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FACULDADE MULTIVIX VITÓRIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA CILINDROS ATUADORES HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS Componentes: Gladson Antunes Vanderson Yeye Rodrigo Altoe Thiago Ferrari Vinicius Halfeld Lucas Ramos Gilmar Junior Camila VITÓRIA 2015 1. ATUADOR / CILINDRO HIDRAULICO Atuadores são equipamentos capazes de converter energia hidráulica e/ou pneumática em movimento, estão divididos principalmente em lineares e rotativos e são utilizados nas mais diversas aplicações e segmentos. 1.1 - Cilindros Cilindros hidráulicos transformam trabalho hidráulico em energia mecânica linear, a qual é aplicada a um objeto resistivo para realizar trabalho. Um cilindro consiste de uma camisa de cilindro, de um pistão móvel e de uma haste ligada ao pistão. Os cabeçotes são presos ao cilindro por meio de roscas, prendedores, tirantes ou solda (a maioria dos cilindros industriais utiliza tirantes). Conforme a haste se move para dentro ou para fora, ela é guiada por embuchamentos removíveis chamados de guarnições. O lado para o qual a haste opera é denominada lado dianteiro ou "cabeça do cilindro". O lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os orifícios de entrada e saída estão localizados nos lados dianteiro e traseiro. 1.2 - Guarnições Para uma operação apropriada, uma vedação positiva deve existir em toda a extensão do pistão do cilindro, tanto quanto na haste. Os pistões do cilindro são vedados com as guarnições elásticas ou anéis de vedação de ferro fundido. Os anéis de pistão são duráveis, mas permitem vazamento na ordem 15 a 45 cm3 por minuto em condições de operação normal. Guarnições tipo "U" elásticas não vazam em condições normais, mas são menos duráveis. As guarnições elásticas da haste são fornecidas em muitas variedades. Alguns cilindros são equipados com guarnições com formato em "V" ou em "U", fabricadas de couro, poliuretano, borracha nitrílica ou viton, e uma guarnição raspadora que previne a entrada de materiais estranhos no cilindro. Um tipo comum de guarnição elástica consiste de uma guarnição primária com a lateral dentada em formato de serra na parte interna. As serrilhas contatam a haste e continuamente raspam o fluido, limpando-a. Uma guarnição secundária retém todo o fluido da guarnição primária e ainda previne contra a entrada de sujeiras quando a haste recua. 1.3 – PRINCIPAIS TIPOS DE CILINDROS Cilindro de simples - Um cilindro no qual a pressão de fluido é aplicada em somente uma direção para mover o pistão. Cilindro de simples ação e retorno por mola - um cilindro no qual uma mola recua o conjunto do pistão. Cilindro de simples ação e retorno pela força da carga - um cilindro no qual uma força externa recua o conjunto do pistão. Cilindro de dupla ação - Um cilindro no qual a pressão do fluido é aplicada ao elemento móvel em qualquer uma das direções. Cilindro de dupla ação com amortecimento de fim de curso 1.4 - Funcionamento Conforme o pistão do cilindro se aproxima do seu fim de curso, o batente bloqueia a saída normal do líquido e obriga o fluido a passar pela válvula controle de vazão. Nesta altura, algum fluxo escapa pela válvula de alívio de acordo com a sua regulagem. O fluido restante adiante do pistão é expelido através da válvula controle de vazão e retarda o movimento do pistão. A abertura da válvula controle de vazão determina a taxa de desaceleração. Na direção inversa, o fluxo passa pela linha de bypass da válvula de controle de vazão onde está a válvula de retenção ligada ao cilindro. Como regra geral, os amortecimentos são colocados em cilindros cuja velocidade da haste exceda a 600 cm/min. DESCRIÇÃO CONSTRUTIVA ÍTEM DESCRIÇÃO MATERIAL 01 Haste Aço SAE 1045 02 Camisa Tubo de aço - ST – 52 03 Cabeçote Dianteiro Aço SAE – 1020 04 Cabeçote Traseiro Aço SAE - 1020 05 Êmbolo Aço SAE - 1020 06 Bucha Guia Bronze - SAE - 62 07 Amortecedor Aço SAE - 1020 08 Flange Aço SAE - 1020 09 Flange Aço SAE - 1020 10 Posicionador Bronze - SAE - 62 11 Tensionador Bronze - SAE - 62 12 Flange Aço SAE - 1020 13 Calços Aço SAE - 1020 14 Agulha Aço SAE - 1020 15 Plug Aço SAE - 1020 16 Parafuso Allen DIN - 912 17 Parafuso Allen DIN - 912 18 Estojo Allen DIN – 913 19 Parafuso Allen DIN – 912 20 Porca Auto TRavante Aço SAE – 1045 21 Porca DIN – 934 22 Estojo Allen DIN – 913 23 Estojo Allen DIN – 913 24 Esfera Aço SAE – 52100 25 Esfera Aço SAE – 52100 26 Mola Aço SAE – 6150 27 Raspador Molythane ou Viton 28 Gaxeta Chevrom Neoprene com Lona 29 Anel “O” Buna “N” ou Viton 30 Anel “O” Buna “N” ou Viton 31 Anel “O” Buna “N” ou Viton 32 Gaxeta Molythane ou Viton 33 Anel “O” Buna “N” ou Viton 34 Anel “O” Buna “N” ou Viton 35 Gaxeta Chevrom Neoprene 36 Contraporca Aço SAE – 1020 37 Olhal com rótula Aço SAE - 1020 38 Superfícies Metalizadas com Bronze pelo Processo Rototec ( UTP - 34 ou Eutectic 1851) Choque Hidráulico Quando a energia de trabalho hidráulica que está movendo um cilindro encontra um obstáculo (como o final de curso de um pistão), a inércia do líquido do sistema é transformada em choque ou batida, denominada de choque hidráulico. Se uma quantidade substancial de energia é estancada, o choque pode causar dano ao cilindro. Amortecimentos Para proteger os cilindros contra choques excessivos, os mesmos podem ser protegidos por amortecimentos. O amortecimento diminui o movimento do cilindro antes que chegue ao fim do curso. Os amortecimentos podem ser instalados em ambos os lados de um cilindro. Um amortecimento consiste de uma válvula de agulha de controle de fluxo e de um plugue ligado ao pistão. O plugue de amortecimento pode estar no lado da haste (nesta posição ele é chamado de colar), ou pode estar no lado traseiro (onde é chamado de batente de amortecimento). 1.5 - ESPECIFICAÇÃO 1.6 – Vantagens e Desvantagens � Vantagens • Bom rendimento ao transformar movimentos; • Força máxima constante ao longo do curso; • Controle fácil da força no atuador; • Velocidade constante se vazão é constante; • Velocidade constante ao longo do curso; • As forças podem ser de tração e compressão; • Acionamentos de grande potência com cotas reduzidas de montagem. � Desvantagens • Tende a ser um pouco mais lento que o sistema pneumático. • Requer uma fonte de energia cara. • Requer cara e extensiva manutenção. • As válvulas devem ser precisas e são caras. • Está sujeito a vazamentos de óleo do sistema 2 – ATUADOR / CILINDRO PNEUMÁTICO Um cilindro pneumático é um tipo de dispositivo usado para gerar força a partir da energia do gás sob pressão. O cilindro pneumático básico consiste de uma câmara cilíndrica com um pistão móvel e de admissão e canais de escape. Quando o ar comprimido ou outro gás é bombeado para o fundo do cilindro, o gás se expande, empurrando para cima o pistão móvel e gerando força. Cilindros pneumáticos, também conhecidos como cilindros de ar, têm vantagens sobre os sistemas hidráulicos, em alguns casos e são usados em uma ampla variedade de aplicações. Um cilindro pneumático opera com base neste princípio. O ar é comprimido e depois encaminhado para a câmara cilíndrica debaixo de um pistão móvel. O ar pressurizado exerce força contra a base do pistão, fazendo com que o pistão se mova para cima através do cilindro oco. A haste se estende da base do pistão para cima através do topo do cilindro. Quandoo ar comprimido se expande para o espaço vazio e move o pistão para cima, esta vara também se move, fornecendo uma maneira de mover outros elementos mecânicos. A posição do pistão em um cilindro pneumático é controlada por uma válvula que distribui o ar comprimido na parte superior ou na parte inferior do cilindro. Quando a extremidade da haste, ou a parte superior, do cilindro são cheias com o ar pressurizado, o pistão move-se para baixo, e o ar abaixo do pistão é exalado para fora através de uma tubulação de exaustão. O ar pressurizado que incorpora a base, move o pistão, e o ar acima do pistão é exalado para fora. Este sistema permite que o cilindro seja operado repetidamente para gerar a força. Os atuadores pneumáticos são classificados em atuadores lineares que geram movimentos lineares e atuadores rotativos que geram movimentos rotativos que serão descritos a seguir. As principais características dos atuadores pneumáticos são: • Apresentam baixa rigidez devido à compressibilidade do ar; • Não há precisão na parada em posições intermediárias; • Apresentam uma favorável relação peso/potência; • Dimensões reduzidas; • Segurança à sobrecarga; • Facilidade de inversão; • Proteção à explosão. 2.1 – PRINCIPAIS TIPOS DE CILINDROS 2.1.1 - Atuadores Lineares � Cilindro de Simples Ação Consiste de um pistão com uma mola. Ao se reduzir a pressão a mola retorna o pistão. Entre as suas características temos: • Consumo de ar num sentido; • Forças de avanço reduzidas (em 10%) devido à mola; • Maior comprimento e cursos limitados; • Baixa força de retorno (devido à mola). Tem várias aplicações, em especial em situações de segurança, como freios de caminhão, onde os freios ficam normalmente fechados sob ação da mola, abrindo apenas quando o motor do caminhão está funcionando e fornecendo pressão. Em caso de falha do motor os freios travam. � Cilindro de Dupla Ação A atuação é feita por ar comprimido nos dois sentidos. Entre as suas características temos: • Atuação de força nos dois sentidos, porém com força de avanço maior do que a de retorno; • Não permite cargas radiais na haste; É o mais utilizado possuindo inúmeras aplicações, como prensas, fixadores, etc… O curso não pode ser muito grande, pois surgem problemas de flambagem. � Cilindros de Membrana Consiste num cilindro de simples ação com grande diâmetro possuindo uma membrana ao invés de um pistão. A ideia é fornecer altas forças (até 25000 N) num curso limitado (60 mm) (por problemas de espaço, por exemplo). É utilizado em aplicações como prensas, mas principalmente no acionamento de servoválvulas hidráulicas. � Cilindro de Dupla Ação com Haste Passante Consiste num cilindro de dupla ação com haste em ambos os lados. Entre as suas características temos: • Possibilidade de realizar trabalho nos dois sentidos; • Absorve pequenas cargas laterais; • Força igual nos dois sentidos. � Cilindro Sem Haste Estes cilindros são aplicados onde são necessários cursos muito grandes e surgem problemas de flambagem na haste de um cilindro comum. Apresentam a mesma área em ambos os lados e por isso mesma força de avanço e retorno. São aplicados em acionamento de portas, alimentador de peças, etc... Existem três tipos descritos a seguir. 1. Com tubo fendido Essa montagem permite absorver elevados momentos e forças transversais, no entanto a vedação consiste num ponto crítico. É utilizado em particular em catapultas de porta aviões, onde é acionado por vapor superaquecido. 2. Com imã Não tem problemas de vedação como o anterior, mas a transmissão da força é limitada pelo imã. É utilizado em robôs Cartesianos. 3. Com cabo ou fita Não há problema de flambagem, pois as fitas estão sobre tração. Muito usado no acionamento de portas. � Cilindro de Múltiplas Posições Consiste em dois ou mais cilindros montados em conjunto para alcançar várias posições. Com n cilindros de cursos desiguais, pode-se obter 2^n posições distintas. É aplicado em mudança de desvios, acionamento de válvulas, etc.. � Cilindro Tandem Consiste em dois cilindros acoplados mecanicamente em série. É aplicado principalmente em pregadores pneumáticos. Entre as suas características temos: • Grande força com pequeno diâmetro; • Grande dimensão de comprimento; • Somente para pequenos cursos. � Cilindro de Percussão É usado para gerar uma alta força de impacto e a alta velocidade (7,5 a 10 m/s). Funciona da seguinte forma: • Inicialmente é aplicada pressão nas câmaras A e B (ver figura 6.1.8.1), e o valor da pressão é aumentado em ambos os lados; • Num certo instante, a câmara A é exaurida (pressão atmosférica) e o pistão é empurrado pela pressão da câmara B; • Ao se movimentar um pouco a área em que a pressão da câmara B atua tem seu diâmetro aumentado bruscamente como mostrado na figura, o que faz com que o pistão seja acelerado violentamente; • A energia cinética do pistão é convertida em força de impacto. Apresenta um pequeno curso. É aplicado em prensas pneumáticas para forjamento, britadeiras, rebitadeiras, etc.. � Cilindro Telescópico É composto de vários cilindros montado em série um dentro do outro. Apresenta curso longo e dimensões reduzidas de comprimento, porém um diâmetro grande face à força gerada. É aplicado em máquinas que precisam de um longo curso e comprimento reduzido. 2.2 - Vantagens x Desvantagens Vantagens • Baixo custo; • Simplicidade; • Posição de segurança por falha é inerente; • Necessidade de baixa pressão de ar de suprimento; • Ajustabilidade; • Facilidade de manutenção; • Resposta rápida; Desvantagens • Torques ilimitados (~50 kgf/m) • Limitação quanto a temperatura; 2.3 – Descrição Construtiva 1- Camisa: feita de um tubo de aço trefilado a frio sem costura; 2 e 3 - Tampas de alumínio fundido; 4 - haste do êmbolo: feita de aço e pode ter proteção anticorrosiva. As roscas são laminadas reduzindo o risco de ruptura; 5 - anel circular: responsável pela vedação da haste; 6 - bucha de guia: guia a haste; 7 - anel limpador: evita a entrada de impurezas; 8 - guarnição duplo lábio: veda ambos os lados do pistão; 9 - juntas tóricas ou "O-ring": atua como vedação. 2.4 - Especificação Referências • CEFET Bahia – Apostila de Hidráulica • Instituo Federal Catarinense –Campus Luzerna – Hidráulica e Pneumática • http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAOqUAA/atuadores-hidraulicos- pneumaticos • Rexroth
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