Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Junção Neuromuscular, Placa Motora e Contração Muscular Objetivos da Aula: Reconhecer os componentes da placa motora; Conhecer as estruturas da fibra muscular funcionais durante o processo de contração (sarcolema, retículo sarcoplasmático, sarcômero e complexo actina-miosina); Compreender a importância do Ca2+ e do ATP na contração muscular; Entender o acoplamento excitação/contração; Questões Norteadoras 1. Defina: junção neuromuscular; placa motora terminal; receptor dependente de ligante. 2. Descreva as etapas da contração do músculo esquelético. Neurônio: unidade funcional do sistema nervoso Sinapse química SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO Neurônio com origem no SNC → músculo estriado esquelético Origem: corno ventral da medula espinal ou no encéfalo Vias sempre excitatórias Ramificação axonal pré-sináptica → atuação em várias fibras musculares Junção neuromuscular (JNM) Músculo estriado esquelético: não contrai espontaneamente; não sofre a ação do sistema endócrino ou autônomo; contrai sob comando do neurônio motor somático. MÚSCULO Epimísio – reveste o músculo Perimísio – fascículos de fibras Endomísio – envolve cada fibra Junção Neuromuscular (JNM) Músculo estriado esquelético: não contrai espontaneamente; não sofre a ação do sistema endócrino ou autônomo; contrai sob comando do neurônio motor somático. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR (JNM) Três componentes: Terminal axonal pré-sináptico (vesículas de neurotransmissores e mitocôndrias); Fenda sináptica; Membrana pós-sináptica da fibra muscular (placa motora terminal). Músculo estriado esquelético: não contrai espontaneamente; não sofre a ação do sistema endócrino ou autônomo; contrai sob comando do neurônio motor somático. PLACA MOTORA TERMINAL Receptores Colinérgicos Nicotínicos (N1) Canal dependente de ligante (ou canais quimiossensíveis). Organização pentamérica → ACh se liga às subunidades alfa A ligação de duas moléculas de ACh permite o fluxo de cátions monovalentes (influxo de Na+ e efluxo de K+, promovendo despolarização celular). Receptores Colinérgicos Nicotínicos (N2) Síntese e degradação de Acetilcolina Acetil-CoA (metabolismo celular) + colina ( Controle da Contração e Relaxamento → A transmissão colinérgica é sempre excitatória, causando contração. → Não há antagonismo de outros sistemas de neurotransmissão. → Para o relaxamento, há inibição dos centros motores no SNC, e, consequente, ausência de estimulação nervosa sobre a fibra muscular. Tipos de Músculos Músculo estriado esquelético (40% do peso corporal): não contrai espontaneamente; não sofre a ação do sistema endócrino ou autônomo; contrai sob comando do neurônio motor somático (unidade motora). Músculo Estriado Esquelético Contração vigorosa e voluntária. Cada fibra é encapada por um conjuntivo que é o endomísio. Várias fibras são reunidas pelo perimísio, formando um fascículo. Fibras colágenas e elásticas, nervos e vasos sanguíneos dispõem-se entre os fascículos. Um conjunto de fascículos é recoberto pelo epimísio, formando um músculo. A Fibra Muscular Túbulos Transversos ou Túbulos T Cisterna Terminal Tríade As cisternas terminais são adjacentes e intimamente associadas a uma rede ramificada de túbulos transversos, também chamados de túbulos T. O conjunto formado por um túbulo T e pelas duas cisternas terminais associadas a cada um de seus lados, constitui uma tríade. As membranas dos túbulos T são uma extensão da membrana plasmática da fibra muscular, o que torna o lúmen dos túbulos T contínuo com o líquido extracelular (e rico em íons, portanto). Tríade: garantia de rapidez para a contração As fibras musculares apresentam nomes especializados: *sarcolema: membrana plasmática; *retículo sarcoplasmático: RE modificado que envolve cada miofibrila; *sarcoplasma: citoplasma da célula; *miofibrilas: proteínas organizadas que constituem a unidade contrátil do músculo. Miofibrilas Cada fibra muscular contém milhares de miofibrilas que ocupam a maior parte do volume intracelular, deixando pouco espaço para o citosol e as organelas. Cada miofibrila é composta por diversos tipos de proteínas organizadas em estruturas contráteis repetidas, chamadas de sarcômeros. As proteínas das miofibrilas incluem a proteína motora miosina, que forma os filamentos grossos; os microfilamentos de actina,que formam os filamentos finos; as proteínas reguladoras tropomiosina e troponina; e duas proteínas acessórias gigantes, a titina e a nebulina. O sarcômero é a unidade de contração. Há vários sarcômeros posicionados lado a lado em uma miofibrila. Ele é delimitado por dois discos Z [Z = Zwischenscheibe (Scheibe - disco ou fatia, zwischen - entre) = disco entre sarcômeros]. Cada disco Z é composto por proteínas de ancoragem para os filamentos finos. Banda I (isotrópico, reflete a luz por igual): região dos filamentos finos, região mais clara do sarcômero (actina F). É atravessada por um disco Z (está em dois sarcômeros adjacentes); Banda A (anisotrópico, reflete a luz diferente): região dos filamentos grossos. Sobreposição de filamentos finos e grossos. Zonha H (helles, claro): apenas filamentos grossos; Linha M (M = Mittelscheibe = disco do meio ou intermediário): proteínas que fazem a ancoragem dos filamentos grossos. Miosina II: a proteína contrátil Actina G - Actina G → proteína globular com 375 aa e associada uma molécula de ATP - Três isoformas → α, β e γ - Arranjo cabeça-cauda - Um sítio de ligação para miosina II Ligações Cruzadas A-M Estado de alta energia: Contração muscular Estado de baixa energia: Relaxamento Titina e nebulina Tinina → estabilidade dos filamentos grossos e retorno ao tamanho inicial (alta elasticidade) Nebulina → proteína não-elástica que se liga aos filamentos finos Contração Muscular → Contração muscular: geração de tensão (força) por meio de processo ativo (gasto de ATP); → Carga: peso ou força que se opõe à contração muscular → Relaxamento: liberação da tensão. Eventos associados à contração muscular Liberação de ACh na JNM, gerando sinal elétrico na placa motora; Acoplamento excitação-contração: aumento da [Ca2+]ic; Ativação do ciclo contração-relaxamento: teoria dos filamentos deslizantes da contração muscular. Troponina e Tropomiosina Liberação de Acetilcolina na JNM 1 → Impulso elétrico/PA 2 → Abertura dos canais de Ca2+-dependentes de voltagem e influxo; 3 → Exocitose de Ach; 4 → Ligação da ACh nos nAChR (receptores ionotrópicos); 5 → Abertura do poro do receptor e influxo de Na+/ efluxo de K+ (influxo > efluxo); 6 → Propagação do PA para a fibra muscular ⇒ Potencial da Placa Motora (PPM); 6.1 → O PPM promove liberação de Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático, levando ao aumento da [Ca2+]ic; 6.2 O Ca2+ se liga à região TnC da troponina, deslocando a tropomiosina e permitindo a interação A-M; 7 → Degradação da ACh pela AChE. Movimentação do Ca2+ Rianodina dihidropiridina No túbulo T → Canal de cálcio do tipo L chamado de DHP (di-hidropiridina). No RS → receptores de rianodina (RysR) Esses canais estão acoplados mecanicamente!!!! DHP e RysR Ca2+-ATPase O músculo precisa de ATP! → O ATP é necessário para: contração muscular (posicionamento das cabeças da miosina); liberação das ligações cruzadas; bombeamento de Ca2+; reorganização do potencial de repouso. Fadiga → Incapacidade transitória de manter a contração muscular Fadiga central: Falha do envio da informação para contração, sensação de cansaço; Fadiga periférico: alterações na JNM ou no sarcômero → falha na manutenção da força. Miastenia gravis
Compartilhar