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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS (56)

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1 
 
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI 
FELIPE COUTO REISER 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE ESTÁGIO 
ANÁLISE DE CUSTOS E RECEITAS POR 
COOPERADO NA COOPERATIVA DE 
CRÉDITO UNICRED LITORAL E NORTE 
CATARINENSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ – SC, 2011 
 
2 
 
FELIPE COUTO REISER 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE ESTÁGIO 
ANÁLISE DE CUSTOS E RECEITAS POR 
COOPERADO NA COOPERATIVA DE 
CRÉDITO UNICRED LITORAL E NORTE 
CATARINENSE 
 
 
 
 
Trabalho de Estágio desenvolvido 
para o Estágio Supervisionado do 
Curso de Administração do Centro de 
Ciências Sociais Aplicadas da 
Universidade do Vale do Itajaí. 
 
Prof. Orientador: 
André Graf de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
ITAJAÍ – SC, 2011 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus por 
me dar saúde e fé na conclusão de 
mais uma etapa da vida. A todos os 
professores pelo conhecimento 
transmitido. Ao meu Professor 
Orientador pelo apoio, conselhos e 
empenho em me auxiliar na 
elaboração deste trabalho. Aos 
amigos que estiveram presentes em 
todos os momentos. A Unicred 
Litoral e Norte Catarinense, em 
nome do seu Gerente Ingo Régis 
pelo incentivo e oportunidade 
concedidos. Por fim e mais 
importante, a toda minha família, 
especialmente meus pais e avós que 
me proporcionaram todas as 
condições necessárias, pelo apoio e 
carinho durante toda minha vida.
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Eu errei mais de 9000 arremessos 
na minha carreira. Perdi quase 300 
jogos. Em 26 vezes, confiaram em 
mim pra fazer a cesta da vitória, e eu 
errei. Eu falhei uma vez, de novo, e 
outra vez na minha vida. E é por isso 
que eu obtive sucesso“ 
(Michael Jordan)
 
4 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
 
 
a) Nome do Estagiário 
 Felipe Couto Reiser 
 
 
b) Área de estágio 
 Financeira 
 
 
c) Supervisor de campo 
 Ingo Régis 
 
 
d) Orientador de estágio 
 Prof. André Graf de Almeida 
 
 
e) Professor responsável pelo estágio 
 Prof. Eduardo Krieger da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
a) Razão Social 
 Cooperativa de Crédito dos Médicos, Profissionais da Área da Saúde, 
Contabilistas, Professores e Empresários do Litoral e Norte Catarinense Ltda. 
 
 
b) Endereço 
 Rua Camboriú, 519 – Centro – Itajaí – SC 
 
 
c) Setor de desenvolvimento do estágio 
 Financeiro 
 
 
d) Duração do estágio 
 240 horas 
 
 
e) Nome e cargo do orientador de campo 
 Ingo Régis – Gerente Administrativo Financeiro 
 
 
f) Carimbo e visto da empresa 
 
 
 
 
 
 
6 
 
RESUMO 
Dentro das instituições financeiras há uma preocupação em ter uma ferramenta de análise de cada 
cliente, para isto é necessário que sejam consideradas todas as movimentações e despesas através 
dos serviços fornecidos a eles. Neste sentido que este trabalho conseguiu atingir seu objetivo de 
analisar os custos e receitas obtidas com cada cooperado e, além disto, conseguiu criar uma 
ferramenta não só de análise individual, como de gestão estratégica da organização. A abordagem 
metodológica adotada neste trabalho foi quantitativa com aporte qualitativo, e como tipologia do 
trabalho foi utilizada a Pesquisa Diagnóstico. A pesquisa foi realizada mediante coleta de dados 
retirados diretamente do sistema, observações e de informações obtidas em conversas informais 
junto ao gestor da organização. Os métodos de análise dos dados foram efetuados por meio de 
análises diretamente dos quadros, figuras, tabelas e principalmente dos gráficos. Os resultados 
obtidos foram considerados de muita importância para a organização, pois demonstraram a que a 
empresa deve investir mais no serviço de cobrança, no fornecimento de novos serviços aos 
Condomínios e prospectar novos clientes através do perfil traçado por área de atuação, assim como 
investir na criação de uma nova ferramenta que permita efetuar uma análise mais detalhada de cada 
cooperado, agência e área de atuação nos mesmos moldes das análises feitas neste trabalho, de 
uma maneira mais rápida e com tudo automatizado por meio de sistemas, que permita ter mais 
eficiência e que possa apresentar os pontos a serem melhorados assim como neste estudo. Desta 
maneira, este trabalho foi de grande valia para a organização e para o acadêmico, que viu nele, uma 
oportunidade para propor uma mudança na organização e demonstrar o interesse em crescer no 
ambiente organizacional. 
 
Palavras-chave: Custo. Receitas. Resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
LISTAS DE TABELAS 
Tabela 1 - Agências, Funcionários, Estagiários e Cooperados............................ 39 
Tabela 2 - Resultado da Singular........................................................................... 50 
Tabela 3 - Resultado da Agência de Itapema...................................................... 51 
Tabela 4 - Resultado agência Itapema no mês de Março.................................... 55 
Tabela 5 - Resultado agência Itapema no mês de Abril....................................... 56 
Tabela 6 - Resultado agência Itapema no mês de Maio...................................... 56 
Tabela 7 - Resultado agência Itapema no mês de Junho.................................... 57 
Tabela 8 - Resultado Médicos agência Itapema.................................................. 62 
Tabela 9: Resultado Dentistas agência Itapema................................................ 63 
Tabela 10: Resultado Pessoa Jurídica (Sem Condomínios) agência Itapema.... 64 
Tabela 11 - Resultado Contadores agência Itapema........................................... 65 
Tabela 12 - Resultado Condomínios agência Itapema......................................... 66 
Tabela 13 - Resultado dos demais cooperados da agência Itapema................... 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTAS DE FIGURAS 
Quadro 1 – Técnicas de análise e coleta de dados................................................ 17 
Quadro 2 – Diferenças entre bancos e cooperativas.............................................. 35 
Figura 1 – Sistema Unicred..................................................................................... 38 
Figura 2 - Área de abrangência............................................................................... 39 
Figura 3 - Regionalização....................................................................................... 40 
Figura 4 - Organograma da organização................................................................ 43 
Quadro 3 - Principais produtos e serviços.............................................................. 44 
Quadro 4 – Fatores analisados............................................................................... 47 
Gráfico 1 - Comparação entre as receitas obtidas.................................................. 52 
Gráfico 2 - Comparação entre as despesas............................................................ 53 
Gráfico 3: Comparação entre as receitas obtidas com Rendas de Empréstimos... 54 
Gráfico 4 - Comparação entre despesas com Aplicações...................................... 54Gráfico 5 - Comparação entre as receitas obtidas nos meses estudados.............. 58 
Gráfico 6 - Comparação entre as despesas nos meses estudados........................ 59 
Gráfico 7: Comparação entre as rendas de empréstimos nos meses estudados... 59 
Gráfico 8 - Comparação entre as despesas com aplicação nos meses estudados 60 
Gráfico 9 - Comparação entre os resultados nos meses estudados...................... 61 
Gráfico 10 - Resultados das receitas por área de atuação..................................... 68 
Gráfico 11 - Resultados das receitas com rendas de empréstimos por área de 
atuação.................................................................................................................... 
 
68 
 
Gráfico 12 - Resultados das despesas por área de atuação.................................. 69 
Gráfico 13 - Resultados das despesas com aplicação por área de atuação.......... 69 
Gráfico 14 - Resultados por área de atuação......................................................... 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABC – Activity Based Costing (Custo Baseado em Atividades) 
BB – Banco do Brasil 
CCF – Cadastro de Cheque sem Fundo 
COBAN – Correspondente Bancário 
CVL – Custo / Volume / Lucro 
DOC – Documento de Crédito 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IOF – Imposto sobre Operação Financeira 
PAC – Pontos de Atendimento ao Cooperado 
RKW – Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit (Sigla alemâ) 
TED – Transferência Eletrônica Disponível 
TI – Tecnologia da Informação 
 
 
 
 
10 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12 
1.1 Objetivo Geral........................................................................................... 13 
1.2 Objetivos Específicos.............................................................................. 14 
1.3 Justificativa............................................................................................... 14 
1.4 Aspectos Metodológicos......................................................................... 15 
1.5 Técnicas de Análise e Coleta dos Dados............................................... 17 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................... 18 
2.1 Conceitos e funções da Administração................................................. 18 
.1.1 Administração Financeira........................................................................... 19 
2.2 Custos........................................................................................................ 20 
2.2.1 Termos Utilizados....................................................................................... 21 
2.2.1.1 Custos......................................................................................................... 21 
2.2.1.2 Despesas.................................................................................................... 21 
2.2.1.3 Investimento............................................................................................... 22 
2.2.1.4 Perdas........................................................................................................ 23 
.2.1.5 Desperdício................................................................................................. 23 
2.3 Classificação dos Custos........................................................................ 24 
2.3.1 Fixos........................................................................................................... 24 
2.3.2 Variáveis..................................................................................................... 24 
2.3.3 Diretos........................................................................................................ 25 
2.3.4 Indiretos...................................................................................................... 25 
2.4 Métodos de Custeio.................................................................................. 25 
2.4.1 Custeio por Absorção................................................................................. 26 
2.4.2 Custeio Variável.......................................................................................... 26 
2.4.3 Custeio Padrão........................................................................................... 27 
2.4.4 RKW........................................................................................................... 27 
2.4.5 ABC............................................................................................................ 28 
2.5 Análise custo/volume/lucro..................................................................... 29 
2.5.1 Margem de Contribuição............................................................................ 29 
 
 
 
11 
 
2.5.2 Ponto de Equilíbrio..................................................................................... 30 
2.6 Custo da mão de obra.............................................................................. 31 
2.7 Depreciação.............................................................................................. 32 
2.8 Instituições Financeiras........................................................................... 33 
2.9 Cooperativas............................................................................................. 33 
2.9.1 Cooperativas de Crédito............................................................................. 34 
2.9.2 Cooperativas de Crédito X Bancos............................................................. 34 
2.10 Custo por Cliente...................................................................................... 36 
3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO........................................................ 37 
4. RESULTADOS DA PESQUISA.......................................................................... 47 
4.1 Fatores Analisados..................................................................................... 47 
4.2 Comparação Singular X Agência Itapema.................................................. 50 
4.3 Resultado por Mês...................................................................................... 55 
4.4 Resultado por área de atuação.................................................................. 61 
5. SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO........................................................... 72 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 74 
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 78 
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O mercado global encontra-se numa era na qual a concorrência e a disputa 
por cada novo negócio ou cliente é cada vez mais acirrada. As organizações vêm se 
especializando cada vez mais no atendimento e melhorando a qualidade de seus 
produtos e serviços, pois é constante a cobrança dos seus clientes por essa 
evolução. Quem não se adapta a esta nova tendência para no tempo e perde 
rapidamente o seu espaço no mercado. Em razão dessas tendências, torna-se 
necessária uma avaliação de cada cliente a fim de melhorar continuamente a 
imagem da organização e de se prevenir quanto aos prováveis problemas no 
ambiente macroeconômico da instituição. Neste ponto entra a Administração como 
ferramenta de análise da situação sistêmica da organização buscando reconhecer 
no mercado maneiras eficientes de atingir a satisfação dos stakeholders. A 
Administração Financeiratorna-se, assim, uma técnica de controle eficaz. 
 Neste ponto, entra a Administração como ferramenta de análise da situação 
sistêmica da organização e busca reconhecer no mercado maneiras eficientes de 
atingir a satisfação dos stakeholders. Neste caso a Administração Financeira entra 
como uma técnica utilizada para controlar da forma mais eficaz possível. 
 Dessa forma, o presente trabalho procurou apresentar, por meio de 
pesquisas e análises, o custo de um associado para a organização e o que pode ser 
feito para melhorar o atendimento e os lucros mediante uma amostra previamente 
selecionada. 
 A empresa na qual foi desenvolvido o trabalho, é a Cooperativa de Crédito, 
Unicred Litoral e Norte Catarinense, uma instituição financeira voltada a atender 
profissionais da área da saúde, contabilistas, professores e empresários nas 
seguintes cidades catarinenses: Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Joinville, 
Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Canoinhas, Mafra e Porto União, abrangendo 
uma distância aproximada de 400 km. A empresa oferece os mesmos serviços que 
os bancos comerciais, adotando um estilo diferente no tratamento e importância aos 
seus clientes. 
 Num ambiente moderno e muito exigente como o atual, uma instituição 
financeira que tenha como base o cooperativismo, no qual todos têm os mesmos 
direitos e os lucros são divididos entre seus cooperados conforme suas 
13 
 
movimentações e utilizações de produtos destaca-se dos bancos comerciais que 
ainda são muito mais utilizados pela população. Os consumidores gostam de ser 
abordados com um atendimento diferenciado e personalizado, que é um dos 
principais objetivos das Cooperativas de crédito e deixa o Sistema Unicred muito 
esperançoso para o futuro. 
 A questão central deste estudo relaciona-se com a medição das despesas e 
receitas individuais de cada cooperado pertencente a uma determinada agência 
localizada na cidade de Itapema. Tal medição é tida como uma ferramenta que pode 
ser muito válida para a organização em futuras mudanças. 
 A análise recaiu sobre os custos diretos e receitas obtidas com as 
movimentações de cada cooperado, que servirá como ferramenta às operações por 
ele feitas, considerando vários fatores que podem ser melhorados, com o intuito de, 
ao final do exercício, proporcionar sobras mais elevadas para a organização. Isso 
implica, em se tratando de uma Cooperativa, que não visa lucros, distribuir cada vez 
mais as sobras a seus clientes, além de beneficiar os funcionários que terão uma 
parcela maior a receber referente à participação nos lucros. É com esse intuito que o 
Acadêmico espera ter auxiliado a organização a iniciar esta ferramenta de gestão 
estratégica, inexistente na organização. 
 
 
1.1 Objetivo Geral 
 
 
 De acordo com Roesch (2006, p. 96) “o objetivo geral define o propósito do 
trabalho”. Portanto este trabalho teve como objetivo geral analisar os custos diretos 
e receitas por cooperado da agência da cidade de Itapema da Unicred Litoral e 
Norte Catarinense, no período de Março a Junho do ano de 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
1.2 Objetivos específicos 
 
 
 Após apresentar o objetivo geral do trabalho, são demonstrados objetivos 
específicos. Segundo Roesch (2006, p. 97), “os objetivos específicos 
operacionalizam – especificam o modo como se pretendem atingir um objetivo 
geral”. 
São determinados objetivos específicos: 
 1- apurar os custos por cada serviço no período; 
 2- apurar as receitas por cliente; 
 3- apurar os custos por cliente; 
 4- calcular os resultados por cliente obtidos de acordo com a amostra de 
clientes; 
 5- apresentar os resultados por grupo de clientes; 
 6- analisar os resultados obtidos; 
 
 
1.3 Justificativa 
 
 
 As análises, aplicações e desenvolvimento deste trabalho são considerados 
de grande importância para a organização por diversos fatores. A observação de 
cada cliente individualmente permite idealizar novos investimentos para aprimorar a 
qualidade do atendimento e o gerenciamento da carteira de clientes, além de focar 
em metas para melhorar estratégias da organização e suprir as necessidades de 
seus clientes, de forma que possam enxergar a instituição como uma parceira tanto 
nos momentos de necessidade como no crescimento pessoal e profissional. 
 Quanto à empresa, após passar por uma regionalização, ainda está num 
período de estruturação dos processos, cargos e no atendimento aos cooperados, o 
que também justifica a necessidade deste estudo para que, por intermédio das 
análises de cada cliente, possam ser aplicadas algumas alterações nos serviços, 
priorizando o atendimento personalizado e os resultados da organização. Abre-se, 
pois, uma oportunidade ao Acadêmico, que atua no departamento financeiro da 
empresa, de apresentar, ao final, uma ferramenta de análise do cliente e da 
15 
 
organização, capaz de proporcionar à instituição um crescimento na qualidade de 
seu atendimento e também no seu resultado. Para a Universidade a pesquisa é 
importante para estreitar os laços com a organização, bem como promover o 
desenvolvimento do Acadêmico com base nos conteúdos abordados em sala de 
aula. 
 Este tipo de análise é inédito e a idéia partiu da organização, que com bons 
olhos considera a presente pesquisa como um importante fator para medir a gestão 
estratégica a ser seguida perante os clientes, o que demonstra a originalidade do 
tema. A aplicação do trabalho foi totalmente viável para a organização, uma vez que 
o Acadêmico foi orientado durante todo o processo, recebendo, sem restrições, 
apoio técnico dos gestores quando necessitou. Por fim, não houve custo algum, uma 
vez que os dados foram retirados do sistema da empresa. 
 
 
1.4 Aspectos Metodológicos 
 
 
 A metodologia serve para descrever como se pretende atingir os objetivos 
específicos (ROESCH, 2006). Nesta etapa estão destacados os aspectos 
metodológicos como: caracterização do trabalho, contexto e participantes da 
pesquisa, procedimentos e instrumentos de coleta, tratamento e análise dos dados. 
Ou seja, como a pesquisa foi realizada para alcançar seus objetivos. 
 A tipologia deste trabalho de estágio caracteriza-se numa Pesquisa 
Diagnóstico, que de acordo com Roesch (2006, p.66), “propõe-se levantar e definir 
problemas ou oportunidades para explorar o ambiente organizacional e de 
mercado”. Neste caso, o trabalho se enquadra na visão de analisar os resultados 
conforme a utilização dos serviços por parte dos cooperados e propor melhorias nos 
processos operacionais e estratégias organizacionais. O acadêmico apurou as 
receitas e despesas diretas obtidas pela cooperativa com cada cooperado e através 
destes dados, fez uma análise de cada fator, o que possibilitou sugerir à 
organização alterações em seus produtos e operações e investimentos para 
acompanhar o crescimento do mercado, atingindo assim o objetivo como descreve 
Roesch (2006, p.66), “Como decorrência do diagnóstico, espera-se que no projeto 
sejam apresentadas soluções à empresa para resolver os problemas levantados”. 
16 
 
 A metodologia de pesquisa utilizada foi predominantemente de abordagem 
qualitativa no qual o acadêmico analisou os resultados obtidos por meio de dados 
do próprio sistema e junto aos gestores através do conhecimento, idéias e opiniões 
com relação à seleção de cada serviço oferecido. Segundo Richardson (1999, p. 
79), “a abordagem qualitativa de um problema, além de ser uma opção do 
investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a 
natureza de um fenômeno social”. 
 Roesch (2006, p.130) diz que, 
Se o propósito do projeto implica medir relações entre variáveis 
(associação ou causa-efeito), ou avaliar o resultado de algum sistema ou 
projeto, recomenda-se utilizar preferencialmente o enfoque da pesquisa 
quantitativa e utilizar amelhor estratégia de controlar o delineamento da 
pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados. 
 
 A pesquisa teve aporte quantitativo, no qual foi feito um levantamento das 
receitas e despesas que determinados cooperados proporcionam à organização em 
virtude da utilização dos serviços financeiros. Na visão de Richardson (1999), o 
método quantitativo representa, em princípio, o propósito de garantir a precisão dos 
resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, logicamente, 
uma margem de segurança quanto às inferências. 
 A estratégia de pesquisa utilizada foi mediante um levantamento descritivo. 
A pesquisa descritiva, como explica Vergara (2005, p.54), “expõe as características 
de determinado fenômeno e estabelece correlações entre variáveis definindo sua 
natureza”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados 
 
 
Quadro 1: Técnicas de coleta e análise de dados 
Fonte: Elaborado pelo acadêmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
ESPECÍFICOS 
TIPO DE 
DADOS FONTE 
INSTRUMENTO 
DE COLETA DE 
DADOS 
PROCEDIMENTO DE 
APLICAÇÃO ANÁLISE 
1 SECUNDÁRIO 
SISTEMA E 
GESTORES DA 
EMPRESA 
RELATÓRIOS E 
CONVERSAS 
COM 
GESTORES 
ENTREVISTA E 
ANÁLISE DE 
RELATÓRIOS 
ESTATÍSTICA 
2 SECUNDÁRIO SISTEMA DA EMPRESA 
RELATÓRIOS 
GERADOS 
RETIRADO 
DIRETAMENTE DO 
SISTEMA 
ESTATÍSTICA 
3 SECUNDÁRIO SISTEMA DA EMPRESA 
RELATÓRIOS 
GERADOS 
RETIRADO 
DIRETAMENTE DO 
SISTEMA 
ESTATÍSTICA 
4 SECUNDÁRIO ACADÊMICO RELATÓRIOS GERADOS 
CÁLCULOS DE 
ACORDO COM 
RELATÓRIOS 
ESTATÍSTICA 
5 SECUNDÁRIO ACADÊMICO RELATÓRIOS GERADOS 
CÁLCULOS DE 
ACORDO COM 
RELATÓRIOS 
ESTATÍSTICA 
6 SECUNDÁRIO ACADÊMICO TABELAS E GRÁFICOS 
ANÁLISES DOS 
RESULTADOS 
ANÁLISE DE 
CONTEÚDO 
18 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
2.1 Conceito e funções da Administração 
 
 
A alta competitividade e o mercado cada vez mais instável fazem com que 
as organizações busquem formas de fidelizar os clientes, atendendo as suas 
exigências com menor custo e maior profissionalismo. Para isto, a administração se 
torna a chave para o sucesso de qualquer organização, seja com fins lucrativos ou 
não, pois e ela que mobiliza as pessoas a realizarem tarefas visando um objetivo 
comum. Todas as instituições seja familiar, governamental ou empresarial são 
organizações, que por sua vez necessitam ser administradas. 
Uma organização conforme Hampton (1992, p.8), "é uma combinação 
intencional de pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objetivo". As 
organizações existem dentro de um meio ambiente e possuem três partes básicas, 
sendo, pessoas, tarefas e administração. De acordo Maximiano (1995), a 
organização é uma combinação de esforços individuais com o intuito de alcançar 
propósitos coletivos e utilizam recursos como pessoas, máquinas e equipamentos, 
dinheiro, tempo e conhecimentos. 
Para conseguir êxito nesta combinação de pessoas a fim de alcançar 
determinado objetivo, e necessário uma interação e utilização eficiente de recursos e 
pessoas, para isto entra a administração. Maximiano (1995, p. 60), enfatiza que "se 
a organização e um sistema de recursos que procura atingir objetivos, o processo de 
tomar decisões sobre os objetivos e a utilização de recursos e a administração". O 
autor define administração como o "processo que tem como finalidade garantir a 
eficiência e a eficácia de um sistema". Atendendo assim, os objetivos comuns aos 
integrantes da organização. 
A administração segundo Hampton (1992), diz respeito ao trabalho que 
envolve combinação e direção da utilização de recursos necessários ao alcance dos 
objetivos específicos da organização. A administração é considerada universal e 
busca alcançar as metas de forma eficiente e eficaz por meio de planejamento, 
organização, liderança e controle. Sendo estas as quatro funções administrativas. 
19 
 
Assim, percebe-se que as organizações devem ser compostas por pessoas 
que tenham a capacidade de trabalhar em grupo e que sejam comprometidas com 
seu desenvolvimento. Sem administração não tem como uma organização 
sobreviver, é imprescindível que toda organização planeje, organize, lidere a 
controle seus recursos de forma eficiente. No qual, o líder possui papel fundamental 
nas funções administrativas. A administração é uma área muito complexa e 
desafiadora que envolve diversas outras especializações ou áreas, as quais serão 
abordadas no próximo item. 
A administração é dividida em cinco áreas: Marketing, Materiais, Produção, 
Recursos Humanos e Financeira. A seguir serão apresentados os conceitos e 
funções da área financeira, com ênfase na análise de custos, em razão de este ser o 
foco do estudo. 
 
 
2.1.1 Administração Financeira 
 
 
 Uma das questões que desperta demasiada preocupação por parte das 
organizações são as finanças, pois sem capital uma empresa não tem como suprir 
suas necessidades. Para isto, é imprescindível que as mesmas controlem seus 
custos, verifiquem a melhor forma de financiamento e decidam sobre os 
investimentos que trarão maior retorno à organização e aos acionistas. Diante disto, 
a administração financeira possui um papel indispensável dentro das organizações. 
 A administração financeira segundo Gitman (1987, p. 44), diz respeito à 
análise e planejamento financeiro, e decisões de investimento e financiamento. Os 
administradores financeiros desempenham tarefas “como orçamentos, previsões 
financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de 
investimentos e captação de fundos”, auxiliando assim na tomada de decisão. 
 De acordo com Ross, Westerfield e Jordan (2002), a administração 
financeira diz respeito às maneiras de responder questões sobre quais investimentos 
em longo prazo realizar, onde obter financiamento para custear os investimentos e 
como gerir suas operações do dia-a-dia. Sendo o objetivo da administração 
financeira identificar bens e serviços que criam valor para a empresa, de forma a 
maximizar seu lucro. 
20 
 
 A administração financeira tem estreita relação com a economia e 
contabilidade, assim como as áreas de recursos humanos, marketing, produção 
entre outras, pois é ela que disponibiliza subsídios para estas áreas funcionarem 
(GITMAN, 1987). Assim, é necessária uma forte integração entre todas as áreas da 
empresa com a de finanças, pois esta tem uma visão geral da organização. 
 A função financeira tem como duas tarefas básicas, a obtenção de recursos 
nas condições mais favoráveis possíveis e a alocação eficiente destes recursos na 
empresa. De acordo com Braga (1995, p. 23), esta função diz respeito a “um 
conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por 
todas as áreas da empresa”, sendo responsável pela obtenção dos recursos e pela 
formulação de estratégias voltadas a otimização de seu uso. Ou seja, cabe a 
mesma, obter fundos para financiar suas operações e também para realizar 
investimentos que venham a demandar longo prazo de realização. Assim como 
alocar de forma eficiente seus recursos, fazendo com que a empresa alcance a 
rentabilidade desejada e consiga arcar com seus compromissos. 
 O papel da administração financeira é justamente o de dar subsídios a 
decisões estratégicas que envolvem todo o ambiente organizacional, sendo 
necessário que se criem cenários e simulações para prever problemas e solucioná-
los, buscando assim, a eficiência na utilização dos recursos da empresa. Assim, 
para alcançar os objetivos da organização em maximizar seus lucros é 
imprescindível analisar e controlar de forma mais apurada seus custos e despesas, 
bem como sua margem de contribuição, razão pela qual a contabilidade de custosexerce papel fundamental. 
 
 
2.2 Custos 
 
 
Como toda organização, com exceção das filantrópicas, tem por objetivo 
principal obter lucro, é imprescindível a análise, identificação e interpretação das 
informações financeiras, para planejamento, avaliação e controle do uso apropriado 
de seus recursos. O que faz da análise de custos uma atividade muito importante 
para o alcance dos objetivos da organização. 
 
21 
 
2.2.1 Termos Utilizados 
 
 
Existem várias terminologias que vislumbram o ambiente de custos e são 
costumeiramente utilizadas. A seguir serão apresentados estes termos e suas 
definições. 
 
 
2.2.1.1 Custos 
 
 
 Na definição de Leone (2000, p. 54), custo “é o consumo de um fator de 
produção, medido em termos monetários para a obtenção de um produto, de um 
serviço ou de uma atividade que poderá ou não gerar renda”. Ou seja, o sacrifício 
feito para obtenção destes produtos ou serviços. Martins (2003) ratifica que custo 
refere-se ao sacrifício na produção, sendo reconhecido como tal no momento da 
utilização dos fatores de produção. O termo custos é sintetizado por Passarelli e 
Bomfim (2004), como gastos relacionados de forma direta com a produção tanto de 
bens como de serviços, voltados à comercialização. Os quais são levados somente 
a débito de resultados, desta forma, entende-se como custo, o gasto direto com a 
produção de um bem ou serviço. 
 
 
2.2.1.2 Despesas 
 
 
 Despesa é todo o gasto necessário para obter receita, como por exemplo, 
impostos, comissões de vendas. Segundo com Martins (2003, p.26), “as despesas 
são itens que reduzem o patrimônio líquido e que têm essa característica de 
representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas”. 
 Contabilmente despesa não é sinônimo de custo, sendo que custo está 
relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços, enquanto que despesa 
de uma forma geral são os gastos com a manutenção das atividades da 
organização. Perez Junior, Oliveira e Costa (2005), afirmam que todas as 
22 
 
despesas estão direta ou indiretamente para a efetivação de receitas, as empresas 
possuem despesas para gerar receitas e não para produzir seus bens e serviços. As 
despesas podem ser constituídas pelos grupos de despesas com vendas, 
administrativas e financeiras. Despesas com vendas são aquelas que oferecem 
apoio às vendas, como por exemplo, comissões sobre vendas, propaganda, 
marketing etc. Para Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008), as despesas de vendas são 
os gastos relativos à promoção, posicionamento e distribuição dos produtos da 
empresa, juntamente com os riscos assumidos pela venda. 
 Despesas administrativas são necessárias para dirigir a empresa, como 
material de escritório, salários e encargos do pessoal do administrativo. Iudícibus, 
Martins e Gelbcke (2008) destacam que, as despesas administrativas representam 
os gastos efetuados para dirigir ou gerir a empresa, compõem-se de várias 
atividades gerais que beneficiam todas as fases do negócio e objetivo da empresa. 
 As despesas financeiras são gastos referentes aos juros pagos pela 
empresa, em consequência de empréstimos bancários, descontos de cheques e 
duplicatas. Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008) salientam que as despesas 
financeiras englobam descontos de títulos, juros pagos sobre contratação de 
empréstimos, financiamentos, desconto de títulos entre outras operações passíveis a 
despesas de juros. 
 
 
2.2.1.3 Investimento 
 
 
São gastos ocorridos em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados 
ou diferidos, e que de acordo com Padoveze (2006), são registrados no ativo da 
empresa em razão da sua vida útil ou benefícios futuros. Na definição de Bornia 
(2002), investimento é o valor da compra de insumos que poderão ser utilizados em 
períodos futuros. 
Investimento conforme Santos (2005, p. 25), “são todos os bens e direitos, 
registrados no ativo das empresas para baixa em função de venda, amortização, 
consumo, desaparecimento, perecimento ou desvalorização”. 
23 
 
Assim, investimento é compreendido como o valor utilizado para aquisição 
de recursos que entrarão para o imobilizado e estarão disponíveis para a 
organização no futuro, com o intuito de melhorar a qualidade do serviço fornecido. 
 
 
2.2.1.4 Perdas 
 
 
São ocorrências em situações excepcionais e que fogem da normalidade 
das operações da empresa (PADOVEZE, 2006). Martins (2003) concorda com 
Padoveze e ratifica que além do consumo anormal do bem ou serviço, também é 
feito de forma involuntária. 
Ainda neste fator, Bornia (2002) afirma que perda diz respeito ao valor de 
insumos consumidos de forma anormal, sendo separada dos custos e não 
incorporada ao estoque. 
Desta forma, perda diz respeito à utilização de recursos não necessários, 
que não agregam valor à empresa nem ao cliente, e que não acontecem 
habitualmente, mas que devem sempre ser levados em conta os problemas 
ocorridos, para que não ocorram novamente e estes recursos sejam utilizados com 
frequência. Diante disto, é de grande importância que os gestores conheçam estes 
termos, para analisar de forma correta a utilização dos recursos nas organizações. 
 
 
2.2.1.5 Desperdício 
 
 
Bornia (2002) destaca que o desperdício é definido como um esforço que 
além de não agregar valor ao produto, também não serve para suportar diretamente 
o trabalho efetivo. Este conceito é mais abrangente por reunir as ineficiências 
normais do processo ao consumo anormal de recursos. Já na visão de Passarelli e 
Bomfim (2004) pode-se concluir que é um gasto desnecessário ou excessivo de 
qualquer natureza. 
 
 
24 
 
2.3 Classificação dos Custos 
 
 
Existem diversos tipos de custos, neste tópico será apresentada a 
classificação dos custos costumeiramente utilizados nas organizações e suas 
definições. 
 
 
2.3.1 Fixos 
 
 
São custos nos quais seu total não varia na proporção do volume produzido 
(CREPALDI, 2004). Padoveze (2006) classifica custo fixo como os que se mantêm 
constante na alteração das atividades operacionais. De acordo com Bornia (2002), 
os custos fixos independem do nível de atividade da empresa, não variam de acordo 
com alterações no volume de produção. 
Assim, entende-se por custo fixo, como o custo que sem mantém estável, 
independente das alterações operacionais e administrativas ocorridas na empresa. 
 
 
2.3.2 Variáveis 
 
 
São custos proporcionais ao nível de atividade da empresa e de acordo com 
Leone (2000, p. 73), “somente aparecem quando a atividade ou a produção é 
realizada”. Bornia (2002), afirma que estes custos estão intimamente ligados com a 
produção, crescem com o aumento no nível de atividade. Conforme Crepaldi (2004), 
são custos que variam na proporção do volume produzido. 
Portanto, são custos que variam juntamente com as alterações nos níveis de 
produção. 
 
 
 
 
25 
 
2.3.3 Diretos 
 
 
“São facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos” 
(BORNIA, 2002, p. 44). Maher (2001) define custo direto como qualquer custo que 
pode ser diretamente relacionado com o objeto de custo. Custos diretos de acordo 
com Leone (2000) são aqueles que conseguem se identificar de forma mais 
econômica e lógica com as obras. Ou Seja, são os custos fáceis de mensurar e 
estão diretamente ligados a uma determinada atividade. 
 
 
2.3.4 Indiretos 
 
 
São custos que de acordo com Maher (2001) e Padoveze (2006), precisam 
de critérios de alocação, pois não podem ser relacionados de forma direta e/ou 
objetiva ao objeto de custo. Leone (2000), afirma ser todo custo que depende de 
taxas de rateio para débito às obras. Em outras palavras Bornia (2002, p.44), define 
custo indireto como os que “não podem ser facilmente atribuídos às unidades”. 
Assim, são custos quenão estão diretamente ligados a uma atividade ou 
objetivo, são custos que necessitam de critérios de rateio. 
 
 
2.4 Métodos de custeio 
 
 
 Custeio significa método de apropriação de custos, os mais conhecidos são: 
custeio por absorção, custeio variável, custeio padrão, RKW e ABC. 
 
 
 
 
 
 
26 
 
2.4.1 Custeio por absorção 
 
 
 Neste método, são considerados tanto os custos fixos quanto os variáveis. E 
conforme Padoveze (2006) é o mais utilizado, pois é um critério fiscal e legal em 
quase todo o mundo, já que incorpora os custos fixos e indiretos aos produtos. 
Existindo mais de um produto, é necessário adotar critérios de rateio aos custos 
indiretos. 
 Esse método de custeio é classificado por Bornia (2002), em integral e ideal. 
No qual, no integral são alocados os custos totais aos produtos e relaciona-se com a 
avaliação de estoques. Ou seja, atende às exigências da contabilidade financeira 
para avaliação de estoques. No custeio ideal, todos os custos também são 
computados como custo do produto, no entanto, os desperdícios não são alocados. 
Desta forma, auxilia o controle de custo e o processo de melhoria contínua da 
empresa. 
 O custeio por absorção afirma Maher (2001, p. 360), é um sistema “no qual 
tanto os custos fixos como os variáveis de produção são considerados custo do 
produto”. Crepaldi (2004) enfatiza que neste método os custos de produção podem 
ser apropriados diretamente como a mão-de-obra, ou indiretamente como custos 
indiretos de fabricação, e os gastos que não fazem parte do processo produtivo 
como as despesas, são excluídos. 
 Assim, observa-se que o critério de custeio por absorção considera tanto os 
custos variáveis quanto os fixos somente de produção, como composto do custo do 
produto. 
 
 
2.4.2 Custeio variável 
 
 
 Esta forma de custeio leva em consideração somente os custos variáveis de 
produção. Bornia (2002, p. 56), afirma que “pode-se dizer que o custeio variável está 
relacionado com a utilização de custos para apoio as decisões de curto prazo, em 
que os custos variáveis tornam-se relevantes e os custos fixos não”. 
27 
 
 No critério de custeio variável conforme afirmam Maher (2001) e Martins 
(2003), apenas os custos variáveis, tanto diretos quanto indiretos, são atribuídos às 
unidades produzidas. Sendo os custos fixos considerados como despesas do 
período. 
 Este critério explica Leone (2000), envolve também conceitos de custo 
direto, por isso à denominação de custeio direto é mais utilizada. O autor também 
enfatiza que o critério é seletivo quanto aos custos que deverão ser debitados como 
custo do produto, processo ou serviço, e que para o custo chegar a esta 
classificação é preciso atender a duas qualificações ao mesmo tempo: ser 
diretamente relacionado ao objeto de custo e ser variável quanto a um parâmetro 
operacional significativo. Sendo seu objetivo principal determinar a contribuição 
marginal. 
 Com isto, nota-se que o critério de custo variável/direto, considera somente 
os custos variáveis, tanto diretos quanto indiretos, como custo do produto. 
 
 
2.4.3 Custeio padrão 
 
 
 O moderno conceito de custo-padrão (ou custo standard) predetermina o 
custo do produto ou linha de produto com base em análises e estudos de 
engenharia dos processos de fabricação em condições normais de operação. 
Condições normais de operação pressupõem um cenário de bom desempenho 
operacional, considerando eventuais deficiências, mas com metas possíveis de 
serem alcançadas (HOJI, 2010). 
 
 
2.4.4 RKW 
 
 
 O Custeio RKW ou Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit, que representa 
uma sigla alemã que segundo Vartanian (2000), representava um antigo conselho 
governamental alemão para assuntos econômicos e consiste no rateio dos custos de 
28 
 
produção e também de todas as despesas (administrativas, financeiras e de vendas) 
aos produtos. 
 
 
2.4.5 ABC 
 
 
 Este método diz respeito à alocação dos custos indiretos às atividades da 
empresa e depois aos produtos ou serviços. No qual é uma sigla em inglês, Activity 
Based Costing ou em português, Custo Baseado em Atividades. Martins (2003, p. 
87), afirma que este método “procura reduzir sensivelmente as distorções 
provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”, sendo uma importante 
ferramenta utilizada na gestão de custos. 
 De acordo com Maher (2001), Passarelli e Bomfim (2004), Bornia (2002) e 
Padoveze (2006), nesta forma de custeio primeiramente são atribuídos os custos 
das várias atividades significantes da empresa e depois alocados aos produtos. 
 O custeio por atividades baseia-se no conceito de que os produtos 
consomem atividades e estas consomem recursos. 
 Este método fornece medidas detalhadas de custos e conforme Maher 
(2001), por fornecer mais informações sobre os custos dos produtos, exige maior 
trabalho em registro dos dados. Sua idéia básica de acordo com Bornia (2002, p. 
121), “é tomar os custos das várias atividades da empresa e entender seu 
comportamento, encontrando bases que representem as relações entre os produtos 
e estas atividades”, agindo assim como direcionador do custo. 
 O objetivo deste método é atribuir o custeamento dos produtos mediante 
medidas corretas e criteriosas dos custos indiretos dos produtos ou serviços. Sendo 
suas fases, alocar os custos nas várias atividades da empresa e atribuir os custos 
aos produtos (PASSARELLI; BOMFIM, 2004; PADOVEZE, 2006). 
 Assim, nota-se que o método de custeio por atividades permite apurar os 
custos de forma mais precisa, auxiliando o controle dos custos das atividades mais 
relevantes. 
 
 
 
29 
 
2.5 Análise custo/volume/lucro 
 
 
Os administradores precisam entender a relação dos custos e volumes 
produzidos e vendidos juntamente com o seu lucro, de forma a tomar decisão e 
prever a utilização deste lucro. Diante disto, têm-se como instrumento a análise 
custo/volume/lucro (CVL). 
Esta análise é um conjunto de procedimentos que de acordo com Bornia 
(2002, p. 71), “determina a influência no lucro provocado por alterações nas 
quantidades vendidas e nos custos”. Através desta análise é possível projetar o lucro 
a ser obtido em vários níveis possíveis de produção e venda, assim como o impacto 
sobre o lucro na modificação de preço de venda. Conforme constata Crepaldi (2004), 
a análise CVL tem por base o custeio variável, podendo assim determinar a 
quantidade mínima de produção e vendas para que a empresa não tenha prejuízos. 
A análise CVL, destaca Maher (2001, p. 432), “é o estudo das inter-relações 
entre custos e volume, e da forma como eles impactam o lucro”. Ou seja, é 
destinada a entender como se relacionam os custos, volume e lucro, auxiliando 
também na elaboração de orçamentos e a expandir as facilidades de produção. 
 
 
2.5.1 Margem de contribuição 
 
 
Para uma tomada de decisão mais eficiente, as empresas devem saber o 
quanto é necessário vender para cobrir todos os seus custos e despesas e ainda 
obter lucro, o que faz da margem de contribuição uma importante ferramenta 
gerencial. 
Segundo Santos (2005, p. 48), margem de contribuição diz respeito à 
“contribuição para cobrir o custo fixo e proporcionar lucro”. A margem de 
contribuição de acordo com Bornia (2002, p. 72), “é o montante de vendas 
diminuídas dos custos variáveis”, unitariamente, “é o preço de venda menos os 
custos variáveis do produto”. Padoveze (2006), afirma que margem de contribuição é 
a diferença entre as receitas e os custos e despesas variáveis tanto de forma total 
quanto unitária, sendo um instrumento fundamental para decisões de curto prazo. 
30 
 
A parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis 
e contribui para absorção dos custos fixos e formação do lucro, é denominada como 
margem de contribuiçãoafirma Crepaldi (2004). 
Assim, entende-se por margem de contribuição como a parcela do preço que 
irá contribuir para a absorção dos custos e despesas fixas e gerar lucro. 
 
 
2.5.2 Ponto de equilíbrio 
 
 
As empresas devem conhecer sua capacidade mínima de operação para 
não ter prejuízo, o que faz o cálculo do ponto de equilíbrio uma importante 
ferramenta gerencial. De acordo com Santos (2005), para a empresa verificar a 
quantidade mínima de vendas necessária para obter determinado lucro, é preciso 
calcular o ponto de equilíbrio. 
O ponto de equilíbrio conforme Maher (2001) e Bornia (2002) é o nível de 
venda onde o lucro é zero. Crepaldi (2004), afirma que a empresa está em ponto de 
equilíbrio quando ela não tem lucro nem prejuízo, ou seja, as receitas totais são 
iguais aos custos e despesas totais. O lucro da empresa se dará a partir de volumes 
adicionais de vendas. 
Para Bornia (2002), existem três pontos de equilíbrio, que são: contábil, 
econômico e financeiro. O ponto de equilíbrio contábil leva em conta todos os custos 
e despesas contábeis vinculados ao funcionamento da empresa. No econômico, são 
incluídos aos custos e despesas fixos, os custos de oportunidade referente ao 
capital próprio. E no financeiro, os custos são considerados desembolsos, ou seja, 
ônus para a organização. 
Portanto, entende-se por ponto de equilíbrio como o nível mínimo em que a 
empresa pode operar de forma a cobrir seus custos e despesas com lucro nulo, ou 
seja, sem ganhar nem perder dinheiro. 
 
 
 
 
 
31 
 
2.6 Custo da mão de obra 
 
 
Os gestores devem ter pleno conhecimento da proporção dos custos com 
mão-de-obra no produto/serviço e no resultado da empresa. Desta forma, Martins 
(2003), destaca a diferença entre mão-de-obra direta e indireta. Em que, a direta diz 
respeito ao pessoal que trabalha diretamente no produto em elaboração, de fácil 
identificação de tempo e de quem executou o trabalho. Caso necessite de critérios 
de rateio, ou alguma estimativa de alocação, a mão-de-obra é tida como indireta. 
De acordo com Crepaldi (2004), o custo de mão-de-obra direta, é todo custo 
envolvendo salário, encargos sociais, férias, 13º salário dos empregados que 
trabalham diretamente na transformação do material direto em produto acabado. Se 
não for possível identificar de forma direta o custo, precisando ratear a mão-de-obra 
aos produtos, a mesma é denominada indireta, como no caso da ociosidade normal. 
Existem muitos outros empregados que conforme Passarelli e Bomfim 
(2004, p. 81), representam custos indiretos ao produto acabado, como “o pessoal de 
manutenção, controle e planejamento da produção, movimentação de materiais, 
relações industriais, entre outros”. Os mesmos afirmam ainda, que o fator que 
determinará como deve ser distribuído o salário do pessoal da fábrica não é a 
classificação dos empregados, mas um relatório ou apontamento com as atividades 
executadas. Sendo, o salário do pessoal da administração e vendas, considerado 
como despesa operacional e não custo. 
As análises do custo de mão-de-obra direta no Brasil, afirma Bruni (2006), 
devem considerar os gastos com encargos trabalhistas sociais que incidem na folha 
de pagamento, os quais devem ser incorporados de forma variável. Os encargos 
sociais de acordo com Crepaldi (2004, p. 57), “são os gastos da empresa incidentes 
sobre a folha de pagamento que não correspondem a um trabalho efetivo do 
funcionário”, e dividem-se em: sem contraprestação de serviço (férias, 13º salário, 
descanso remunerado semanal, feriados) e contribuições sociais (fundos para 
desenvolvimento de atividades sociais). 
Quanto à classificação do custo com mão-de-obra direta em fixo ou variável, 
Martins (2003), afirma que, pela legislação trabalhista brasileira definir 
contratualmente um mínimo de 220 horas/mês de trabalho, a folha de pagamento de 
acordo com este contrato é fixa. No entanto se o funcionário ficar algum tempo 
32 
 
ocioso ou fizer outras atividades não relacionadas diretamente ao produto, o custo 
direto é tido como variável. 
 
 
2.7 Depreciação 
 
 
É importante que a empresa leve em consideração ao avaliar seu resultado 
o resíduo ocasionado pela depreciação de seus imobilizados. De acordo com Bornia 
(2002), depreciação representa a perda de valor do bem no período considerado, no 
qual o tempo considerado é cronológico, fazendo com que a depreciação seja 
constante, um custo fixo. O autor afirma ainda, que existem vários métodos para 
chegar ao resultado da depreciação, mas o mais usado é o linear, em que a 
depreciação é o valor de bem dividido pela vida útil. 
A depreciação conforme Santos (2005, p. 123), representa a remuneração 
pelo trabalho prestado do imobilizado, resultando em perda de eficiência pela vida 
útil média esperada. Assim, “o bem é depreciado em função do uso e da ação de 
elementos da natureza que poderá torná-lo inadequado e também obsoleto”. 
O subsistema que auxilia o cálculo da depreciação afirma Padoveze (2006), 
é denominado controle patrimonial, sendo importante alocar e orçar estes gastos por 
centro de custos, devido à necessidade de atribuir responsabilidades pelo uso dos 
bens. 
Os custos e despesas patrimoniais são denominados de depreciação, “que 
não é um custo ou despesa desembolsável financeiramente”. É considerada um tipo 
de fundo de poupança que tem por fim a reposição dos bens patrimoniais do ativo 
permanente no término de sua vida útil, e dependendo de seu uso, a depreciação 
pode ser mais acelerada. Sendo constituídos “grupos de bens patrimoniais imóveis, 
móveis e utensílios, máquinas e equipamentos, instalações, ferramentas, veículos, 
etc.” (BEULKE E BERTÓ, 2006, p. 71). 
A quota de depreciação expõe Santos (2005), é determinada mediante 
aplicação da taxa anual sobre o custo de aquisição do bem depreciável, a qual será 
fixada em função do prazo de utilização do mesmo. Os encargos de depreciação 
devem ser contabilizados mensalmente e conforme o autor, não há imobilização de 
33 
 
bens com vida útil inferior a um ano e/ou com valor inferior a R$ 326,61 (trezentos e 
vinte e seis reais e sessenta e um centavos). 
Diante disto, nota-se a importância de a empresa contabilizar e analisar 
mensalmente os custos e despesas com depreciação para planejamento de seu 
imobilizado e apuração de resultado. 
 
 
2.8 Instituições Financeiras 
 
 
 De acordo com FONSECA (1970), cada país deve ter um sistema financeiro 
que guarde proporção com seu grau de desenvolvimento e sua força econômica, 
nem maior, nem menor. 
 Neste sentido, as Instituições financeiras exercem papéis importantes do 
panorama do mercado financeiro brasileiro a atividade de intermediação financeira 
deve, entre outros, minimizar a incerteza e os riscos a níveis compatíveis com as 
exigências de maximização dos ganhos, tendo que proporcionar cada vez mais 
segurança e agilidade no julgamento e previsão de melhores retornos. 
 Neste sentido que entram as cooperativas de crédito, a fim de proporcionar 
aos seus cooperados serviços melhores e mais rentáveis que os bancos comerciais. 
 
 
2.9 Cooperativas 
 
 
 De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) em seu Congresso 
Centenário em 1995, citado em Meinen e Loredo de Souza (2010, p.33), 
“Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, 
voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e 
culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e 
democraticamente gerida”. Outra definição elaborada desta vez por Meinen e Loredo 
de Souza (2010, p33), 
“O método de atividade na sociedade cooperativa consiste na prática de 
atos que diminuam o custo da produção, de jeito a haver vantagem para os 
34 
 
sócios, que são os consumidores, ou que levem à obtenção demelhor 
preço para os produtores, pois os produtores são os sócios, ou a 
conclusões de empréstimos com menores interesses.” 
 Por fim pode-se ser citada mais uma definição de Meinen e Loredo de Souza 
(2010, p. 37): 
“O cooperativismo, por definição, reúne valores e práticas que o vinculam a 
uma existência sustentável. Como movimento socioeconômico que visa ao 
bem estar social, cultiva, em essência, a democracia, a solidariedade, a 
independência e a autonomia. Trata-se, por assim dizer, de uma verdadeira 
filosofia vida.” 
 
 
2.9.1 Cooperativas de Crédito 
 
 
 Para definir uma Cooperativa de Crédito Meinen e Loredo de Souza (2010), 
enumeram vários fatores característicos, portanto pode-se definir uma Cooperativa 
de Crédito como uma sociedade de pessoas, que possuem os mesmos direitos 
perante as decisões, distribuições e política, no qual o preço das operações e 
serviços visa somente à cobertura dos custos, o relacionamento é personalizado / 
individual, com o apoio da tecnologia da informação, está comprometida com as 
comunidades e usuários, as sobras são distribuídas entre os cooperados, 
considerando a proporção das operações individuais, reduzindo ainda mais o preço 
final pago pelos cooperados e por fim, o lucro está fora de seu objetivo. 
 
 
2.9.2 Cooperativas de crédito X Bancos 
 
 
 De acordo com Meinen e Loredo de Souza (2010, p.38), 
“A cooperativa de crédito nasce da vontade e da necessidade de um grupo 
de pessoas, que se congregam (elegem uma sociedade ou fórum comum) 
para a troca (exercício da mutualidade) de soluções. Já a instituição 
financeira surge da vontade do dono do capital (ou do negócio) – sem 
qualquer consulta ao usuário – com o único objetivo de ampliar (rentabilizar) 
o capital investido.” 
35 
 
 Assim pode-se concluir que nas cooperativas prevalece o interesse dos 
associados, já nos Bancos, prevalece o interesse dos acionistas. Abaixo podemos 
perceber mais algumas diferenças entre eles: 
 
 
Quadro 2: Diferenças entre Bancos e Cooperativas 
BANCOS COOPERATIVAS DE CRÉDITO 
São sociedades de capital São sociedades de pessoas 
 O poder é exercido na proporção do número de O voto tem peso igual para todos (uma pessoa, 
Ações um voto) 
As deliberações são concentradas As decisões são partilhadas entre muitos 
 O administrador é um 3º (homem do mercado) O administrador é do meio (cooperativado) 
 O usuário das operações é mero cliente O usuário é o próprio dono 
 O usuário não exerce qualquer influência na definição do 
preço dos produtos 
Toda política operacional é decidida pelos próprios 
usuários/donos 
 Podem tratar distintamente cada cliente Não podem distinguir: o que vale para um, vale 
 
para todos 
Preferem o poupador e a grandes corporações Não discriminam, voltando-se mais para os menos 
 
abastados 
Priorizam os grandes centros (embora não tenham Não restringem, tendo forte atuação nas 
limitação geográfica) comunidades 
Têm propósitos mercantilistas A mercancia não é cogitada 
 A remuneração das operações e dos serviços não O preço das operações e dos serviços visa à 
tem parâmetro/limite cobertura de custos 
Atendem em massa, priorizando, ademais, o 
Autoserviço 
O relacionamento é personalizado/ individual, com o 
apoio da informática 
 
Não têm vínculo com a comunidade e o Estão comprometidas com as comunidades e os 
usuários 
público-alvo 
 
Avançam pela competição Desenvolvem-se pela cooperação 
 
Visam ao lucro por excelência O lucro está fora de seu objeto 
 
O resultado é de poucos donos (nada é dividido As sobras são distribuídas entre os associados de 
com clientes) acordo com as movimentações 
No plano societário, são regulados pela Lei das São reguladas pela Lei Cooperativista 
Sociedades Anônimas 
 
Fonte: Meinen e Loredo de Souza (2010, p.39) 
 
 
 
36 
 
2.10 Custo por cliente 
 
 
 Segundo Kriger (2002), um sistema de custos por cliente, permite uma 
visualização dos fornecedores mais lucrativos para a empresa, direcionando os 
esforços na construção de parcerias no outro extremo da cadeia. Junto disso, há a 
possibilidade de se localizar Informações complementares em um sistema ABC, que 
mostra outro comportamento diferenciado dos clientes, separando aqueles com os 
quais o relacionamento da empresa era lucrativo daqueles com os quais isso não 
acontece. 
 Na versão de ISAIA (1995) custos para o cliente são custos com que o 
cliente arca por atrasos na entrega ou no atendimento, ou ainda por problemas de 
má qualidade do produto, entre eles estão os custos relativos a atrasos na entrega 
do produto, gastos com horas extras porque as programações não foram 
obedecidas, custos que incorrem devido à parada dos equipamentos e custos de 
reparos após a garantia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
 
 
 Neste item será descrito a caracterização da empresa pesquisada 
abordando sua fundação, histórico, objetivos, missão, visão, valores, natureza, 
organograma, fluxograma, clientes, funcionários, equipamentos utilizados e seus 
principais serviços, fornecedores e concorrentes, considerando informações obtidas 
mediante um histórico que a organização preserva e de entrevistas informais com o 
gerente administrativo financeiro. 
 A UNICRED caracteriza-se como uma instituição financeira, formada por 
uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza 
civil, sem fins lucrativos e não sujeita a falência, normalizada pela legislação 
cooperativista, ou seja, o Sistema Unicred abrange um conjunto de cooperativas 
localizadas em diferentes regiões do país, sendo que cada uma é administrada por 
seus diretores e tem autonomia própria. 
 O objetivo é propiciar crédito e prestar serviços de modo mais simples e 
vantajoso para seus associados como, por exemplo: conceder empréstimos com 
juros bem menores e com menos exigências do que o mercado. 
 O Sistema Unicred conta hoje com 109 Singulares em 24 estados da 
Federação com seus 466 Pontos de Atendimento ao Cooperado (PAC), 09 Centrais 
ou Regionais e a Confederação Nacional, com sede em São Paulo, atendendo mais 
de 240.000 (duzentos e quarenta mil) associados em todo o Brasil, como mostra a 
figura n° 1: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Figura 1: Sistema Unicred. 
 
Fonte: www.unicred.com.br 
 
 
 A Unicred Litoral e Norte Catarinense é uma singular da região do Litoral e 
Norte Catarinense, que responde à Unicred Central de Santa Catarina e tem sua 
sede localizada na Rua Camboriú, nº. 519, no Centro de Itajaí, com 12 funcionários 
e 5 estagiários e suas agências distribuídas de acordo com o quadro abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Tabela 1: Agências, Funcionários, Estagiários e Cooperados. 
AGÊNCIA Nº DE FUNCIONÁRIOS Nº DE ESTAGIÁRIOS Nº DE COOPERADOS 
ITAJAÍ 13 3 1821 
BALN. CAMBORIÚ 8 1 990 
ITAPEMA 3 1 353 
JOINVILLE 12 3 2371 
JOINVILLE / CHU* 5 0 803 
JARAGUÁ DO SUL 5 1 520 
SÃO BENTO DO SUL 4 1 435 
CANOINHAS 2 0 259 
MAFRA 4 1 438 
PORTO UNIÃO 3 1 342 
Fonte: Elaborado pelo acadêmico. 
* CHU: Agência localizada dentro do Hospital da Unimed na cidade de Joinville. 
 
 
 A área de abrangência da Unicred Litoral e Norte Catarinense é a maior do 
estado de Santa Catarina, com uma distância aproximada de 400 km entre Itapema 
e Porto União, como ilustra a figura abaixo: 
 
 
Figura 2: Área de abrangência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Arquivos da empresa. 
40 
 
 A organização é o resultado da Regionalização de duas Singulares, que 
anteriormente eram a Unicred Litoral, que abrangia as cidades de Itajaí, Balneário 
Camboriú e Itapema e a Unicred Norte Catarinense,que também era o resultado de 
uma regionalização de duas Singulares, a Unicred Norte Catarinense e a Unicred 
Planalto Norte, no qual atendiam as cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento 
do Sul, Canoinhas, Mafra e Porto União. A Unicred Litoral foi fundada em 12 de 
agosto de 1993 e a Unicred Norte Catarinense foi fundada em 05 de Junho de 1996. 
Em 16 de Abril de 2009 ocorreu a regionalização das duas, tornando assim a 
Unicred Litoral e Norte Catarinense, conforme ilustra a figura nº 2: 
 
 
Figura 3: Regionalização. 
 
Fonte: Elaborado pelo acadêmico. 
 
 
 A iniciativa em Santa Catarina surgiu em Itajaí, por parte dos Doutores 
Oswaldo Roberto de Oliveira, Luiz Antonio Silveira Flores e Eduardo Marques 
Brandão com a intenção de criar uma cooperativa de crédito na região. Após 
conhecerem a primeira Unicred do Brasil na cidade de Cascas (RS), decidiram 
convidar alguns colegas para implantar a Cooperativa na cidade de Itajaí (SC). 
41 
 
 Cabe destacar que a Unicred Litoral e Norte é uma cooperativa de crédito 
“mútuo” e que, portanto, precisa estar vinculada a um grupo fechado de profissionais 
de acordo com o seu Estatuto Social. No primeiro momento, foi criada uma 
Cooperativa exclusiva para médicos, com a ajuda da Unimed Litoral em Itajaí. 
 Em abril de 2001, surgiu a possibilidade de ampliação do quadro social e em 
Assembléia Geral foi modificado o Estatuto Social, permitindo assim a entrada de 
outras categorias de profissionais da saúde. 
 No final de 2006, houve uma nova abertura do quadro social, possibilitando 
a entrada de contabilistas. 
 E por fim, no início do ano de 2010 ocorreu a última abertura do quadro 
social, aprovada pelo Banco Central do Brasil, abrindo um leque ainda maior 
referente à abrangência de clientes que passaram a poder se associar a empresa, 
sendo autorizada a entrada de Professores e Empresários, o que acarretou na 
alteração da razão social para Cooperativa de Crédito dos Médicos, Profissionais da 
Saúde, Contabilistas, Professores e Empresários do Litoral e Norte Catarinense. 
 A sede da organização foi inaugurada em julho de 2007, muito mais ampla 
que as anteriores, com 1.288 m2, divididos em 4 andares, nos quais 2 deles são 
ocupados pela agência de Itajaí e 2 pela própria Sede, visando ainda mais o 
crescimento da cooperativa. 
 A Unicred, que iniciou suas atividades com 23 cooperados conta hoje com 
mais de 7.500 cooperados entre pessoas físicas e jurídicas. Seu quadro atual é 
composto de 71 funcionários e 16 estagiários. Possui estrutura própria de 
informática, e tem como diferencial o atendimento personalizado, proporcionando 
aos cooperados maior segurança em suas transações financeiras. 
 A missão representa a razão de ser de uma empresa, é sua orientação 
central. Conforme afirma Tachizawa e Rezende (2000.p.39), “Define a razão de ser 
da organização, para que ela serve qual a justificativa de sua existência para a 
sociedade [...].” 
 Sendo assim a missão da Unicred Litoral é: “Oferecer soluções econômicas 
e financeiras, com produtos e serviços competitivos e de qualidade, fortalecendo o 
relacionamento com os cooperados do sistema Unicred em Santa Catarina por meio 
dos princípios cooperativistas.” 
42 
 
 Visão significa como a empresa espera ser no futuro, como afirmam 
Tachizawa e Rezende (2000, p.39), “pode ser definida como um macro objetivo, não 
quantificável, de longo prazo. Onde e como a organização espera estar no futuro.” 
 A Visão da Unicred Litoral é: “Ser a principal instituição financeira para o 
cooperado, consolidando sua marca no mercado.” 
 Os valores são os aspectos definidos pela empresa, considerados pontos de 
maior importância para seu relacionamento com o mercado. Como enfatiza 
Tachizawa e Rezende (2000, p. 39), “conjunto de doutrinas, credos, padrões éticos e 
princípios que orientam as ações da organização ao longo do tempo e independe 
das metas, dos objetivos e das estratégias por ela adotados”. 
 Os valores definidos da Unicred Litoral são: 
 · Atendimento personalizado: conhecer seus associados na sua capacidade 
e suas necessidades, 
 · Segurança: garantir que as operações estejam amparadas nas leis e 
regulamentos, com vistas à liquidez e sigilo das informações, 
 · Transparência: facilitar o acesso dos associados, colaboradores e 
comunidade as informações referentes às ações e resultados da Cooperativa, 
 · Qualidade: Excelência e agilidade nos produtos, serviços e no atendimento, 
 · Recursos Humanos: valorizar e desenvolver o patrimônio humano, 
 · Cooperativismo: difundir, junto aos associados, e preservar os princípios 
cooperativistas, 
 · Preservar a liquidez econômica da Cooperativa. 
 A estrutura organizacional é representada pelo organograma, podendo ser 
uma representação gráfica ou das áreas que compõe unidades distribuídas em 
hierarquias. 
 O conceito de organograma é apresentado pelos autores Lacombe (2007, 
p.104) como uma “representação gráfica simplificada da estrutura organizacional de 
uma instituição, especificando os seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as 
principais relações formais entre eles”. 
 
 
 
 
 
43 
 
Figura 4: Organograma da organização. 
 
Fonte: Arquivo da empresa. 
 
 
 Por se tratar de uma cooperativa, no topo de seu organograma está a 
Assembléia Geral composta por seus cooperados e em seguida o Conselho Fiscal e 
de Administração, posteriormente a Diretoria, composta por três membros (Diretor 
Administrativo, Financeiro e Presidente), na sequência estão os colaboradores, 
representados pela Assistente de diretoria e controladoria, Gerente geral, TI, 
Gerentes de Negócio e Administrativo, Supervisores de PAC e de área, escriturários 
e caixas. 
44 
 
 O organograma da empresa tem uma representação dos colegiados, como 
sustenta Lacombe (2007), os colegiados devem ser representados graficamente, 
mediante duas formas: soltos, nos níveis superiores do organograma, ou em linhas 
ou assessoria, conforme sua função, ligados ao órgão ao qual se vinculam. 
 A seguir evidenciam-se os principais produtos e serviços que a Unicred 
Litoral oferece aos seus cooperados: 
 
 
 Quadro 3: Principais produtos e serviços 
PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS 
Previdência privada 
Débito automático 
Agendamento de boletos via internet 
Custódia de cheques 
Assessoria financeira 
Aplicações financeiras 
Financiamentos 
Empréstimos 
Taxas menores que as praticadas no 
mercado 
Seguros 
Internet Banking (Unicred Net) 
Atendimento personalizado 
Talão de Cheque 
Cartão de Crédito e Débito 
Transferências (DOC, TED e Entre contas) 
Extratos 
Pagamento de títulos e convênios 
Simulações 
Distribuição das sobras 
 Fonte: Elaborado pelo acadêmico. 
 
 
45 
 
 A Unicred destaca-se de seus concorrentes, porque presta seus serviços 
com vantagens personalizadas para cada tipo de necessidade. Oferecendo 
melhores taxas em seus produtos, qualidade no atendimento e assessoria 
financeira. 
 Entre seus fornecedores ou parceiros estão algumas instituições financeiras 
como: Banco do Brasil e Bradesco Cartões, possibilitando ao Sistema Unicred o seu 
funcionamento como instituição financeira e proporcionando serviços como: cartões 
de crédito, talões de cheque, sistema para pagamentos (COBAN) e débitos 
automáticos. 
 Seus principais concorrentes são os bancos e as demais instituições 
financeiras da região. A diferença é que os bancos visam o lucro e dessa forma 
podem investir muito mais em marketing e tecnologia. Em contrapartida a Unicred 
Litoral e Norte Catarinense tem como diferencial competitivo suas taxas e tarifas, as 
mais baixas do mercado, além de ser menos burocrática na liberação de crédito e da 
qualidade do seu atendimento. 
 Quando a pessoa se associa à Unicred, torna-se “dona do negócio”, tendoo 
direito às sobras (lucro) no final do exercício divididas entre todos de acordo com 
suas movimentações. Além disso, a Unicred Litoral e Norte Catarinense não cobra 
por talão de cheques, extratos, renovação cadastral, contrato de cheque especial, 
taxa de manutenção de conta, entre outros serviços. 
 Após a regionalização, Unicred Litoral e Norte Catarinense traçou um 
objetivo muito ousado, mas que com muito trabalho pode ser alcançado, que é ser 
um dia a Singular número 1 no Brasil no ranking feito pela Unicred do Brasil. Antes 
de haver a regionalização as singulares ocupavam na faixa da 17ª a 23ª colocação 
no ranking nacional e do 3º ao 5º no ranking estadual, após a regionalização, a 
organização já conseguiu estar em 4º lugar no ranking nacional e em 2º no ranking 
estadual. Atualmente ela está em 9º lugar no ranking nacional e em 3º no ranking 
estadual, mas a equipe de colaboradores já demonstrou uma grande capacidade de 
crescimento e a prospecção para o ano de 2012 é que ela volte a ocupar o 4º lugar e 
possivelmente estar entre as 3 maiores do Brasil e ser a 1ª no estado. Isto 
demonstra que essa união das duas organizações, foi feita para se tornar uma muito 
mais forte e com melhores resultados. 
46 
 
 A agência na qual foi realizada a análise é a agência da cidade de Itapema, 
uma das menores agências da singular e que possui um número pequeno de 
funcionários. 
 A cidade de Itapema, segundo o censo feito pelo IBGE em 2010, possui 
aproximadamente 45.000 habitantes e tem como principal atração o turismo, 
principalmente no verão, pois é uma cidade com várias atrações e uma bela praia, 
além de estar a menos de 15 minutos de Balneário Camboriú, uma das principais 
cidades turísticas no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
4. RESULTADOS DA PESQUISA 
 
 
4.1 Fatores Analisados 
 
 
 Este capítulo é considerado um dos pontos mais importantes, pois 
representa o desenvolvimento do trabalho e no qual são apresentados os resultados 
obtidos através da coleta de dados. 
 Os dados obtidos estão demonstrados por tabelas e gráficos que 
representam o resultado final das receitas e despesas abordando uma visão geral 
da organização e mais especificamente da agência de Itapema que é o centro do 
trabalho. 
 A seguir são apresentados os fatores que foram levantados para estudo. 
 
 
 Quadro 4: Fatores analisados 
FATORES 
DESPESAS COM APLICAÇÃO 
FOLHA DE CHEQUE 
INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL 
IOF 
JUROS ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE 
JUROS CHEQUE ESPECIAL 
RENDAS COBAN - CONVÊNIOS 
RENDAS COM VENDAS DE SEGURO 
RENDAS EMPRÉSTIMOS 
RENDAS PAGAMENTOS NOVA COMPE 
TARIFA ADIANTAMENTO A DEPOSITANTE 
TARIFA CHEQUE MAIOR 
TARIFA COBRANÇA 
TARIFA DE CÓPIA DE CHEQUE 
TARIFA DE DOC / TED 
TARIFA DE EXCLUSÃO DO CCF 
TARIFA DE MANUTENÇÃO DE CONTA NO BB 
TARIFA DEVOLUÇÃO DE CHEQUE 
 Fonte: Elaborado pelo acadêmico. 
 
48 
 
 Tais fatores determinam o resultado por cada cooperado e, 
consequentemente, o resultado gerado para a organização. Sendo assim, não foram 
consideradas despesas e receitas gerais da organização, eis que precisaria ser feito 
um rateio por cada serviço utilizado por cada um dos cooperados, o que se tornaria 
inviável. 
 Cada fator deste é específico e representa serviços diferentes fornecidos 
pela organização, conforme a seguir detalhado. 
 As despesas com aplicações foram retiradas diretamente do sistema por 
meio de relatórios e representam o valor que a Cooperativa paga a seus clientes por 
suas aplicações em fundos de investimentos. Já em relação às folhas de cheque, o 
cálculo foi feito por cada folha de cheque que foi compensada no período, não sendo 
cobrada nenhuma tarifa do cooperado, custando, para a singular, R$0,07 (sete 
centavos) a confecção de cada folha. 
 As Receitas obtidas com a integralização de capital foram calculadas de 
acordo com o valor que o cooperado já havia integralizado até o final do período 
estudado. Sobre este valor não há nenhuma despesa nem custo, a Cooperativa o 
aplica em fundos de investimentos no mercado financeiro obtendo uma taxa média 
de retorno de 0,80% sobre o valor aplicado. 
 O IOF – Imposto sobre Operação Financeira - foi considerado tanto nas 
receitas como nas despesas pelo fato de ser um imposto cobrado pelo governo que 
representa 0,38% do valor de cada operação financeira, portanto este valor é 
somente repassado para o governo e não representa nenhuma receita ou despesa 
para a empresa. 
 Os juros cobrados dos clientes são a principal fonte de renda das 
instituições financeiras, entre eles temos os Juros de Adiantamento a Depositante, 
que é cobrado do cooperado quando ele excede o limite de cheque especial e fica 
com a conta negativa. Junto destes juros, é cobrada uma Tarifa de Adiantamento a 
Depositante, na qual é debitado R$ 15,00 (quinze reais) cada vez que o cliente fique 
com a conta nesta situação. Ainda em relação aos juros, existem os Juros de 
Cheque Especial, que é um serviço oferecido pelas instituições financeiras que 
fornecem um limite para seus clientes usarem além do seu saldo. A taxa de juros de 
Cheque Especial aplicada na Unicred Litoral e Norte atualmente é 5% sobre o valor 
que for utilizado do limite. 
49 
 
 Toda instituição financeira recebe por cada pagamento feito em suas 
agências, neste ponto foram levantados dois fatores, as Rendas do COBAN – 
Correspondente Bancário, neste caso especificamente o Correspondente Bancário 
do Banco do Brasil - referente ao pagamento de Convênios (Água, Luz, Telefone e 
Impostos), que é recebido R$ 0,30 (trinta centavos) por cada convênio pago, tanto 
na agência quanto via Internet Banking e Terminais de Auto-Atendimento. O mesmo 
procedimento ocorre no pagamento de Títulos, especialmente no fator Rendas 
Pagamentos Nova Compe no Quadro 4. Neste fator é recebido R$ 0,98 (noventa e 
oito centavos) por cada título pago também tanto nas agências quanto via Internet 
Banking e Terminais de Auto-Atendimento. A liquidação dos títulos é feita 
diretamente pelo próprio Sistema de Compensação da Unicred Central SC. 
 Outro tipo de renda que aparece no Quadro 4 são as Rendas com Vendas 
de Seguro, que se encontra em processo de iniciação na Unicred, dados estes que 
foram retirados pelo sistema da Corretora própria da Cooperativa. 
 O fator que dá mais retorno singular são as Rendas com Empréstimos, que 
são o grande trunfo das instituições financeiras para obter lucros enormes no mundo 
inteiro. Os valores foram retirados mediante relatórios diretamente do sistema e são 
os juros pagos pelos cooperados pelos empréstimos que efetuam perante a Unicred. 
 Também existem as Tarifas cobradas pelos serviços fornecidos. 
Primeiramente, de acordo coma Tabela 2, é a Tarifa de Cheque Maior, que é uma 
tarifa cobrada dos cooperados que emitem cheques acima de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais) e seu valor varia de acordo com o valor do cheque. A Tarifa de Cobrança é 
cobrada de cooperados que emitem boletos para seus clientes, o que ocorre com 
grande frequência com os Condomínios, público que representa cerca de 30% dos 
cooperados da agência de Itapema. A tarifa cobrada referente ao serviço de 
Cobrança na época do estudo era de R$ 1, 56 (um real e cinquenta e seis centavos) 
e que mudou desde Agosto de 2011 para R$ 1, 66 (um real e sessenta e seis 
centavos) por título. Assim como o IOF, trata-se de uma tarifa que é repassada, 
nesse caso, ao Banco do Brasil. 
 Ainda referente às tarifas, há a Tarifa de Cópia de Cheque, cobrada quando 
o cooperado solicita a cópia de um cheque já compensado e seu valor é de R$ 6,00 
(seis reais). A Tarifa de DOC (Documento de Crédito) e TED (Transferência 
Eletrônica Disponível) que é R$ 6,00 (seis reais) na singular, cobrada quando o 
cliente faz uma transferência

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