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dação de pagamento art 356

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Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Nesse caso, o artigo 356 diz que desde que o credor consinta, pode haver substituição da coisa a ser entregue por outra, por meio da transferência de propriedade de bem móvel ou imóvel. Esse negócio, de caráter oneroso, exige uma dupla capacidade das partes: a capacidade de dispor da coisa pelo devedor (ius disponendi) e a capacidade de dar o consentimento necessário á substituição da coisa a ser entregue pelo credor, que pode ser tanto um bem móvel quanto imóvel, corpóreo ou incorpóreo ou até mesmo um direito (ex.: usufruto). 
A coisa dada em pagamento deve ter uma existência atual, dado que, se versar sobre compromisso de entregar algo no futuro, implicará na criação de uma nova obrigação, configurando a novação da divida, caso a novação original seja extinta e substituída. A coisa também deve ser efetivamente diversa da coisa originalmente devida, não se configurando dação em pagamento a utilização de meios de pagamento (entrega de cheques, credito em conta corrente).
A dação em pagamento pode se dar pela substituição de uma coisa por dinheiro (rem pro pecúnia), de uma coisa por outra coisa (rem pro re), de uma coisa por um fato (rem pro facto), de um fato por um fato, etc. A dação em pagamento pode referir-se apenas á quitação parcial da divida.

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