Buscar

Trabalho pedagogia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

pedagogia
divânia aparecida de faria
uma proposta por meio da aprendizagem baseada em projetos
Sete Lagoas
2020
divânia aparecida de faria
UMA PROPOSTA POR MEIO DA APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJESTOS
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná- UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no 3° semestre do curso de Pedagogia.
Sete Lagoas
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
REFERÊNCIAS	9
INTRODUÇÃO
A partir da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, que instituiu a Computação como elemento complementar de ensino e suporte interdisciplinar nas escolas, bem como do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, que reforça a necessidade de ampliação dos laboratórios de informática, começa a ser formado um novo cenário para a Computação na Educação Básica. Mesmo que de forma tardia, esses movimentos começam a convergir com a convicção de Papert (1985), que já acreditava que a construção do conhecimento do aluno deveria ter o suporte do computador em sala de aula. A aprendizagem por projetos incentiva as crianças a investigar e explorar assuntos que sejam interessantes e motivadores para ela, favorecendo a produção de novos conhecimentos realmente significativo e contextualizado. As crianças envolvidas neste processo tem a possibilidade de participar efetivamente na construção do conhecimento através de atividades dinâmicas como pesquisa e troca de ideias, que as levam a refletir continuamente sobre a importância do que está sendo estudado. Também vale ressaltar que esta criança, ao interagir com o grupo e com os professores, desenvolve valores como respeito e solidariedade.
Neste trabalho, como Situação Geradora de Problema, a professora Márcia deverá realizar uma proposta de projeto que utilize a tecnologia, como tema adotou Projeto Metamorfose das Borboletas. O processo de escolha do projeto aconteceu em sala durante uma atividade de linguagem oral, a partir da apresentação do poema As borboletas de Vinícius de Moraes, momento em que alguns alunos questionaram sobre a vida das borboletas. Diante da situação, percebemos que os conhecimentos iniciais, as certezas provisórias, que apresentaram sobre o tema referiam-se às vivências diárias e contatos diretos com o animal em seus lares e em outros locais que eles tinham acesso. Trabalhar Leitura e Tecnologia na alfabetização é de suma importância para o desenvolvimento do aluno.
4
DESENVOLVIMENTO 
O papel da educação é o de criar condições para que o processo ensino aprendizagem seja significativo para os alunos, uma vez que a revolução tecnológica oferece uma nova forma de adquirir conhecimento e de formação para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo. Com isso, adquire-se novo dinamismo com a penetrabilidade da tecnologia no processo educativo e grandes reestruturações nos conteúdos, currículos, espaços escolares e na capacitação dos docentes, objetivando superar um ensino tradicional baseado na simples função de transmitir conteúdos, para um ensino mais interativo, cooperativo, instigador e reflexivo (DALBEN; CASTRO, 2010). Nesse novo cenário, a utilização das tecnologias no contexto educacional tem ganhado cada vez mais espaço no ambiente escolar. Observa-se que muitas escolas apresentam diferentes estratégias de inserção das tecnologias na construção do ambiente de aprendizagem. Marinho (2013) em seu artigo O cenário do uso das tecnologias na escola do século XXI nos diz que dar um sentido à tecnologia no contexto escolar significa compreendê-la como ferramenta física, simbólica, social, a serviço do saber e de um saber-fazer que propiciará a construção de conhecimentos e de novas aprendizagens. Para tanto, temos na literatura as teorias do conhecimento que foram sendo construídas na tentativa de compreender a dinâmica do ato de ensinar e aprender e ajudar no trabalho com as tecnologias da informação e comunicação. Nas palavras de Dalben e Castro (2010), essas concepções revelam diferentes formas de explicar as dimensões biológicas e culturais do homem e a forma pela qual eles aprendem e se desenvolvem, sendo cada teoria marcada por um contexto sócio histórico. 
Integrante da Educação Básica, o Ensino Fundamental é a segunda etapa na educação escolar dos jovens, de cumprimento obrigatório de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, Lei nº 9.394/96, com duração de nove anos. Esta tem por objetivo a formação básica do cidadão que deve ser alcançada mediante domínio da leitura, escrita e cálculo; compreensão dos ambientes natural e social, político, tecnológico, artístico e valores fundamentais da vida em sociedade, 5 compreendendo desde vínculos familiares até laços de solidariedade humana (Brasil, 1996). O currículo deve ter uma base nacional comum que deve ser complementada com a parte diversificada, que possui temas pertinentes à sociedade local (Brasil, 2001). Assim, as escolas devem organizar seus currículos integrando contexto local, regional e global. Os estudantes aprendem os conhecimentos e valores explícitos nas diretrizes nacionais, que somados a parte diversificada visam construir suas identidades para torná-los responsáveis por suas ações, solidários e desenvolver autonomia sobre suas vidas. Os estudantes que cursam o ensino fundamental estão recebendo denominações para diferenciá-los dos adultos, sendo chamados de nativos digitais (Prensky, 2001), homo sapiens (Veen; Vrakking, 2009), cabeças digitais, leitor imersivo (Toschi, 2010) dentre outras denominações dadas por diferentes teóricos da área educativa. Esta forma de nomeá-los parte do principio que são diferentes da concepção tradicional dos estudantes e visa caracterizar essas diferenças. O atual estudante está crescendo em meio à tecnologia digital e gastam seu tempo, com jogos de computadores e vídeo game, assistindo TV e já possuem celulares. Durante o período escolar que abrange infância e adolescência, os estudantes passam cerca de dez mil horas jogando videogame, vinte mil horas assistindo TV, sem contar as horas nas salas de bate-papo disponíveis na Internet e, passam em média cinco mil horas lendo e estudando (Prensky, 2001).
Atendo-se à concepção interacionista, teoria que fundamentou nosso trabalho, advoga-se a existência de uma relação recíproca entre desenvolvimento e aprendizagem, cuja relação ocorre durante toda a vida entre o indivíduo e o meio e destes sobre ele. Em relação ao aspecto pedagógico, professor e aluno participam conjuntamente do processo educativo numa relação dialógica e cooperativa. O conhecimento é dinâmico e está em transformação contínua. O objetivo é conduzir o aluno à reflexão crítica sobre sua participação na sociedade e sobre sua própria capacidade de transformá-la. (DALBEN, CASTRO, 2010; MIZUKAMI, 1986). A concepção interacionista vem de destacando no contexto educacional brasileiro, e, segundo Palangana (2001), tem por principal característica a interação dinâmica do sujeito com o objeto. O aspecto essencial dessa concepção reside no fato de que as trocas recíprocas que vão se estabelecendo entre o indivíduo e o meio durante toda a vida favorecem o desenvolvimento humano como um todo. No âmbito da educação escolar, destaca-se o papel da mediação proporcionando as condições propícias para a construção do conhecimento. O processo resultante da participação conjunta entre o aluno que procura conhecer e o objeto a ser conhecido, é o ponto de partida para a efetivação, concretização desse conhecimento.
A professora Márcia apresentou o seguinte projeto para a Diretora.
Título do projeto: Metamorfose das Borboletas
Duração do projeto: 3 dias
Público-alvo: Turma 2° ano Ensino Fundamental
 Definição do tema: “Por que a borboleta é tão importante para a natureza?”
 Justificativa da escolha do tema: O processo de escolha do projeto aconteceu em sala durante uma atividade de linguagem oral, a partir da apresentação do poema As borboletas de Vinícius
de Moraes, momento em que alguns alunos questionaram sobre a vida das borboletas. Diante da situação, percebemos que os conhecimentos iniciais, as certezas provisórias, que apresentaram sobre o tema referiam-se às vivências diárias e contatos diretos com o animal em seus lares e em outros locais que eles tinham acesso.
Definição dos objetivos do projeto: 
· Aprender sobre as transformações que o animal (borboleta) faz, entender sua importância para a natureza.
· Valorizar o trabalho em grupo.
· Usar escrita e desenho para recursos para organização dos conhecimentos adquiridos.
 Levantamento das hipóteses: Através da pergunta que resultou ao tema, os alunos vão pesquisar no laboratório sobre a funcionalidade da borboleta, seus benefícios e malefícios.
 Definição das fontes de pesquisa e breve fundamentação teórica: O 
 presente projeto intitulado “Metamorfose das Borboletas” foi elaborado para que as crianças possam reconhecer como funciona o ciclo das borboletas e sua importância para o equilíbrio da vida de animais e plantas. Para atender estas pretensões propôs um conjunto de atividades lúdicas que levarão os alunos a fazer observações, confrontar ideias e registrar fatos e eventos relacionados ao misterioso mundo desses pequenos animais, as borboletas. As borboletas constituem um importante grupo da família dos insetos e pertence ordem dos Lepidópteros, termo que significa literalmente “asas em escamas”. As escamas são coloridas e sobrepostas, formando desenhos intricados de rara beleza. As cores podem ser fortes, suaves, metálicas ou iridescentes, formadas por diferentes pigmentos e microtexturas que, devido aos efeitos de refração e difração da luz incidente, conferem nuances das mais variadas tonalidades nas asas desse lindo animal. A alfabetização começa a ser construída muito antas de a criança entrar na escola, ela vem acontecendo de um processo cultural. De acordo com Freinet (1969) o que está do lado de fora da escola gera muito mais encantamento na criança do que está dentro e o contato com os animais facilitariam muito as crianças em seus estudos sobre meio ambiente, o desenvolvimento da socialização, da responsabilidade, etc. Freinet é o inventor das aulas passeio.
Referência: FREINET, E. Nascimento de uma Pedagogia Popular – Métodos Freinet. Lisboa: Editorial Estampa, 1969.
 Estabelecimento do plano de execução para resolução do problema 
Definido: 
Os alunos do 2° ano do Ensino fundamental irão se dividir em três grupos, com o monitoramento da professora. Devem ir até a sala de informática realizar a pesquisa sobre as transformações da borboleta. Com a ajuda dos pais em casa, devem fazer recortes de figuras da lagarta, casulo e enfim borboleta para na sala de aula fazer a colagem em cartolina, para exposição na sala.
 Divulgação dos resultados: Os alunos vão apresentar seus trabalhos para os demais colegas e contar o que descobriram de interessante e por que este animal é importante para a natureza. 
 Avaliação do aprendizado: A avaliação será feita através da participação dos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio dessa experiência, concluímos que os alunos apresentaram grande interesse e entusiasmo em realizar as atividades propostas, questionaram, manifestaram preferências, demonstraram alguns avanços referentes ao manuseio do mouse, compreensão do conteúdo em estudo, leitura e escrita. Consideramos como relevante a curiosidade, o entusiasmo e o avanço que os alunos demonstraram durante todo o projeto, como consequência do interesse do conteúdo e do uso das ferramentas tecnológicas em várias atividades. 
Percebemos que, as crianças que tem contato com a tecnologia, ficam expostas a uma gama enorme de estímulos. Não é preciso aprender apenas em meios tradicionais, mas com a apropriação consciente das tecnologias no contexto de sala de aula. Constatamos que é possível, sim, integrar tecnologia e educação. Apostar no uso de ferramentas tecnológicas no ensino já é requisito para as escolas que desejam se destacar pela inovação e atualização com as mais modernas tendências pedagógicas. Ainda assim, para que a tecnologia não se torne um fim em si mesmo, é preciso estudar as melhores formas de empregá-la a fim de trazer benefícios para professores e alunos, aumentando a motivação de ambos em sala de aula.
REFERÊNCIAS
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. 5. ed. São Paulo: EPU, 1986. 
OLIVEIRA, Celina Couto de; COSTA, José Wilson da; MOREIRA, Mercia. Ambientes Informatizados de aprendizagem. In: COSTA, José Wilson da; OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro. (orgs.) Novas linguagens e novas tecnologias: educação e sociabilidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. Cap. 4, p. 111-138. 
PETITTO, Sonia. Projetos de trabalho em informática: desenvolvendo competências. Campinas, SP: Papirus, 2003.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando