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Paper educação inclusiva; Sindrome de down

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM ENFOQUE SOBRE A SINDROME DE DOWN
Maycon Valter Espindola
Curso: 1110
19/11/2015
RESUMO
O presente trabalho tem como tema educação inclusiva: um enfoque sobre a sindrome de down. como objetivo: Identificar a inclusão do portador de síndrome de dawn no contexto escolar. Justifica-se por saber da importância da educação de alunos com síndrome de down, visto que os sujeitos com Síndrome de Down por muito tempo foram impossibilitados de ter acesso ao conhecimento sistematizado como toda criança normal. Esta proposta de pesquisa busca uma aproximação entre as futuras profissionais e o universo da educação especial, compreendendo a criança como sujeito social de direitos, um ser completo em si mesmo, que pensa, se expressa criativamente e como tal, precisa viver a plenitude da sua infância no tempo presente. Esta compreensão remete que o educador tenha um olhar diferenciado sobre as crianças, centrado nas múltiplas formas de expressão que ela utiliza para se comunicar, contribuindo assim, para que o professor assuma uma postura profissional de observação, discussão e reflexão da sua prática pedagógica junto às crianças. Tem-se como resultado Sendo a educação a ferramenta que auxilia nessas relações, pois dá a esse sujeito possibilidades diferenciadas que oportuniza a desconstrução de estigmas presentes na sociedade. 
Palavras-chave: Síndrome de Down. Educação Especial. Educação Inclusiva. 
1 INTRODUÇÃO 
O que hoje presenciamos em nossa sociedade é a ineficiência das Políticas Públicas de inclusão, podemos constatar a boa vontade da sociedade organizada em ver atendidos os pleitos e demandas das pessoas que dependem de certas adaptações e condições para poder acessar algum serviço, ou ver atendidas suas necessidades básicas que são asseguradas por lei como: transporte, moradia digna, educação saúde, entre outras. 
Assim, a constatação que a boa vontade na aplicação destas políticas de inclusão, dependem não só do esforço humano, mas em especial, de recursos que se perdem na sua aplicação, por não ser contingenciado para o seu verdadeiro objetivo, e serem desviados para cumprir funções das mais diversas que não as verdadeiramente necessárias.
Hoje a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. É muito importante o processo de ensino, pois é um processo que deve ter a participação de todos. A educação inclusiva hoje tem um acesso grande na educação infantil até o fundamental.
Na educação a Síndrome de Down ainda é considerado um desafio, os familiares tem dúvida onde matricular seus filhos com a síndrome, no ensino regular ou especial, mas sabemos que as duas tem seus lados positivos e negativos.
No meu modo de pensamento, o certo é juntar a socialização com atendimento especializado, pois assim assegurar as crianças com ou sem necessidade especial a oportunidade de aprender uns sobre os outros, e reduzir a permanência de estigmas e preconceitos construídos ao longo da nossa história.
 2. A INCLUSÃO DO PORTADOR DE SÍNDROME DE DAWN NO CONTEXTO ESCOLAR
O olhar sobre a evolução da educação brasileira nos permite perceber que a exclusão sempre esteve presente em tudo que influencia e determina a estrutura do sistema escolar. A educação, até então, privilegiava as disciplinas e conteúdos curriculares desconectados com a realidade sociocultural, o que fazia surgir uma educação escalonada, quantitativa e seletiva. No que se refere à educação da pessoa com deficiência, a educação primava à compensação de carências ou déficits, com propostas pedagógicas voltadas a reeducação. 
Freinet (1996) afirma que a “Educação não é uma fórmula de escola, mas sim uma obra de vida” e portanto é primordial adotarmos uma concepção de educação voltada para a emancipação do homem, embasada em uma visão de homem, mundo, sociedade, educação e trabalho, onde o indivíduo é produto e produtor do seu espaço sócio-histórico.
Sendo assim, a educação necessita ser enfocada num contexto mais amplo, onde sua atuação seja consciente e conseqüentemente possa suscitar a formação de cidadãos mais críticos, sujeitos ativos de sua própria história, independente de sua condição física, emocional, intelectual ou social.
São necessárias mudanças de atitudes, novas formas de intervenção e uma política comprometida com a formação do cidadão. Caberá a escola refletir e organizar seus espaços e suas ações, para esclarecer e reafirmar o princípio da igualdade e liberdade no contexto social, com perspectiva de garantir o desenvolvimento individual e a superação dos estigmas.
A escola precisa deixar de ser uma instituição burocrática, deve transformar-se num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contexto real e respondendo aos desafios que se apresenta. Desafios que dizem respeito à individualidade de cada um e sua participação em nossa sociedade.
A escola terá que se adaptar a diversidade humana, o espaço escolar tem que ser visto como espaço de todos e para todos. É preciso garantir a permanência no sistema regular de ensino de todos os indivíduos que assim quiserem.
A escola não deve apresentar-se como um espaço acabado, perfeito e aparentemente imune às mudanças apresentadas no seu contexto social. Ela deve exercitar a democracia e a cidadania, enquanto direito social, através da apropriação e produção do conhecimento. Desta forma, é necessário pensar numa renovação pedagógica que considere as diversidades, e que efetive ações provedoras de inclusão com qualidade.
Vygotsky (1984) nos coloca a vivencia em sociedade como essencial na transformação do homem, e acrescenta que é pela aprendizagem nas relações com os outros que construímos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento; portanto não basta ter a intenção de aceitar a diversidade, é preciso vivenciá-la, compartilhando seus significados e estabelecendo mediações. 
Por si só a escola não forma cidadãos, mas pode preparar instrumentalizar e proporcionar condições para que os educandos possam se firmar e construir sua cidadania. A escola é uma instituição que sofre a influência e influencia aquilo que acontece ao seu redor, portanto não é neutra, mas sim resultante da totalidade de atos e ações, valores e princípios da realidade histórica que interfere no seu procedimento.
Cabe aos mediadores estarem preocupados em articular processos de discussão, apropriação e construção de conhecimentos que contribuam para uma sociedade mais igualitária. 
Cabe a escola assumir como filosofia à diversidade, pressuposto fundamental para a reformulação estrutural e metodológica na educação, projetando desta forma uma nova ação pedagógica, bem como oportunizando a organização de suas práticas e formulação de seus projetos; lembrando sempre que lutamos pelo direito de igualdade de condições e participação social.
É com base nesta luta que emerge e proposta de inclusão. Diante de tudo que já foi vivenciado neste contexto educacional no que se refere a esta proposta, sabe-se que a viabilidade de sua implementação depende de um amplo processo de sensibilização acerca da aceitação das pessoas com deficiência na vida em sociedade e da compreensão de seu direito à cidadania.
A inclusão vem objetivando a construção de uma sociedade realmente para todos, se constitui num processo bilateral de parceria entre indivíduo e sociedade na equiparação de oportunidades e efetivação de soluções. É uma proposta que segundo Sassaki (1998) caracteriza-se pela celebração das diferenças, pelo direito de pertencer, pela valorização da diversidade humana, pela solidariedade humanitária, pela igual importância das minorias, e fundamentalmente pela cidadania com qualidade de vida.
A inclusão é um processo que vem tomando corpo e causando mudanças nas perspectivas educacionais. Ela implica na reformulação das políticas educacionais e de implementação dos projetos educacionais em vigência.
Podemos observar no artigo 1o da Declaração Mundial de Educação Para Todos, que propõe uma educação destinada a satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, o desenvolvimentopleno das potencialidades humana, a melhoria da qualidade de vida e do conhecimento e a participação do cidadão na transformação cultural de sua comunidade.
Os princípios da educação inclusiva passam a ser melhor esclarecidos em 1994 com a Declaração de Salamanca. Esta traz mudança significativa na forma de atendimento aos portadores de necessidades especiais, uma vez que inclui estes nas classes regulares de ensino e faz com que as escolas iniciem uma busca incessante por maneiras de educar com êxito todas as crianças, independente de suas capacidades físicas, sensoriais, intelectuais ou emocionais.
Acredito que centra-se aqui, a nova visão educacional, que no meu entender diferencia inclusão das demais propostas até então colocadas em prática: deixamos de enfocar a deficiência e passamos a enfocar o educando. É enfocar a Escola como espaço para todos, sendo seu principal desafio, desenvolver uma pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas, sem discriminação, respeitando suas diferenças e acreditando em suas potencialidades; uma escola que dê conta da diversidade e apresente respostas adequadas às suas características e necessidades. É uma meta a ser alcançada por todos aqueles envolvidos com o fortalecimento de uma sociedade democrática, justa e solidária.
No processo de inclusão os princípios de igualdade de oportunidades, identidade e sensibilidade estética se sobrepõem. O princípio de identidade se refere à construção da pessoa humana em seus aspectos afetivos, intelectuais, morais, éticos e que possibilitem desenvolver conceito positivo de auto-identidade. A sensibilidade estética diz respeito à valorização da diversidade para conviver com as diferenças, estimulando a criatividade e a pluralidade cultural.
É primordial que a escola transponha a barreira dos preconceitos e principalmente à barreira que se refere à desinformação. Precisamos explorar as potencialidades destes indivíduos, percebendo a diversidade como algo natural, como princípio da vida e que a qualquer um de nós pode ocorrer. 
“Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhes são próprios”, (...) “os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda gama dessas diferentes características e necessidades”. (SALAMANCA:1994, p.10) 
A escola que considera-se inclusiva, é um espaço privilegiado para a aprendizagem conjunta, incondicional, uma vez que favorece, como afirma Carvalho (1998), o desenvolvimento de sentimentos de respeito à diferença, de cooperação e de solidariedade. 
É imprescindível no contexto escolar que além de oportunizar a vivência, a troca e a ação entre parceiros, seja possível aprender a olhar de frente a diferença/deficiência; a conviver e compartilhar com a dessemelhança, a desmontar moldes pré-estabelecidos, adquirindo um caráter estruturante na constituição dos indivíduos em suas múltiplas dimensões.
A escola precisa se estabelecer significados ao seu contexto pedagógico, oportunizando assim a efetivação do processo de inclusão, mas sem deixar esquecido que é através da apropriação, elaboração e reelaboração dos conhecimentos que poderemos oportunizá-lo. 
A prática pedagógica da escola deve ser fundamentada em concepções que permitam a estruturação deste processo, sendo sua pedagogia capaz de atender suas necessidades. É preciso refletir sobre as concepções que irão dar suporte ao processo de inclusão, analisando qual subsidiará e viabilizará a sua construção.
Devemos pensar em mecanismos participativos de planejamento, supervisão e avaliação do ensino, onde haja participação das pessoas com deficiências, seus pais, educadores e comunidade.
Considero que os pressupostos educacionais sustentados na perspectiva histórico-cultural sejam viabilizadores do processo de inclusão, já que seus elementos constituem a escola na sua totalidade. 
A concepção Histórico-Cultural de aprendizagem norteia o processo de inclusão por considerar que todos são capazes de aprender e compreender as relações sociais que estabelecem a apropriação do conhecimento. Este conhecimento é entendido como um patrimônio coletivo e sua socialização é fundamental para que seja apropriado por todos.
O eixo central do pensamento da escola inclusiva é de que a aprendizagem é mediada. Significa dizer que é através da socialização, das trocas que possam existir na interação com o outro que a aprendizagem se efetiva. É na interação social que o conhecimento é construído. 
O sujeito destas interações é (...) um sujeito interativo (...) que partilha dos planos inter e intra-subjetivo. Assim, o sujeito individualiza-se e se socializa num processo constante de incorporação da cultura e individuação que é marcada pelos recursos mediadores.” (PROPOSTA CURRICULAR, 1998, p. 79)
A ação pedagógica se constitui nas relações de ensino-aprendizagem que se orientam a partir da inter-relação entre o sujeito que aprende, o sujeito mediador (o que ensina) e o conhecimento (objeto da aprendizagem).
No processo educacional de inclusão, é preciso que o currículo seja entendido como artefato social e cultural. Ele deve tornar-se “um terreno de produção e de política cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matéria-prima de criação, recriação e sobretudo, de contestação e transgressão.” (PROPOSTA CURRICULAR, 1998, p. 80)
O currículo deve consentir a discussão coletiva e a participação de todos no processo de ensino.
A seleção e a organização dos conteúdos presentes no currículo, deve ser articulada no espaço de sala de aula, sem é claro abandonar os conteúdos acadêmicos e nem imortalizá-los. A construção e a reconstrução do conhecimento deve ser realizada através de um processo dialético, onde as disciplinas e conteúdos devem ser rigorosamente analisados e selecionados, desmistificando sua neutralidade, entendo suas origens e ideologias, e por fim, definindo novos critérios para articulá-los.
Quando se reflete sobre o processo de inclusão, é obrigatório repensar a questão referente à avaliação, ou seja, a avaliação é um meio e não um fim, e como tal deve auxiliar no processo educacional de forma globalizada.Ela deve visar à formação do pensamento e da personalidade positivas, visando desta forma à construção da própria cidadania 
A avaliação deve ser concebida como prática pedagógica que norteia a ação do educador, indicando-lhe caminhos e refletindo sua ação juntos aos educandos. 
Avaliar faz parte do ato educativo, deve ser entendida como constituidora e subsidiadora do processo de ensino-aprendizagem. A avaliação deve ser inclusiva, atuar de maneira formativa, processual onde tudo e todos são avaliados, não deve estar centrada no educando, nem ter caráter quantitativo.
Os educadores e educandos devem apreender com a avaliação, a qual deve ser conduzida num movimento dialético. Avaliamos para diagnosticar avanços e entraves, para intervir, agir, problematizando, interferindo e redefinindo os rumos caminhos a serem percorridos.
A avaliação deve ser vista como a valorização das atividades do educando na escola e não como um instrumento de classificação deste. Precisamos compreender que cada criança é um ser individual, com estruturas de raciocínio diferentes. 
Precisa-se ter consciência do que esta se avaliando enquanto mediadores do processo de aprendizagem, pois o que se faz necessário avaliar é o percentual de evolução pelo qual o educando passa dentro de um processo de construção, o que este aprendizado acrescentou em seu desenvolvimento e o significado deste para sua vida, bem como avaliar como o educando utiliza as informações nas mais diversas situações de sua vida escolar e no meio social.
 A avaliação passa a ser um elemento somador no processo pedagógico, caracterizado por um processo de investigação. Ela assume uma postura emancipatória, uma postura que oportunizará a retomada sistemática dos encaminhamentos metodológicos no sentido de que o aluno aprenda mais e significativamente, portantoassume uma função diagnóstica e como tal é um instrumento fundamental ao processo.
A avaliação deve ser participativa, possibilitando dinamizar oportunidades para que o professor e para que os alunos, tomem consciência da evolução de suas aprendizagens.
Outro item relevante a este processo é a Educação Infantil. O êxito das escolas que trabalham a inclusão, “dependem em grande parte de uma pronta identificação, avaliação e estímulo de crianças, ainda muito pequenas”. É a Educação Infantil o ponto de partida para este processo. 
Não há dúvidas quanto ao fato de que uma criança estimulada desde seu nascimento ter melhor adaptação as situações que vivencia. Faz-se necessária que a intervenção aconteça o quanto antes, pois é a estimulação essencial que irá dar suporte a inclusão, viabilizando a participação em todos os contextos sociais.
O cotidiano escolar na educação infantil é impresso por diferentes possibilidades, por trocas de repertórios, confronto, ajuda mútua e ampliação das capacidades individuais. É um espaço rico, onde é priorizada a ação da criança no conhecimento do mundo, proporcionando segurança, autoconfiança e oportunidades para o desenvolvimento de sua criatividade, expressividade e raciocínio. 
"a criança é concebida como um ser humano completo (...) um ser ativo e capaz, motivado pela necessidade de ampliar seus conhecimentos e experiências e de alcançar progressivos graus de autonomia frente às condições de seu meio". (POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL, 1994, P.16)
É na Educação Infantil que as crianças iniciam um contato direto com o mundo atual, onde o educador/mediador oportuniza e estimula sua curiosidade, valorizando assim as próprias concepções das crianças.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Sendo assim, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para o processo de inclusão.
Sabe-se que em qualquer processo educacional, e não seria diferente neste, a necessidade de termos um grupo motivado para estudar, pesquisar, refletir e buscar ser o melhor enquanto coletivo e individual. 
É fator chave para a inclusão oportunizar aos educadores preparação adequada, formação teórico-prática que norteie e subsidie sua prática. Quando os elementos da escola trabalham conjuntamente na busca para melhor o processo de ensino-aprendizagem e fazê-lo acessível a todos, é que podemos ver o processo de inclusão se tornar real.
Promover a inclusão, é promover mudanças escolares, mexer com pessoas e com conceitos. Fazer mudanças é correr riscos, mas que valem a pena. Ora, parece claro que nenhum começo é fácil, mas os esforços e investimentos são sempre recompensados.
Cabe ressaltar que a inclusão não é uma ameaça, nem mesmo uma mera questão de terminologia. Ela é expressão de um processo histórico que não se iniciou e nem terminará hoje. 
A inclusão não tem fim, se entendida dentro deste enfoque dinâmico, processual e sistêmico. Até porque novos tipos de excluídos poderão sempre aparecer à medida que o curso histórico vai sendo desenhado.
 A escola inclusiva é uma meta a ser perseguida por todos aqueles comprometidos com a educação, cabe a cada participante deste processo manter constante vigília para que a luta por um mundo cada vez mais justo e democrático jamais esmoreça. Pois são os pequenos passos, fundamentais para longas jornadas.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao desenvolver a pesquisa bibliográfica sobre educação de crianças com síndrome de down teve-se como objetivo refletir e analisar a respeito da importância de preconizar nas instituições educacionais práticas de inclusão, contribuindo para o desenvolvimento dos sujeitos do processo.
Este trabalho foi realizado de maneira reflexiva, partindo assim, do pressuposto que o educador poderá oportunizar as crianças situações nas quais elas possam participar, refletir, criticar, questionar, possibilitando que as mesmas tornem-se sujeitos do processo histórico-social.
Doravante, como todo desafio, fora necessário desfazer velhos paradigmas, transpor obstáculos e superar limites para buscar caminhos, e assim acontecer uma aprendizagem significativa em relação ao tema pesquisado.
A experiência foi de fundamental importância, pois conseguiu-se reafirmar a relevância em manter nas instituições educacionais a efetivação da inclusão, pois esta tem papel de destaque no pleno desenvolvimento das crianças e que este assunto está presente no cotidiano de todo ser humano, pois faz parte da história.
Compreendeu-se que há inúmeras possibilidades de trabalhar com o tema, desde que todos os envolvidos nas instituições falem a mesma língua, buscando sempre aprimorarem-se em uma pesquisa eterna pelo saber, e assim seus argumentos estarão de acordo com o tempo ao qual estão inseridos. 
Um dos pontos marcantes para a efetiva prática pedagógica é a mediação entre educador, a criança com síndrome de down a qual deve ser feita de maneira a reconhecer os conhecimentos prévios que os mesmos detêm, propiciando uma valorização do escutar e prestar atenção no que estes sujeitos têm a oferecer. As relações estabelecidas com base no respeito e na consideração com o outro são ações capazes de potencializar os elementos responsáveis para a efetivação de um desenvolvimento pleno e integral. 
Se nos embasarmos na ação mediadora para interagir com os fazeres e dizeres dos sujeitos, ouvindo o que os mesmos têm a dizer, posicionando as diferentes referências existentes, vivendo com eles essas diversidades e explicitando os limites e contradições das situações as quais irão vivenciar, crescem as possibilidades de poderem manter uma posição de valorização da vida, e uma inclusão plena na educação e em todos setores da sociedade.
 Portanto, é imprescindível que as instituições educacionais promovam um trabalho de pesquisa para a aquisição de conhecimentos sobre a educação de crianças com síndrome de down , para assim, promoverem um trabalho de qualidade, preconizando que todos somos iguais em direitos e fazemos parte do mesmo universo.
No sentido de promover este trabalho de efetivação da inclusão de sujeitos com síndrome de down deve-se avançar na direção de um conhecimento que integre todas as dimensões dos sujeitos, é necessário promover um clima de identificação e compreensão do processo pedagógico entre todos os envolvidos, sabendo aceitar plenamente e integralmente todas as crianças, cada qual com sua individualidade, enfatizando suas potencialidades e respeitando seus erros, e assim desenvolvendo sua auto-estima, evitando a exclusão.
A reflexão sobre a prática educativa e a importância da mediação no desenvolvimento integral dos sujeitos, deverá ser constante, pois acredita-se que tendo estes a oportunidade em ouvir, ser ouvido, ver, sentir, experimentar e criticar diante do que é vivenciado nas instituições educacionais, conseguem deste modo desenvolver e apropriar conhecimentos, fazendo que cada prática seja significativa.
Esta presente pesquisa bibliográfica poderá ser fruto de futuros repensares sobre a importância de manter-se nas instituições educacionais regulares desde a educação infantil a prática de inclusão, pois cada um é único em sua individualidade, independente de ter ou vir a ter algum tipo de deficiência.
No desenvolvimento desse trabalho, os autores buscados para tratar do tema escolhido, oportunizaram-me obter uma visão mais ampla sobre a criança portadora da Síndrome de Down e a inclusão, bem como as formas mais adequadas de trabalhá-las com meus educandos, principalmente partindo de situações reais, visando a construçãodo conhecimento estruturado em atividades que despertem seus interesses, motivando o educando a sentir prazer em freqüentar a escola e especialmente sentir-se incluído no espaço escolar.
Inúmeras são as reclamações por parte dos educadores, quando se fala em inclusão de educando com necessidades especiais, estes alegam que as más condições oferecidas em muitas escolas impedem que a inclusão de fato aconteça, no entanto, considera-se não serem imprescindíveis, já que se o professor for um agente que de fato trabalhe e aceite a inclusão, independentemente das condições materiais e arquitetônicas disponíveis a inclusão acontecerá , certamente o trabalho perderá muito em qualidade, se não houver recursos materiais e humanos adequados;mas, haverá muito o que fazer, se a prática pedagógica não for alienante, se o educador conseguir envolver o aluno portador de necessidades especiais no processo de aprendizagem.
Hoje, após o estudo realizado, principalmente para a elaboração deste trabalho, acredita-se que o processo de inclusão da criança portadora da Síndrome de Down pode e deva acontecer de uma forma significativa para todos(criança, família, escola e comunidade). Tenho consciência de que o desafio está não somente em aceitar, mas, compreender a importância da inclusão, para o bom desenvolvimento de sua formação como cidadão consciente de seu verdadeiro papel na sociedade, e que a partir da aprendizagem dos diversos conteúdos curriculares, terá maiores chances de inserir-se nesta sociedade.
O processo de aprendizagem necessita ser vivido de forma permanente na construção de um fazer pedagógico em que teoria, prática, intenção e desejo se fundem com a realidade vivenciada por nossos educandos. Portanto, é necessário que a escola de hoje tenha professores muito bem preparados e comprometidos com a questão da inclusão, pois só podemos levantar uma “bandeira” quando conhecemos sua importância.
É necessário que a inclusão de educandos portadores de necessidades especiais nas escolas de ensino regular seja entendida como um direito que deva ser cumprida da melhor forma possível, para tanto o método de ensino adotado será decisivo na efetivação da aprendizagem. 
REFERENCIAS
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__________. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069/90, de 13 de julho de 1990. São Paulo: CBIA-SP, 1991.
__________. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988.
_________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Educação especial no Brasil. Série institucional 2. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
__________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação especial. Livro 1. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
__________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.Brasília: MEC/SEF, 1997.
__________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referenciais curriculares nacionais para a educação infantil. Documento introdutório. Versão preliminar. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
__________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Critérios para um atendimento em creches e pré-escolas que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC/SEF/DPE/COEDI, 1995.
__________. Ministério da Justiça. Programa Nacional de Direitos Humanos. Brasília, 1996.
CARVALHO, Erenice Natália S. Educação dos alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino: considerações sobre a operacionalização curricu1ar. In: Mensagem da APAE, Brasília, 1998.
CARVALHO, R. Edler. Análise Histórica dos Acordos Internacionais Relativos à Educação com Direito de Todos. Texto. Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1996.
FREINET, Cássia. Diversidade nas diferentes áreas do conhecimento. Florianópolis, 1996.
SASSAKI, R. Inclusão, construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: Editora WVA, 1997.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WERNECK, Cláudia. Lembra deles? In: Jornal do MEC, nº 1. Brasília: Órgão oficial do Ministério da Educação, 2000.

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