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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS- IFAL
CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS
EMANUELE ARAÚJO FERREIRA
ENGENHARIA CIVIL 2018.2
RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
PALMEIRA DOS ÍNDIOS- AL
2018
Introdução
A água é uma das substâncias mais importantes do Planeta Terra, pois, dela depende a maioria dos processos físicos, químicos e biológicos nos ecossistemas. Para o homem a água sempre foi determinante no ritmo de sua evolução. Ao longo da história da humanidade as primeiras grandes duas civilizações se desenvolveram as margens de rios (Tigre e Eufrates na Mesopotâmia, Nilo no Egito, Indus na Índia, e Amarelo na China) de onde garantiam o abastecimento de água e, consequentemente, seu desenvolvimento social e econômico. 
A UNESCO considera que o ano 1674 é o ano do nascimento da hidrologia. Então, a partir desse ano a hidrologia vem sendo cada vez mais conhecida e estudada pela sociedade. 
Segundo Biswas (1970), a evidência mais antiga das obras hidráulicas foi um canal para irrigação construído no Egito na época do rei Escorpião (aproximadamente 3200 a.C.) Desde então, o ser humano vem tentando controlar os recursos hídricos. 
A história da humanidade mostra que o avanço da hidrologia resulta do avanço das obras relacionadas aos recursos hídricos. Também, o avanço das obras resulta do avanço da hidrologia. Assim, a ciência e a tecnologia relacionadas aos recursos hídricos vêm interagindo entre si e se desenvolvendo. 
Os estudos estratégicos referentes aos recursos hídricos são, portanto, fundamentais para examinar, em profundidade, disponibilidades e demandas de água e as interações entre os processos biogeofísicos envolvidos no ciclo e usos múltiplos de água e o desenvolvimento econômico e social (Naiman et al 1995, Bicudo et al 2010). 
Segundo Lanna (2004), “as funções da engenharia de recursos hídricos são as adequações espaciais, temporais, qualitativas e quantitativas dos padrões de disponibilidade aos das necessidades hídricas”. Sem essas adequações, não é possível melhorar o saneamento. 
Apesar de um grande número de estudos, avaliações, determinações e monitoramento de quantidade e qualidade de água, há um conjunto grande de falhas no gerenciamento dos recursos hídricos, devido a uma desarticulação entre o conhecimento existente e o gerenciamento nos planos regional, municipal, e mesmo nacional (Braga et al 2006). 
O saneamento básico é definido como o conjunto de serviços e ações com o objetivo de alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, nas condições que maximizem a promoção e a melhoria das condições de vida nos meios urbano e rural, segundo projeto de lei federal 5.296/2005 que estabelece o marco regulatório para o saneamento. 
Nestes últimos anos, as principais normas que regulam o setor de saneamento estão representadas pela Lei 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, e pela Lei 9.433/1997, referente à Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). Verificam-se nestas leis algumas exigências para garantir a sustentabilidade dos investimentos em saneamento, mas, segundo Souza, Freitas e Moraes (2007), ainda existem uma predominância de conceitos preventivistas e omissões discursivas, além de visões ambíguas dentro de uma mesma legislação. 
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (Snis, 2007), em 2006, o índice médio de atendimento urbano mostrava valores relativamente elevados, em termos de abastecimento de água, com um índice médio nacional de 93,1%. Porém, em termos de esgotamento sanitário, o atendimento urbano com coleta era muito escasso, tendo um índice médio nacional de 48,3%, e um índice médio nacional de apenas 32,2% para o tratamento desse esgoto coletado. Destaca-se que, em relação ao atendimento à população de baixa renda, o índice ainda é mais inadequado, e alcançar uma cobertura mais ampla desse benefício é um grande desafio. 
Desenvolvimento
O palestrante foi o professor Fernando Nascimento e o tema foi Recursos Hídricos e Saneamento, ele é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Alagoas, tem Mestrado na área de Gestão em Qualidade e é concursado pelo Instituto Federal de Alagoas. 
Na palestra foi abordado sobre a criação de acordo com o art. 1°, da Lei nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, a Política Nacional de Recursos Hídricos com base nos seguintes fundamentos: 
i) a água é um bem de domínio público; 
ii) a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; 
iii) em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais, sendo colocado a vida em primeiro plano, estabelecendo um compromisso social, no qual a vida humana e dos animais sobrepuja os interesses econômicos; 
iv) a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas, objetivando reconhecer a existência das diversas demandas pela água na nossa sociedade e admiti-las como sendo todas elas legítimas e em igualdade de condições para reivindicação do uso destes recursos, sem qualquer definição, a priori, de um uso privilegiado; 
v) a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SINGREH, adotando-se, assim, a bacia hidrográfica como unidade de planejamento; 
 vi) a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, sendo adotada a gestão descentralizada dos recursos hídricos significando que tudo quanto pode ser decidido em níveis hierárquicos mais baixos de governo não será resolvido pelos níveis mais altos dessa hierarquia. 
Também foi falado sobre as diversas áreas de atuação em saneamento, que são: 
Gestão de recursos hídricos- A gestão de recursos hídricos pode ser definida como o conjunto de ações destinadas a regular o uso, o controle e a proteção dos recursos hídricos, em conformidade com a legislação e normas pertinentes. Integra projetos e atividades com o objetivo de promover a recuperação e a preservação da qualidade e quantidade dos recursos das bacias hidrográficas brasileiras e atua na recuperação e preservação de nascentes, mananciais e cursos d'água em áreas urbanas; 
Modelagem hidrológica- é a representação matemática de um objeto ou sistema, objetivando entendê-lo e buscar suas respostas para diferentes simulações. O modelo hidrológico é bastante utilizado para se antecipar a eventos como, por exemplo, o impacto da urbanização de uma bacia antes que ela ocorra, a previsão de uma enchente em tempo real, impacto da alteração de um rio, ocorrência de eventos extremos estatisticamente possíveis, tornando possível a realização de medidas preventivas para estas diversas situações; 
Qualidade da água- para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam as suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos estabelecidos para determinado uso; 
Drenagem urbana- o ciclo hidrológico sofre fortes alterações nas áreas urbanas devido, principalmente, à alteração da superfície e a canalização do escoamento, aumento de poluição devido à contaminação do ar, das superfícies urbanas e do material sólido disposto pela população; 
Obras hídricas- são obras destinadas a melhorias na parte hídrica; 
Abastecimento de água- um sistema de abastecimento de água é uma solução coletiva para o abastecimento de água de uma comunidade. Caracteriza-se pela retirada da água da natureza, adequação de sua qualidade, transporte até os aglomerados humanos e fornecimento a população em quantidade compatível com suas necessidades; 
Esgotamento sanitário- Esta ação tem como objetivo fomentar a implantação de sistemas de coleta, tratamento e destino final de esgotos sanitários visando o 
controle de doenças e outros agravos, assim comocontribuir para a redução da morbimortalidade provocada por doenças de veiculação hídrica e para o aumento da expectativa de vida e da melhoria na qualidade de vida da população; 
Resíduos sólidos- os resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semisólidos das atividades humanas ou não-humanas, que embora possam não apresentar utilidade para a atividade fim de onde foram gerados, podem virar insumos para outras atividades. 
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), segurança hídrica é "assegurar o acesso sustentável à água de qualidade, em quantidade adequada à manutenção dos meios de vida, do bem-estar humano e do desenvolvimento socioeconômico; garantir proteção contra a poluição hídrica e desastres relacionados à água; preservar os ecossistemas em um clima de paz e estabilidade política". Promover a segurança hídrica é contribuir com a manutenção da vida e deve ser o foco principal daqueles que realizam a gestão dos recursos hídricos, assim como de toda a sociedade. 
Referências
_____. A visão da Assemae sobre a promulgação da Lei 11.445/07. Disponível em: Acesso em: 22 de set. 2018. 
_____. 2014. Termo de Referência: Plano Nacional de Segurança Hídrica. Disponível em: Acesso em: 23 de set. 2018 
Biswas, A.K. History of hydrology. London: North-Holland Publish Company, 1970. 336p. 
BRAGA, B. et al. Monitoramento da quantidade e qualidade das águas. In: Rebouças A. et al. (eds) Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. Escrituras Editora, São Paulo, p. 145-160. (3ª edição). 2006. 
Caete News (2018). Disponível em:< https://caetenews.com.br/blog2/planetaagua/sistema-de-abastecimento-de-agua/>. Acesso em: 23 de set.2018.
Ciência e Cultura (2018) Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000967252003000400020>. Acesso em: 23 de set. 2018.
FGV. Plano Nacional de Recursos Hídricos. Fundação Getúlio Vargas, Secretaria de Recursos Hídricos, MMA. 1998. 
Funasa (2018). Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/sistema-de-esgotamento-sanitario>. Acesso em: 23 de set. 2018.
Info Escola (2018). Disponível em: <https://www.infoescola.com/ecologia/definicao-de-residuos-solidos/>. Acesso em: 23 de set. 2018,
Lanna, A.E. Gestão dos Recursos Hídricos. In: Tucci, C. E. M. (Org.). Hidrologia: ciência e aplicação. 3ª edição, Porto Alegre: Ed. da UFRGS/ ABRH/ EDUSP, 2004. p. 727-768. 
NAIMAN, R. J. et al. (eds.). The Freshwater Imperative: a research agenda. Island Press.. 165 pp. 1995. 
Portal Educação (2018). Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/gestao-de-recursoshidricos/5703>. Acesso em: 23 de set. 2018.
Rhama (2018). Disponível em: <http://rhama.com.br/modelagem-hidrologica.html>. Acesso em: 23 de set. 2018.
Segurança Hídrica RJ (2018). Disponível em: <https://www.segurancahidricarj.com.br/segurancahidrica>. Acesso em: 23 de set. 2018.
SNIS (SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM SANEAMENTO). Disponível em: Acesso em: 22 de set. 2018. 
SOUZA, C.M.N.; FREITAS, C.M.; MORAES, L.R.S. Discursos sobre a relação saneamento-saúde-ambiente na legislação: uma análise de conceitos e diretrizes. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 12, n. 4, p. 371-379, 2007.

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