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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA DE …/SP Protocolo nº … Recorrente: Ministério Público do Estado de São Paulo Recorrido: Município de … MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, já qualificado nos autos da Ação Civil Pública C/C Tutela de Urgência, processo em epígrafe que move em face de MUNICÍPIO DE …, também já qualificado nos autos, vem, por via de seu procurador que esta subscreve, não se conformando com a sentença proferida às fls. …, interpor o presente: RECURSO DE APELAÇÃO Com base nos arts. 1.009 a 1014, ambos do CPC/15, requerendo, na oportunidade que o recorrido seja intimado para querendo, ofereça as contrarrazões, e ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo para os fins de mister. Termos em que, Pede o deferimento. Local e data. PROMOTOR DE JUSTIÇA RAZÕES RECURSAIS Apelante: MINISTÉRIO PÚBLICO Apelada: MUNICÍPIO DE … Processo nº … Origem: VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA DE …/SP EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÃMARA. Eméritos Desembargadores, I – BREVE SÍNTESE DO PROCESSO Trata-se de Ação Civil Pública C/C Tutela de Urgência, em que o autor, ora apelante, requer que seja abertas vagas em escolas para crianças nas escolas de educação infântil, para que sejam efetuadas as matrículas do ano letivo, pois direito esse que vem sendo negado. Requer ainda, a tutela de urgência em razão das crianças não terem acesso à escola e sofrerem o risco de perda do ano letivo. Foi interposto Agravo de Instrumento, pois o juiz interpos decisão interlocutória, negando o pedido de Tutela de Urgência, alegando e fundamentando sua decisão no fato de o direito à educação ser um direito social e, por isso, teria natureza de norma programática não cabendo ao Judiciário interferir na Administração Pública para concretizar tais direitos. O Agravo de Instrumento foi conhecido e provido pelo Tribunal. Contudo, após a decisão do Tribunal, o juiz de primeiro grau sentenciou a ação, julgando-a extinta e sem solução do mérito. Foram oposto embargos de declaração para que exclarece sua decisão, mas forma eles acolhidos. Na sentença o magistrado fundamenta que deveriam ter sido propostas ações individuais, de conhecimento ou até mesmo Mandado de Segurança, para discutir as peculiaridades de cada um dos casos, não sendo ACP o meio processual adequado. Além disso o magistrado ambém alegou que não pode haver a interferência do Poder Judiciário nas políticas públicas em razão da impossibilidade de interferir na discricionaridade dos atos administrativos, sendo inadequada a judicialização da medida. No entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece prosperar, devendo ser reformada (ou cassada). II – RAZÕES DA REFORMA (OU DA CASSAÇÃO) A r. Sentença proferida pelo juiz a quo na Ação Civil Púbica C/C Tutela de Urgência proposta pela apelante em face do apelado, julgando-a extinta e sem julgamento do mérito, deve ser modificada in totum, uma vez que a Constituição Federal prevê ações de natureza especial chamadas de rémedios constitucionais,, sendo que são ações especiais prevista pelo constituinte como garantias de direitos fundamentais. Os remédios contitucionais, podem ser utilizados para sua finalidade certa, porém não há impedimento para que mais de um meio de proteção possa ser utilizado no direito. Portanto além de ser utilizados os remédios constitucionais, poderá ser ajuizada Ação Civil Pública ou Ação Individual de Amplo Conhecimento. É de suma importância, destacar que a Ação Civil Pública é um meio para defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais, seno um meio de eficaz proteção dos interesses. Os direitos fundamentais está defendido pela Constituição Federal, como clausula pétrea, como dispõe o artigo 60, § 4º, não podendo esses direitos ser revogados ou serem a sua proteção diminuida. A tripartição dos Poderes, dispõe que o Estado possui três funções típicas: julgar, legislar e administrar que são dividos entre Poder Execultivo, Poder Legislativo e Judiciário, sendo que são harmônicos entre si. Vale mencionar as atribuções do Poder Judiciário, uma vez que negado a interfêrencia do Poder Judiciário nos autos do processo. Portanto exige-se do Poder Judiciário que aplique a defesa da constituição e a cocretização dos direitos previstos. É cabivel a interferência do Poder Judiciário nas políticas públicas, pois é de sua função. Ainda, no mesmo sentido, são lícitas, em geral, todas as condições que a lei não vedar expressamente, daí não havendo outro entendimento para o caso em questão, deve a sentença atacada ser REFORMADA (ou cassada, depende do que se alegar) nos termos do pedido contido na inicial. III – REQUERIMENTO Em virtude do exposto, o Apelante requer que o presente recurso de apelação seja CONHECIDO e, quando de seu julgamento, seja totalmente PROVIDO para reformar a sentença recorrida, no sentido de acolher o pedido inicial do Autor Apelante, por ser de inteira Justiça. Termos em que, Pede deferimento. Local e data PROMOTOR DE JUSSTIÇA