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1.JUSTIFICATIVA ( do estágio) A importância do estágio supervisionado na área de politicas públicas oportuniza ao estagiário colocar em prática seus saberes, e ao mesmo tempo torná-los agentes de transformação na comunidade e instituições onde atuam, espaços esses considerados estratégicos para ações no âmbito da saúde pública. Assim sendo, o presente estágio justifica-se por viabilizar a intervenção e a reflexão frente à proposta do estágio. INTRODUÇÃO A proposta de estágio, pensada a partir do enfoque da psicologia social, oferece ao estagiário aliar a teoria com a prática colocando em práxis seus valores e princípios éticos, de forma que possibilite intervenções de cunho operativo para todos que participam dessa vivência. Para Pimenta (2005, p 67): “todos os alunos e professores entendem o estágio como uma atividade que traz os elementos da prática para serem objeto de reflexão, de discursão, e que propicia um conhecimento da realidade na qual irão atuar”. Para tal, se faz necessário a realização deste estágio que acontece na EFS- São Bernardo na cidade de Bagé no período de agosto a novembro de 2017, que propõe ajudar a desenvolver e a pensar as habilidades necessárias para a intervenção familiar dentro das residências através da metodologia de visitas domiciliares denominadas “Visitas Acolhedoras”. 2.OBJETIVOS 2.1 GERAL Promover ações e serviços de promoção e prevenção à saúde tanto física quanto mental em uma USF da cidade de Bagé através de visitas domiciliares. 2.2 ESPECÍFICOS Desenvolver a autonomia do indivíduo Realizar atividades que visem uma melhor qualidade de vida Articular ações que levem informações para a comunidade Ajudar a família construir novas compreensões sobre si mesma e sobre o contexto no qual está inserida. JUSTIFICATICA (do plano de estágio) A visita domiciliar torna-se um importante instrumento de levantamento de dados e de observação da vivência cotidiana dessa população, possibilitando, principalmente, que ações educativas, efetivas e eficazes se concretizem apoiadas na vida e nas crenças das pessoas e da própria comunidade aí residente. ( COSTA E SILVA, C.A. ,2014). Portanto, justifica-se a realização deste projeto de estágio como um importante instrumento para a inserção da Psicologia Social/Comunitária dentro de unidades de saúde, permitindo um olhar diferenciado sobre diversas situações que ocorrem na comunidade e que afetam o âmbito familiar. ANÁLISE INSTITUCIONAL Inicialmente, para que as intervenções desejadas se tornem possível e ocorram de maneira harmoniosa, foi feita uma avaliação da instituição da qual o presente estágio está sendo realizado. Analisando aspectos de como as relações tanto dos trabalhadores que ali convivem diariamente e dos mesmos com a comunidade que por eles são atendidos acontece. Como ressalta Spink (2003) “Trata-se, assim, de entender a instituição em que se está atuando em sua função de aparelho ideológico. Já no plano mais imediato, trata-se de entender a instituição em seus aspectos organizativos." O primeiro contato que tivemos com a ESF foi através da enfermeira chefe no qual nos apresentamos, nesse primeiro contato foi exposto a proposta do estágio e quais seriam as demandas da unidade que poderíamos trabalhar. Em seguida, a mesma nos mostrou as salas da unidade e suas funções, feito isso, fomos apresentadas para os agentes de saúde na qual iriamos atuar em conjunto. Segundo Brandão (2001, p.90), “a intervenção em equipe possibilita que diferentes olhares auxiliem a criação de diferentes hipóteses”. A unidade que está localizada em um bairro carente próximo ao centro da cidade de Bagé, é de estrutura simples e de pouco espaço amplo para que aconteçam grupos de acolhimento e oficinas terapêuticas que aproximem os moradores e a equipe da unidade, no entanto, as atividades propostas pelos demais estagiários e o NASF são realizadas no salão de festas do Residencial Charrua. O Ministério da Saúde (2006, p.5) ressalta que “a estrutura física da UBS não seja um fator que dificulte as mudanças das práticas em saúde das equipes Saúde da Família.” Considerando o relacionamento entre os trabalhadores da ESF, é notória uma relação saudável, harmoniosa e humanista entre os agentes de saúde, enfermeiras, médicos, dentistas, estagiários, funcionários e usuários ali presentes. Assim, tornando-se o ambiente agradável para trabalhar, pois mantem a motivação de querer ajudar e procurar novas mudanças, e consequentemente fortalecer o vinculo entre equipe x usuários. Esta relação é observada internamente e externa da unidade, pois, no caso dos agentes de saúde, as famílias estão a todo o momento mantendo contato quando precisam de alguma ajuda, seja sobre os horários de atendimento dos médicos ou de alguma necessidade, deste modo, os agentes estão sempre dispostos a ajudar dentro de seus devidos limites. De acordo com Silva e Dalmaso (2002) “Consegue-se identificar duas dimensões principais de atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS): uma mais política, não apenas de solidariedade à população e da inserção da saúde no contexto geral da vida, mas também no sentido de organização da comunidade e de transformação das condições de saúde; outra mais técnica, relacionada ao atendimento aos indivíduos e famílias e a intervenção dos agravos para o monitoramento de grupos ou problemas específicos.” O papel do psicólogo dentro da unidade é visto como um agente transformador, que auxilia numa melhor qualidade de vida para aqueles que muitas vezes necessitam de uma escuta e que não dispõem de recursos, sejam eles físicos (falta de locomoção), sociais ou financeiros. Também o que nos foi relatado é que éramos as primeiras estudantes do curso de Psicologia a desempenhar um estágio naquela unidade, o que tornou nossa responsabilidade ainda maior para que fizéssemos uma boa atuação, mas acima de tudo que a nossa presença naquele local pudesse se fazer significativa. Benevides saliente em sua fala sobre essa aceitação da Psicologia Comunitária nesses locais de saúde que trabalham em conjunto vários profissionais de diferentes áreas para que ocorram mudanças efetivas. “Aqui certamente a Psicologia pode estar, aqui ela pode fazer intercessão. Insistimos, não basta à distância formular, regular, controlar políticas, é preciso criar modos, criar dispositivos que dêem suporte à experimentação das politicas no jogo de conflitos de interesses, desejos e necessidades de todos estes atores.” (Benevides, R,1997) Este comportamento dentro da ESF fez com que as estagiarias se sentissem acolhidas e motivadas a realizar um trabalho com a comunidade junto com os agentes de saúde, onde foi proposto um projeto sobre visitas domiciliares. Já que desde o primeiro dia, onde houve o contato com os agentes, realizamos uma observação, por meio de um convite da aguente de saúde, para uma primeira visita onde conheceríamos uma das famílias que estariam sujeitas a participar do nosso projeto. Etapas previstas Setembro Outubro Novembro Conhecendo das famílias a participarem do projeto. Palestra sobre a Prevenção do Suicídio. X Ação junto aos agentes referente ao Outubro Rosa. x Atividade caráter informativo sobre o Novembro Azul. x REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA E SILVA, C.A. (2014). A visita domiciliar na promoção à saúde da família dos moradores na zona rural. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4524.pdf Acesso em: 07 out. 2017. PIMENTA, S. G. O Estágio na Formação de Professores: Unidade Teoria e Prática? 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.