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INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO - AS ÁREAS DA COMPUTAÇÃO

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Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO - AS ÁREAS DA 
COMPUTAÇÃO 
Alan Gomes; Edward Machado; Jonathan Souza; Leandro Ribeiro; 
Vinicius Dias; Sandra Maria Rodrigues de Morais (Orientadora) 
Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG 
alan.gomes.facu@gmail.com;edwcoelho@gmail.com; jonathanbh29@gmail.com ; 
sant.leandro14@gmail.com;neonbit@bol.com.br 
sandra.marais@prof.unibh.br (orientadora) 
 
RESUMO: Neste artigo é apresentada a linha de pesquisa “Introdução à Ciência da Computação - As áreas da 
computação”, realizada com consulta a livros didáticos, dissertações, teses, projetos e navegações pela internet, 
que abordam essa questão. A pesquisa concentrou-se em publicações direcionadas às Áreas da Computação, e 
apresenta o escopo de atuação dos profissionais formados em Ciências da Computação além de aprofundar em 
algumas das áreas que estão mais em evidência nos dias de hoje. 
PALAVRAS-CHAVE: Ciências da Computação. Áreas da Computação. Introdução à Ciência da Computação. 
 
ABSTRACT: This paper presents the research line "Introduction to Computer Science - The areas of computing," 
performed with consulting textbooks , dissertations , theses, projects and navigations on the Internet, that address 
this issue. The research focused on publications aimed at the Computer Areas , and shows of professional practice 
areas formed in Computer Science as well as delving into some of the areas that are most in evidence today. 
KEYWORDS: Computer Science. Computer Areas. Introduction to Computer Science. 
____________________________________________________________________________ 
 
1 INTRODUÇÃO 
A ciência da computação busca construir uma 
base cientifica para tópicos como projeto e 
programação de computadores, processamento 
de informação, soluções algorítmicas de 
problemas e o próprio processo algorítmico. Ela 
fornece a estrutura das aplicações 
computacionais atuais, bem como a base para 
futura infraestrutura de computação. 
(BROOKSHEAR, 2013, p.2). 
Hoje em dia, os computadores estão presentes em 
nossa vida de uma forma nunca vista 
anteriormente. Seja em casa, na escola, na 
faculdade, na empresa ou em qualquer outro 
lugar, eles são utilizados como ferramenta de vida, 
de trabalho e criação. Ao contrário do que parece, 
a computação não surgiu nos últimos anos ou 
décadas, mas sim há mais de 7 mil anos. 
1.1 Assunto 
O assunto do trabalho em questão é abordar a 
história, a evolução da computação e dos 
computadores e apontar áreas da Computação 
que estão em destaques nos dias de hoje. Desta 
maneira, se poderá conhecer as principais formas 
de computação utilizadas pela humanidade. O 
texto irá abordar temas diversos, como o ábaco, 
Máquina de Pascal, Lógica de Boole, 
computadores mainframes, Steve Jobs e Bill 
Gates, Cloud Computing, Big Data entre vários 
outros. 
 
2 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
1.2 Tema 
O tema proposto se resume em "Introdução à 
Ciência da Computação - Áreas da Computação", 
que trata de descrever a evolução histórica da 
Ciência da Computação, e selecionar as áreas 
mais interessantes e que estão em evidência. 
1.3 A contextualização da pesquisa 
Tendo em vista a necessidade de desenvolver 
ferramentas que aperfeiçoariam o trabalho 
humano em atividades que exigiam uma grande 
demanda de tempo e altos custos, o ser humano 
vem evoluindo em suas atividades e tecnologias 
para que o auxiliem em tais atividades. 
Dos primórdios, ábaco e régua de cálculo, até os 
dias de hoje, com a computação em nuvem e os 
dispositivos móveis, houve uma gigantesca 
evolução. As ferramentas e serviços criados pelo 
homem, fizeram com que todos os setores, como 
por exemplo a Indústria e o Comércio, se 
desenvolvessem em grande escala, a aplicação 
desses recursos proporcionaram a criação de 
inúmeras tecnologias, onde foi possível otimizar 
os processos e ter maior desenvolvimento em 
curto período de tempo. 
Hoje, as ferramentas tecnológicas são 
indispensáveis para a sociedade como um todo. O 
tempo passa rápido, e a computação está muito à 
frente desse tempo, esperando para ser utilizada. 
1.4 Justificativa 
A presente pesquisa tem como finalidade trazer 
conhecimento sobre as áreas da computação para 
auxiliar aqueles que estão cursando ciências da 
computação e a todos que desejam ingressar 
nessa carreira, tendo entendimento de que tipo de 
atividade esses profissionais exercem e quais são 
suas contribuições no mercado de trabalho. 
1.5 Objetivos 
O objetivo desta pesquisa é proceder a um 
levantamento, colocando, de forma clara e 
evidente, a evolução e áreas da computação, além 
de aprofundar em algumas que são de maior 
importância e necessidade. 
Especificamente, é interessante mostrar que na 
Computação há inúmeras áreas e ressaltar que 
nesta ciência, mesmo de ampla aplicabilidade, é 
uma ciência pura e assim como todas elas possui 
uma abrangência de setores de atuação muito 
vasta e varia de acordo com o grau de requisição 
dela frente à sociedade. Todas elas podem ser 
moldadas de acordo com as necessidades 
vigentes de pesquisa no contexto histórico e social 
delas. A convergência de áreas acontece 
livremente a cada momento e a cada variabilidade 
do mercado da Computação já que áreas novas 
são descobertas a cada dia com mais frequência 
que nas outras ciências. 
1.6 Metodologia 
Trata-se de uma pesquisa descritiva. Segundo 
Andrade (2010), nesse tipo de pesquisa, os fatos 
são observados, registrados, analisados, 
classificados e interpretados, sem que o 
pesquisador interfira neles. Isto significa que os 
fenômenos do mundo físico e humano são 
estudados, mas não manipulados pelo 
pesquisador. 
3 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
Foi utilizada a pesquisa bibliográfica que serviu de 
sustentação teórica para conhecimento e 
aprofundamento do tema a ser pesquisado, 
segundo Andrade (2010), a pesquisa bibliográfica 
tanto pode ser trabalho independente ou 
constituir-se no passo inicial de outra pesquisa, já 
que todo trabalho científico pressupõe uma 
pesquisa bibliográfica preliminar. 
Segundo Vergara (2006, pg.48), pesquisa 
bibliográfica “trata-se de um estudo sistematizado 
desenvolvido com base em material publicado em 
livros, revistas, jornais, internet, material acessível 
ao público em geral”. 
1.7 Interdisciplinaridade 
 
Encontrou-se embasamento, foco, orientação e 
muitas vezes estímulo no estudo das disciplinas 
do curso, o que muito contribuiu para o 
aprendizado . 
 
1.7.1 Administração e Empreendedorismo 
Administrar é dar direção. É preciso ter visão de 
modernidade e eficácia na ação, tanto nas 
decisões como na execução de seus objetivos. 
Visão é a percepção das necessidades do 
mercado. Nessa perspectiva tantos os demais 
setores quanto as áreas da computação precisam 
de direcionamento. Uma boa formação dá ao 
empreendedor a capacidade de enfrentar diversas 
situações. A sua história, experiência, formação 
familiar e escolar são fatores que contribuem para 
o desenvolvimento de soluções para diversos 
problemas e o ajuda a conviver com a pressão e 
responsabilidade. A educação de qualidade, 
leitura, etc. amplia o conhecimento e favorece sua 
capacidade empreendedora de resolução de 
problemas. O empreendedor não tem o dinheiro 
como seu maior motivador, pois não seria 
suficiente para atraí-los. As suas qualidades 
colaboram para o sucesso e seus defeitos não 
prejudicam. 
1.7.2 Algoritmos e Estrutura de dados / 
Programação e Estrutura de dadosAntes da máquina computacional, já existia o uso 
de passos sucessivos para realização de tarefas 
ou cálculos, uma vez que grande parte das 
atividades humanas pode ser apresentada através 
de normas sequenciadas para execução do 
mesmo, como uma receita. Desta maneira para 
que um passo seja executado com eficiência, 
tense uma grande necessidade que os passos 
anteriores também sejam realizados 
rigorosamente, assim rapidamente teve-se a 
necessidade de registrar esses passos, 
conhecidos como algoritmos na computação 
atual. (BROOKSHEAR 2013, p.8). 
 Atualmente os algoritmos são escritos de formar 
a ser convenientemente entendido pelos humanos 
e codificado ou compilado para conveniência da 
máquina. 
 
Figura 2 – Algoritmo em C 
Fonte: https://michelpsi.files.wordpress.com/2008/11/prog.png 
4 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
1.7.3 Geometria Analítica e Álgebra Linear 
A Matemática Computacional, explica o 
Coordenador do Colegiado de Graduação, 
professor Antônio Zumpano Pereira Santos, é o 
curso que capacita profissionais a solucionar, por 
meio da computação, problemas que envolvam a 
Matemática ou vice-versa. Essa característica 
básica permite ao profissional aplicar seu duplo 
conhecimento nas mais diferentes áreas. Os 
exemplos estão espalhados em demandas muito 
variadas, apresentadas, por exemplo, por 
escritórios de advocacia, que lidam com bancos 
de dados extremamente variados; por fabricantes 
de parafusos, que precisam testar a resistência do 
produto; por empresas que comandam o tráfego 
nas grandes cidades e precisam da sincronia de 
semáforos; pelos Correios, que carecem de 
constante otimização de rotas; ou, ainda, por 
biólogos, que decifram os milhares de informações 
reveladas pelo código genético. 
 
Devemos lembrar que não é uma área derivada da 
Computação. É uma Matemática que se vale de 
computação para resolver seus problemas, e 
assim torna-se mais prática e com mais nichos de 
atuação como descritos acima. “Hoje, o mundo 
todo gira em torno de computadores e estes em 
torno da Matemática”, diz Luciana Rocha Pedro, 
formada na área pela UFMG. O que ressalta que 
a matemática do al os computadores se valem é 
fomentada por esta área. 
 
 
 
 
1.7.4 Leitura e Produção de Textos 
Disciplina em que os fundamentos de escrita, 
necessários para a elaboração e estruturação do 
trabalho escrito. 
2 Informação x Computação 
Informação é um conjunto organizado de dados, 
que constitui uma mensagem sobre um 
determinado fenômeno ou evento. A informação 
permite resolver problemas e tomar decisões, 
tendo em conta que o seu uso racional é a base 
do conhecimento. 
Outra perspectiva indica que a informação é um 
fenômeno que confere significado ou sentido às 
coisas, já que através de códigos e de conjuntos 
de dados, forma os modelos do pensamento 
humano. (CONCEITO DE, 2011, p.1). 
Existem diversas espécies que comunicam entre 
si através da transmissão de informação para a 
sua sobrevivência. A diferença para os seres 
humanos reside na capacidade de criar códigos e 
símbolos com significados complexos, que 
conformam a linguagem comum para o convívio 
em sociedade. (CONCEITO DE 2011, p.1). 
Os dados são percepcionados através dos 
sentidos e, uma vez integrados, acabam por gerar 
a informação necessária para produzir o 
conhecimento. Considera-se que a sabedoria é a 
capacidade para julgar corretamente quando, 
como, onde e com que objetivo se aplica o 
conhecimento adquirido. (CONCEITO DE 2011, 
p.1). 
5 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
Os especialistas afirmam que existe uma relação 
indissolúvel entre a informação, os dados, o 
conhecimento, o pensamento e a linguagem. 
Ao longo da história, a forma de armazenamento 
e o acesso à informação foi variando. Até à 
Antiguidade a produção do conhecimento humano 
era transmitido oralmente ou através de imagens. 
Na Idade Média, o principal patrimônio 
encontrava-se nas bibliotecas dos mosteiros. A 
partir da Idade Moderna, graças ao nascimento da 
imprensa, os livros começaram a ser fabricados 
em série e surgiram os jornais conseguindo atingir 
um número significativo da população humana 
que até então se baseava nos relatos carregados 
de intencionalidades e de relação de poder. 
Já no século XX, apareceram os meios de 
comunicação de massa (televisão, rádio) bem 
como as ferramentas digitais resultantes do 
desenvolvimento da Internet. 
2.1 A Computação 
A ciência da computação busca construir uma 
base cientifica para tópicos como projeto e 
programação de computadores, processamento 
de informação, soluções algorítmicas de 
problemas e o próprio processo algorítmico. Ela 
fornece a estrutura das aplicações 
computacionais atuais, bem como a base para 
futura infraestrutura de computação. 
(BROOKSHEAR, 2013, p.2). 
 O uso de ferramentas computacionais não é 
exclusividade dos dias de hoje, segundo 
Brookshear (2013, p.4), “Um dos primeiros 
dispositivos de computação foi o ábaco. É 
provável que ele tenha tido suas raízes na China 
antiga e fosse usado nas primeiras civilizações 
gregas e romana”. O ábaco é uma máquina 
utilizada para contagem, sua estrutura é uma 
moldura retangular com pequenos pêndulos 
presos por hastes. 
 
Figura 01 - Ábaco Russo 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7a/
Schoty_abacus.jpg/640px-Schoty_abacus.jpg 
Muitos povos da antiguidade utilizavam o ábaco 
para a realização de cálculos do dia a dia, 
principalmente nas áreas de comércio de 
mercadorias e desenvolvimento de construções 
civis. Ele pode ser considerado como a primeira 
máquina desenvolvida para cálculo, pois utiliza um 
sistema bastante simples, mas também muito 
eficiente na resolução de problemas matemáticos. 
É basicamente um conjunto de varetas de forma 
paralela que contêm pequenas bolas que realizam 
a contagem. (GUGIK, 2009, p.2). 
O fato deste instrumento ter sido difundido entre 
todas essas culturas se deve principalmente a dois 
fatores: o contato entre povos distintos é o 
primeiro deles, o que fez com que o ábaco fosse 
copiado de um lugar para vários outros no mundo; 
por outro lado, a necessidade da representação 
matemática fez com que os sistemas de contagem 
6 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
utilizados no cotidiano fossem implementados de 
forma mais prática. 
Sobre as operações matemáticas, ele é bastante 
útil para a soma e subtração. Já para a 
multiplicação e divisão, o ábaco comum não é 
muito recomendado, somente algumas versões 
mais complexas que a padrão. (GUGIK, 2009, 
p.3). 
Durante vários séculos, o ábaco foi sendo 
desenvolvido e aperfeiçoado, se tornando a 
principal ferramenta de cálculo por muito tempo. 
Entretanto, os principais intelectuais da época do 
Renascimento precisavam descobrir maneiras 
mais eficientes de efetuar cálculos. Logo, em 
1638, um padre inglês chamado William Oughtred, 
criou uma tabela muito interessante para a 
realização de multiplicações muito grandes. A 
base de sua invenção foram as pesquisas sobre 
logaritmos, realizadas pelo escocês John Napier. 
(GUGIK, 2009, p.3). 
Até o momento, a multiplicação de números muito 
grandes era algo muito trabalhoso e demorado de 
ser realizado. Porém, Napier descobriu várias 
propriedades matemáticas interessantes e deu a 
elas o nome de logaritmos. Após o fato, multiplicar 
valores se tornou uma tarefa mais simples. 
O mecanismo consistia em uma régua que já 
possuía uma boa quantidade de valores pré-
calculados,organizados de forma que os 
resultados fossem acessados automaticamente. 
Uma espécie de ponteiro indicava o resultado do 
valor desejado. (GUGIK, 2009, p.4). 
 
Figura 02 - Régua de Cálculo 
Fonte: 
https://hestoriadopc.files.wordpress.com/2011/07/slide_rule_
cursor.jpg 
Apesar da régua de cálculo de William Oughtred 
ser útil, os valores presentes nela ainda eram pré-
definidos, o que não funcionaria para calcular 
números que não estivessem presentes na tábua. 
Pouco tempo depois, em 1642, o matemático 
francês Bleise Pascal desenvolveu o que pode ser 
chamado de primeira calculadora mecânica da 
História, a Máquina de Pascal. 
Alguns Inventores começaram a realizar 
experimentos com a tecnologia de engrenagens. 
Dentre eles estavam Blaise Pascal (1623-1662), da 
França, Gottried Wilhelm Leibniz (1646-1716), da 
Alemanha, e Charles Babbage (792-1871), da 
Inglaterra. Essas máquinas representavam dados 
por meio de posicionamento de engrenagens, com 
os dados sendo informados mecanicamente pelo 
estabelecimento de posições iniciais da 
engrenagens. (BROOKSHEAR, 2013, p.4). 
Seu funcionamento era baseado no uso de rodas 
interligadas que giravam na realização dos 
cálculos. A ideia inicial de Pascal era desenvolver 
uma máquina que realizasse as quatro operações 
matemáticas básicas, o que não aconteceu na 
prática, pois ela era capaz apenas de somar e 
subtrair. Por esse motivo, a tecnologia não foi 
muito bem acolhida na época. (GUGIK, 2009, p.5). 
7 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
 
Figura 03 - La Pascaline 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/
80/Arts_et_Metiers_Pascaline_dsc03869.jpg 
Alguns anos após a Máquina de Pascal, em 1672, 
o alemão Gottfried Leibnitz conseguiu o que 
Pascal não tinha conseguido: criar uma 
calculadora que efetuava a soma e a divisão, além 
da raiz quadrada. (GUGIK, 2009, p.5). 
2.2 Programação funcional 
Em todas as máquinas e mecanismos mostrados, 
as operações já estavam previamente 
programadas, não sendo possível inserir novas 
funções. Contudo, no ano de 1801, o costureiro 
Joseph Marie Jacquard desenvolveu um sistema 
muito interessante nesta área. 
A indústria de Jacquard atuava no ramo de 
desenhos em tecidos, tarefa que ocupava muito 
tempo de trabalho manual. Vendo esse problema, 
Joseph construiu a primeira máquina realmente 
programável, com o objetivo de recortar os tecidos 
de forma automática. (GUGIK, 2009, p.6). 
Tal mecanismo foi chamado de Tear Programável, 
pois aceitava cartões perfuráveis com entrada do 
sistema. Dessa maneira, Jacquard perfurava o 
cartão com o desenho desejado e a máquina o 
reproduzia no tecido. A partir desse momento, 
muitos esquemas foram influenciados pelo tear. 
No ano de 1822, foi publicado um artigo científico 
que prometia revolucionar tudo o que existia até 
então no ramo do cálculo eletrônico. O seu autor, 
Charles Babbage, afirmou que sua máquina era 
capaz de calcular funções de diversas naturezas 
(trigonometria, logaritmos) de forma muito 
simples. Esse projeto possuía o nome de Máquina 
de Diferenças. (GUGIK, 2009, p.6). 
 
Figura 04 - Máquina de Diferenças 
Fonte: 
https://hestoriadopc.files.wordpress.com/2011/07/800px-
difference_engine_scheutz.jpg 
Devido a limitações técnicas e financeiras, a 
Máquina de Diferenças só pôde ser implementada 
muitos anos depois. 
2.3 A Teoria de Boole 
Se Babbage é o avô do computador do ponto de 
vista de arquitetura de hardware, o matemático 
George Boole pode ser considerado o pai da 
lógica moderna. Boole desenvolveu, em 1847, um 
sistema lógico que reduzia a representação de 
valores através de dois algarismos: 0 ou 1. 
(GUGIK, 2009, p.8). 
Em sua teoria, o número “1” tem significados 
como: ativo, ligado, existente, verdadeiro. Por 
outro lado, o “0” representa o inverso: não ativo, 
desligado, não existente, falso. Para representar 
valores intermediários, como “mais ou menos” 
ativo, é possível usar dois ou mais algarismos 
(bits) para a representação. 
 
8 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
2.4 Máquina de Hollerith 
O conceito de cartões desenvolvidos na máquina 
de Tear Programável também foi muito útil para a 
realização do censo de 1890, nos Estados Unidos. 
Nessa ocasião, Hermann Hollerith desenvolveu 
uma máquina que acelerava todo o processo de 
computação dos dados. 
Em vez da clássica caneta para marcar X em “sim” 
e “não” para perguntas como sexo e idade, os 
agentes do censo perfuravam essas opções nos 
cartões. Uma vez que os dados fossem coletados, 
o processo de computação da informação 
demorou aproximadamente 1/3 do comum. Foi 
praticamente uma revolução na maneira de coleta 
de informações. 
 
Figura 05 - Máquina de Hollerith 
Fonte: 
https://hestoriadopc.files.wordpress.com/2011/07/maquinace
nso1890.jpg 
Aproveitando todo o sucesso ocasionado por sua 
máquina, Hollerith fundou sua própria empresa, a 
Tabulation Machine Company, no ano de 1896. 
Após algumas fusões com outras empresas e 
anos no comando do empreendimento, Hoolerith 
veio a falecer. Quando um substituto assumiu o 
seu lugar, em 1916, o nome da empresa foi 
alterado para Internacional Business Machine, a 
mundialmente famosa IBM. (GUGIK, 2009, p.9). 
2.5 Computadores pré-modernos 
Na primeira metade do século XX, vários 
computadores mecânicos foram desenvolvidos, 
sendo que, com o passar do tempo, componentes 
eletrônicos foram sendo adicionados aos projetos. 
Em 1931, Vannevar Bush implementou um 
computador com uma arquitetura binária 
propriamente dita, usando os bits 0 e 1. A base 
decimal exigia que a eletricidade assumisse 10 
voltagens diferentes, o que era muito difícil de ser 
controlado. Por isso, Bush fez uso da lógica de 
Boole, onde somente dois níveis de voltagem já 
eram suficientes. (GUGIK, 2009, p.10). 
 A Segunda Guerra Mundial foi um grande 
incentivo no desenvolvimento de computadores, 
visto que as máquinas estavam se tornando mais 
úteis em tarefas de desencriptação de mensagens 
inimigas e criação de novas armas mais 
inteligentes. Entre os projetos desenvolvidos 
nesse período, o que mais se destacou foi o Mark 
I, no ano de 1944, criado pela Universidade de 
Harvard (EUA), e o Colossus, em 1946, criado por 
Allan Turing. (GUGIK, 2009, p.10). 
 
Figura 06 - Mark I 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/
11/Harvard_Mark_I_Computer_-
_Left_Segment.jpg 
9 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
Sendo uma das figuras mais importantes da 
computação, Allan Turing focou sua pesquisa na 
descoberta de problemas formais e práticos que 
poderiam ser resolvidos através de computadores. 
Para aqueles que apresentavam solução, foi 
criada a famosa teoria da “Máquina de Turing”, 
que, através de um número finito de operações, 
resolvia problemas computacionais de diversas 
ordens. A máquina de Turing foi colocada em 
prática através do computador Colosssus, citado 
acima. (GUGIK, 2009, p.11). 
2.6 Computação moderna 
A computação moderna pode ser definida pelo uso 
de computadores digitais, que não utilizam 
componentes analógicos com base de seu 
funcionamento. Ela pode ser dividida em várias 
gerações. 
2.6.1 Primeira geração (1946 — 1959) 
A primeira geração de computadores modernos 
tinha como principal característica o uso de 
válvulas eletrônicas, possuindo dimensões 
enormes. Eles utilizavam quilômetros de fios, 
chegando a atingir temperaturas muito elevadas, 
o que frequentemente causava problemas de 
funcionamento. Normalmente, todos os 
programas eram escritosdiretamente na 
linguagem de máquina. Existiram várias máquinas 
dessa época, contudo, vamos focar no ENIAC, 
que foi a mais famosa de todas. 
2.6.1.1 ENIAC 
No ano de 1946, ocorreu uma revolução no mundo 
da computação com o lançamento do computador 
ENIAC (Electrical Numerica Integratorand 
Calculator), desenvolvido pelos cientistas norte-
americanos John Eckert e John Mauchly. Esta 
máquina era em torno de mil vezes mais rápida 
que qualquer outra que existia na época. (GUGIK, 
2009, p.11). 
 
Figura 07 – ENIAC 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6c/ENIAC_
Penn1.jpg 
A principal inovação nesta máquina é a 
computação digital, muito superior aos projetos 
mecânicos-analógicos desenvolvido até então. 
Com o ENIAC, a maioria das operações era 
realizada sem a necessidade de movimentar 
peças de forma manual, mas sim pela entrada de 
dados no painel de controle. Cada operação podia 
ser acessada através de configurações-padrão de 
chaves e switches. 
 As dimensões desta máquina são muito grandes, 
com aproximadamente 25 metros de comprimento 
por 5,50 metros de altura. O seu peso total era de 
30 toneladas. Esse valor representa algo como um 
andar inteiro de um prédio. (GUGIK, 2009, p.12). 
2.6.2 Segunda geração (1959 — 1964) 
Na segunda geração, houve a substituição das 
válvulas eletrônicas por transístores, o que diminui 
em muito tamanho do hardware. A tecnologia de 
circuitos impressos também foi criada, evitando 
que os fios e cabos elétricos ficassem espalhados 
10 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
por todo lugar. É possível dividir os computadores 
desta geração em duas grandes categorias: 
supercomputadores e minicomputadores. 
 
Figura 08 – supercomputador 
Fonte: 
https://hestoriadopc.files.wordpress.com/2011/07/ibm7030 
O IBM 7030, também conhecido por Strech, foi o 
primeiro supercomputador lançado na segunda 
geração, desenvolvido pela IBM. Seu tamanho era 
bem reduzido comparado com máquinas como o 
ENIAC, podendo ocupar somente uma sala 
comum. Ele era utilizado por grandes companhias, 
custando em torno de 13 milhões de dólares na 
época. 
 Esta máquina executava cálculos na casa dos 
microssegundos, o que permitia até um milhão de 
operações por segundo. Dessa maneira, um novo 
patamar de velocidade foi atingido. Comparado 
com os da primeira geração, os 
supercomputadores, como o IBM 7030, eram mais 
confiáveis. (GUGIK, 2009, p.13). 
 Várias linguagens foram desenvolvidas para os 
computadores de segunda geração, como 
Fortran, Cobol e Algol. Assim, softwares já 
poderiam ser criados com mais facilidade. Muitos 
mainframes (modo como as máquinas dessa 
época são chamadas) ainda estão em 
funcionamento em várias empresas nos dias de 
hoje, como na própria IBM. 
2.6.2.1 PDP-8 
O PDP-8 foi um dos minicomputadores mais 
conhecidos da segunda geração. Basicamente, foi 
uma versão mais básica do supercomputador, 
sendo mais atrativo do ponto de vista financeiro 
(centenas de milhões de dólares a menos). Eram 
menores do que os supercomputadores, mas 
mesmo assim ainda ocupavam um bom espaço no 
cômodo. 
2.6.3 Terceira geração (1964 — 1970) 
Os computadores desta geração foram 
conhecidos pelo uso de circuitos integrados, ou 
seja, permitiram que uma mesma placa 
armazenasse vários circuitos que se 
comunicavam com hardwares distintos ao mesmo 
tempo. Desta maneira, as máquinas se tornaram 
mais velozes, com um número maior de 
funcionalidades. O preço também diminuiu 
consideravelmente. 
 
Figura 09 - Computador da terceira geração 
Fonte: 
https://hestoriadopc.files.wordpress.com/2011/07/ibm360-
paineldecontrole.jpg 
Os computadores desta geração foram 
conhecidos pelo uso de circuitos integrados, ou 
seja, permitiram que uma mesma placa 
11 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
armazenasse vários circuitos que se 
comunicavam com hardwares distintos ao mesmo 
tempo. Desta maneira, as máquinas se tornaram 
mais velozes, com um número maior de 
funcionalidades. O preço também diminuiu 
consideravelmente. 
 Um dos principais exemplos da terceira geração 
é o IBM 360/91, lançado em 1967, sendo um 
grande sucesso em vendas na época. Esta 
máquina já trabalhava com dispositivos de entrada 
e saída modernos, como discos e fitas de 
armazenamento, além da possibilidade de 
imprimir todos os resultados em papel. (GUGIK, 
2009, p.15). 
O IBM 360/91 foi um dos primeiros a permitir 
programação da CPU por microcódigo, ou seja, as 
operações usadas por um processador qualquer 
poderiam ser gravadas através de softwares, sem 
a necessidade de projetar todo o circuito de forma 
manual. 
 No final deste período, houve uma preocupação 
com a falta de qualidade no desenvolvimento de 
softwares, visto que grande parte das empresas 
estava só focada no hardware. 
2.6.4 Quarta geração (1970 até hoje) 
A quarta geração é conhecida pelo advento dos 
microprocessadores e computadores pessoais, 
com a redução drástica do tamanho e preço das 
máquinas. As CPU’s atingiram o incrível patamar 
de bilhões de operações por segundo, permitindo 
que muitas tarefas fossem implementadas. 
(GUGIK, 2009, p.16). 
Os circuitos acabaram se tornando ainda mais 
integrados e menores, o que permitiu o 
desenvolvimento dos microprocessadores. 
Quanto mais o tempo foi passando, mais fácil foi 
comprar um computador pessoal. Nesta era, os 
softwares e sistemas se tornaram tão importantes 
quanto o hardware. 
2.6.4.1 Altair 8800 
O Altair 8800, lançado em 1975, revolucionou tudo 
o que era conhecido como computador até aquela 
época. Com um tamanho que cabia facilmente em 
uma mesa e um formato retangular, também era 
muito mais rápido que os computadores 
anteriores. O projeto usava o processador 8080 da 
Intel, fato que propiciou todo esse desempenho. 
 
Figura 10 - Altair 8800 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/19/
Altair_8800.jpg/250px-Altair_8800.jpg 
Com todo o boom do Altair, um jovem 
programador chamado Bill Gates se interessou 
pela máquina, criando a sua linguagem de 
programação Altair Basic. O Altair funcionava 
através de cartões de entradas e saída, sem uma 
interface gráfica propriamente dita. 
2.6.4.2 Apple, Lisa e Macintosh 
Vendo o sucesso do Altair, Steve Jobs (fundador 
da Apple) sentiu que ainda faltava algo no projeto: 
12 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
apesar de suas funcionalidades, este computador 
não era fácil de ser utilizado por pessoas comuns. 
 Steve sempre foi conhecido por ter um lado 
artístico apurado, portanto, em sua opinião, um 
computador deveria representar de maneira 
gráfica o seu funcionamento, ao contrário de luzes 
que acendiam e apagavam. Por isso, o Apple I, 
lançado em 1976, pode ser considerado como o 
primeiro computador pessoal, pois acompanhava 
um pequeno monitor gráfico que exibia o que 
estava acontecendo no PC. Como o sucesso da 
máquina foi muito grande, em 1979 foi lançado o 
Apple II, que seguia a mesma ideia. 
 Seguindo na mesma linha, os computadores Lisa 
(1983) e Macintosh (1984) foram os primeiros a 
usar o mouse e possuir a interface gráfica como 
nós conhecemos hoje em dia, com pastas, menus 
e área de trabalho. Não é um preciso dizer que 
esses PCs tiveram um sucesso estrondoso, 
vendendo um número enorme de máquinas. 
 
Figura 11 – Macintosh 
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ed/
Apple_512k.jpg/250px-Apple_512k.jpg 
2.6.4.3 Microsoft e Intel 
Paralelamente à Apple, Bill Gatesfundou a 
Microsoft, que também desenvolvia computadores 
principiais. No começo de sua existência, no final 
dos anos 70 e até meados dos anos 80, Gates 
usou as ideias contidas nas outras máquinas para 
construir a suas próprias. Utilizando 
processadores 8086 da Intel, o primeiro sistema 
operacional da Microsoft, MS-DOS, estava muito 
aquém dos desenvolvidos por Steve Jobs. 
(GUGIK, 2009, p.18). 
Por esse motivo, Bill Gates acabou criando uma 
parceria com Jobs e, após algum tempo, copiou 
toda a tecnologia gráfica do Macintosh para o seu 
novo sistema operacional, o Windows. 
Desta forma, em meados dos anos 80, o 
Machintosh e o Windows se tornaram fortes 
concorrentes. Com a demissão de Steve Jobs da 
Apple, a empresa acabou muito enfraquecida. 
Assim, a Microsoft acabou se tornando a líder do 
mercado de computadores pessoais. 
Desde aquela época, vários processadores da 
Intel foram lançados, acompanhados de várias 
versões de Windows. Entre os modelos da Intel, 
podemos citar: 8086, 286, 386, 486, Pentium, 
Pentium 2, Pentium 3, Pentium 4, Core 2 Duo e i7. 
A AMD entrou no ramo de processadores em 
1993, com o K5, lançando posteriormente o K6, 
K7, Athlon, Duron, Sempron, entre outros. 
 
Figura 12 - Processadores Intel 
Fonte: 
http://img.ibxk.com.br/materias/processadorespentium.jpg 
Todos os computadores pessoais que são 
lançados atualmente são bastante derivados das 
ideias criadas pela Apple e pela Microsoft. 
13 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
2.6.4.4 Multi-core 
Uma das principais tendências dos últimos anos 
do mercado de desktops é a chamada “multi-core”, 
que consiste em vários processadores 
trabalhando paralelamente. Assim, as tarefas 
podem ser divididas e executadas de maneira 
mais eficiente. No início da década de 2000, os 
transístores usados no processador já estavam 
muito pequenos, causando um aquecimento maior 
que o normal. Desta maneira, foi necessário dividir 
a CPU em vários núcleos. (GUGIK, 2009, p.20). 
2.7 Áreas da Computação 
Após acompanhar a evolução da computação 
durante a história, vamos falar sobre as Áreas da 
Computação, subtema deste artigo. Começando 
por Computação de Bolso (Mobilidade), umas das 
áreas que está cada vez mais presente na 
atualidade. 
A. Computação de bolso e tablet’s 
(Mobilidade) 
 
Figura 13 - Iphone 1 
Fonte: http://cdn1.sbnation.com/products/large/37/done-
apple-iphone-1.jpg?1318877878 
De alguns anos para cá, cada vez mais 
computadores móveis são lançados no mercado, 
os quais podem ser carregados dentro do bolso — 
por isso o seu nome. 
 Entre esses dispositivos, pode-se citar 
primeiramente os celulares, que cada vez mais 
executam funções existentes nos computadores, 
possuindo sistemas operacionais completos, além 
de palmtops, pendrives, câmeras fotográficas, 
TVs portáteis etc. 
 Na verdade, a principal tendência do futuro, que 
já está ocorrendo agora, é a união de muitas 
funcionalidades em um mesmo aparelho. Por isso, 
após alguns anos, vai ser muito comum que as 
pessoas tenham somente um único dispositivo 
portátil, que vai executar todas as tarefas 
desejadas. A chegada dos tablets ao mercado foi 
outro grande passo para que isso se tornasse 
realidade. 
B. Computação na nuvem 
CloudComputing uma tecnologia que permite 
acesso remoto a programas (softwares), arquivos 
(documentos, músicas, jogos, fotos, vídeos) e 
serviços por meio da internet. 
O que muitas pessoas não sabem é que, esta 
tecnologia já vem sendo usada há um bom tempo. 
Usuários que possuem uma conta de e-mail como, 
por exemplo no Hotmail, podem acessar seus e-
mails em qualquer lugar. Ou seja, não precisam do 
programa Outlook Express, para poder ler e-mails, 
simplesmente precisam realizar login numa conta 
de e-mail pela web, em qualquer computador 
conectado a internet. Não existe um software do 
Hotmail instalado no computador, ele é acessado 
pela Web, ou seja, está na nuvem. Porque 
nuvem? A nuvem é um símbolo muitas vezes 
usado para representar a internet em diagramas e 
fluxogramas, portanto o termo foi utilizado para 
representar a internet. 
14 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
Os principais fornecedores deste tipo de 
tecnologia são Microsoft, Salesforce, Skytap, HP, 
IBM, Amazon e Google. Os clientes da 
computação em nuvem para ter acesso a serviços 
completos precisam pagar pelos recursos que 
utilizam. Muitos acham esta tecnologia uma boa 
forma de economizar dinheiro com hardware, 
software e serviços, principalmente as empresas. 
Grandes organizações, ao utilizar a computação 
em nuvem, não precisam comprar, por exemplo, 
um conjunto de softwares ou licenças de software 
para cada funcionário. Em vez disso, contrataria 
um serviço de computação em nuvem e pagaria 
uma taxa. (MARTINEZ, 2014, p.1) 
As principais características da computação em 
nuvem são a agilidade, escalabilidade, acesso em 
qualquer local e por diferentes aparelhos 
(telefones celulares, laptops e PDAs), permite o 
compartilhamento de recursos por um grande 
grupo de usuários, serviços fáceis de usar, não 
sendo necessária instalação. Porém, o quesito 
segurança preocupa um pouco. Assim como tem 
surgido tecnologias como esta para facilitar o 
acesso às informações, paralelamente pessoas 
especializadas em invadir computadores e 
programas, os "hackers" podem invadir nossos 
dados e roubá-los. No entanto, estas empresas 
fornecedoras da computação em nuvem investem 
muito em segurança, nos chamados “antivírus em 
nuvem”. 
A tendência é que os computadores do futuro 
terão preços baixos, se comparados com os 
preços atuais, visto que serão produzidos de 
forma mais simplificada, já que boa parte de seus 
dados poderão ser armazenados fora do 
hardware. Com destaque para os mini laptops, 
pois podem ser facilmente carregados, possuem 
baixo consumo de energia e são bem mais 
baratos. (MARTINEZ, 2014, p.2) 
C. Big Data 
 
Big Data é o termo utilizado para descrever 
grandes volumes de dados e que ganha cada vez 
mais relevância à medida que a sociedade se 
depara com um aumento sem precedentes no 
número de informações geradas à cada dia. 
 
As dificuldades em armazenar, analisar e utilizar 
grandes conjuntos de dados tem sido um 
considerável gargalo para as companhias. 
Segundo o Gartner, a Big Data implicará um 
investimento maciço nos próximos dois ou três 
anos, em todo o mundo. Gartner é uma empresa 
de consultoria fundada em 1979 por 
GideonGartner e desenvolve tecnologias 
relacionadas a introspecção necessária para seus 
clientes tomarem suas decisões todos os dias. 
(OGLOBO, 2015, p.1). 
O mercado global de Big Data já movimenta US$ 
70 bilhões por ano, e a tendência é que tenha um 
crescimento de quase 40% até o final de 2015. 
(IBM, 2015, p.1). A grande novidade das soluções 
de Big Data é lidar também com os dados não-
estruturados, que até então só podiam ser 
compreendidos por pessoas. São tweets, posts no 
facebook, vídeos, geolocalização e 
comportamentos de clientes que dependem de 
contexto para ter sentido. Esses dados não-
15 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
estruturados representam 85% das informações 
com as quais as empresas lidam hoje. 
D. Mídias sociais 
As mídias sociais são espaços de interação entre 
usuários. São considerados exemplos de mídias 
sociais: blogs, microblogs (Twitter), redes sociais 
(Facebook), fóruns, e-groups, instantmessengers, 
wikis, sites de Compartilhamento de conteúdo 
multimidia (YouTube, Flickr,SlideShare, Vimeo).Nestes canais, as pessoas podem dialogar e 
compartilhar informação. O conteúdo de uma 
Mídia Social tende sempre ao infinito, uma vez que 
qualquer membro pode contribuir a qualquer 
momento. Este diálogo entre usuários constitui 
blocos colaborativos de opinião. 
As Mídias Sociais significam novas oportunidades 
para criar e comunicar com pessoas que se 
importam. Trazem oportunidades tanto para 
grandes empresas como para indivíduos com uma 
ideia, uma opinião. Mídias sociais, um meio para 
propagação da sua marca, da sua opinião, da sua 
causa. 
Aprender a trabalhar com Mídias Sociais é 
Fundamental para o desenvolvimento de qualquer 
ação efetiva de Marketing Digital, isso porque elas 
são a mola propulsora da internet. Os estímulos 
sociais e o grau de atividade do consumidor fará 
com que sua mensagem seja amplificada cada dia 
mais. (QUINTANILHA, 2015, p.2). 
 
 
E. A questão da segurança na História da 
Computação 
A questão de segurança com sistemas não mudou 
muito até meados do século XX. Na década de 
20porém o assunto emergiu devido à provocação 
iniciada neste período com a Primeira Guerra 
Mundial. O telegrama Zimmerman, que apressou 
os EUA a entrarem na guerra, o trabalho de Arthur 
Scherbius e criptoanalistascomeçaram a tomar 
fama. Logo após na Segunda Guerra Mundial 
despontaram o uso das máquinas ENIGMA 
criadas para poder transmitir mensagens 
criptografadas pelo exército nazista entre seus 
submarinos. 
Passada a guerra, veio a disputa entre as grandes 
potências emergidas. Para criar um método 
seguro de comunicação as forças armadas dos 
EUA criaram a ARPANET, a qual mais tarde se 
tornaria a Internet. Durante os anos 70, equipes 
formadas por elementos do governo e da indústria 
tentavam ultrapassar as defesas de sistemas de 
computadores num esforço de descobrir e corrigir 
as falhas de segurança. Em 1977, o Departamento 
de Defesa dos Estados Unidos apresentou um 
plano sistemático para tratar do Problema 
Clássico de Segurança, o qual daria origem ao 
"DoD Computer Security Initiative" que, logo 
depois desenvolveria um "centro" para avaliar se 
as soluções disponibilizadas eram realmente 
seguras. (VANACOR, 2010, p.3). 
Com a construção do "Centro", foi gerada uma 
necessidade da criação de um conjunto de regras 
a serem utilizadas no processo de avaliação. Este 
conjunto de regras ficaria conhecido 
informalmente como "The Orange Book". O 
16 
 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/ 
processo de escrita do "Orange Book", conhecido 
oficialmente como "Trusted Computer 
EvaluationCriteria - DoD 5200.28-STD", foi 
iniciado ainda no ano de 1978, e no dia 26 de 
dezembro de 1985 foi publicada a versão final e 
atual deste documento. 
Mesmo que o "Orange Book" seja considerado, 
atualmente, um documento ultrapassado, 
podemos considerá-lo como o marco inicial na 
busca de um conjunto de medidas que permitam a 
um ambiente computacional ser qualificado como 
seguro. 
A contribuição da segurança 
Segurança da Informação está relacionada com 
proteção de um conjunto de dados, no sentido de 
preservar o valor que possuem para um indivíduo 
ou uma organização. São características básicas 
da segurança da informação os atributos de 
confidencialidade, integridade e disponibilidade, 
não estando esta segurança restrita somente a 
sistemas computacionais, informações eletrônicas 
ou sistemas de armazenamento. 
Entende-se por informação todo e qualquer 
conteúdo ou dado que tenha valor para alguma 
organização ou pessoa. Segredo de negócios, 
lançamento dos produtos da indústria fonográfica, 
proteção pessoal (antivírus, firewalls) do mercado 
de usuários domésticos, criação de sistemas 
digitais, privacidade virtual em sentido geral, 
manutenção em data warehouses, proteção de 
dados de instituições governamentais, agências 
de inteligência de governos, segurança das 
transações de grandes instituições financeiras, e 
em muitas outras esta área serve à prevenção da 
integridade de aplicações críticas e 
processamento de dados sensíveis os quais são 
atualmente manejados por equipamentos digitais. 
3 Conclusão 
Esse trabalho conclui que as áreas da 
computação mais interessantes e que estão em 
evidência nos dias de hoje são quatro grandes 
áreas: computação em nuvem, mobilidade, mídias 
sociais e Big data. 
São quatro forças que devem ser entendidas 
como um conjunto, pois são interdependentes. 
Elas irão mudar drasticamente a estrutura de 
custos da TI que vai dominar a próxima era da 
computação. 
Tendo em vista esse conceito, este trabalho 
direciona seu leitor que tem dúvidas sobre qual 
área seguir à escolha de um desses segmentos. 
A ideia desse trabalho foi apresentar ao leitor onde 
as empresas estarão buscando novos 
profissionais para os próximos anos, fazendo com 
que o estudante inicie sua especialização dentro 
das áreas apresentadas, podendo assim seguir 
sua carreira no ramo da Computação e procurar 
aprofundar conhecimentos que serão de grande 
valia para sua trajetória profissional. 
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