaliação criteriosa do Peso Curva de Peso por Semana Gestacional - SG Cálculo da Idade Gestacional Calcular a idade gestacional: a) DUM: DIA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO corresponde ao primeiro dia de menstruação do último período menstrual referido pela mulher. A partir desse dado (DUM), conta-se as semanas passadas, ou conta-se os dias até a data da consulta atual e divide-se por 7 para ter o resultado em semanas. Ex.: DUM: 02/03/2014 Data da consulta: 20/05/2014 Idade gestacional = 11 semanas e 2 dias. Cálculo da Idade Gestacional Pode ser necessário arredondar: 1 a 3 dias = considerar o n. de semanas completas 4 a 6 dias= considerar a semana seguinte Ex: 11 semanas e 3 dias= 11 semanas 11 semanas e 5 dias = 12 semanas Procedimentos para avaliar o estado nutricional da gestante 1º) Calcular o IMC Pré Gestacional - PG da gestante Tabela 1: IMC pré-gestacional ** Se não souber o peso que tinha antes da gestação, utilizar o do primeiro trimestre, vide quadro 1. Procedimentos para avaliar o estado nutricional da gestante 2º) Baseado na classificação anterior, estimar o ganho de peso semanal e total, verificando o Quadro 2 BAIXO PESO 1º TRIMESTRE: 2,3KG ADEQUADO 1º TRIMESTRE: 1,6KG Procedimentos para avaliar o estado nutricional da gestante D) Se o PPG for desconhecido: a) Calcular o IMC gestacional atual; b) Localizar no Quadro 1 a semana gestacional e a posição do IMC calculado, e classificar o estado nutricional da Gestante; c) Verificar no Quadro 2 o ganho de peso total e Semanal. ATENÇÃO: EUTROFIA PARA GESTANTES = 20,0 kg/m2 Abaixo deste valor, é MAGREZA!!!!! Fonte: ATALAH E et al. Propuesta de un nuevo estándar de evaluación nutricional en embarazadas. RevistaMédica de Chile, 125(12):1429-1436, 1997. 1) Localize, no eixo horizontal, a semana gestacional calculada e identifique, no eixo vertical, o IMC da gestante; 2) Marque um ponto na interseção dos valores de IMC e da semana gestacional; 3) Classifique o EN da gestante, segundo IMC por semana gestacional, conforme legenda do gráfico: BP, A, S, O O traçado deve ser sempre ascendente, durante toda a gestação, mesmo para gestantes com excesso de peso. CURVA DE ATALHAH DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL GP no 1º. Trimestre GP conforme estado nutricional pré gestacional para mulheres brasileiras. Perda de Peso (PP) acima de 3Kg e Ganho de Peso (GP) acima de 2Kg* = riscos! Situações que não comprometem saúde da mãe nem do feto! Estudos atuais Perda de até 3 Kg Manutenção do peso Ganho de até 2 Kg GP no 2º. E 3º. trimestres Depende do EN PG da gestante! Pacientes com baixo peso devem ganhar 2,3 kg no primeiro trimestre e 0,5 kg/semana nos segundo e terceiro trimestre. gestantes com IMC adequado devem ganhar 1,6 kg no primeiro trimestre e 0,4 kg/semana nos segundo e terceiro. GP no 2º. E 3º. trimestres Depende do EN PG da gestante! Gestantes com sobrepeso devem ganhar até 0,9 kg no primeiro trimestre e no segundo e terceiro trimestre devem ganhar até 0,28 kg/semana. gestantes obesas não necessitam ganhar peso no primeiro trimestre. Já no segundo e terceiro trimestre as gestantes obesas devem ganhar até 0,22kg/semana. Avaliação Bioquímica de Rotina HEMOGLOBINA NA GESTAÇÃO: Hb >11g/dl: AUSÊNCIA DE ANEMIA Hb >8 g/dl a < 11g/dl: ANEMIA LEVE OU MODERADA Hb < 8g/dl : ANEMIA GRAVE - PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO 40% da mortalidade perinatal está associada a anemia!!! Risco de aborto espontâneo Prematuridade e baixo peso ao nascer (MS, 2012) Cuidados na gestação Toxoplasmose Toxoplasmose: protozoonose provocada pelo Toxoplasma gondii, transmitido através de contaminação, principalmente por fezes de gato, carnes cruas ou mal cozidas (porco e carneiro) e vegetais que abriguem os cistos. Toxoplasmose Penetra a barreira placentária e contamina o feto causando malformações, hidrocefalia, neuropatias, cegueira ou aborto espontâneo. Rubéola Rubéola: infecção provocada pelo togavírus, transmitida por via respiratória e, também é capaz de penetrar a barreira placentária e contaminar o feto causando malformações, surdez, cegueira ou aborto espontâneo. Rubéola Gestantes não devem ser vacinadas contra a rubéola e as mulheres vacinadas devem evitar a gestação até o mês seguinte à vacinação pelo risco de contaminação do feto (mesmo enfraquecido o vírus pode atravessar a placenta). Avaliação Bioquímica: Sorologias Avaliação de Imunoglobulinas (anticorpos): detecção dos anticorpos específicos contra o parasita/vírus, como as imunoglobulinas IgM, que só existem nas fases agudas, e IgG que está aumentada na fase crônica da doença. IgG + Indica “contato com a doença no passado” ou infecção passada (por aquisição da doença ou imunização). IgG - Não está imune (nunca teve contato com a doença, ou não foi vacinada, não possui anticorpos específicos) vulnerabilidade/risco IgM+ Indica doença presente. risco IgM- Não está infectado ou doente atualmente. Sorologias e interpretação SOROLOGIA PARA RUBÉOLA IgG e IgM IgG (+) IgM (-) infecção passada, porém não doente = pré-natal normal IgG (-) IgM (+) doença presente, sem infecção passada = pré-natal de alto risco IgG (+) IgM (+) infecção passada, porém doente = pré-natal de alto risco IgG (-) IgM (-) realizar imunização no puerpério (é contraindicada a vacina contra a rubéola durante a gestação!!!) Sorologias e interpretação SOROLOGIA PARA TOXOPLASMOSE IgG e IgM IgG (+) IgM (-) infecção passada, porém não doente= pré-natal normal IgG (+) IgM (+) infecção passada, porém doente = pré-natal de alto risco IgG (-) IgM (+) doença presente, sem infecção passada = pré- natal de alto risco IgG (-) IgM (-) repetir no 3º trimestre Diabetes Gestacional (DG) Por que o rastreamento é tão importante? Porque pacientes diabéticas possuem maior ocorrência de malformações fetais, abortamentos, macrossomia e mortes perinatais. Diabetes Gestacional (DG) Fatores de risco: Idade materna acima de 35; Ganho de peso excessivo durante a gestação; Sobrepeso ou obesidade; Síndrome dos ovários policísticos; Diretrizes SBD, 2014-2015 Diabetes Gestacional (DG) Fatores de risco: História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional; História familiar de diabetes em parentes de 1º grau. História de diabetes gestacional na mãe da gestante; Hipertensão arterial sistêmica na gestação e gestação múltipla (gravidez de gêmeos). Diretrizes SBD, 2014-2015 Diabetes Gestacional (DG) Procedimentos: Glicemia de jejum < 24SG 85 a 90mg/dL, SEM fatores de risco = NORMAL; < 24SG 85 a 90mg/dL COM fatores de risco = *RASTREAMENTO POSITIVO; Diabetes Gestacional (DG) Procedimentos: Glicemia de jejum < 24SG 90 a 109mg/dL = *RASTREAMENTO POSITIVO < 24SG glicemia de jejum 110mg/dL repetir Se jejum <110 mg/dl e TTG <140mg/dL (2h)= NORMAL; Se jejum ≥ 110 mg/dl e TTG ≥ 140mg/dL = DG *Confirmar via Teste de Tolerância a Glicose - TTG: (MS, 2012) DIABETES GESTACIONAL ≥ ≥ ≥ ≥ Doença Hipertensiva Específica da Gestação - DHEG Distúrbio mais comum na gestação Caracterizado pela presença da tríade Distúrbios Hipertensivos da Gestação (DHEG) Pré-eclâmpsia: é um distúrbio no qual a P.A. encontra-se acima da normalidade, juntamente com proteinúria (>300mg) e edema em MMI e MMS repentino. Causa mais frequente de morte materna no Brasil. Podendo progredir para... Distúrbios Hipertensivos da Gestação (DHEG) Podendo progredir para... Eclâmpsia: quadro convulsivo, P.A. descompensada e comprometimento renal alta mortalidade materno-infantil Quem tem mais risco para DHEG? Primigestas com mais de 30 anos Gestações múltiplas com sobrepeso ou obesidade Diagnóstico de HAS há mais de 4 anos História familiar e/ou pessoal prévia de pré-eclâmpsia HAS em gestação anterior ganho de peso excessivo Doença renal Casos especiais: Gestação Gemelar e Gestação na Adolescência No caso de gestação múltipla, o ganho de peso total compreendido até 37-42 semanas de gestação deve ser entre 14 kg e 23 kg para mulheres com sobrepeso e entre 11 kg e 19 kg, para mulheres com obesidade. (INSTITUTO DE MEDICINA, 2005). O mesmo procedimento para as demais gestantes deve ser realizado a cada consulta, cálculo do IMC e registro na curva de acompanhamento. Casos especiais: Gestação Gemelar e Gestação na Adolescência Faixa de ganho de peso na gestação gemelar SEMANA GESTACIONAL BAIXO PESO EUTROFIA SOBREPESO E OBESIDADE 0 a 20 0,57-0,79 0,45-0,68 0,34-0,45 20 a 28 0,68-0,79 0,57-0,79 0,34-0,57>28 0,57 0,45 0,34 Algumas considerações Mulheres com estatura < 1,50m é recomendado o ganho de peso total no limite inferior do intervalo. Ex.: gestante eutrófica, (conforme IMC) altura = 1,46m deve ganhar no total de 11,5 a 16kg (conforme a tabela). Para esta gestante, deve-se preconizar o ganho total de 11,5kg, ou seja, o do limite inferior do intervalo. Adolescentes cuja classificação segue a de adultos (2 anos após a menarca), deve-se programar o ganho de peso no limite superior do intervalo. Anamnese da Gestante Realizar a Anmnese completa. Durante a primeira consulta de pré-natal, é importante obter a história clínica e familiar da paciente, identificando especialmente a presença de história prévia de HAS, cardiopatias, DM, infecções, DST e doenças psiquiátricas. Deve-se identificar o uso de medicações. História obstétrica: A história obstétrica busca conhecer o número de gestações (G), a ocorrência de partos (P), intervalos entre os partos, peso do bebê ao nascimento, a ocorrência de aborto (A), hemorragias, diabetes, pré-eclâmpsia, eclampsia e outras situações relacionadas a um maior risco para a saúde da mãe e bebê. G2P1A0 (gestação 2, parto 1 e aborto 0) Anamnese da Gestante Álcool: O consumo de álcool durante a gestação está associado a defeitos físicos e alterações psíquicas e de desenvolvimento neurocomportamental. Tabagismo e drogas: Entre os riscos relacionados ao tabagismo durante a gestação, encontramos: baixo peso ao nascer, restrição do crescimento fetal, parto prematuro, aborto espontâneo, morte fetal, morte neonatal e diminuição da qualidade e quantidade de leite materno. O fumo passivo durante a gestação também aumenta as probabilidades de retardo de crescimento intrauterino e risco de baixo peso ao nascer (FESCINA et al, 2007). Inquéritos alimentares: Padrão de consumo, fracionamento, alimentos fonte de ferro, ácido fólico, B12 e cálcio, identificação de inadequações. GESTANTE (> 10 anos e < 60 anos): Resumo PASSOS PARA O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DA GESTANTE SÃO: 1º PASSO: Calcular a semana gestacional. 2º PASSO: Pesar a cada consulta e medir a altura na primeira consulta. No caso de gestantes adolescentes, medir a cada 3 meses. 3º PASSO: Localizar, no eixo horizontal, a semana gestacional calculada e identificar, no eixo vertical, o IMC da gestante. GESTANTE (> 10 anos e < 60 anos): Resumo 4º PASSO: Marcar um ponto na interseção dos valores de IMC e da semana gestacional. 5º PASSO: Classificar o estado nutricional da gestante segundo IMC por semana gestacional, conforme legenda do gráfico 1: BP, A, S, O. 6º PASSO: Ligar os pontos obtidos e observar o traçado resultante. A marcação de dois ou mais pontos no gráfico (primeira consulta e subseqüentes) possibilita construir o traçado da curva por semana gestacional. considere: - traçado ascendente: ganho de peso adequado; - traçado horizontal ou descendente: ganho de peso inadequado (gestante de risco); CASO M.F.S., 30 anos, G2P1A0, secretária, renda familiar R$2100,00, mora com o filho de 2 anos em casa própria, com boas condições de saneamento. Ao exame físico apresenta edema em membros inferiores (+++/IV), mucosas descoradas (++/IV). Exames laboratoriais realizados na 20ªSG: Hb = 10g/dL, glicemia de jejum = 91mg/dL, IgG- e IgM- para toxoplasmose e rubéola. Na 28ªSG realizou TTG = 140 mg/dL e glicemia de jejum = 95mg/dL. Ao exame antropométrico: PPG = 76kg e estatura = 169 cm. Avalie o estado nutricional pré-gestacional e evolução do ganho de peso da paciente; Faça a projeção de ganho de peso futura; CASO cont... SEMANA GESTACIONAL PESO (KG) IMC 13 78,0 18 80,0 22 83,0 26 85,0 30 86,7 34 88,5 IMCPG Fonte: INSTITUTE OF MEDICINE. Nutrition during pregnancy. Washington DC. National Academy Press, 1990. WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHO Technical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995. Ganho de peso do paciente SEMANA GESTACIONAL PESO (KG) GANHO SEMANAL EXCEDENTE 13-PPG 78,0-76 2 2-0,9 = 1,1kg 18-13 80,0-78 2 ÷ 5 0,4 0,4-0,3 = 0,1 x 5 = 0,5kg 22-18 83,0-80 3 ÷ 4 0,75 0,75-0,3 = 0,45 x 4 = 1,8kg 26-22 85,0-83 2 ÷ 4 0,5 0,5-0,3=0,2 x 4 = 0,8kg 30-26 86,7-85 1,7 ÷ 4 0,425 0,425-0,3 =0,125 x 4 = 0,5kg 34-30 88,5-86,7 1,8 ÷ 4 0,45 0,45-0,3 =0,15 x 4 = 0,6kg TOTAL 12,5kg 5,3kg ganho de peso do trimestre Diferença de semanas Peso excedente CASO CLÍNICO GESTANTE 2 C.A.D., 26 anos, G3P2A0, dona de casa (parou de trabalhar como vendedora após descobrir que estava grávida), renda familiar de R$ 1.200,00, mora com o marido em casa própria com boas condições de saneamento. Ao exame físico apresenta edema em membros inferiores (++/IV), mucosas descoradas (+/IV). Exames laboratoriais realizados na 25ºSG revelam: Hb 10,8 g/dl, glicemia de jejum 108 mg/dl, IgG e IgM-- para toxoplasmose e rubéola. Na 28ºSG realizou TTG= 138 mg/dl. Ao exame antropométrico: PPG 62Kg e estatura= 165cm. Semana Gestacional Peso (Kg) 13 64,0 17 65,4 21 68,0 25 71,0 29 73,0 33 75,6 CASO CLÍNICO GESTANTE 2 Avalie o estado nutricional pré-gestacional e a evolução do ganho ponderal da paciente, comente sobre os exames laboratoriais correlacionando com os achados clínicos. Com base na Curva de Atalah, faça avaliação do ganho ponderal.