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Voçorocas Trabalho de campo

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Prévia do material em texto

LARISSA DE KASSIA G. SANTOS
MIKAELY BARROS DE ALMEIDA
 MALU DE SALES FARIA
 RELATÓRIO DE TRABALHO DE CAMPO
DAÍA- SETOR INDUSTRIAL
DIA 29/11/2018- QUINTA FEIRA
GEOLOGIA E MINERALOGIA
PROF°DR° VANDERVILSON ALVES CARNEIRO
ANÁPOLIS-GO
2018/2
INTRODUÇÃO
 A retirada da vegetação de uma área deixa-a exposta à erosão, causada pela queda das gotículas de água, provenientes principalmente das chuvas, o que acaba acarretando em um movimento de massa no solo. “O processo responsável pela desagregação do solo, após a retirada da camada vegetal em sua superfície, é o impacto das gotículas da água da chuva [...], com isso os sedimentos são transportados de um local para outro” (GUERRA, 2001). Após um longo período chuvoso, esses impactos da água com o solo acabam gerando um fluxo de sedimentos que podem originar ravinas, e se o processo for contínuo pode provocar um incessante aprofundamento do solo, podendo chegar ao nível de uma voçoroca. A voçoroca é um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos de erosão, causados pela chuva, intempéries ou até mesmo pela ação do homem. 
 Segundo GUERRA (2001), voçoroca pode ser compreendida como “escavação ou rasgão de solo ou rocha decomposta, ocasionado pela erosão do lençol do escoamento superficial”. Erosões do tipo voçorocas podem chegar a vários metros de comprimento e de profundidade, devido ao fluxo de água que é possibilitado em seu interior, causando uma grande movimentação de partículas. Algumas voçorocas podem chegar até mesmo ao nível do lençol freático do local onde ocorrem. Sobre isso, FERREIRA (2007), afirma que, “as voçorocas são consideradas um dos piores problemas ambientais em áreas de rochas cristalinas nas regiões tropicais de montanha onde são frequentes e podem alcançar grandes dimensões”. 
 O trabalho de campo realizado dia 29/11/2018, teve como objetivo aprofundar nossos conhecimentos vistos em sala. O destino foi visitar uma voçoroca no Daía (Setor Agroindustrial de Anápolis). O trabalho foi dividido em duas paradas, a primeira foi nos trilhos da linha do trem de carga da ferrovia centro atlântica e a segunda parada foi na voçoroca. Além de relatarmos as paradas que fizemos, iremos falar de alguns aspectos geográficos da cidade de Anápolis, e iremos definir alguns termos para, facilitar o compreendimento do relatório. 
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Anápolis está localizada a 53 quilômetros da capital, Goiânia, através de pista duplicada da BR-153, que liga a cidade ao sul e ao norte do país. Ainda conta com as rodovias federais BR-060 (que liga Anápolis à Brasília através de pista dupla) e BR- 414 (que liga Anápolis à Brasília, através de Corumbá de Goiás) e as estaduais GO-222 (para Nerópolis) e GO-330 (para Leopoldo de Bulhões). É um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, estando a pouco mais de 130 quilômetros da capital federal.
Anápolis é o terceiro maior município em população do estado de Goiás, o segundo maior em arrecadação de impostos e a segunda maior cidade do estado de Goiás, compondo a região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro, o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília.
De acordo com o censo do IBGE de 2010, sua população é de 334.613 habitantes. E seu território limita-se ao norte com os municípios de Pirenópolis e Abadiânia, a leste com o município de Silvânia, ao sul com o município de Leopoldo de Bulhões e Goianápolis e a oeste com os municípios de Nerópolis e Ouro Verde de Goiás. Sua bacia hidrográfica é composta pelos ribeirões João Leite, Antas, Piancó e Padre Sousa.
O município tem relevo ondulado, fazendo parte do planalto central brasileiro, podendo ser subdividido em cinco tipos, com características peculiares, sobretudo no que diz respeito à forma, ao espaçamento interfluvial e à potencialidade erosiva. A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas. A substituição da cobertura vegetal primitiva por pastos, submetidos à prática de queimada e ao pastoreio intenso, provoca a retirada de nutrientes do solo pelo escoamento superficial promovendo seu esgotamento. Os relevos intensamente dissecados com potencialidades erosiva muito forte, encontram-se em duas áreas. A primeira, menor, ao norte, junto à fronteira com os municípios de Abadiânia e Pirenópolis. A segunda maior, desde os limites com o município de Ouro Verde e avançando em direção ao centro, sob a forma de uma faixa estreita.
O Clima do município é do tipo tropical de altitude. A temperatura, ao longo do ano, oscila entre 8ºC (junho-julho) a 33ºC (janeiro-março), mas a média fica entre 18ºC e 23°C. O período mais frio vai de maio a setembro, e o mais quente, de outubro a abril. Existem duas estações distintas, a da seca, que coincide com o período de frio, e a das chuvas, que coincide com o período de calor.
Anápolis possui um clima ameno na maior parte do ano. No inverno as temperaturas mínimas podem despencar para até 6°C. Porém, as máximas podem ser superiores a 25°C. (Temperaturas típicas de um dia de inverno: mín. 10°C/máx.25°C). A mínima absoluta ocorreu na forte onda de frio de junho de 1975, onde a temperatura chegou a -3°C, com forte geada na cidade. As primeiras chuvas após o tempo de seca chegam com a entrada da primavera, variando de um ano para o outro.Na primavera, são registradas as maiores temperaturas. Há casos em que as temperaturas máximas podem alcançar ou ultrapassar os 35°C. Os meses de Agosto e setembro são muito secos costumam ser quentes apesar do inverno.
A cobertura vegetal do município está quase que totalmente descaracterizada pela ação do homem. Cultura de cereais, como arroz, milho, café e a formação de pastagens para alimentação do rebanho bovino, substituíram muito da formação vegetal original.
O município localiza-se em uma área de tensão ecológica, ponto de contato entre o cerrado e a região da mata. O cerrado, predominante a leste, tem dois típicos básicos de cobertura: o cerrado propriamente dito e o campo cerrado.
A Flora da região dos campos cerrados é formada principalmente por jacarandá, peroba-branca, quina-do-campo, aroeira, pequi e lobeira. Na região de mata, destacam-se o angico, o amarelão ou garapa, o ipê-amarelo e o ipê-roxo, algumas espécies de palmeiras e a taboca. A mata ciliar ou de galeria, que acompanha as margens dos córregos, possui palmitos, buritis, samambaias e imbaúbas, entre outras plantas.
Embora não exista nele nenhum rio caudaloso, nascentes na região do município de Anápolis levam águas para as bacias do Rio Paraná, Tocantins e Araguaia, com importância para as bacias da Amazônica, de Platina e a do Rio São Francisco. São dezenas de córregos e ribeirões com pequeno volume de água, muitas vezes estreitos e encachoeirados, que não podem ser utilizados para navegação. Durante o período das chuvas, costumam transbordar muito, embora o volume de água que possuem seja pequeno.
DESENVOLVIMENTO
Assim que chegamos no local, pode-se observar o tamanho da erosão da mesma maneira as suas características.
Antes de falarmos sobre a erosão e as duas paradas que fizemos, vamos definir alguns termos que irão ser utilizados nesse relatório.
Ravinas: fendas profundas causadas pela ação das chuvas, de profundida variável, de forma alongada e não atinge o lençol de água subterrânea
Cânion: são paredões profundos formados pelos processos erosivos
Erosão: processos geológicos que desgastam, transportam e sedimentam a superfície do solo.
Erosão laminar: A erosão laminar ocorre pela combinação da ação da energia da gota d’água da chuva com o movimento da água no declive. O processo é tal que finas camadas de solo são removidas da superfície do solo, uma após a outra, e a erosão não é claramente evidenciada por simples inspeção visual.
Latossolo: São formados pelo processo denominado latolização que consiste basicamentena remoção da sílica e das bases do perfil (Ca2+, Mg2+, K+ etc), após transformação dos minerais primários constituintes.
Primeira parada: Trilhos da linha do trem Norte/Sul
 Baseado no que foi explicado, podemos dizer que o motivo da voçoroca, além dos fenômenos naturais, foi a ação do homem no local.
 Na primeira parada podíamos ver um trilho que cruza perto de um local onde passa um córrego que traz à agua do daia, para que o córrego desça eles então fez uma passagem por meio de um cano grande para que o trilho possa passar por cima do córrego. Com a construção desse trilho trouxeram muitas coisas boas para as indústrias, pois são transportes de carga onde facilita o trabalho das indústrias só que eles não pensaram que para construir não precisa devastar tudo. Com tanta ação do homem nesse local não poderia acontecer coisa boa. 
 Com a tamanha devastação e com os impactos que a passagem do trem causa foi formando então a voçoroca que tem logo abaixo do trilho. Com a erosão eles jogaram pedras e depois, por cima despejaram cimento onde contribuiu ainda mais para o aumento da erosão que hoje já se tornou uma voçoroca. 
Na época chuvosa a água vem com toda sua força e não tem nada que possa quebrar sua velocidade como isso o que tiver na frente será arrastado.
Figura 01: Córrego que passa por debaixo de trilho Figura 02: Trilho do trem de transporte de n b cargas
 
 Fonte 01: Arquivo pessoal Fonte 02: Arquivo pessoal
Segunda Parada: Observação do desenvolvimento da voçoroca
Figura 03: Voçoroca
Fonte 03: arquivo pessoal
Baseada na explicação dada, nos textos lidos e na observação da voçoroca foi possível entender de maneira mais profunda como ocorre a sua formação:
 Com a retirada da vegetação para a construção da ferrovia, e aberturas de estradas rurais entre outros fatores, causam consequências que favorecem ao surgimento da erosão, e com a chegada das chuvas ocorre a remoção das primeiras camadas da superfície do solo(erosão laminar), para tentar conter a erosão uma equipe jogou cimento com algumas pedras em seu meio, formando algo poroso, porém essa medida intensificou a erosão, pois a água desce num fluxo direto, devido ao fato que essa técnica não quebra a energia cinética da água. O correto seria instalar uma escadaria, assim a água desceria de maneira lenta, e seria absorvida pelo solo corretamente, tendo em vista que essa medida não foi tomada, de forma que a erosão laminar evoluiu para a erosão com sulcos, e com a intensificação das chuvas a água entra por essas fendas e ocorre o deslocamento de grandes massas de solo, chegando ao último estágio da erosão linear, a VOÇOROCA. Como o agente que potencializa a expansão da voçoroca é a água, o ideal para prevenir a ação desta é a contenção do seu percurso natural por meio da bioengenharia e outras técnicas.
Minerais presentes: Ferro e alumínio.
Tipos de rochas e Solo presente:
Argila escura, branca, branca parda e acinzentada.
Latossolo vermelho escuro; auto teor de mineiro de ferro.
Vermelho amarelo; auto teor de alumínio, silicia e calcita.
Declividade do terreno: Capacidade tem absorver agua.
Forças passivas: Resistencia que o solo exerce á ação erosiva da água; e densidade da cobertura vegetal.
Forças ativas: Características da chuva (intensidade, duração, frequência e impacto das gotas).
Observações: O tipo de solo presente na voçoroca é chamado latossolo, presente principalmente no cerrado; são solos profundos e porosos, o que faz com que ele fique suscetível a erosão, facilitando a circulação de água e de ar.
A expansão da erosão até chegar no estágio da voçoroca, expande-se de tal forma que chega até a área em que a vegetação está presente, com isso a voçoroca carrega a vegetação por gravidade e causa alteração na fauna e na flora.
MEDIDAS CORRETIVAS
 São evidentes os vários problemas que podem ser gerados pelo ´´voçorocamento´´ de uma área, tanto no âmbito natural quanto no social, principalmente caso venha a se desenvolver em ambientes urbanos, e até mesmo do ponto de vista econômico. Várias alternativas já existem para se prevenir, conter o avanço ou recuperar uma área voçorocada.
 Existem hoje projetos que visam explorar o potencial turístico de uma voçoroca ou de uma região em que existem várias delas, já que a beleza morfológica desse tipo de erosão chama a atenção tanto de pesquisadores como de curiosos ou apreciadores da natureza.
 De acordo com a EMBRAOA(2006), para a recuperação eficaz de áreas afetadas por voçorocas, é necessário que se isole o local, realize análises químicas da textura do solo do local para se conhecer sua fertilidade e textura, para a obtenção de dados importantes para a aplicação de insumos necessários ao desenvolvimento das plantas a serem cultivadas no local e também para ter uma melhor dimensão das práticas para controle da erosão. Podem ainda serem construídas estruturas físicas a fim de evitar o aumento da erosão que está sendo causada, diminuindo a perda e movimentação de sedimentos. Podem também serem realizadas obras de drenagem e o cercamento para controle do escoamento superficial, e controle das aguas subterrâneas. Muitos são os custos para a recuperação de áreas degradadas pelas voçorocas, como a mão de obra utilizada, insumos, custo das mudas e transporte das mesmas e etc.
 Este tema é recorrente em vários trabalhos de pesquisa científica, já que existem voçorocas das mais diversas proporções e estão presentes em praticamente todo o território brasileiro, que contém características que propiciam o surgimento e desenvolvimento desse tipo de erosão, principalmente por ser característico de um clima tropical e possuir planaltos bem acidentados, além de uma grande e devastadora intervenção do homem na natureza.
CONCLUSÃO
 Com essa aula campo, concluímos que a voçoroca não é só um processo natural, mas sim um processo antropoceno, pois as intervenções humanas que ocorrem próximo ao local, foram prejudiciais, fazendo com que a erosão aumentasse cada vez mais; ações como as industrias construídas, a implantação do bairro industrial e principalmente a construção da Go-320 e a construção da ferrovia Norte/Sul. Essas construções ocasionaram a degradação das nascentes entorno da área, pois foram criadas trilhas e estradas rurais de passagem, para locomoção mais rápida, dessa forma houve uma má canalização da água da chuva, pois percorre por meio dessas trilhas até as voçorocas, e esse fato tem contribuído para o aumento da mesma. Além do mais é depositado diariamente entulhos de concretos, blocos rochosos e até mesmo lixo, só piorando o problema. 
REFERÊNCIAS BIOGRAFICAS 
ResearchGate: Voçorocas: processos de formação, prevenção e medidas corretivas Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/301552655_Vocorocasprocessos_de_formacao_prevencao_e_medidas_corretivas. Acesso em 30 de novembro de 2018.
Ubbaville Urbanismo: Voçoroca ou Vossoroca? Tudo sobre o fenômeno da erosão Disponível em:http://www.urbaville.com.br/vocoroca-ou-vossoroca-tudo-sobre-o-fenomeno-da-erosao/. Acesso em 30 de novembro de 2018.
LogicAmbiental: Voçorocas Disponível em: http://www.logicambiental.com.br/vocorocas/. Acesso em 01 de dezembro de 2018.
Secretaria da educação do Paraná: Imagens Disponível em: http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=966 HYPERLINK. Acesso em 30 de novembro de 2018. 
Anápolis Planejamento e ação: Aspectos geográficos Disponível em: http://www.anapolis.go.gov.br/portal/anapolis/aspectos-geograficos/. Acesso em 30 de novembro de 2018.
Agencia de Informação daEmbrapa: Bioma Cerrado Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_96_10112005101956.html. Acesso dia 04 de dezembro de 2018.
GUERRA, A. J. T.; SILVA, A S.; BOTELHO, R. G. M. Erosão e conservação dos solos:Conceitos, temas e aplicações. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 
FERREIRA, R. R. M.; FERREIRA, V. M.; TAVARES FILHO, J. ; RALISCH, R. Origem e evolução de voçorocas em Cambissolos na bacia do alto Rio Grande, Minas Gerais. In: XXXI Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2007, Gramado-RS. Anais, 2007.

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