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Processo Penal I Prof José Carlos Portella Junior (1)

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1 
Giovanna de Freitas Maciel – Processo Penal I – Prof. José Carlos Portella Junior 
 
2º BIMESTRE 
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
1. JURISDIÇÃO: Poder-dever do Estado de percepção penal (aplicar a sanção penal). 
2. COMPETÊNCIA: É a medida da jurisdição. Serve para racionalizar a atividade do Poder 
Judiciário e para preservar o juiz natural, que impõe que o Estado crie regras previas aos 
crimes a fim do cidadão ter conhecimento do crime e como/onde será julgado. 
JURISDIÇÕES PENAIS: Há várias e são separadas por matérias com a percepção de exercer 
a sanção penal. Essa divisão está prevista na Constituição Federal. 
1. JUSTIÇA FEDERAL: Art. 109/CF. Há os Juízes Federais, TRF e por fim, STJ e STF. 
Há casos que começam a ser julgados direto nos TRF (Ex: Prefeito comete crime 
federal). 
2. JUSTIÇA ESTADUAL (JUSTIÇA CRIMINAL ESTADUAL): é subsidiaria e não se 
encontra na Constituição Federal visto que é usada por exclusão, caso não se encaixa 
nas outras jurisdições. 
Há os juízes de 1ª Instancia, após isso os Tribunais de Justiça, e por fim, STJ 
ou STF dependendo da matéria. Há casos que começam a ser julgados direto no TJ 
(foro privilegiado). 
Os Tribunais do Júri normalmente encaixam-se nessa jurisdição, mesmo não 
sendo uma jurisdição especifica e sim um rito. 
3. JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL: Há os Juízes da Auditoria Militar Estadual, após há o 
TJ ou o TJM, e por fim há o STM e STF (Policias, Militares, Bombeiros). Se o Policial 
comete crime contra civil, ele será julgado na Justiça Estadual. 
4. JUSTIÇA MILITAR FEDERAL: Julga crimes militares cometidos pelos membros das 
Forças Armadas. Há os Juízes de Auditoria Militar Federal (concurso especifico), e por 
fim STM ou STF. 
5. JUSTIÇA ELEITORAL: Julga crimes eleitorais previstos no Código Eleitoral ou Leis 
especificas. Primeiramente, há os Juízes Eleitorais (magistratura estadual e federal por 
2 anos exercendo a função), após há o TRE, podendo ir para o STF e STE. 
Pode haver Júri na esfera Eleitoral. 
6. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: Caráter supranacional. Julga os crimes contra 
a humanidade, genocídios, crimes de guerra e ameaças. Está acima das jurisdições, e 
só é acionada se as outras jurisdições não julgam anteriormente os casos. 
TERRITORIALIDADE: 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no 
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
1. EXCEÇÕES: 
a. Nos casos de crimes dolosos contra a vida, onde a execução do crime é em um 
lugar e o crime consumado acaba sendo em outro (EXEMPLO: sujeito baleado 
em Pinhais, levado pela ambulância para Curitiba, e morrendo lá). 
b. A “Teoria da Ubiquidade”, se refere que o crime é dissociável, ou seja, se não 
houve uma causa superveniente entre o último ato da execução e o crime 
2 
Giovanna de Freitas Maciel – Processo Penal I – Prof. José Carlos Portella Junior 
 
consumado, se preserva assim, a competência do último ato, pouco importando 
onde o crime se consumou. 
c. Nos casos de crime mediante sequestro (crime permanente), ocorrendo em 
vários lugares, quando ocorrer em flagrante qualquer um dos juízes são 
preventos de competência. 
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais 
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
TRANSNACIONALIDADE: um crime começa no Brasil e termina no estrangeiro ou vice-versa. 
Art. 70 
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência 
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. 
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o 
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado. 
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição 
por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência 
firmar-se-á pela prevenção. 
Nos casos em não saber onde foi consumado o crime: 
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou 
residência do réu. 
§ 1º Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
§ 2º Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que 
primeiro tomar conhecimento do fato. 
DA DISTRIBUIÇÃO: Nos casos de não ter um juízo prevento, o distribuidor criminal sorteará 
para qual vara irá ser demandado aquele processo. 
Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, 
houver mais de um juiz igualmente competente. 
Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da decretação de 
prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal. 
DA COMPETENCIA MATERIAL: Define a competência em razão da matéria, está dentro da 
Constituição Federal. 
1. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL – são crimes a falsificação de passaporte, 
servidor público da UFPR desvia dinheiro (peculato), carne fraca, desacato contra o 
servidor público, assalto contra a Caixa Econômica. 
CF, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
IV – Os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou 
interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as 
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; 
V - Os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no 
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
V-A – As causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; 
VI – Os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema 
financeiro e a ordem econômico-financeira; 
IX – Os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça 
Militar; 
X – Os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro (...) 
XI – A disputa sobre direitos indígenas 
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com 
a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de 
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de 
Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para 
a Justiça Federal. 
2. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA PENAL MILITAR: 
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça 
Militar. 
 
 
Art. 125 
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes 
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a 
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda 
do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
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Giovanna de Freitas Maciel – Processo Penal I – Prof. José Carlos Portella Junior 
 
CONEXÃO E CONTINENCIA: 
Art. 76. A competência será determinada pela conexão: 
I - Se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias 
pessoas reunidas, // ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, // ou 
por várias pessoas, umas contra as outras; 
II - Se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadaspara facilitar ou ocultar as outras, ou para 
conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; 
III - Quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na 
prova de outra infração. 
1. ESPÉCIES DE CONEXÃO 
a. Intersubjetiva por simultaneidade (art. 76, I): Mais de uma infração cometida, 
por várias pessoas reunidas e ao mesmo tempo (EXEMPLO: tumulto, protesto 
etc.). 
b. Intersubjetiva por concurso de agentes (art. 76, I): Mais de uma infração por 
tempos diversos (EXEMPLO: associação criminosa que praticam roubos hoje e 
amanhã etc.). 
c. Intersubjetiva por reciprocidade (art. 76, I): São vítimas e autoras pelo mesmo 
crime (EXEMPLO: briga de torcida). 
d. Objetiva (art. 76, II): Relação de finalidade entre um crime e outro (EXEMPLO: 
Ocultação de cadáver, estupro seguido de morte). 
e. Probatória (art. 76, III): Quando a prova de um crime influi na prova de outro 
crime (EXEMPLO: Receptação). 
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
I - Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
II - No caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda parte, e 
54 do Código Penal. 
2. ESPÉCIES DE CONTINÊNCIA: 
a. Cumulação subjetiva (art. 77, I): Será um crime para vários autores (EXEMPLO: 
roubo feito por várias pessoas). 
b. Cumulação objetiva (art. 77, II): Comete vários crimes semelhantes, assim a lei 
se torna um crime só. 
QUANDO OS CRIMES OCORREREM EM FOROS DIVERSOS: 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes 
regras: 
I - No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a 
competência do júri; 
Il - No concurso de jurisdições da mesma categoria: 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; 
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas 
penas forem de igual gravidade; 
c) firmar-se-á a competência pela prevenção (juiz que primeiro despachar), nos outros casos; 
III - No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; 
* Quando são dois réus e um deles tem foro privilegiado e outro não, deverá cindir o processo. 
IV - No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a especial. 
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: 
I - No concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
II - No concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. 
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em 
circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para 
não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a 
separação. 
PERPETUATIO JURISDICIONIS (PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO): Aplicada para os casos 
de conexão e continência 
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua 
competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a 
infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos 
demais processos. 
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, 
se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a 
competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente. 
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Giovanna de Freitas Maciel – Processo Penal I – Prof. José Carlos Portella Junior 
 
EXEMPLO: Comete tráfico em Curitiba (crime estadual), porém levou dinheiro deste crime para 
outro país (crime Federal). 
FORO PRIVILEGIADO: É uma prerrogativa que está atrelado ao exercício de um mandato e 
algumas funções públicas do indivíduo ser julgado em um foro especial. 
1. STF 
a. Governadores – art. 105, CF; 
b. Deputados e Senadores Federais – art. 53, §1; 
c. Ministros do STJ; 
d. Ministros do STF; 
2. STJ 
a. Presidente – art. 102, CF; 
b. Desembargadores; 
3. TJ DA REGIÃO 
a. Prefeitos - Art. 29, X; 
b. Deputados Estaduais – art. 27, §1; 
4. VEREADORES – não tem foro privilegiado, deverão ser julgados no juízo de 1º grau; 
5. MEMBROS DO JUDICIÁRIO – sempre será julgado no órgão acima de sua jurisdição 
COMPETENCIA INTERNACIONAL: Crimes foram realizados inteiramente em outro país, mas 
podem ser julgados no Brasil. 
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital 
do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será 
competente o juízo da Capital da República. 
RITOS NO PROCESSO PENAL 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
I - Ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 
(quatro) anos de pena privativa de liberdade; 
II - Sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) 
anos de pena privativa de liberdade; 
III - Sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
RITOS COMUNS: O procedimento comum, previsto no CPP, será aplicado de modo residual, 
ou seja, sempre que não houver nenhum procedimento especial previsto no CPP ou lei 
extravagante. A Lei 11.719/08 fez alterações relevantes no CPP. 
• CRITÉRIO DE DETERMINAÇÃO DE RITOS – a partir da nova lei o rito é definido pela 
pena máxima do crime (art. 394, § 1º, CPP). 
• DEFESA ESCRITA – em todos os procedimentos, comuns e especiais, ressalvados o 
procedimento do Júri e o dos juizados especiais, haverá resposta escrita da defesa, 
após a citação do réu. O réu terá o prazo de 10 dias para apresentar a defesa escrita 
(art. 396, CPP). 
• AUDIÊNCIA UMA – os atos instrutórios são concentrados em apenas uma audiência, 
na qual também será proferida a sentença, salvo quando houver a necessidade 
probatória complexa que demande exame mais cuidadoso, quando, então, será 
permitida a apresentação de memoriais pelas partes e se fixará novo prazo para a 
sentença (art. 403, § 3º, CPP). 
O procedimento comum pode ser dividido em três, a depender da quantidade da pena 
cominada em abstrato para o delito (art. 394, § 1º, CPP): 
1. ORDINÁRIO: Crimes com pena máxima superior ou igual a 4 anos. O procedimento 
comum ordinário é o rito padrão utilizado no Processo Penal. Possui as seguintes fases: 
a. Oferecimento da denúncia ou queixa. Recebimento ou rejeição pelo juiz; 
b. Citação do réu; 
c. Resposta à acusação; 
d. Absolvição sumária (art. 397, CPP); 
e. Audiência de instrução e julgamento. 
2. SUMARIO: Crimes abaixo de 4 anos. 
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Giovanna de Freitas Maciel – Processo Penal I – Prof. José Carlos Portella Junior 
 
3. SUMARÍSSIMO: Aplicável para os crimes de menor potencial ofensivo da Lei 9.099/95 
(pena máxima não superior a 02 anos) ou contravenções penais. 
JUIZADOS ESPECIAIS: Termo circunstanciado, remetendo imediatamente para o JECRIM e 
na delegacia as partes já ficam intimadas para comparecem na data agendada => audiência de 
conciliação => se não tiver conciliação, terá a transação penal, ou seja, é um instituto 
despenalizador, pois o Ministério Público poderá oferecer uma condição para o réu para não 
processá-lo tendo requisitos legais (não ter condenação anterior e não ter aceitado transação 
em 5 dias anteriores) => segue com a queixa-crime => audiência de instrução e julgamento 
(defesa oral para convencer o juiz a não receber a queixa + se ele receber começará a 
instrução).DO JURI POPULAR: É um rito bifásico (art. 406) 
1. 1ª FASE (SUMÁRIA DE CULPA): Oferecimento da denúncia pelo Ministério Público (art. 
41) => recebimento da denúncia => citação do réu => resposta do réu 10 dias=> oitiva 
do Ministério Público => inquirição de testemunhas e realização de diligências => se 
não absolver conforme o art. 397 irá para a audiência de instrução => sentença em 
audiência. 
a. Pronuncia (art. 413): Quando o juiz vai encaminhar o réu para o júri. Precisa ter 
prova de que de ato o crime aconteceu, indícios suficientes de autoria. Desta 
pronuncia cabe Recurso (art. 581). Na dúvida, o juiz deverá remeter para o júri (in 
dubio pro societa). 
b. Impronuncia (art. 414): Quando o juiz não encontra prova de materialidade ou não 
tem indícios mínimos de autoria, o juiz deverá arquivar com prazo prescricional. 
Mas, o caso poderá ser reaberto se surgir prova nova a partir da data do 
arquivamento. Desta pronuncia cabe Apelação. 
c. A absolvição sumaria: Poderá decorrer sem levar para o júri quando o crime ser 
provado que não aconteceu, o réu não foi coautor ou participante do crime 
d. Desclassificação (art. 418): Quando o juiz diante da prova produzida não bate que 
o fato narrado com o crime da denúncia está em contradição. 
2. 2ª FASE (art. 422): Para avançar para a próxima fase precisasse necessariamente da 
PRONUNCIA que levará o caso ao júri popular em até 6 meses. Se expirar este prazo, 
chamará de DESAFORAMENTO DO JURI, assim, a Comarca originária perde o Foro 
para a Comarca mais próxima para que se possa ser julgado este júri, quando houver 
dúvida sobre a imparcialidade dos jurados ou quando houver questão de ordem pública 
ou preservação da segurança do réu. 
No dia o juiz irá sortear 25 nomes, tendo os seguintes requisitos: ter 18 anos 
completos e ter conduta ilibada. No dia do julgamento deverá ter no mínimo 15 jurados. 
No final dentre os 25 jurados irá ser escolhidos 7. 
Ocorrerá a oitiva (autor e réu), perguntas até os jurados podem realizar 
perguntas. 
Podem ser juntados documentos até 03 dias uteis da Sessão de Julgamento. 
Na próxima fase será a produção probatória. Poderá mostrar aos jurados peças 
especificadas como a perícia etc. E a lei proíbe o referenciamento da pronuncia, onde 
usa da autoridade do juiz, que ele pronunciou e que isto prova a materialidade. (art. 
478). Não poderá interpretar o silencio em desfavor da defesa. 
Após isso, terá os debates orais. (art. 477); 
Encerrados os debates, o juiz irá perguntas aos jurados se precisam de mais 
algum esclarecimento e se for sim, se passa para a votação. E na hora da votação terá 
alguns requisitos (art. 483). Caberá recurso (art. 593). 
RITOS ESPECIAIS: São ritos específicos determinados em alguns casos. O procedimento 
especial é todo aquele previsto, tanto no CPP quanto em leis extravagantes, para hipóteses 
legais específicas, que, pela natureza ou gravidade, merecem diversa tramitação processual. É 
utilizado para determinados tipos penais: 
6 
Giovanna de Freitas Maciel – Processo Penal I – Prof. José Carlos Portella Junior 
 
- Crimes dolosos contra a vida (procedimento do júri); 
- Crimes contra a honra; 
- Crimes praticados pelo funcionalismo público; 
- Crimes falimentares; 
- Crimes contra a Propriedade Imaterial. 
1. TRAFICO: Recebimento da denúncia apenas após a resposta do réu 
2. APLICADO CONTRA OS CRIMES CONTRA A HONRA: Queixa crime => conciliação 
entre as partes => se não tiver conciliação terá o recebimento da denúncia => resposta 
a acusação => absolvição sumária => caso não houver absolvição o juiz abrirá a 
Audiência de Instrução e Julgamento. 
3. FORO PRIVILEGIADO: Denuncia ou queixa-crime => antes do recebimento deste, 
notificará para que se manifeste em 15 dias, para tentar convencer o não recebimento 
da denúncia ou queixa => sessão de julgamento (sustentação oral) => citação do réu 
=> interrogatório do acusado e depois poderia apresentar sua resposta escrita e 
indicação das testemunhas => instrução => alegações finais (escrita). 
ATOS DE COMUNICAÇÃO: Através dos quais se busca comunicar as partes através de 
um ato. Sendo três: intimação/notificação e citação. 
INTIMAÇÃO: Comunica as partes de um ato passado, ou seja, já decorreu e elas decidiram o 
que faram, podendo até ficarem inertes porque não caberá nenhum ônus contra as mesmas. 
NOTIFICAÇÃO: Convocação para que as partes estejam presentes para um ato futuro, 
podendo sim ter ônus (EXEMPLO: Notificação de testemunhas) 
CITAÇÃO: Comunicar o acusado que foi indiciado criminalmente (art. 351 e seguintes) e 
também, que o acusado possa se defender no processo, promovendo o contraditório. Citação 
invalidada gera processo nulo. 
1. CITAÇÃO REAL (PESSOAL): Todo réu tem direito de ser citado pessoalmente, estando 
solto ou preso (art. 351). 
a. No caso de réu ser das Forças Armadas, a citação será mediante seu superior 
hierárquico, será ele que irá assinar e não réu (art. 358). E também ao funcionário 
público, está situação também acontece (art. 359). 
b. Se o réu morar fora da Comarca será vi de Carta Precatória (art. 353) e se residir 
no Exterior será via Carta Rogatória (art. 351). 
c. Intima-se o acusado pessoalmente e deixou de comparecer em algum ato do 
processo o juiz decretará a revelia e poderá dar andamento ao processo sem o réu. 
2. CITAÇÃO POR HORA CERTA (ART. 362) 
3. CITAÇÃO FICTA (POR EDITAL): quando o réu não é encontrado e está em local incerto 
(art. 363, §1). Se o acusado não aparecer, o juiz aplicará o art. 366, assim suspende o 
processo e a prescrição. Por mais que este processo esteja suspenso, pelo réu não ser 
encontrado, o juiz poderá solicitar a produção antecipada de provas, para que estas 
provas não sumam com o tempo ou até o réu aparecer. 
Não se admite citação por edital em JECRIM, porém se precisar citar o réu desta 
forma, o juiz do JECRIM declina sua competência manda os autos na Vara Criminal 
Comum (art. 538).

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