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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA
TERATOGÊNESE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
 Andréia Costa Cruz
 Douglas Vinícius Da Silva
 Fabio Ricardo De Oliveira Muniz
Lorayne Dos Santos Pereira
Maria Fernanda Paiva Dos Santos
 Robert Batista Trindade
 Thiago Ribeiro Soares
Orientadora: Prof.Marcia Oliveira da Silsa
SÃO GONÇALO
2018
O conceito de teratogénese não consta nos dicionários de língua portuguesa embora a publicação reconheça o termo teratogénico. Trata-se de um adjectivo que qualifica aquilo que provoca uma deformação ou uma anomalia no feto.
A teratogénese, por conseguinte, está associada à acção de um agente de tipo teratogénico sobre um embrião. Pode tratar-se de um organismo ou uma substância que gera uma malformação congénita na etapa de gestação.
Inicialmente, a noção era aplicada às alterações da anatomia que se podiam observar a olho nu. Com os anos, a teratogénese começou a fazer referência também às alterações microscópicos e aos distúrbios funcionais e comportamentais que ocorrem durante a gestação.
Os vírus, os medicamentos, a radiação e as mudanças metabólicas da mãe são alguns dos agentes causantes da teratogénese. O álcool e a nicotina, por exemplo, podem provocar teratogénese já que, consoante diversos estudos, favorecem que a criança seja mais pequena e aumentam a possibilidade de desenvolvimento de um atraso mental.
Uma mulher submetida a um elevado nível de radiação pode resultar num caso de teratogénese, uma vez que as ondas radiactivas podem provocar a mutação do ADN. Se a mulher ingira alimentos com altas doses de pesticidas ou com outras substâncias químicas, o feto também pode realizar-se com malformações.
Inclusive certas medicações que são benéficas para a mãe podem converter-se na origem da teratogénese. Ficou demonstrado que os medicamentos que são usados para o controlo da epilepsia provocam danos espinais no feto.
A mortalidade infantil constitui um importante indicador de saúde de um país, já que é um reflexo da qualidade e acesso a serviços de saúde, das condições sócio-econômicas, das práticas de saúde pública, bem como da própria saúde da mulher. Analisando as causas de mortalidade infantil, observa-se, nos últimos anos, uma diminuição da taxa total de óbitos por causas infecciosas e, em contrapartida, aumento da proporção de mortes atribuíveis às malformações congênitas. 
Até a década de 1940, acreditava-se que pelas membranas extraembrionárias e pelas paredes abdominais e do útero da mãe, os embriões humanos estavam protegidos de agentes como drogas e vírus, porém, a partir da segunda década do século XX, iniciou-se a preocupação quanto ao possível desenvolvimento embrionário e fetal influenciados por tais substâncias, logo, em 1941, a descoberta da síndrome da rubéola congênita derrubou essa crença de que a placenta era uma barreira eficaz de proteção.
De acordo com Bezerra em sua pesquisa em 2014,
“Acredita-se que o ser humano possa estar exposto a 5 milhões de substâncias químicas, porém, apenas 1.500 foram utilizadas em experimentos com animais e, aproximadamente 40 foram comprovadamente teratogênicas, por tal, a teratologia é uma área da ciência em crescimento, a partir do conhecimento de potenciais teratógenos, podem-se planejar não só intervenções dirigidas a gestantes, como também, a educação continuada para profissionais de saúde. Além disso, é de suma importância o papel desses profissionais, a fim de se evitar o contato com agentes teratogênicos pelas gestantes, uma vez que no perfil da maioria da população brasileira se incluem: níveis educacionais e econômicos baixos, alta incidência de doenças ifrequente da automedicação”. (BEZERRA, 2014).
A ação de um agente teratogênico na reprodução humana é variada, podendo provocar aborto, malformações, retardo do crescimento intrauterino ou deficiência mental. Sua ação depende de fatores como: estágio do desenvolvimento do concepto, relação doseefeito, genótipo materno-fetal e mecanismo patogênico específico de cada agente, diante de tal, a fase embrionária é a mais prejudicada, podendo afetar várias estruturas, já que, após a fecundação, entre 15 e 25 dias, o teratógeno afeta o cérebro; de 24 a 40 dias, os olhos; de 20 a 40 dias, o coração; de 24 a 36 dias, os membros; de 45 dias em diante, a genitália. A fase fetal é menos atingida, porém estruturas como o cérebro, o cerebelo, o sistema endócrino e o urogenital continuam se diferenciando, e, por isso, são vulneráveis aos teratógenos. (BEZERRA, 2014).
Entre os possíveis causadores dessas malformações, além de fatores ambientais, encontram-se algumas medicações e outras drogas como álcool e fumo, além da exposição medicamentosa da mãe é estendida ao feto e os efeitos sobre ele vão depender do fármaco, da paciente, da época de exposição durante a gravidez, da frequência e da dose total, podendo resultar em abortamento, morte ou malformação fetal. Sendo assim, o uso de medicações durante a gravidez deve ser, antes de tudo, evitado. (BEZERRA, 2014).
Define-se como agente teratogênico, qualquer substância, organismo ou agente físico ou estado de deficiencia que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendencia, por tal, o Sistema Nacional de Informação sobre Agentes Teratogênicos (SIAT) foi implantado, sendo este o primeiro na America Latina em sua categoria, com os objetivos de prevenção de aparecimento de defeitos congenitosna espécie humana decorrentes de exposições ambientais e o aprofundamento de conhecimentos sobre teratogênese em humanos.(HOROVITZ, 2005).
Além de tal, Horovitz (2015), diz que, o SIAT é um serviço destinado a gestantes e medicos e outros profissionais de saúde de diversas especialidades, operando através de contato telefonico gratuito, faz ou internet, afim de fornecer informações sobre exposiçoes de mulheres grávidas a agentes quimicos, fisicos e biológicos, como também, atuante na investigação da teratogenicidade de agentes ambientais através do seguimento e observação do final de todas as gestações submetidas a consultas. 
Um exemplo de tal, como diz Horovitz, (2005), é a importancia do Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevenindo doenças como as contraída através do vírus da rubeola, como anteriormente citada, que é altamente teratogênico, podendo levar a obito intra-uterino e mal-formações fetais, sendo a prevenção da síndrome da rubéola congênita a principal finalidade da vacinação contra rubéola. 
Quanto ao tratamento, algumas doenças genéticas vem sendo assumidos pelo Ministério da Saúde, regulamentados atraves de portarias especiais, porém, o processo não é simples, sobretudo por questões relacionadas com elevadíssimo custo de medicamentos, muitas vezes, envolvendo ações judiciais por parte das familias, que justificam-se na Constituição Federal e no direito de todos à saúde provida pelo Estado. (HOROVITZ, 2005).
Por tal, Bezerra (2014), conclui em sua pesquisa que, é importante o atendimento de pré-natal, e o principal motivo de consulta é garantir uma gravidez saudável e um parto sem riscos. Para que as gestantes possam possuir a conscientização quanto ao consumo de possíveis agentes teratogênicos que podem afetar a saúde do futuro bebê, torna-se imprescindível a continuidade de instalações de medidas educativas e preventivas frequentes às gestantes bem como uma maior integração entre os profissionais de saúde visando um revigoramento do esclarecimento sobre agentes teratogênicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEZERRA, Angélica Freitas. Conhecimento das gestantes de um centro de saúde do Distrito Federal sobre a Teratogênese. 2014.
HOROVITZ, Dafne Dain Gandelman; LLERENA JR, Juan Clinton; MATTOS, Ruben Araújo de. Atenção aos defeitos congênitos no Brasil: panorama atual. Cadernos de Saúde Pública, v. 21, p. 1055-1064, 2005.
ROCHA, Rebeca Silveira et al. Consumo de medicamentos, álcool e fumo na gestação e avaliação dos riscos teratogênicos. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 34, n. 2, p. 37-45,2013.

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