Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estruturas de Madeira Peças Tracionadas Prof. Esp. Igor Leite Critérios de Dimensionamento Critérios de Dimensionamento Critérios de Dimensionamento Peças Tracionadas Axialmente Conforme a direção de aplicação do esforço de tração, em relação às fibras da madeira, pode-se ter a madeira submetida à tração paralela ou à tração normal. A resistência da madeira a esforços de tração paralela às fibras é muito alta, enquanto que a resistência à tração normal às fibras é muito baixa e frequentemente desprezada. A resistência da madeira a um esforço de tração aplicado em uma direção inclinada, em relação às fibras, apresenta um valor intermediário entre as observadas na tração paralela e normal. Peças Tracionadas Axialmente Tração paralela às fibras Segundo a NBR 7190, da ABNT (1997), os esforços resistentes das peças estruturais de madeira devem ser determinados com a hipótese de comportamento elastofrágil do material, isto é, com um diagrama “tensão X deformação” linear até a ruptura tanto na compressão quanto na tração. Assim, o Estado Limite (Último) de peças submetidas à tração paralela às fibras é o de ruptura, na seção menos resistente, por tensões de tração e as bases para o dimensionamento são as estudadas em “Resistência dos Materiais” Peças Tracionadas Axialmente Determinação da área líquida com pinos: A área útil deve considerar a redução por furos ou entalhes na seção quando a redução da área resistente for superior a 10% da peça íntegra. Considera-se neste item somente as barras de seção retangular h x t Peças Tracionadas Axialmente Seção transversal reta: sendo Aw = área bruta da seção = h. t; n = número de furos da seção; Af = área de um furo Peças Tracionadas Axialmente No caso do exemplo de ligação da figura abaixo, o número n de Af a ser descontado da área bruta Aw da seção tracionada será: An = Ag – n.Af s = espaçamento entre furos ao longo das fibras da madeira; d = diâmetro do pino metálico; n = número de furos a serem considerados na redução da seção bruta da peça tracionada; An = área líquida ou útil da seção; Ag = área bruta da seção e Af = área da projeção de um furo. Peças Tracionadas Axialmente No caso do exemplo de ligação da figura abaixo, o número n de Af a ser descontado da área bruta Aw da seção tracionada será: Peças Tracionadas Axialmente Quando há entalhe na madeira, deve ser descontada da área líquida também a área de entalhe. An = Ag – Aentalhe Caso haja furo e entalhe, somar as duas áreas: An = Ag – (Af + Aentalhe) Exercícios Verificar a condição de segurança da barra tracionada de uma tesoura de madeira indicada nas figuras: 1- Conífera pertencente à classe de resistência C-30. 2- Parafusos ϕ = 3/8”, com furo prévio de 10 mm de diâmetro. 3- Dimensões indicadas em centímetros. 4- Critério da NBR-7190 / 1997. 5- Esforços atuantes: NGk = 3 kN (permanente), e NQk = 8 kN (sobrecarga). Exercícios A linha de uma tesoura está submetida ao esforço solicitante de cálculo Nsd = 50 kN, considerando uma situação duradoura de projeto, verifique se a seção 7,5 cm x 10 cm atende a este esforço (figura), considerando: conífera classe C-30; carregamento de longa duração; classe 4 de umidade; peças de 2ª categoria; parafusos de diâmetro 12,5 mm com tensão de escoamento fy = 250 MPa. Exercícios Um carpinteiro (inexperiente) utilizou dois pedaços de tábua, de seção 2,5 cm x 30 cm, com 12 cm cada, como cobrejuntas na emenda (figura abaixo) de uma barra tracionada com 62000 N (valor de cálculo). Sabendo-se que: a madeira é uma folhosa classe D40, a edificação é do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), o carregamento é de longa duração e a classe de umidade 1. A emenda resistirá ao esforço? Exercícios Obter a seção da barra 1-3, da tesoura esquematizada abaixo, construída com madeira de Pinho-do-Paraná. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra deve ter largura de 6,00 cm e que os esforços característicos na barra são os listados abaixo. Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1, carregamento de longa duração e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. Exercícios Qual a máxima força normal de cálculo, de tração, a que pode resistir uma peça de madeira de maçaranduba, de seção 6,00 cm x 12,00 cm, sendo que 3,00 cm de sua altura são utilizados em entalhes e colocação de parafusos (figura abaixo)? Considere: edificação do tipo 2 (cargas acidentais inferiores a 5 kN/m2), classe de umidade 1, carregamento de longa duração e que, em princípio, não se sabe qual a ação variável principal. Referências Bibliográficas PFEIL, W. PFEIL, M. Estruturas de Madeira: 2012, LTC. Notas de aula do prof. Glauco Rodrigues
Compartilhar