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CARTA Pilata

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
HABILITAÇÃO: LINGUAGENS – PERÍODO: 2º/2018
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A PESQUISA EDUCACIONAL
PROFESSORA: SILVANETE PEREIRA DOS SANTOS
TRABALHO DE TEMPO COMUNIDADE - SETEMBRO 2º/2018
Pilata Jesuíno Tomazini França
Aos caros amigos saudações e renovo ao que necessário.
Aqui estou seguindo nossa correspondência e trago em minha carta um destaque a reflexão sobre o quão importante é trazer novas propostas e conhecimentos acerca da pesquisa, principalmente no quesito Educação no Campo, por ser uma temática pouco tratada no âmbito escolar, não é mesmo?
Como eu sempre ressalto em nossa conferência, a pesquisa em geral precisa ser estimulada como uma prática para resoluções singulares, mesmo apresentada em um contexto coletivo. Como reconhecer, apreender e representar o progresso da nossa humanidade sem aprofundar em suas indagações, mudanças de fases e evoluções, sem adentrar na magia que a pesquisa traz como repertório. 
No belo cenário que o campo dispõe, sua educação precisa acompanhar sua beleza, procede? Para alcançar com excelência seu papel norteador, a pesquisa precisa trazer critérios que aprimorem ações no contexto adentrado.
Às vezes me deparo com próprios questionamentos, caros colegas. Se como orientadores estimulamos questionamento acerca de diversos assuntos aos nossos discentes quando estão exercitando algum raciocínio diante determinada temática, porque não distribuir estímulos de pesquisa e gerenciar condições na busca de construções sobre o conteúdo pesquisado que trará riqueza para nós, como profissionais. Esse questionamento próprio me leva a adentrar sobre as condições da Educação do Campo e analisar com mais ênfase a Educação do Campo, no campo e para o campo.
 Buscando conhecimentos que atenda as necessidades das minhas compreensões e dos nossos interesses profissionais, caros colegas, encontrei um rico conteúdo proposto por Pages (2011) que relatam os problemas desafios e perspectivas da Educação do Campo. A esplêndida pesquisa traz um ressalvo que retrata a modernização da agricultura e extensão da atividade agrícola que foram fatores que migraram o camponês para cidades, se tornando uma realidade desapossada contribuindo para ações excludentes no campo.
A urgência da Educação do Campo, no Campo e para o Campo, surge da necessidade das contradições do modelo de desenvolvimento vigente no país. Dessa forma, a realidade que se teme a exclusão, a expropriação, os movimentos sociais e a busca por uma educação que atenda suas necessidades, resgate as suas identidades com o campo e que venha de encontro aos interesses socioculturais, econômicos, da população que habita no campo.
O autor traz suas informações através de uma pesquisa investigativa através da contribuição da Escola Família Agrícola de Goiás (EFAGO), dispõe em seu contexto a proposta que EFAGO contempla através do trabalho para o desenvolvimento sustentável seguindo com êxito uma sobrevivência com dignidade por meio de instrumentos pedagógicos da Pedagogia Da Alternância.
A educação do Campo consiste em vários níveis e modalidades de ensino, amparada por uma legislação com conjuntos e um planejamento da evolução sustentável diante esse realidade de ensino. É uma ponte para educação que liga instituição e suas atribuições ao meio rural, garantido uma educação de qualidade, obtendo a entrada, permanência e finalização do processo educacional aos seus matriculados.
Há um debate acerca da Educação do Campo a nível nacional e que vem ganhando seu espaço, acompanhando as necessidades de uma educação subjetiva. Nota-se diante os estudos, pesquisas que retratam o conceito, os paradigmas, os desafios, a organização curricular e a exploração de vários programas que auxiliam a construção e reconstrução de uma educação com excelência na zona rural.
Presumo caros amigos, que o anseio em lidar com situações que exigem desafios, está claramente vinculado a falta de conhecimentos, e a busca por romper essa segregação de saberes é o que gera a funcionalidade da pesquisa. Quando fala-se das inquietações da Educação no Campo, a busca pelas pesquisas e novas descobertas demonstram um avanço de demandas e relações diante a complexidade e enfrentamento a organização de novas tarefas, dando o norteamento e a reativação constante de métodos e saberes capazes de organizar e reorganizar nossas práticas.
O que vocês acham dessa abordagem, ela me parece ser concisa e realista. O nosso grande desafio é proporcionar uma educação de qualidade independente da localidade e sua cultura. Por isso acho viável acender a percepção da importância de pesquisar situações já vivenciadas na Educação do Campo, desafios que ainda podem ser vivenciados e evoluções que cabe uma sistematização da determinação de adquirir um conhecimento emancipado a prática.
Encerro nossa carta, por ter um compromisso. Envio-lhes um saudoso abraço.
Pilata
REFERÊNCIA
PAGES, Gilson Marcos. EDUCAÇÃO DO CAMPO: Problemas, desafios e perspectivas. 2013

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