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APS 1 TASSYA AMANDA SIQUEIRA

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APS 1
Tássya Amanda Siqueira
Gestão da Cadeia de Suprimentos
FRANGO
Porto Alegre, 23 de abril de 2019.
RESUMO
Os produtos da cadeia de frango são os mais consumidos e mais frequentes à mesa dos brasileiros. Dados da União Brasileira de Avicultura (UBABEF, 2011), apresenta que o consumo per capita em 2000, de 29,91 passou para 47,4 kg/ano em 2011, o que coloca o Brasil na sétima posição dos países consumidores de carne de aves. O frango que chega em nossas mesas é a terceira geração de uma linhagem super selecionada. Os ovos das galinhas são levados para as incubadoras, onde permanecerão num ambiente com temperatura e umidade semelhante aos de ninhos das galinhas chocadeiras. Assim, nascerão naturalmente. Conforme crescem, são alimentadas com rações com carboidratos, proteínas, minerais e vitaminas para atender todas as necessidades de manutenção e saúde dos animais. Após o crescimento das aves, que levam de 38 a 45 dias, as mesmas são colocadas pelos produtores em gaiolas plásticas por caminhões terceirizados seguindo para o abate. Quando as aves chegam na fábrica, elas são processadas para se tornarem frangos congelados. Depois recebem uma embalagem, que as protege de qualquer contato com o ar, conservando o produto acabado e a transportando para o fornecedor e após cliente. 
INTRODUÇÃO
A globalização dos mercados leva a indústria aprimorar suas habilidades e tecnologias, e capacidade de eficiência. A indústria de frango gerencia os produtos perecíveis, no qual o valor do produto se deteriora significativamente ao longo do tempo na cadeia de suprimentos. No Brasil, acaba tonando-se um trabalho difícil, onde o meio de transporte mais utilizado é o rodoviário e o mesmo nem sempre está em condições mínimas de uso. 
Neste conteúdo, verifica-se que o produto carne de frango é perecível e, tem um curto tempo de vida útil e seu valor muda com o passar do tempo, ou seja, cada dia que passa a qualidade do produto diminui. Estas características, de acordo com Bowman et al. (2009) e Aung e Chang (2014) contribuem para a complexidade da gestão da cadeia de suprimentos. No entanto, para a logística de carne de frango chegar no consumidor, é necessário que o produto chegue no local certo, na hora certa, nas condições necessárias e a um preço justo. À jusante na cadeia a empresa opera com uma variedade de canais de distribuição. Para o mercado externo comercializa via traders e às vezes diretamente com clientes industriais no exterior; no mercado interno atuam através do varejo, atacado e distribuidores, que são responsáveis por atender o pequeno varejo. Os produtos cujo destino é o mercado nacional são encaminhados para os centros de distribuição (CDs), e daí para o atacado, varejo e distribuidores, ou, no caso de volumes maiores, saem direto da fábrica. A maior parte da distribuição para o mercado interno é realizada através das grandes redes de atacado e varejo. A gestão de cadeia de suprimentos do frango é empurrada, ou seja, a execução é antes dos pedidos dos clientes. O canal desta cadeia de suprimentos é vertical, apresentando estoques ao longo do processo, o atacadista e o fabricante não tem acesso direto, sendo o varejista interpretador das preferências do consumidor, apesar de que as técnicas de vendas não são o suficiente para apresentar o produto. 
PRESSUPOSTOS E CONCEITOS CHAVES
Volume, peso, quantidade padrão e embalagem.
As embalagens para acondicionamento de produtos congelados têm como principais objetivos a proteção contra a desidratação e oxidação e, por isso, deve-se utilizar materiais de baixa permeabilidade ao vapor de água e ao oxigênio. É importante uma etiquetagem clara e precisa, que permita aos consumidores distinguirem este produto diferenciado. Também é recomendado evitar espaços vazios dentro da embalagem, que contribuem para a queima pelo frio, assim como é desejável uma baixa permeabilidade aos componentes voláteis do aroma. Além dessas características é imprescindível uma boa resistência mecânica, flexibilidade e elasticidade a baixas temperaturas para se evitar rasgamentos e furos durante todas as etapas de produção, estocagem e comercialização do produto congelado. Uma embalagem para aves resfriadas ainda deve apresentar baixa permeabilidade a odores estranhos, flexibilidade, resistência a gordura e resistência mecânica a temperatura de refrigeração.
A forma e tamanho da embalagem é outro fator que deve ser avaliado pela empresa. A padronização do peso é um fator limitante para alguns mercados, pois reduz a manipulação do produto na gôndola, reduzindo a necessidade de mão-de-obra. Pesos-padrões diferenciados também é um apelo do consumidor, principalmente com relação à produtos com maior grau de industrialização ou pré-preparados. 
 
 
DESENHO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
A Supply Chain Management (SCM) é a visão sistêmica de todo o processo produtivo, desde a produção de insumos até a entrega do produto final ao consumidor.
A figura 1 apresenta a configuração simplificada de um cadeia genérica de frango de corte no Brasil. 
	A tabela 1 apresenta a História da produção de carne de frango no Brasil desde 1989.
ETAPAS:
TRANSOFRMAÇÃO
Operações 1 e 2: os pintainhos de 1 dia são transferidos das incubadoras para serem alojados nos produtores integrados, em caminhões especiais climatizados (25 C), terceirizados. Estes pintainhos ficam em média 45 dias alojados nestas granjas até atingir o peso de abate (1,8 kgs até 2,5 kgs) 
Operações 3 e 4: após o envio dos pintainhos de 1 dia para os integrados, As rações são produzidas de acordo com o plantel a ser alimentado, rações para matrizes, machos e rações para aves de corte. Além das rações, a Seara Alimentos S.A. também adquire de fornecedores os medicamentos e vacinas, que são aplicados nos animais alojados nas granjas. O produtor tem responsabilidade pela aquisição da maravalha, descarregar os pintainhos de 1 dia, carregar as aves terminadas, mão-de-obra para o trato, limpeza e desinfecção, controle integrado de pragas, energia elétrica, água, gás ou lenha e outros 
Operações 5 e 6: após o período de crescimento das aves, que dura de 38 a 45 dias, as mesmas são colocadas pelos produtores integrados e seus auxiliares em gaiolas plásticas (média de 8 cabeças em cada caixa), após são colocadas sobre os caminhões terceirizados, que fazem o transporte.
 NECESSIDADE DE ESTOQUE (CONGELAMENTO) E ARMAZENAGEM
A principal vantagem do congelamento é o aumento do tempo de prateleira do produto. A escolha do tipo de equipamento a ser utilizado depende primariamente do custo e secundariamente de fatores como qualidade do produto e flexibilidade operacional.
Várias metodologias de congelamento estão disponíveis e sua utilização depende do tipo de produto, volume de abate e da capacidade de investimento da empresa. Para o congelamento do frango inteiro, cortes e vísceras comestíveis, normalmente são utilizados os túneis estáticos e contínuos, sendo o último indicado para grandes escalas de produção. No caso de produtos resfriados é necessário um choque térmico, evitando-se porém o ponto de cristalização, antes dos mesmos serem colocadas na câmara de estocagem.
Para pequenas escalas, em alguns casos, a própria câmara de armazenamento pode ser utilizada para a realização do congelamento. É conveniente ressaltar que tanto o congelamento como o armazenamento congelado não podem ser considerados como método de destruição de bactérias, pois estas operações não eliminam a maioria das células vegetativas de microrganismos.
TRANSPORTE 
Há variedade de caixas de contenção adequadas a cada tipo de ave, nesse caso, existe uma limitação do espaço por cada caixa que no caso de frangos é limitada à 160cm2/kg, para aves com peso entre 1,6-3,0 kg. O trajeto da granja até o abatedouro não deve ser superior a 100 km, e o tempo de transporte deve ser inferior a 2 horas. Os principais pontos críticos são o número de aves por caixade transporte e o manejo até a pendura. Normalmente as gaiolas apresentam capacidade para o alojamento de 12 a 18 aves, dependendo das condições climáticas, idade de abate e distância de deslocamento. A densidade de aves nas caixas tem influência na condenação por fraturas e arranhaduras na carcaça, além da disseminação dos agentes patogênicos.
CHEGADA AO CONSUMIDOR FINAL 
Uma característica importante na cadeia analisada é o fato de ela estar voltada para o 
cliente desde o primeiro macrosegmento.. Deixar de cumprir os requisitos dos órgãos de saúde é um caminho certo para a geração de problemas que irão afetar a qualidade do produto no recebimento pelo cliente final, podendo comprometer a imagem do fornecedor.
Já nesta última fase, os cortes são mais específicos: 
Asa: Asa, coxinha da asa, ponta da asa, meio da asa “tulipa” e pontinha da asa.
Coxa/sobrecoxa: coxa/sobrecoxa, coxa, sobrecoxa (com e sem pele), filé de coxa, filé de sobrecoxa.
Peito: Peito inteiro, peito sem pele, peito desossado (com e sem pele), filé de peito, filetino e Sassami.
Miúdos: Coração, figado e moela.
Outros: frango a passarinho (cortes ou recortes), pertence de canja (dorso), pescoço e pés (exportação).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
A logística de cadeia produtiva de frango, faz com que o produto chegue no local certo, na hora certa, nas condições necessárias e a um preço justo. Trata-se de um trabalho difícil em um país onde o transporte mais utilizado é o rodoviário e o mesmo nem sempre está em condições mínimas de uso, afetando desta forma, o processo de gestão do sistema produtivo. A ideia é obter o potencial genético máximo das aves, com os curtos cada vez mais reduzidos, seja pela eliminação de desperdícios ou pela redução de mão-de-obra.

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