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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (32)

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UniSALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
Bruna Costa Silva 
Bruna Florindo Vieira de Souza 
Natália Gomes Camargo Ribeiro 
 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
Advanced Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da 
Informação LTDA 
Lins - SP 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2017
BRUNA COSTA SILVA 
BRUNA FLORINDO VIEIRA DE SOUZA 
NATÁLIA GOMES CAMARGO RIBEIRO 
 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Banca Examinadora do Centro Universitário 
Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências 
Contábeis, sob a orientação do Prof. Me. Irso 
Tófoli e orientação técnica da Profª Esp. Érica 
Cristiane dos Santos Campaner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2017 
 
 
Silva, Bruna Costa; Souza, Bruna Florindo Vieira de; Ribeiro, Natália 
Gomes Camargo 
Análise financeira das demonstrações contábeis: Advanced 
Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da Informação LTDA / 
Bruna Costa Silva; Bruna Florindo Vieira de Souza; Natália Gomes 
Camargo Ribeiro. – – Lins, 2017. 
80p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Ciências Contábeis, 2017. 
Orientadores: Irso Tófoli; Érica Cristiane dos Santos Campaner 
 
1. Análise Financeira. 2. Demonstrações Contábeis. 3. Tomada 
de decisão. I Título. 
CDU 657 
 
S578a
a 
BRUNA COSTA SILVA 
BRUNA FLORINDO VIEIRA DE SOUZA 
NATÁLIA GOMES CAMARGO RIBEIRO 
 
 
 
ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
 
Monografia apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
Aprovada em: 29 / 11 / 2017 
 
Banca Examinadora: 
 
Profº Orientador: Me. Irso Tófoli 
Titulação: Mestre em Administração pela CNEC - FACECA – MG. 
Assinatura:______________________________________________________ 
 
 
1ª Profª. Ma. Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa 
Titulação: Mestra em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília - 
UNIMAR - Marília - SP 
Assinatura: ______________________________________________________ 
 
2º Profº: Me. Ricardo Yoshio Horita 
Titulação: Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de 
São Carlos – UFSCAR, São Carlos - SP 
Assinatura: ______________________________________________________ 
 
 
 Dedico primeiramente a Deus, pois dEle provém toda sabedoria. 
Também dedico aos meus pais Roseli e Paulo, por terem investido em mim, 
me incentivando a cada dia, com dedicação e esforço. Obrigada pelo apoio e 
amor. 
 As minhas companheiras de monografia, Bruna Costa e Natália, por 
conseguirmos alcançar nossos objetivos através de muito trabalho. 
 Aos meus amigos, obrigada pelo apoio e incentivo durante todo esse 
ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Florindo 
 Dedico este trabalho, primeiramente a Deus, pois sem Ele não somos 
nada. A minha família e amigos, pelo total apoio. Destacando minha mãe 
Gigleisse Sousa Costa e meu pai Alexsandro Pereira da Silva, pelos 
ensinamentos e apoio em sempre estudar, permanecer firme em minha 
caminhada. As minhas companheiras de TCC Bruna Florindo e Natalia Gomes, 
foi de suma importância, a amizade no decorrer do trabalho. Aos professores 
do curso Ciências Contábeis, pelos ensinamentos adquiridos ao longo do 
curso, foram sem sobra de dúvidas essenciais, para a base da formação, em 
especial ao nosso orientador Profº. Irso Tófoli, alguém que tive o privilégio de 
ter conhecido e ter aproveitado um pouco de sua imensa sabedoria, contribuiu 
de forma significante em minha formação. Muito obrigada a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Costa 
 Dedico este trabalho a Deus, pois sem Ele nada em minha vida seria 
possível. Ao meu marido Marcos, por seu amor, dedicação, compreensão, 
apoio e paciência nesses quatro longos anos. A minha filha Sara, pois sua 
ajuda foi crucial nesta minha trajetória. Aos meus outros filhos, Lucas, Ashlley e 
Nathaly, pela total compreensão e por entenderem que a distância da mãe 
nestes anos era para um futuro melhor para nossa família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natália Camargo 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus 
 Agradecemos a Deus pela vida que nos deu, por ter nos concedido 
sabedoria e persistência nessa etapa de nossa vida. Somos gratas por nos 
permitir estudar e concluir com sucesso. 
 
Aos orientadores 
 Agradecemos pelo apoio, ajuda, paciência e dedicação. Irso e Érica, 
vocês foram extraordinários na orientação. Agradecemos imensamente. 
 
À empresa 
 Agradecemos pelo profissionalismo e colaboração, especialmente ao 
diretor Luiz Henrique, que sempre se propôs a ajudar no que precisávamos. 
Que Deus abençoe o trabalho ali desempenhado. 
 
Aos mestres 
 Agradecemos pelos anos que compartilharam experiências e 
ensinamentos com cada uma de nós. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Costa, Bruna Florindo e Natália Camargo
RESUMO 
 
 Com o intuito de analisar os resultados das organizações, a análise 
financeira torna-se de suma importância, pois apresenta as condições atuais e 
permite uma visão futura dos seus resultados econômicos e financeiros. A 
análise financeira através dos índices é uma ferramenta eficiente e que auxilia 
as organizações, pois viabiliza a confrontação de valores atuais com anteriores 
e a relação destes valores. Através de variados índices é possível ter um 
auxílio para o processo de tomada de decisão, permitindo um 
acompanhamento contínuo do desempenho da organização e fornecendo um 
caminho para que a empresa atinja seus objetivos. Uma análise detalhada 
propicia às empresas de qualquer ramo, identificar seus pontos positivos e 
negativos de todo desempenho operacional, detectar falhas de gestão e definir 
planejamentos estratégicos. Foram analisadas as demonstrações contábeis da 
empresa Advanced Iteam, através do uso das três técnicas de análise - a 
análise tradicional, a análise pelo capital de giro e do valor econômico 
agregado, o que possibilitou informações necessárias para avaliar sua saúde 
financeira, direcionando para tomada de decisões mais assertivas. 
 
 
Palavras - chave: Análise financeira. Demonstrações contábeis. Tomada de 
decisão. 
ABSTRACT 
 
 In order to analyze the outcomes of the organizations, the financial 
analysis becomes of utmost importance, since it shows the current conditions 
and allows a future vision of the economic and financial outcomes of them. The 
financial analysis through the indexes is an effective tool which supports the 
organizations, due to it enables the comparison of current values to previous 
versions and the relation in both. Through several indexes it is possible to have 
a support for decision-making, allowing continuous attendance of the 
organization’s performance and providing a way for the company to get the 
goals. A detailed analysis supports companies of any branch to identify their 
positives and negatives of all the operational performance, to detect 
management failures and to define the strategic plans. The accounting 
statements were analysed of the company ‘Advanced Iteam’, by the use of 
three analysis techniques - the traditional analysis, analysisby working capital 
and the economic value added, which allows the necessary information to 
evaluate its financial health, leading to more assertive decision-making. 
 
 
Keywords: Financial analysis. Accounting statements. Decision-making.
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
Figura 1 - Escritório da Matriz em Lins ............................................................. 18 
Figura 2 - Escritório da Filial em São Paulo ...................................................... 18 
Figura 3 - Organograma ................................................................................... 20 
Figura 4 - Principais clientes da fábrica de software ......................................... 22 
Figura 5: Clientes da fábrica de soluções ......................................................... 23 
Figura 6 - Clientes do Helpdesk ........................................................................ 23 
Figura 7 - Clientes de AMS ............................................................................... 24 
Figura 8 - Índices de Liquidez ........................................................................... 48 
Figura 9 - Índices de endividamento ................................................................. 49 
Figura 10 - Índice de participação de capital de terceiros ................................. 50 
Figura 11 - Índices de Rentabilidade ................................................................ 51 
Figura 12 - Retorno sobre o Patrimônio Líquido e Ativo Total .......................... 51 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Demonstração do Resultado do Exercício ...................................... 32 
Quadro 2 - Necessidade de capital de giro ....................................................... 53 
Quadro 3 - Capital de Giro versus Necessidade de capital de giro................... 54 
Quadro 4 - Valor Econômico Agregado ............................................................ 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AC: Ativo Circulante 
ACO: Ativo Circulante Operacional 
BP: Balanço Patrimonial 
CGL: Capital de Giro Líquido 
CPC: Comitê de Pronunciamento Contábil 
CSP: Custo do Serviço Prestado 
CMV: Custo das Mercadorias Vendidas 
ELP: Exigível a Longo Prazo 
ERPs: Enterprise Resource Planning 
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício 
IECP: Índice de Endividamento de Curto Prazo 
IEG: Índice de Endividamento Geral 
IPCT: Índice de Participação de Capital de Terceiros 
ILC: Índice de Liquidez Corrente 
ILI: Índice de Liquidez Imediata 
ILS: Índice de Liquidez Seca 
ILG: Índice de Liquidez Geral 
LADJIR: Lucro antes dos juros e depois do imposto de renda e contribuição 
social 
LAJIR: Lucro antes de juros e imposto de renda 
LB: Lucro Bruto 
LL: Lucro Líquido 
MB: Margem Bruta 
ML: Margem Líquida 
MOp: Margem Operacional 
NOPAT: Lucro Operacional líquido depois dos impostos 
NCG: Necessidade de Capital de Giro 
PC: Passivo Circulante 
PCO: Passivo Circulante Operacional 
PJ: Pessoa Jurídica 
PNC: Passivo Não Circulante 
PL: Patrimônio Líquido 
 
 
 
ROA: Retorno sobre o Ativo Total 
RLP: Realizável a Longo Prazo 
RPL: Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
TC: Total do Capital Investido 
VEA: Valor Econômico Agregado 
VL: Vendas Líquidas 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 15 
 
CAPÍTULO I - ADVANCED ITEAM SOLUÇÕES E SERVIÇOS DE 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA 17 
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA 17 
1.1 Missão ................................................................................................. 19 
1.2 Visão .................................................................................................... 19 
1.3 Valores ................................................................................................. 19 
1.4 Estrutura organizacional ...................................................................... 19 
1.5 SAP...................................................................................................... 20 
1.6 Serviços ............................................................................................... 21 
1.6.1 Fábrica de Software ............................................................................. 21 
1.6.2 Fábrica de soluções ............................................................................. 22 
1.6.3 Helpdesk .............................................................................................. 23 
1.6.4 AMS ..................................................................................................... 23 
1.6.5 Integração ............................................................................................ 24 
1.6.6 Projetos SAP ........................................................................................ 24 
1.6.7 SAP Success Factors ........................................................................... 25 
1.7 Clientes ................................................................................................ 25 
1.8 Mercado ............................................................................................... 25 
1.9 Expansão dos negócios ....................................................................... 25 
1.10 Objetivos e perspectiva........................................................................ 26 
 
CAPÍTULO II - ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 27 
1 CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA 27 
1.2 Usuários da análise financeira ............................................................. 29 
1.3 Estrutura das demonstrações contábeis .............................................. 31 
1.3.1 Balanço Patrimonial ............................................................................. 31 
1.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE ................................. 32 
1.3.3 CPC 26 ................................................................................................. 33 
 
 
 
1.4 Técnicas de análise ............................................................................. 33 
1.4.1 Análise Horizontal ................................................................................ 34 
1.4.2 Análise Vertical .................................................................................... 34 
1.5 Indicadores econômicos ...................................................................... 35 
1.5.1 Índices de Liquidez............................................................................... 35 
1.5.2 Índices de Endividamento .................................................................... 37 
1.5.2.1 Índice de participação de capital de terceiros ...................................... 38 
1.5.2.2 Índice de Endividamento Geral ............................................................ 38 
1.5.2.3 Índice de Endividamento a Longo Prazo ............................................. 39 
1.5.2.4 Índice de Endividamento a Curto Prazo............................................... 39 
1.5.3 Índice de Rentabilidade ....................................................................... 39 
1.5.3.1 Margem Bruta ...................................................................................... 39 
1.5.3.2 Margem Operacional ........................................................................... 40 
1.5.3.3 Margem Líquida ................................................................................... 40 
1.5.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido ................................................... 40 
1.5.3.5 Rentabilidade sobre o ativo total .......................................................... 41 
1.5.3.6 Rentabilidade sobre o investimento..................................................... 41 
1.6 Capital de Giro ..................................................................................... 41 
1.7 Necessidade de Capital de Giro .......................................................... 42 
1.7.1 Necessidade de Capital de Giro com base no ciclo financeiro ............. 42 
1.7.2 Necessidade de Capital de Giro com base nos demonstrativos 
contábeis .......................................................................................................... 42 
1.8 Valor econômico agregado (VEA) ....................................................... 43 
1.9 Considerações ..................................................................................... 44 
 
CAPÍTULO III - ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS JUNTAMENTE DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 
(NCG) E O VALOR ECONÔMICO AGREGADO (VEA) 45 
1 INTRODUÇÃO 45 
1.1 Demonstrações financeiras ................................................................. 46 
1.2 Análise dos índices .............................................................................. 47 
1.2.1 Liquidez ................................................................................................ 47 
1.2.2 Endividamento ..................................................................................... 49 
1.2.3 Rentabilidade ....................................................................................... 50 
 
 
 
1.3 Margem e Giro ..................................................................................... 52 
1.4 Capital de giro ...................................................................................... 52 
1.4.1 Necessidade de capital de giro ............................................................ 53 
1.5 Valor econômico agregado (VEA) ....................................................... 54 
1.6 Parecer final ......................................................................................... 54 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 56 
CONCLUSÃO 57 
REFERÊNCIAS 59 
APÊNDICES 61 
ANEXOS 74 
 
15 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Para toda situação da existência humana é necessária a busca de 
informações precisas para o processo de tomada de decisão. Partindo deste 
princípio, as organizações que almejam alcançar sucesso em seus 
empreendimentos devem buscar um profundo conhecimento sobre o mercado, 
a concorrência, situação econômica, e principalmente conhecer sua própria 
condição econômico-financeira. Através deste conhecimento é possível projetar 
situações que a empresa possa vivenciar futuramente. 
 Uma ferramenta de grande utilidade para conhecimento econômico-
financeiro é a análise de balanço. Através de seus indicadores é possível 
demonstrar a real situação da empresa, fornecendo dados que, quando bem 
verificados, possibilitam grandes retornos financeiros, apresentando suas 
deficiências e qualidades. 
 Além da análise tradicional, é conveniente que as organizações 
trabalhem com a análise da necessidade de capital de giro e o valor econômico 
agregado. A junção destes índices fornece um conhecimento amplo sobre a 
situação da empresa diante do mercado, oferecendo informações para que a 
mesma trabalhe na direção correta, possibilitando um crescimento da 
organização diante da economia. 
 Conhecendo a importância desses elementos, estabeleceu-se como 
objetivo verificar a importância da análise financeira nas empresas, 
especificamente na Advanced Iteam, uma organização do setor de TI, ramo 
que vem se destacando ano após ano. 
 No decorrer da pesquisa exploratória surgiu o seguinte questionamento: 
a utilização da análise conjunta das demonstrações contábeis direciona para 
tomada de decisão mais assertiva? 
 Em resposta a tal questionamento surgiu à seguinte hipótese: a análise 
conjunta das demonstrações contábeis direciona para a tomada de decisão 
assertiva, pois contempla a análise de indicadores tradicionais, a necessidade 
de capital de giro e a correspondente agregação ou não de valor à empresa. 
 Para demonstrar, na prática, a veracidade da hipótese, foi realizada uma 
pesquisa na empresa Advanced Iteam Soluções e Serviços de Tecnologia da 
Informação LTDA, durante o período de fevereiro a outubro de 2017. 
16 
 
 Os métodos e técnicas utilizados na pesquisa de campo estão descritos 
no Capítulo III da pesquisa. 
 O trabalho está estruturado da seguinte maneira: 
 Capítulo I aborda a evolução histórica da empresa analisada. 
 Capítulo II através de uma pesquisa bibliográfica descreve os conceitos 
das demonstrações contábeis, a análise financeira, seus indicadores, 
juntamente com a análise da necessidade de capital de giro e o conceito de 
valor econômico agregado. 
 Capítulo III relata os resultados obtidos através da análise financeira 
efetuada na organização, analisando os três últimos anos por meio das três 
técnicas, mostrando seus resultados, e a importância destas nos processos de 
tomada de decisão. 
 Por fim, encerra-se com a proposta de intervenção e conclusão. 
 
17 
 
CAPÍTULO I 
 
ADVANCED ITEAM SOLUÇÕES E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO LTDA 
 
 
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA 
 
 A Advanced Iteam é uma empresa prestadora de serviços, atuante no 
mercado de TI. Seu objetivo é prestar suporte às empresas do país que 
trabalham coma tecnologia SAP, a empresa líder de venda de software 
empresarial. A Iteam é uma parceira SAP, que desenvolve, amplia e 
personaliza as plataformas tecnológicas, através de soluções inovadoras e que 
estejam de acordo com as necessidades dos clientes. 
 A Iteam foi constituída em 2004, com a união dos sócios: Luiz Henrique 
Teixeira, Carlos Eduardo Moraes e Celso Oliveira. O proprietário Luiz Henrique 
percorreu algumas empresas antes de decidir investir nesse setor. Iniciou sua 
carreira no escritório Lupa, posteriormente na Equipav, Garavelo e por fim na 
Basf. No final da década de 90, as empresas começaram a utilizar softwares 
comprados, Enterprise Resource Planning, os chamados ERPs, em vez dos 
considerados caseiros. Nesse período, a Basf trouxe para a América do Sul, o 
SAP. Nessa fase de adequação, o Luiz foi convidado a participar do 
treinamento de implementação deste novo software. Com o treinamento 
realizado, a vida deste sofre uma mudança grandiosa, mudando radicalmente a 
ideia de software de gestão que o mesmo até então possuía. 
 No ano de 2000, iniciou uma onda de terceirização, onde a Basf, que até 
então era seu local de serviço, resolveu terceirizar a área de TI. Nesse 
momento, é que ele tem a ideia de investir nessa área, e construir seu próprio 
negócio empresarial. Conhecendo então os outros dois sócios, Carlos Eduardo 
e Celso, que trabalhavam em uma empresa de consultoria, e nutriam o desejo 
de abrir o próprio negócio, os três se uniram e fundaram a Advanced Iteam. 
 Inicialmente, a empresa foi fundada de forma fiscal em Lins, sendo esta 
a matriz, e o escritório em São Caetano do Sul, como filial. Após quatro anos, 
mudaram o escritório da cidade de São Caetano para a grande São Paulo, e 
18 
 
apenas em 2010, inauguraram fisicamente o escritório em Lins. Atualmente, a 
matriz se encontra na Rua Paulo Aparecido Giraldi, 274, no Centro de Lins. 
 
Figura 1 - Escritório da Matriz em Lins 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017. 
 
Figura 2 - Escritório da Filial em São Paulo 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017. 
19 
 
1.1 Missão 
 
 Garantir a excelência dos serviços prestados com rigor técnico através 
de uma equipe constituída por profissionais experientes e capacitados, 
comprometida com a satisfação dos clientes. 
 
1.2 VisãoSer uma das empresas líderes do mercado, reunindo talentos humanos 
e incrementando continuamente produtividade e qualidade aos serviços 
prestados. 
 
1.3 Valores 
 
 Foco e compromisso com o cliente, integridade, transparência, 
metodologia para melhorar sempre e compromisso social. 
 
1.4 Estrutura organizacional 
 
 Os proprietários atuais da empresa são os sócios Raul Hallak, que 
ingressou na organização em meados de 2016, e Carlos Eduardo Moraes Luiz. 
Celso Oliveira e Luiz Henrique Teixeira, atualmente trabalham como diretores 
da mesma, no entanto não mais como sócios. 
 Cada diretor ficou responsável por uma área dentro da organização, 
sendo que a parte administrativo-financeira, recursos humanos, contábil, 
jurídico e fiscal ficou sob responsabilidade do sócio Raul Hallak. As partes de 
marketing, relacionamento com a SAP e parcerias com outras empresas ficou 
sob os cuidados do sócio Carlos Eduardo. E os diretores Luiz Henrique e Celso 
Oliveira ficaram responsáveis pela parte de vendas, projetos, fábrica de 
software e soluções, tudo voltado à parte de prestação de serviço da empresa. 
 A empresa atualmente conta com 25 funcionários entre matriz e filial, 
além dos prestadores de serviços, pessoas jurídicas (PJs), ou seja, 
profissionais autônomos que atendem a Iteam de acordo com a necessidade 
da organização. Esses profissionais autônomos são selecionados através do 
20 
 
Linkedin, grupos de currículos, ou seja, todas as redes sociais de negócios 
aptas para captação de profissionais dessa área de TI. 
 
Figura 3 - Organograma 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017 
 
1.5 SAP 
 
 A SAP atualmente é líder de mercado no ramo de softwares 
empresariais, auxiliando as organizações se desenvolverem e se manterem a 
frente da concorrência. Ela é responsável por uma ferramenta eficaz, um 
software de gestão que leva o mesmo nome da empresa, cujo principal objetivo 
é transformar um sistema usual em um sistema integrado. SAP significa: 
Sistemas, Aplicativos e Produtos para processamento de dados. 
 A empresa fundada em 1972 é de origem alemã, fundada por ex-
funcionários da IBM, que decidiram criar sua própria organização de 
desenvolvimento de sistemas, com a intenção de desenvolver um software 
para processos de negócios em tempo real. 
ITEAM 
Luiz 
Gestão de 
projetos 
Fábrica de 
Software, 
Soluções e 
Heklpdesk 
Celso 
Pré- 
Vendas 
Time 
&Material 
-Clientes 
Raul 
Administrativo 
Financeiro 
Contábil/Fiscal 
RH 
Eduardo 
MKT/CRM 
Relacionamentos 
SAP 
Success 
Factors 
21 
 
 A visão da organização é auxiliar seus clientes, através de uma 
execução simples de sistema que conecte as pessoas e a tecnologia de 
maneira perfeita e em tempo real. 
 A SAP Brasil está entre as mais importantes subsidiárias da empresa em 
todo o mundo. Possui cerca de 3.700 clientes. A companhia atua em todo o 
território nacional apoiada por uma rede de mais de 200 parceiros de negócios. 
Presente há 19 anos no país, a SAP desenvolve soluções para simplificar os 
processos das empresas, tornando-as mais eficientes e produtivas. 
 A empresa cresce continuamente, e atualmente é impulsionada pela 
plataforma SAP HANA (ela permite atuação rápida em tempo real). Esta faz 
com que a análise de dados rápida seja uma realidade. O SAP HANA é uma 
plataforma de computação que permite acelerar processos de negócios, 
oferecer mais inteligência de negócios e simplificar o ambiente de TI. 
 Toda a inovação da empresa e suas estratégias fazem desta uma 
organização líder em redes de computação em nuvem e negócios de comércio 
eletrônico. 
 
1.6 Serviços 
 
 O escritório em Lins trabalha com a parte de fábrica de Software e 
Fábrica de Soluções e a parte administrativa. E na filial em São Paulo, 
encontram-se os departamentos comercial, administrativo e de coordenação 
geral. 
 
1.6.1 Fábrica de Software 
 
 A Fábrica de Software garante ao cliente padronização de códigos e 
processos, assegurando qualidade nos serviços prestados. É garantida 
adaptação aos padrões dos clientes, determinadas regras para aprovação de 
programas, documentos de especificação e seus devidos testes. Os clientes 
sempre são informados pelo gerente da fábrica qual a evolução do trabalho 
desempenhado. Com isso, há maior controle e administração das prioridades, 
flexibilidade quanto ao dimensionamento da equipe de acordo com a 
necessidade do projeto e um custo mais baixo com equipe e infraestrutura. 
22 
 
Figura 4 - Principais clientes da fábrica de software 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017. 
 
1.6.2 Fábrica de soluções 
 
 É um serviço de TI que busca a análise de processos, desenvolvimento 
de softwares e testes, atendendo pequenas e médias melhorias, ou novos 
desenvolvimentos em modelo de outsourcing, que traduzindo seria o mesmo 
que terceirização, com custo inferior e alta qualidade. O conceito de Fábrica de 
Soluções está baseado na ideia de ter uma linha de produção de sistemas a 
partir de requisitos levantados e especificados por um cliente da fábrica. Este 
processo é totalmente direcionado às necessidades do cliente, de acordo com 
um escopo, cronogramas e padrões pré-estabelecidos de qualidade e de 
projeto. 
 A fábrica possibilita que cada integrante do projeto de software tenha 
uma visão geral do processo de desenvolvimento e se especialize em sua 
área, buscando a solução correta conforme a necessidade especificada e 
entendimento do cliente. A Iteam lida com a fábrica de soluções fundamentado 
no ambiente de desenvolvimento de software da plataforma SAP ERP, SUP, 
NW e BW. 
 A figura 5 indica alguns dos clientes da fábrica de soluções, como 
Bombril, Raízen, entre outros. 
23 
 
Figura 5 - Clientes da fábrica de soluções 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017. 
 
1.6.3 Helpdesk 
 
 Helpdeské um termo em inglês que retrata serviço de atendimento ao 
cliente que visa encontrar soluções e esclarecimentos sobre determinados 
problemas técnicos. A Iteam possui uma equipe especializada nesse tipo de 
atendimento a fim de promover redução no tempo de chamados, custos 
operacionais e solução de problemas mais rapidamente através de acesso 
remoto. 
 
Figura 6 - Clientes do Helpdesk 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017. 
 
1.6.4 AMS 
 
 O serviço de AMS, que em inglês é definido como Aplication 
24 
 
Management Service, ou seja, serviço de gerenciamento de aplicações, é um 
tipo de serviço prestado pela empresa que visa identificar e corrigir erros em 
ambientes produtivos, com certa agilidade e eficiência.Dentro do processo de 
atendimento e diretamente ligado ao serviço encontra-se à fábrica de soluções. 
 
Figura 7 - Clientes de AMS 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017. 
 
1.6.5 Integração 
 
 A Iteam tem vasta experiência na integração do SAP R/3 com outras 
aplicações, outros ambientes e outras tecnologias.A equipe da organização é 
especialista em utilizar e desenvolver soluções de comunicação e utilização do 
SAP PI, NET Connector, Bussiness Connector, Java Connector e Biztalk, 
fazendo com que o SAP ECC e as aplicações desenvolvidas em outras 
linguagens sejam integradas de forma segura como se fosse um único 
ambiente. 
 
1.6.6 Projetos SAP 
 
 A Iteam possui vasta experiência em projetos de implementação de 
soluções SAP e seus componentes individuais, componentes muitas vezes 
implementados em ondas seguintes a implementação do ERP. Muitas 
organizações contratam a empresa para projetos denominados fechados, ou 
seja, a Iteam trabalha em qualquer dificuldade que o clientepossuir com o 
sistema. 
25 
 
1.6.7 SAP Success Factors 
 
 O Success Factors é um software de recursos humanos, que possui 
soluções para todos os principais processos de áreas de recrutamento, gestão 
de desempenho, gestão de metas, compensação, aprendizagem, planejamento 
de sucessão e desenvolvimento. O software auxilia os executivos de recursos 
humanos a melhorar o engajamento dos funcionários e os resultados do 
negócio para atrair, desenvolver e reter o talento certo, além de ajudar a 
simplificar a gestão de talentos para que os profissionais de RH possam 
facilmente medir e comunicar claramente os resultados de talento e impacto 
nos negócios. 
 
1.7 Clientes 
 
 Os principais clientes da Iteam atualmente são: Alpargatas, Basf, 
Bombril, Brasil Kirin, Dori, CBA, Eldorado, Fibria, JSL, Lanxess, Raízen, Solvi, 
Viarondon, Votorantim Cimentos, Votorantim Metais, Votorantim Industrial, 
entre outros. 
 
1.8 Mercado 
 
 O mercado de TI atualmente é muito vasto, com várias vertentes como 
infraestrutura, software, jogos digitais, entre outros. Nesse momento econômico 
dentro da área de TI, o setor mais aquecido é o de jogos, e dentro do ramo 
empresarial isso vem se destacando como uma possibilidade, onde essa área 
de jogos ingressará para as organizações. A Iteam atua especificamente na 
área de software de gestão, mas não descarta mudanças devido às alterações 
no próprio SAP, que com o passar do tempo alterou suas formas de atuação. 
 Atualmente, o SAP está em sua quarta fase de software, chamado de 
4SAP HANA.As fases do SAP foram o R/1, R2, R/3 e agora o HANA. 
 
1.9 Expansão dos negócios 
 
 O primeiro ponto de expansão da empresa foi com a entrada do sócio 
26 
 
Raul Hallak, que já atuante nessa área de TI, ingressou com o intuito de 
alavancar os serviços prestados pela empresa para mais clientes e parceiros 
de negócios. 
 A Iteam tem planos para venda de licenças SAP, o que até então não 
ocorre, pois a empresa apenas trabalha com a parte de atendimento e suporte 
as necessidades dos clientes que já possuem o sistema do SAP. A 
organização planeja a partir de 2018 investir além do SAP, passando assim a 
trabalhar com plataformas como JAVA, entre outros. Essa ideia surgiu devido a 
pedidos de alguns clientes que além do SAP trabalham com outras plataformas 
digitais. 
 
1.10 Objetivos e perspectiva 
 
 Hoje, a empresa conta como um de seus principais objetivos, ser uma 
das melhores empresas nessa área SAP e ser reconhecida como tal. Além 
disso, como toda organização, faturar cada dia mais e estar sempre à frente, 
conhecendo todas as novidades do mercado tecnológico e principalmente 
atender seus clientes de uma forma cada vez melhor e mais produtiva. 
 Outro objetivo da empresa é investir mais na área de marketing, para 
consequentemente alavancar mais clientes. Atualmente, a empresa não possui 
um setor específico para isso, mas está pensando seriamente nessa parte para 
que a empresa seja mais reconhecida no mercado e assim mais serviços 
sejam vendidos pela Iteam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CAPÍTULO II 
 
ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
 
1 CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA 
 
 Conforme Iudícibus (2008), a necessidade da análise das 
demonstrações contábeis é bem antiga, provavelmente desde os primórdios da 
contabilidade já existia uma preocupação em anotar as suas variações, sejam 
de ordem quantitativa quanto qualitativa. 
 O autor ainda relata que recentemente, a importância de se analisar 
balanços é notada com mais ênfase, principalmente em relação aos 
banqueiros, que antes de concederem empréstimos, analisam a relação entre 
os valores a receber e os a pagar das empresas. Em relação aos investidores, 
eles avaliam os resultados financeiros das organizações, antes de investirem 
em compra de ações. Lógico que estes utilizam mais ferramentas para suas 
análises, mas nada é feito antes de um bom estudo sobre os resultados dos 
balanços das mesmas. 
 Franco (1992) afirma que, análise de balanço, é uma forma de analisar 
de forma detalhada o patrimônio de determinada empresa e suas variações. O 
próprio autor confirma que “analisar uma demonstração é decompô-la nas 
partes que a formam para melhor interpretação de seus componentes”. 
(FRANCO, 1992, p.93) 
 Para Tófoli (2012), a análise de balanços é realizada com os dados do 
balanço patrimonial juntamente com a demonstração de resultados do 
exercício, sendo que através dos resultados gerados, é possível conhecer a 
empresa de forma mais detalhada. 
 Para Silva (2008), a análise financeira, consiste num exame detalhado 
dos dados financeiros que a empresa apresenta, como também das condições 
exógenas e endógenas que afetam a empresa. As exógenas são os fatores de 
ordem política e econômica, a concorrência, entre outros. Podem-se citar como 
endógenas, a estrutura organizacional, a capacidade da gerência e o nível 
tecnológico da organização. 
28 
 
 Percebe-se que todo o processo de análise financeira, vai além dos 
dados contábeis apresentados, é imprescindível como afirma Silva (2008), 
buscar explicações, que vão além dos dados contábeis, é preciso conhecer o 
mercado, a demanda, a economia local, nacional ou internacional, dependendo 
do porte da organização, entre outros fatores que influenciam nos resultados. 
 Iudícibus (2008) define análise de balanços como uma arte, pois apesar 
de existirem muitos cálculos já formalizados, não existe uma única maneira 
eficaz comprovada para relacionar os índices e obter um resultado preciso. 
Poderiam ser obtidas variadas conclusões por diversos analistas, mesmo 
utilizando as mesmas informações. No entanto, é provável, que dois analistas 
que tenham muito conhecimento sobre o ramo de atividade da organização, 
cheguem a conclusões bem parecidas, mas nunca idênticas, sobre a situação 
da empresa, mas sempre apontando tendências diferentes. 
 Para Franco (1992) somente analisar não é o bastante, é preciso correta 
interpretação dos dados disponibilizados pela análise. Sabe-se que a 
interpretação, decorre da comparação entre os elementos do conjunto 
avaliados. Ainda segundo o autor, a análise e sua devida interpretação, além 
de apresentarem a situação da empresa naquele momento, pode também 
determinar a potencialidade e as perspectivas futuras da organização. 
 Segundo Matarazzo (2010), a análise permite que se extraiam 
informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões. 
 
O acompanhamento das tendências e do desempenho financeiro e 
de rentabilidade da concorrência é essencial para nossa empresa 
‘situar-se’ no mercado, saber em que ponto da curva se encontra e, o 
fundamental, decidir se está satisfeita com a posição ocupada ou se 
pretende desempenho mais ambicioso. (IUDÍCIBUS, 2008, p. 04) 
 
 De acordo com Assaf Neto (2007), a análise de balanço, pretende expor, 
de acordo com as demonstrações contábeis da organização, a sua devida 
posição tanto econômica quanto financeira, as causas que determinaram sua 
evolução ou não, e suas tendências futuras. Ou seja, são extraídas 
informações sobre a posição passada, presente e futura da empresa. Não 
existe uma forma criteriosa de como se fazer análise, a maneira com que os 
indicadores serão avaliados vai depender de quem a faz. É importante a união 
de experiência, conhecimento e intuição do analista em questão. 
29 
 
A contabilidade é a linguagem dos negócios e as demonstrações 
contábeis são os canais de comunicação que nos fornecem dados e 
informações para diagnosticarmos o desempenho e a saúde 
financeira da empresa. Uma análise desenvolvidacom base em 
dados contábeis confiáveis reduz o grau de incerteza decorrente da 
ausência de referenciais quantitativos.Nossas percepções subjetivas 
baseadas apenas em nossa intuição, experiência, desconfiança ou 
capacidade de adivinhação não são suficientes para orientar decisões 
que envolvam expectativas de risco e de retorno. Adicionalmente, 
sabemos que a análise financeira ultrapassa a fronteira das 
demonstrações contábeis. Nesse sentido, necessitamos de uma 
visão completa dos negócios. (SILVA, 2008, p.4) 
 
 Através de uma visão completa da real situação de determinada 
organização, é possível identificar os pontos assertivos, mas também as falhas 
que a organização apresenta, possibilitando uma melhor orientação para o 
processo de tomada de decisão. 
 Para Padoveze (2006), a finalidade da análise financeira é identificar os 
pontos fortes e fracos da companhia no sentido operacional e financeiro, com a 
intenção de sugerir mudanças quando necessário. O autor destaca que, 
análise quando feita de forma estática, ou seja, de apenas um período, pouco 
valor trará para a área gerencial da mesma. É importante que a análise seja um 
instrumento que permita comparações entre períodos ou setores por exemplo. 
 Assaf Neto (2007) destaca alguns pontos de extrema importância dentro 
de uma análise financeira de balanços. Ele afirma que o primeiro passo é 
analisar a empresa e o mercado, pois toda análise torna-se mais consistente 
quando seus dados são interpretados dentro do seu setor de atividade. E em 
relação ao mercado, é preciso avaliar os potenciais atuais e futuros do 
mercado consumidor, a concorrência, os fornecedores e a política de preços do 
setor. 
 
1.2 Usuários da análise financeira 
 
 Conforme Padoveze e Benedicto (2007), as informações obtidas através 
da análise financeira podem atender diversos objetivos e interesses de seus 
envolvidos. Em todo este processo, cada usuário procura detalhes específicos 
para suas necessidades. 
 Os principais interessados nas análises de balanços são: fornecedores, 
empresas clientes, intermediários financeiros, acionistas, concorrentes, 
30 
 
governo e os próprios administradores. 
 Em relação a cada um desses, Assaf Neto (2007), aborda sobre quais 
são os principais interesses de cada grupo. Em relação aos fornecedores, 
sabe-se que a principal preocupação desses é em relação à capacidade de 
pagamento da empresa, ou seja, sua liquidez e também o nível de 
endividamento. 
 A importância da análise para as empresas clientes, diz respeito à 
relevância que existe em se conhecer a capacidade de tal empresa fornecer os 
produtos suficientes e no tempo adequado para tal consumidor. Nesse ponto, é 
importante o conhecimento acerca dos níveis de investimento da empresa, 
suas condições econômicas e financeiras a curto e longo prazo, sua 
capacidade física para produção, entre outros aspectos. 
 Considerados uns dos principais usuários da análise de balanços, os 
intermediários financeiros, são basicamente os bancos comerciais e os de 
investimento. Para esses, o que interessa é conhecer sobre o grau de 
endividamento, solvência, rentabilidade e a relação com o curto e longo prazo 
que a empresa trabalha. 
 Os acionistas buscam informações capazes de identificar o retorno de 
seus investimentos na organização, ou seja, a capacidade de gerar lucros e 
reembolsá-los. 
 Em relação aos concorrentes, é interessante conhecer as empresas que 
lutam diariamente no mesmo ramo que a organização em questão. Estudar a 
rentabilidade, liquidez, crescimento de vendas, auxiliam no crescimento das 
empresas. 
 O governo também é tido como um dos principais interessados, poisem 
casos de concorrência pública, uma análise bem avaliada desempenha papel 
importante para selecionar as melhores empresas, de forma a facilitar as 
escolhas do governo. 
 E por fim, os próprios administradores têm interesse em conhecer os 
resultados de sua empresa de forma mais clara e detalhada. Através dessas 
análises, há uma facilidade em se acompanhar os resultados e auxiliar nas 
tomadas de decisões. 
 Iudícibus (2008) afirma que, se uma boa análise de balanços é 
importante para banqueiros e investidores, para as gerências é ainda mais. O 
31 
 
que os diferencia é o enfoque dos detalhes de cada análise. Através delas, 
pode-se construir uma série de indicadores financeiros e avaliar o progresso ou 
declínio em espaços de tempos menores. 
 
A análise das demonstrações contábeis é essencial para os usuários 
do sistema de informações atenderem seus interesses específicos 
tais como saber através dos relatórios contábeis se a empresa 
analisada tem condições de ser financiada e por quanto tempo; se 
esses usuários são os seus credores; se vale a pena comprar ações 
da empresa ou investir na empresa; se o usuário é o investidor; se o 
desempenho da direção e da gerência da empresa é satisfatório e os 
resultados são favoráveis; se o usuário é o acionista controlador; 
enfim, como anda a saúde econômica e financeira da empresa, 
utilizando-se do processo de análise. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 
239) 
 
1.3 Estrutura das demonstrações contábeis 
 
 As demonstrações financeiras mais relevantes de qualquer tipo de 
empresa são: Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do 
exercício (DRE). 
 
1.3.1 Balanço Patrimonial 
 
 Para Ribeiro (2013), o Balanço Patrimonial é a demonstração financeira 
que apresenta de forma resumida, o patrimônio da organização de forma 
quantitativa e qualitativa. Complementando, Iudícibus (2008), afirma que o 
balanço reflete a posição do patrimônio da empresa em determinado momento, 
geralmente no fim do ano ou de um período já estabelecido. Begalli e Perez 
Junior (2009) afirmam que, o objetivo básico do balanço patrimonial é 
apresentar o patrimônio da organização. 
 O balanço é formado pelo Ativo e pelo Passivo mais o Patrimônio 
Líquido, em que obedecem a uma equação, onde o ativo total é igual à soma 
do passivo com o Patrimônio Líquido. 
 Para Iudícibus (2008), o ativo são todos os bens e direitos da empresa, 
avaliados em dinheiro e representantes de benefícios presentes ou futuros para 
a mesma. Assaf Neto (2007) complementa ao afirmar que esses componentes, 
dividem-se em ativos circulantes, quando apresentarem alta rotação, como, por 
exemplo, os valores em caixa. O ativo não circulante, é composto pelo ativo 
32 
 
realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
 Em relação ao passivo, Ribeiro (2013), afirma que este grupo representa 
a origem dos recursos que foram aplicados no ativo. Iudícibus (2008) simplifica, 
ao indicar que o passivo representa toda obrigação da empresa com terceiros, 
como contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, financiamento, entre 
outros. 
 Juntamente com o passivo, encontra-se o Patrimônio Líquido, que 
representa os recursos próprios da empresa. Iudícibus (2008) acrescenta que 
este representa os investimentos dos proprietários mais o lucro acumulado no 
decorrer dos anos, que não são distribuídos. É composto pelo capital, reservas 
de capital e o lucro ou prejuízo acumulado. 
 
1.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
 Em relação à DRE, demonstração do resultado do exercício, Assaf Neto 
(2007), afirma que esta visa fornecer, de forma prática, os resultados da 
empresa, sejam eles lucros ou prejuízos, que foram obtidos pela empresa em 
certo período, os quais são transferidos para o patrimônio líquido. 
 Para Tófoli (2012), a DRE é composta pelas receitas e despesas 
incorridas no exercício social, que são ordenadas de forma harmoniosa. 
 
Quadro 1 - Demonstração do Resultado do ExercícioReceitas Brutas de Vendas ou Serviços 
(-) Deduções da Receita Bruta 
(-) Impostos sobre vendas 
(+) Receitas Líquidas 
(-) Custo da Mercadoria Vendida ou Custo do Serviço Prestado 
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas Gerais e Administrativas 
(-) Outras despesas 
(+) Outras receitas 
(=) Resultado antes das despesas e receitas financeiras 
(+-) Despesas Financeiras Líquidas (deduzidas as Receitas Financeiras) 
(=) Resultado antes dos tributos sobre o lucro 
(-) Provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social 
(=) Resultado Líquido das operações continuadas 
(-) Resultado líquido das operações descontinuadas 
(=) Lucro Líquido do Período 
Fonte: Tófoli, 2012, p. 30 
33 
 
 De acordo com Padoveze e Benedicto (2007), o Balanço Patrimonial e a 
DRE são os principais demonstrativos para análise financeira, mas existem 
outros relatórios que os complementam, sendo eles os inventários, 
demonstração de mutações do patrimônio líquido, demonstração do fluxo de 
caixa, notas explicativas, parecer dos auditores, entre outros. 
 
1.3.3 CPC 26 
 
 Conforme o Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC) 26, as 
demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição 
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das 
demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição 
patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que 
seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de 
decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam 
apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade e 
sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram 
confiados. 
 As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a 
posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da 
entidade. Para apresentação adequada, é necessária a representação 
confiável dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo 
com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receitas 
e despesas como estabelecidos na estrutura conceitual para a elaboração e 
apresentação das demonstrações contábeis. 
 
1.4 Técnicas de análise 
 
 As principais técnicas de análise de balanços conforme Assaf Neto 
(2007) são: 
a) Análise Horizontal: identifica a evolução dos elementos patrimoniais 
e de resultado ao longo de certo tempo. 
b) Análise Vertical: de igual modo ao da análise horizontal, verifica as 
tendências da organização. A diferença está na situação que a 
34 
 
análise vertical estuda a participação relativa de cada elemento. 
c) Indicadores econômico-financeiros: relacionam elementos em 
comum das demonstrações contábeis, de maneira a extrair 
informações mais claras e precisas sobre a situação da organização. 
Existem diversos índices classificados nos grupos de liquidez, 
rentabilidade e endividamento. 
 
1.4.1 Análise Horizontal 
 
 Destacando a visão de Tófoli (2012), em relação à análise horizontal, ele 
aborda que é feita a partir de um conjunto de resultados consecutivos. A 
fórmula é a seguinte: Ano base está para 100%, assim como o analisado está 
para X% , menos 100%, ou ano anterior está para 100%, assim como o ano 
analisado está para X%, menos 100%. 
 “O propósito da análise horizontal é permitir o exame da evolução 
histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis”. 
(SILVA, 2008, p. 210) 
 Para Marion (2012), quando se compara os indicadores de vários 
períodos, é avaliada a tendência desses índices, e é definido como análise 
horizontal. Padoveze e Benedicto (2007) definem como avaliação do aumento 
ou diminuição dos valores indicados nas demonstrações contábeis, mediante 
confrontação. 
 
A análise horizontal enfatiza as modificações ou evoluções em cada 
conta das demonstrações financeiras em relação a uma 
demonstração básica, geralmente a mais antiga da série, a fim de 
caracterizar tendências. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, p. 247) 
 
1.4.2 Análise Vertical 
 
 Em relação à análise vertical, Tófoli (2012) afirma que é um estudo 
sobre as alterações dos principais conjuntos de contas, ao longo de um 
período. Ao se analisar dessa maneira, observam-se indicadores que facilitam 
a avaliação estrutural do Ativo e Passivo. Resumindo, o ativo total ou passivo 
total está para 100% e a conta analisada está para X%. 
35 
 
 “O primeiro propósito da análise vertical é mostrar a participação relativa 
de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado 
referencial”. (SILVA, 2008, p. 204) 
 
Essa análise em períodos sucessivos pode fornecer uma base para 
projeção de uma demonstração de resultados. Porém, essa projeção 
apresenta algumas limitações, principalmente porque não leva em 
conta as mudanças no processo tecnológico e/ou nos custos dos 
insumos e/ou nos preços de venda. Qualquer projeção baseada em 
dados históricos requer muito cuidado. (BEGALLI; PEREZ JR., 2009, 
p. 244) 
 
 
 Padoveze e Benedicto (2007) afirmam que para o balanço patrimonial, 
usa-se como 100% o total do ativo e do passivo e para a DRE como100% a 
receita operacional líquida. 
 
1.5 Indicadores econômicos 
 
 Em relação aos indicadores econômicos - financeiros, existe uma 
parcela grande de índices que fazem parte da análise de balanços e possuem 
a função de auxiliar o crescimento das organizações com as informações 
provenientes. Padoveze (2006) afirma que estes são elementos 
representativos da análise do balanço. São cálculos realizados através das 
informações do Balanço Patrimonial e DRE, em busca de valores que deixem 
claro a situação financeira, patrimonial e rentável da organização. 
 O objetivo é mostrar a situação da empresa e fornecer uma ideia sobre o 
que pode acontecer futuramente com a mesma. 
 
1.5.1 Índices de Liquidez 
 
 Os índices de liquidez servem para avaliar a capacidade de pagamento 
da organização. Para Tófoli (2012), quanto maior o resultado dos índices, 
melhor, pois assim maior apresenta sua folga financeira. Iudícibus (2008) 
salienta que, a análise da liquidez e rentabilidade se complementam, pois o 
índice de rentabilidade influencia o de liquidez. 
 “Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma 
empresa frente a seus diversos compromissos financeiros”. (ASSAF NETO, 
36 
 
2007, p. 189) 
 “No geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa, 
da administração de seu ciclo financeiro e de suas decisões estratégicas de 
investimento e financiamento”. (SILVA, 2008, p. 283) 
 
1.5.1.1 Liquidez Geral 
 
 Conforme Tófoli (2012), esse índice indica a saúde financeira da 
organização em longo prazo. Para Silva (2008) indica o quanto à empresa 
possui de recursos a curto e longo prazo para fazer face às suas dívidas totais. 
 
 ILG = (AC + RLP) / (PC + PNC) x 100 
 
 Para Silva (2008), a interpretação do índice de liquidez geral, é do tipo 
quanto maior, melhor. Marion (2012) afirma que como os demais índices, o ILG 
não deve ser estudado de forma isolada, pois talvez em determinado momento, 
a empresa adquira um determinado financiamento e o invista totalmente em 
seu ativo permanente, sendo assim haverá uma redução do índice, pois 
aumentará seu exigível a longo prazo, mas não aumentará o AC e o RLP. No 
entanto, após um momento, seu permanente irá gerar receita, aumentando seu 
AC e assim consequentemente melhorará sua capacidade de pagamento. 
 
1.5.1.2 Índice de liquidez corrente 
 
 Conforme Tófoli (2012), esse índice mostra a relação direta entre bens e 
direitos de curtoprazo e as obrigações de curto prazo. 
 Assaf Neto (2007) afirma que, a liquidez corrente representa quanto 
existe de ativo circulante para cada R$1,00 de dívida a curto prazo. 
 
 ILC = AC / PC x 100 
 
Se o ILC for superior a 1 (> 100%) indica a existência de capital de 
giro líquido positivo; se igual a 1, inexistência de CGL e se inferior a 1 
(<100%) a existência de capital de giro líquido negativo. Em princípio, 
quanto maior, melhor. (TÓFOLI, 2012, p. 67) 
 
37 
 
1.5.1.3 Índice de liquidez seca 
 
 Tófoli (2012) afirma que, esse índice mede a capacidade da organização 
pagar seus compromissos de curto prazo, sem levar em conta a venda de 
estoques e os valores destinados para despesas antecipadas. Essa exclusão 
do estoque se deve ao fato de que na maioria das vezes, para transformar o 
estoque em dinheiro, é um processo mais demorado. E em relação às 
despesas antecipadas, é uma conta excluída, pois esses valores não se 
converterão em numerários. 
 
O índice de liquidez seca indica quanto a empresa possui em 
disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários a vista e aplicações 
financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras a curto prazo 
e duplicatas a receber, para fazer face a seu passivo circulante. 
(SILVA, 2008, p. 289) 
 
 ILS = AC – Estoques - Despesas Antecipadas / PC x 100 
 
1.5.1.4 Índice de liquidez imediata 
 
 Marion (2012), afirma que o índice de liquidez imediata está relacionado 
à capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo com o 
disponível no momento. Tófoli (2012) complementa ao afirmar que, este 
representa quanto das dívidas de curto prazo podem ser quitadas 
imediatamente. 
 
 ILI = Disponível / PC x 100 
 
 Geralmente é um índice baixo, pois as organizações não se interessam 
tanto em manter valores em caixa. 
 
1.5.2 Índices de Endividamento 
 
 Os índices de endividamento são considerados também como índices de 
estrutura de capital. Silva (2008), afirma que a estrutura de capital de uma 
organização abrange a procedência de seus financiamentos. Todos os fundos 
38 
 
aplicados em ativos são decorrentes dos proprietários da organização ou de 
terceiros. Iudícibus (2008) complementa afirmando que esses índices retratam 
a posição do capital próprio da empresa em relação ao capital de terceiros, ou 
seja, denotam o índice de endividamento da empresa. 
 Conforme Marion (2012), os indicadores de endividamento informam se 
a empresa utiliza mais recursos de terceiros ou próprios. Através dos índices, é 
possível obter informações se os recursos de terceiros tem seu vencimento a 
longo ou curto prazo. 
 
1.5.2.1 Índice de participação de capital de terceiros 
 
 Esse índice, conforme Tófoli (2012) representa quanto à empresa usou 
de capital de terceiro para cada unidade do capital próprio. É um índice que 
quanto menor, melhor. Conforme Iudícibus (2008), o índice representa qual a 
porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros 
 
 IPCT = Capital de terceiros/ Patrimônio Líquido x 100 ou 
IPCT = Exigível total/ Patrimônio Líquido x 100 
 . 
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação dos 
capitais de terceiros com o patrimônio líquido, menor a liberdade de 
decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a esses 
terceiros. Do ponto de vista da obtenção do lucro, pode ser vantajoso 
para a empresa trabalhar com capitais de terceiros se a remuneração 
paga a esses recursos for menos que o lucro conseguido com sua 
aplicação no negócio. (TÓFOLI, 2012, p. 63) 
 
 
1.5.2.2 Índice de Endividamento Geral 
 
 O enfoque do índice de endividamento geral é avaliar se a empresa está 
operando com dívidas de terceiros em excesso, e o risco do negócio. Para 
Tófoli (2012) indica a dependência dos recursos de terceiros para 
financiamento do ativo. 
 Para Padoveze e Benedicto (2007), esse índice verifica qual a 
possibilidade de no futuro, caso a organização interrompa suas operações, 
desta garantir todas as suas dívidas com os próprios recursos. 
 
39 
 
 IEG = (Passivo Circulante + Passivo não circulante) / Ativo Total x100 
 
1.5.2.3 Índice de Endividamento a Longo Prazo 
 
 Esse índice tem como objetivo, avaliar se suas dívidas a longo prazo 
não são excessivas. 
 
 ELP = Passivo exigível a longo prazo / Ativo Total x 100 
 
1.5.2.4 Índice de Endividamento a Curto Prazo 
 
 Conforme Tófoli (2012), esse índice mostra a dependência de recursos 
de terceiros de curto prazo para financiar o ativo da organização. Quanto 
menor, melhor. 
 Ele avalia a quantidade de dívidas a curto prazo que a empresa está 
tomando para si, pois apesar de geralmente serem menos onerosas, devem 
ser pagas a curto prazo, o que se torna na maioria das vezes, um 
inconveniente para a organização. 
 
 IECP = Passivo Circulante / Ativo Total x 100 
 
1.5.3 Índice de Rentabilidade 
 
 Os índices de rentabilidade demonstram o que os investimentos 
realizados pela empresa, renderam. Segundo Matarazzo (2003), os índices de 
rentabilidade mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos. Conforme 
Tófoli (2012) lembra, toda empresa tem como um de seus objetivos, aumentar 
o valor atual da riqueza de seus sócios, portanto, faz se necessário existir 
rentabilidade. 
 “É uma avaliação econômica do desempenho da empresa, 
dimensionando o retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade 
apresentada pelas vendas”. (ASSAF NETO, 2007, p. 59) 
 
1.5.3.1 Margem Bruta 
40 
 
 Conforme Tófoli (2012) representa qual o percentual de lucro bruto em 
comparação às vendas líquidas. Begalli e Perez Junior (2009) complementam 
afirmando, que a margem bruta é a diferença entre a receita líquida de vendas 
e o custo das vendas. 
 
 MB = LB/ VL x 100 
 
1.5.3.2 Margem Operacional 
 
 De acordo com Tófoli (2012), indica qual a porcentagem de lucro antes 
das despesas financeiras e impostos sobre as vendas líquidas, ou como 
afirmam Begalli e Perez Junior (2009), é o percentual que o lucro operacional 
corresponde das vendas líquidas. 
 
 MOp = LAJIR/ VL x 100 
 
1.5.3.3 Margem Líquida 
 
 Segundo Tófoli (2012) é a representação do lucro líquido sobre as 
vendas líquidas em determinado período. Begalli e Perez Junior (2009) 
descrevem que esse índice indica a capacidade da organização gerar lucro 
comparando à receita líquida de vendas. Tradicionalmente é o índice mais 
utilizado e de maior interesse dos proprietários. 
 
 ML = LL / VL x 100 
 
1.5.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 
 
 Conforme Tófoli (2012) indica o retorno dos recursos aplicados na 
organização pelos seus acionistas, ou seja, o percentual de lucro adquiridos 
pelos sócios. De uma forma mais clara, representa o rendimento de cada real 
investido na empresa. 
 
 RPL = LL / PL x 100 
41 
 
1.5.3.5 Rentabilidade sobre o ativo total 
 
 Tófoli (2012) afirma que, esse índice representa o retorno obtido pelas 
atividades realizadas pela empresa em seus ativos. Conforme Begalli e Perez 
Junior (2009) quanto maior esse índice, melhor. Ele indica o rendimento de 
cada real investido na organização. 
 
 ROA = LL/ Ativo Total 
 
1.5.3.6 Rentabilidade sobre o investimento 
 
 De acordo com Tófoli (2012), este indicador é referente ao retorno sobre 
os recursos levantados pela empresa e aplicados em seus negócios. O 
investimento corresponde aos recursos onerosos, ou seja, empréstimos e 
financiamentos, mais os recursos próprios da empresa. 
 
 ROI = LADJIR / Investimento 
LADJIR = Lucro antes dos juros e depois do imposto de renda e contribuição 
social.1.6 Capital de Giro 
 
 Para Tófoli (2012), administrar o capital de giro é gerenciar as contas do 
ativo e passivo circulante e suas inter-relações. Ou seja, é a forma de buscar o 
equilíbrio entre rentabilidade e liquidez, sendo que rentabilidade é o resultado 
obtido pelo capital investido, e a liquidez é a capacidade da organização de 
saldar seus compromissos de curto prazo através de seus ativos circulantes. 
 Existem alguns fatores que influenciam a definição do volume de capital 
de giro a ser preservado numa empresa, sendo eles: volume de vendas no 
período; sazonalidade do negócio; economia; tecnologia e políticas de negócio. 
 
Normalmente, o capital de giro é representado pelos valores do ativo 
circulante (disponível, valores a receber e estoques). São os valores 
que compõem o ativo circulante operacional que permitem o 
funcionamento normal da empresa. (TÓFOLI, 2012, p.173) 
 
42 
 
 Assaf Neto (2007) afirma que, o capital de giro é o fundamento básico do 
equilíbrio financeiro de uma organização. O autor ressalta que o capital de giro 
é dinâmico, exigindo modelos eficientes de avaliação financeira. 
 
1.7 Necessidade de Capital de Giro 
 
 Para Tófoli (2012), a necessidade de capital de giro é a quantia de 
recursos que a organização necessita para financiar suas operações, ou seja, o 
quanto necessita para saldar seus compromissos na data correta e no valor 
total, dispondo de um excedente para sua segurança. Estas necessidades, 
geralmente são cobertas pelo patrimônio líquido e passivo não circulante. Pode 
ser feito de duas formas a estimativa da necessidade de capital de giro, sendo 
através do ciclo financeiro ou através dos demonstrativos contábeis. 
 
1.7.1 Necessidade de Capital de Giro com base no ciclo financeiro 
 
 Segundo Tófoli (2012), este método também conhecido como 
necessidade de capital de giro com base no ciclo de caixa, representa o 
mínimo de capital de giro que uma organização necessita a um determinado 
volume de vendas. Sua fórmula é a seguinte: NCG = Ciclo de caixa x vendas 
diárias. O melhor é que este capital de giro mínimo seja proveniente de fontes 
de financiamento de longo prazo. 
 O Ciclo de Caixa conforme Tófoli (2012) é o tempo entre o pagamento 
de seus fornecedores e o momento de recebimento de seus clientes. É o 
intervalo de tempo em que a organização financia suas atividades sem a 
participação dos fornecedores. Quanto maior, pior, pois indica que existem 
recursos próprios e de terceiros sendo aplicados nas operações, o que provoca 
custos financeiros e afeta a rentabilidade da organização. 
 
1.7.2 Necessidade de Capital de Giro com base nos demonstrativos contábeis 
 
Conforme Tófoli (2012), para cálculo do capital de giro bruto (AC) e 
capital de giro líquido (AC-PC) é importante salientar que tanto o AC como PC 
possuem algumas contas que são categorizadas como transitórias. Portanto, 
43 
 
para uma análise de capital de giro correta, é necessária a reclassificação do 
Balanço Patrimonial. 
A fórmula para cálculo da necessidade de capital de giro é: 
NCG = Ativo circulante operacional – Passivo circulante operacional 
(ACO – PCO). 
Essa fórmula representa os valores que a própria organização financia 
menos o que foi financiado por capital de terceiro de curto prazo. 
Conforme Matarazzo (2010), quando o ativo circulante operacional é 
maior que o passivo circulante operacional, sendo esta a situação mais comum 
das empresas, representa que existe uma necessidade de capital de giro para 
qual a empresa deve encontrar fontes propícias de financiamento. Quando o 
ACO é igual ao PCO, a empresa não tem necessidade de financiamento para o 
giro e por fim quando o ACO é menor que o PCO, representa que a 
organização possui mais financiamentos do que investimentos. 
Tófoli (2012) destaca alguns elementos que afetam a necessidade de 
capital de giro. A NCG aumenta quando (TÓFOLI, 2012, p. 183-184): 
a) as vendas aumentam; 
b) são concedidos maiores prazos aos clientes; 
c) quando os estoques aumentam; 
d) quando o prazo dos fornecedores diminui; 
e) pagamento de fornecedores; 
f) inadimplência; 
A NCG diminui quando: 
a) as vendas diminuem; 
b) são concedidos menores prazos aos clientes; 
c) quando os estoques diminuem e 
d) quando os prazos dos fornecedores aumentam. 
 
Vale ressaltar que a necessidade do capital de giro é dinâmica. Varia de 
acordo com as novas situações apresentadas nas vendas, por exemplo. 
 
1.8 Valor econômico agregado (VEA) 
 
 Conforme Silva (2008), o VEA trouxe sua contribuição para a análise 
44 
 
financeira, pois considera o custo de oportunidade do capital próprio. Iudícibus 
(2008) afirma que o conceito do VEA, é que toda organização além do lucro 
operacional, deve possuir lucro suficiente para pelo menos remunerar seus 
acionistas, pois uma empresa que não consegue nem remunerar seus 
investidores é uma organização que fatalmente destrói valor. 
 
Como o objetivo enunciado de qualquer empresa é promover, em 
suas decisões financeiras, um retorno que remunere as expectativas 
de rendimentos de seus proprietários de capital, a comparação do 
ROI com o custo total de capital (CMPC) permite identificar se a 
empresa está agregando ou destruindo valor econômico. (ASSAF 
NETO, 2007, p. 269) 
 
 VEA = NOPAT – (C% x TC) 
 
NOPAT = Lucro operacional líquido depois dos impostos 
C% = Percentual do custo do capital investido 
TC = Total do capital investido 
 
 Conforme afirma Hoji (2017), o VEA indica a verdadeira lucratividade 
das atividades organizacionais, pois evidencia o valor adicionado ao patrimônio 
líquido em determinado período. 
 Assaf Neto (2008) indica que, a principal finalidade do VEA é indicar se a 
companhia está conseguindo gerar um retorno que atinja as expectativas de 
ganhos de seus proprietários. Quanto mais alto, maior é a riqueza gerada pela 
empresa no período, consequentemente, seu preço de mercado é valorizado. 
 
1.9 Considerações 
 
 A análise financeira tradicional juntamente com a análise da 
necessidade de capital de giro e do VEA propiciam um conhecimento mais 
profundo sobre a real situação da organização. Cada um desses estudos 
permite um conhecimento mais adequado e real da empresa analisada. A 
junção desses três conhecimentos pode ser considerada como uma arte, pois 
fornecem dados pertinentes e importantes para qualquer pessoa interessada 
em determinada organização. 
 
45 
 
CAPÍTULO III 
 
ANÁLISE FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
JUNTAMENTE DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO (NCG) E O 
VALOR ECONÔMICO AGREGADO (VEA) 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Atualmente é de grande relevância que as organizações tenham controle 
sobre a situação da organização frente ao mercado. A análise financeira é uma 
forma de controle muito apropriada, pois vai além de simples números, fornece 
informações dos índices extraídos. 
 Com a finalidade de averiguar a importância da análise financeira 
tradicional, juntamente com a NCG e o VEA nas organizações, foi realizada 
uma pesquisa de campo na empresa Advanced Iteam, no período de fevereiro 
a outubro de 2017. 
 Para a realização da pesquisa utilizou-se dos métodos: 
 No método de estudo de caso foi observada a relevância de uma análise 
completa dos resultados contábeis da organização e seu impacto para a 
organização. 
Para o desenvolvimento do método de observação sistemática foram 
observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados à análise 
financeira das demonstrações contábeis como suporte para desenvolvimento 
do estudo de caso. 
 No método histórico foram observados os dados e evolução dahistória 
da empresa Advanced Iteam, no aspecto voltado a análise financeira, como 
suporte para desenvolvimento do Estudo de Caso. 
 As técnicas utilizadas foram: Balanço Patrimonial (Apêndice A), 
Demonstração do resultado do exercício (Apêndice B), Margem e Giro 
(Apêndice C), Indicadores financeiros (Apêndice D), Roteiro de Estudo de Caso 
(Apêndice E), Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice F), Roteiro do 
Histórico da Advanced Iteam (Apêndice G), Roteiro de entrevista para o 
proprietário da empresa (Apêndice H), Roteiro de entrevista para o contador da 
46 
 
empresa (Apêndice I). 
 Assim, foram analisados os resultados da empresa Advanced Iteam 
Soluções e Serviços de Tecnologia da Informação LTDA, utilizando o Balanço 
Patrimonial e o DRE dos anos de 2014, 2015 e 2016, que permitiram examinar 
diversos índices tanto da análise tradicional, quanto do NCG e VEA. 
 
1.1 Demonstrações financeiras 
 
Nos apêndices A e B são apresentados o Balanço Patrimonial e as 
Demonstrações de Resultado da empresa dos últimos três anos, com a análise 
vertical e horizontal, em uma planilha estruturada e concedida pelas autoras 
Fernanda Furio Crivellaro e Fernanda Teixeira de Souza, ex-alunas do curso 
de Administração, do UniSALESIANO. 
Com a estruturação dos valores contábeis fornecidos pela empresa, 
percebe-se que o Ativo Circulante do primeiro para o segundo ano aumentou 
em 20,81%, e no terceiro ano reduziu em (15,17%). As contas que mais 
influenciaram este resultado foram Duplicatas a Receber, Caixa, Bancos e 
Aplicações Financeiras e Impostos a Compensar. O ativo imobilizado reduziu 
em (29,38%) no primeiro ano e em 2016 tornou a crescer, aumentando 
14,91%. 
O Passivo Circulante do primeiro para o segundo ano sofreu uma queda 
substancial de (60,32%), mas no terceiro ano cresceu 14,49%, em relação ao 
anterior. Esta variação é decorrente do aumento em 101,69% da conta: Outras 
Contas a Pagar. A queda significativa de 2014 para 2015 decorreu 
especialmente da redução em (89,98%) da conta Tributos a Recolher e 
(61,35%) de Outras Contas a Pagar, mesmo com a conta de Obrigações 
Trabalhistas ampliando em 149,19%.O Passivo não Circulante foi constituído 
em 2015, sofrendo uma pequena queda de 2015 para 2016 em (1,33%). 
O total do Patrimônio Líquido (PL) variou de 2014 para 2015 em 
(87,46%) e (72,82%) de 2015 para 2016, mudança esta decorrente da queda 
de R$ 1.461.309,00 de lucros acumulados em 2014 para R$ 749.577,00 em 
2015, se modificando para prejuízos acumulados em 2016 no valor de 
(R$380.956,00). 
 Analisando o faturamento da empresa, observa-se um crescimento do 
47 
 
primeiro para o segundo ano de 6,07%, e no ano seguinte decaiu em (20,07%). 
 Em relação ao Custo do Serviço Prestado (CSP), na planilha identificado 
como CMV, é notória a minimização em (2,51%) do primeiro para o segundo 
ano e no ano de 2016, redução de (6,26%), porém, destaca-se que sua 
participação nos valores das receitas líquidas (análise vertical) foi de 88,3% no 
primeiro ano, 81,16% no segundo ano, subindo para 95,8% no último ano, 
reduzindo significativamente o lucro bruto. A margem bruta passa de 18,8% 
para 4,8%. 
Desta forma, nota-se a alteração do valor de lucro bruto. O ano de 2016 
encerrou com R$511.769,00, uma diferença de (79,55%) comparado com 
2015, onde o valor foi de R$2.502.462,00. 
 Observa-se também que, a empresa passou de lucro líquido no ano de 
2014, para prejuízo em 2015, devido ao aumento das Despesas 
Administrativas na ordem de 35,78% e no aumento excessivo de despesas 
tributárias (na planilha, apresenta-se como outras despesas), sendo este 
702,56%. No ano de 2016, o lucro líquido continuou no saldo negativo, porém 
inferior a 2015. A conta Despesas Administrativas reduziu em (34,53%), no 
entanto houve a inclusão de Despesas Comerciais. Some-se a isso, os valores 
despendidos com Despesas Financeiras, nos dois exercícios finais. 
 
1.2 Análise dos índices 
 
 Os índices financeiros permitem analisar de forma mais adequada à 
situação da empresa. São apresentados no apêndice D, os resultados dos 
demonstrativos contábeis da Advanced Iteam. 
 
1.2.1 Liquidez 
 
 Verificando o índice de liquidez geral (ILG), nota-se uma decaída de 
2014 para 2015 de 187,85% para 104,76%, e em 2016 seu indicador 
apresentava 100,76%. Portanto, ao analisar este índice, nota-se a saúde 
financeira da empresa em curto e em longo prazo, afirmando que a empresa 
tem capacidade de pagamento em 2016 de 100,76% de suas obrigações do 
Passivo Circulante (PC) e Passivo Não Circulante (PNC), em relação ao Ativo 
48 
 
Circulante (AC) e Realizável a Longo Prazo (RPL). 
 No tocante ao índice de liquidez corrente (ILC), verifica-se que em 2014 
a empresa demonstrava um índice estável de 187,85%, pois pagaria todas 
suas obrigações de curto prazo, utilizando seu ativo circulante e ainda 
sobejaria dinheiro. No entanto comparada aos outros anos, 2015 e 2016, este 
índice teve uma melhora significativa passando de 2014 para 2015 de 187,85% 
para 571,99%, e em 2016 para 423,80%. Esta melhora significativa ocorreu 
devido à redução do Passivo Circulante, nas seguintes contas: Fornecedores, 
sofreu uma redução de (42,34%) em 2015 e (81,61%) em 2016, Tributos a 
Recolher (89,98%) no ano de 2015 e (24,64%) em 2016, e Outras Contas a 
Pagar (61,35%) em 2015, no ano de 2016 esta conta sofreu um aumento 
excessivo de 101,69%. Levando em conta a redução destas principais contas, 
o ILC foi influenciado, logo aumentando a capacidade da empresa em suprir 
suas obrigações e ainda permanecer com um saldo positivo em caixa. 
Portanto, analisando o último resultado afirma-se que para cada um real de 
obrigações do PC, a empresa disponibiliza aproximadamente R$ 4,00 em bens 
e direitos também de curto prazo. 
 Os Índices de Liquidez Seca (ILS) da empresa, em virtude desta não 
dispor de estoques, apresentam-se semelhantes aos da liquidez corrente, com 
variações mínimas relacionadas às Despesas do Exercício Seguinte. 
 Analisando o Índice de liquidez imediata (ILI) da organização, obtivemos 
um resultado em 2014, de 88,53%, passando para 157,17% em 2015 e 
mantendo a mesma faixa de porcentagem em 2016, sendo 157,69%. Esse 
índice indica quanto à empresa consegue saldar de suas dívidas de curto prazo 
com o disponível no momento. 
 
Figura 8 - Índices de Liquidez 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2017 
0,00%
200,00%
400,00%
600,00%
2014 2015 2016
ILG
ILC
ILS
ILI
49 
 
1.2.2 Endividamento 
 
 O índice de participação de capital de terceiros (IPCT) apontou-se com 
os valores de 112,19% em 2014, 1.938,82% em 2015 e 7.244,31% em 2016. 
Esse índice representa quanto a empresa usou de capital de terceiros para 
cada unidade de capital próprio. É um índice que quanto menor melhor, 
mostrando então que a organização não apresenta um IPCT adequado, ou 
seja, a empresa recorre ao capital externo, em grandes volumes. O índice de 
endividamento geral (IEG) na organização apresentou os seguintes valores, 
52,87% em 2014, 95,10% em 2015 e 98,64% em 2016. Esse aumento é 
decorrente de uma dívida com tributos, que foram devidamente parcelados. 
 O índice de endividamento a longo prazo (ELP) tem como objetivo, 
avaliar se suas dívidas a longo prazo não são excessivas.Em 2015, o índice da 
empresa era de 78%, ou seja, para cada R$1,00 da empresa, R$0,78 era de 
dívida de longo prazo. Em 2016o resultado apresentou-se da mesma forma. 
 O índice de endividamento a curto prazo (IECP), mostra a dependência 
de recursos de terceiros de curto prazo para financiar o ativo da organização, 
lembrando que quanto menor, melhor. Na Iteam,

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