Buscar

Apostila de Direito Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TITULO IV DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
A pessoa humana precisa ter a liberdade de manter ou não manter a relação sexual, a pessoa humana tem direito de escolher, desde que tenha capacidade de consentir.
Em sete de agosto de 2009 entrou em vigor a lei de 12.15/2009, entrou em vigor 3 dias após ser sancionada, dando alteração a redação do Título VI do Código Penal, dedicado aos Crimes Contra os Costumes. 
Dignidade Sexual é o bem jurídico que o legislador tutela com a incriminação dos delitos sexuais.
Alterações Produzidas pela Lei 12.015/2009 (LER)
Escusa absolutória/Excludente de ilicitude no aborto que decorria de tentado violento ao pudor.
Antes a Ação Penal era via de Regra Pública Condicionada. Atualmente nos Delitos Sexuais será Pública Condicionada à Representação.
ART. 213
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei 12015, de 2009) ( Caput Figuras simples ou básicas)	Comment by iPad: Não importa o gênero. ( homem ou mulher)
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei 12015, de 2009) *(Figuras Qualificadas)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei 12015, de 2009)(* figuras qualificadas)
TUDO É ESTUPRO: Conduta de atentado violento ao pudor, passou a ser estupro. Logo as pessoas que praticaram condutas de atentado violento ao pudor e foram condenadas, não tiveram seus crimes abolidos, mas sim incorporados ao estupro. Cumprem pena por estupro.
Há o caso de estupro Vulnerável: artigo 217-A Praticados contra menores de 14 anos. Inclusive a presunção de violência. Previstos anteriormente no artigo 224, revogado. 
Nos casos de menor de 14 anos, há que se analisar cada caso, pois pessoas de 13 anos, podem aparentar possuírem bem mais e dependendo das circunstâncias que envolveram o possível estupro, tais como, local, abordagem da pessoa, se for desconhecida, etc. Há possibilidade de descaracterizar o crime.
Se for pessoa conhecida, daí caracteriza o crime de qualquer maneira.
CASO DE ESTUPRO: Concurso de atos sexuais (diversos atos): O réu responde por crime único, pois o contexto fático é o mesmo. Caso o réu tenha sido condenado por diversos atos, cabe revisão da pena.
O juiz ao aplicar a pena para quem praticou o estupro com diversos atos, pode aumentar esta pena em relação a quem praticou apenas um ato.
Anteriormente somente o homem era considerado co autor. Na atualidade a mulher também é considerada co autora em estupro.
Se a pessoa for obrigada a fazer sexo com animal, é considerado crime de estupro.
Tem que haver violência e grave ameaça para ser considerado estupro. Se houver acordo da vítima, não caracteriza o estupro.
TIPO: Verbo constranger, obrigar, compelir, coagir (Por violência ou grave ameaça com dissenso da vítima, sem concordância dela).
Outros atos libidinosos: A (ativo) constrange B (passivo) a que pratique atos libidinosos nele. B (ativo) constrange A (passivo), para que pratique atos libidinosos nele. ( ex. sexo oral). Caracteriza o estupro.
Outros atos: Passar mãos em partes do corpo, seios, desde que com grave ameaça e violência, caracteriza o ESTUPRO. Mesmo que seja por cima da roupa. Pode ser também agarrar, esfregar-se, etc.
BEIJO LASCIVO, também caracteriza o estupro, desde que com violência e grave ameaça. Mesmo sem contato físico é considerado estupro. Ex. Exigir que a outra pessoa pratique ato sexual em si mesma, sob ameaça e violência.
Para caracterizar o estupro, a vítima sempre pratica o ato, tem que fazer parte do corpo da vítima.
Se o agente obriga a vítima a praticar o ato para poder assistir, o crime é do 218 A.
Se constranger a vítima à apenas tirar a roupa sem contato, o entendimento majoritário é de que não há estupro, seria o crime do 146 CP.- Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
OUTRAS SITUAÇÕES: Podem ser consideradas contravenção penal, importunação ofensiva ao pudor. Ex. Esfregar-se dentro de um ônibus, na outra pessoa.
ESTUPRO POR OMISSÃO: Ex. mãe sabe que o companheiro abusa da filha menor de 16 anos (com grave ameaça e violência), mas não faz nada, caracteriza o crime de estupro. Ambos respondem pelo crime. Neste caso a mãe tem o dever jurídico de agir.
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa de ambos os sexos. Anteriormente era somente o homem que cometia o crime, por previsão legal.
Anteriormente mulher constranger homem a praticar ato sexual, era contravenção penal. Hoje é estupro.
COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO: Se estuprar enquanto a outra pessoa segura a vítima, ambos respondem por estupro. Pode ser entendido como crime continuado. Partícipe alguém que instigue o outro a praticar o crime.
SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. Se for cadáver, o crime é do artigo 212, vilipêndio de cadáver.
A RELAÇÃO SOB VIOLÊNCIA E GRAVE AMEAÇA DE UM CONJUGE, hoje é considerado ESTUPRO. (anteriormente era considerado obrigação da mulher manter relação, como parte do casamento). Incide aumento de pena: artigo 226 Inciso II.
CONSUMAÇÃO: Hoje qualquer ato sexual praticado antes do ato sexual em si (conjunção carnal), já consuma o ato.
TENTATIVA: Se sob violência e grave ameaça o agente não conseguir o seu objetivo, por motivos alheios a sua vontade, caracteriza tentativa.
ELEMENTO SUBJETIVO: DOLO, intenção de satisfazer a libido. È indiferente o motivo do ato, caracteriza o crime de qualquer forma.
CONCURSO DE CRIMES: Ex. agente mantém mais de uma relação sexual com a mesma pessoa (considera crime único). Se praticado em conjunto com outra pessoa, respondem por estupro.
Se for mantido atos libidinosos em momentos diversos, mesmo meio de execução, tempo, pode caracterizar crime continuado. (se for em prazo relativamente curto).
Se não os itens necessários para crime continuado, é concurso material. (Ex. Casos de prazos maiores entre crimes).
Se o agente estuprar duas vítimas, em seguida, 
ARTIGO 130: Sabe da sua contaminação e estupra a vítima. Nesta hipótese responde pelo 213 e 130 CP caput.
Se tiver apenas intenção de transmitir, responde pelo 213 e 130 Par. 1º, CP.
Se contaminar realmente a vítima, responde pelo 234 A, CP.
ESTUPRO QUALIFICADO PELA IDADE DA VÍTIMA: Se a vítima tiver 14 anos e for estuprada sob violência e ameaça, o agente responde pelo artigo 213 Parágrafo 1º, segunda parte, se o estupro ocorreu no dia em que a vítima completou 14 anos.
Se tiver menos e 14 anos, é VULNERÁVEL., 217 A, CP.
OBSERVAÇÕES
** Conjunção Carnal = Cópula Vaginal, com ou sem ejaculação, com ou sem orgasmo. "Fernando Capez'
Exclui do Contexto Ato Libidinoso (gestos, palavras, mensagens, escrito,) O Ato libidinoso é a ação voltada a satisfação da libido sexual.
Ato libidinoso diverso da Conjunção Carnal - Sexo oral, anal, masturbação. Etc..
Hermafrodita pode ser vítima de estupro?
O hermafrodita possui partes de ambos os sexos.
Para ser vítima do estupro, depende do sexo preponderante. Qual o sexo preponderante, o biológico (mais aparente) ou o psicológico? Que discute a matéria afirma que é sexo psicológico.
AÇÃO NUCLEAR
 Praticar ( Ação Nuclear Positiva ) onde ela pratica o ato 
Permitir que se pratique ( Ação Nuclear Negativa)
CONDUTA TÍPICA
1- Conduta Típica, Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, a Vítima é obrigada a manter conjunção Carnal com o agente.
2 - Conduta Típica, Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar outro ato libidinoso. Nessa hipótese, a relação pode ser homomssexual ou heterossexual onde a vítima desempenha um papel ativo, pois ela pratica algum ato libidinoso diverso da conjunção carnal, nela mesma ou em terceiro. Ex auto masturbação ou em terceiro, felação (sexo oral)
3 - Conduta Típica, Constranger alguémmediante violência ou grave ameaça , a permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, nessa hipótese a relação também pode ser heterossexual ou homossexual mas o papel da vítima é exclusivamente passivo, pois permite que nela se pratique um ato libidinoso diverso da conjunção carnal Ex Sexo anal, sexo oral.
** E se o sujeito Ativo realizar mais de uma conduta típica ?
No mesmo contexto fático , responderá por um único crime 
 Contexto Fático Distinto Serão 2 crimes em Concurso Material Art 69 Cp
Vitimas Diferentes Também é concurso de crimes.
ELEMENTOS OBJETIVOS 
Constranger ( coagir, obrigar ..) 
Violência exclusivamente da natureza física 
Grave ameaça Exclusivamente psicológica 
Conjunção Carnal Copula do penis e vagina com ou sem orgasmo
Ato libidinoso Diverso Qualquer contato que propicie a satisfação, da libido sexual.
Exclui-se do Conceito de Ato libidinoso ( palavras e gestos escritos com conteúdo erótico) 
Condutas mais leves como apalpadas, amassos, beijos lacivos devem ser enquadrados como contravenção penal prevista no Art 61 da lei de contravenção Penal.
ELEMENTOS SUBJETIVOS DE TENDENCIA
 É aquela situação inseparável da conduta, é inseparável de um crime sexual a satisfação da libido.
ESTUPRO QUALIFICADO PELO RESULTADO
Qualificadora do Par. 1º , primeira parte. Lesão corporal de natureza grave, com culpa. São sempre crimes PRETERDOLOSOS.
Se o agente quis a lesão ou a morte. Estupro + lesão grave: Artigo 213 + artigo 129 CP par. 1º e 2º. OU artigo 121CP.
TENTATIVA:Estupro não consumado por motivos alheios a vontade do agente, mas mata a vítima e daí estupra o cadáver. Crime de concurso entre Estupro simples+ homicídio+ vilipêndio de cadáver. Artigos 213 + 121 par. 2º Inc. V + 212 CP.
Se ainda ocultar o cadáver para dificultar a ação do poder público mais um crime. (art. 211CP).
ESTUPRO: Artigo 213: Tem que ter violência ou grave ameaça. Conduta: Violência + grave ameaça.
Não admite tentativa. Crime Preterdoloso. Artigo 213 Par. 1º e 2º. Estupro + lesão grave ou morte.
EXEMPLOS DE CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA:
Crime unisubsistente: Só com um ato. Injúria verbal - Crimes omissivos próprios: Omissão do agente com relação a conduta exigida. Crimes culposos, Preterdolosos.
CAUSAS DO AUMENTO DE PENA: O estupro é crime hediondo. (artigo 213, 217A) Gravíssimo.
Aprendendo Direito Penal IV
Parte Especial 213 ao 234 
Este presente material visa o objeivo de somar os estudos adquidiros em sala e com doutrinas. 
Denise S. Couto
CONSUMAÇÃO:
	Na hipótese de conjunção Carnal = com a prática da mesma 
	Na hipótese de atentado violento ao pudor = depois do emprego de constrangimento mediante violência ou grave ameaça, e praticado ato libidinoso diverso na vítima ou permitir que a vitima pratica o ato libidinoso diverso da conjunção carnal no sujeito ativo ou em outra pessoa.
TENTATIVA
	Na hipótese de Conjunção carnal = Após o emprego do constrangimento mediante violência ou grave ameaça, a conjunção carnal não se consuma por circunstancias alheias a vontade do agente. 
	Na hipótese de Atentado violento ao pudor = O sujeito ativo ou indivíduo constrange a vitima mediante violência ou grave ameaça. Para com ela praticar ato libidinoso diverso da conjunção carnal entretanto antes de pratica-lo é impedido por circunstancias alheias a sua vontade 
4- Crime Hediondo = Forma Simples ou lascívia e qualificada . A Hediondez do estupro, em todas as suas formas (até mesmo tentado), é considerado crime hediondo, por força do que dispõe o art. 1o, V, da Lei 8.072/90. Algumas consequências disso: a) a progressão só é possível após o cumprimento de 2/5 da pena, se primário, ou de 3/5, se reincidente. Nos demais crimes, a progressão é possível após o cumprimento de 1/6 da pena; b) o regime inicial é o fechado, independente da pena; c) o prazo da prisão temporária é de até 30 (trinta) dias. Nos demais crimes, o prazo máximo é de 05 (cinco) dias; d) não é possível fiança; e) não é possível a anistia, a graça e o indulto; f) o prazo para a concessão do livramento condicional é superior ao dos demais crimes (vide art. 83 do CP).
FORMAS QUALIFICADAS = Art 213 SS1 e 2 - pena de reclusão de 8 a 12 anos 
Os §§ 1º e 2º, do art. 213, do Código Penal, elencam as formas qualificadas do estupro, alterando o mínimo e o máximo das penas previstas em abstrato. São três as qualificadoras (circunstâncias específicas), a saber:
(a) Estupro qualificado pela lesão corporal de natureza grave (§ 1º, primeira parte) – Enquanto o estupro simples (tipo básico) tem pena de reclusão de 6 a 10 anos, o estupro qualificado pela lesão corporal de natureza grave tem pena de reclusão de 8 a 12 anos.A expressão lesão corporal de natureza grave foi utilizada em sentido amplo, ou seja, abrange as lesões corporais graves e gravíssimas (CP, art. 129, §§ 1º e 2º). Eventuais lesões corporais leves, ou mera contravenção de vias de fato, decorrentes da violência empregada pelo agente ficam absorvidas pelo crime-fim (estupro).Essa qualificadora é exclusivamente preterdolosa, ou seja, pressupõe que haja dolo no estupro e culpa em relação ao resultado lesão grave. Assim, se ficar demonstrado que houve dolo (direito ou eventual) também em relação à lesão corporal, o agente responde por estupro simples em concurso material com a lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, conforme o caso.
(b) Estupro qualificado pela idade da vítima (§ 1º, última parte) – Com a mesma pena prevista para a qualificadora anterior, o estupro é qualificado se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos, pena varia de 8 a 12 anos vb. Se a vítima for menor de 14 anos, o crime é de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A), independentemente do emprego da violência ou grave ameaça.Existe uma injustificável lacuna no texto legal em relação à vítima que é estuprada no dia do seu 14º aniversário, isto porque no estupro de vulnerável a vítima é menor de 14 anos, e no estupro qualificado pela idade, a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos. Então, nesse caso, qual seria a melhor solução?Entendemos que se o estupro é cometido no dia do 14º aniversário da vítima, o agente deve responder por estupro qualificado pela idade da vítima (CP, art. 213, § 1º, última parte) pelos seguintes motivos: (1) a caracterização de estupro simples deve, desde logo, ser afastada, caso contrário, o agente seria punido menos severamente do que se o crime ocorresse no dia seguinte; (2) não seria também estupro de vulnerável, visto que a lei exige que a vítima seja menor de 14 anos; (3) o aniversário é comemorado no mesmo dia e mês em que a vítima nasceu, porém, matematicamente, a vítima completa a quantidade de anos exatamente no dia anterior ao seu aniversário, como, por exemplo, quem nasce em 1º de janeiro completa a quantidade de anos no dia 31 de dezembro, embora o aniversário seja comemorado no dia seguinte.
(c) Estupro qualificado pela morte (§ 2º) – Enquanto o estupro simples (tipo básico) tem pena de reclusão de 6 a 10 anos, o estupro qualificado pela morte tem pena de reclusão de 12 a 30 anos.Essa qualificadora também é exclusivamente preterdolosa, ou seja, pressupõe que haja dolo no estupro e culpa em relação ao resultado morte. Assim, se houver dolo (direto ou eventual) também em relação à morte, o agente responde por estupro simples em concurso material com o homicídio qualificado.Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos, e falecer em decorrência do estupro, incidirá somente a qualificadora em estudo (CP, art. 213, § 2º), que importa na absorção da qualificadora em razão da idade da vítima (CP, art. 213, § 1º, última parte), devendo, porém, essa circunstância ser levada em conta pelo juiz na dosimetria da pena.
Polêmica em Relação aos resultados agravadores lesão corporal e morte:
É possível que o estupro não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente, como, por exemplo, quando a vítima consegue se desvencilhar do estuprador e, ao fugir, sofre lesão corporal de natureza grave ou vem a falecer. Então, qual seriaa melhor solução para o caso de estupro tentado e superveniência de resultado agravador (lesão grave ou morte)?Entendemos que o agente responde pelo crime de estupro qualificado pela lesão corporal de natureza grave ou pela morte (CP, art. 213, §§ 1º ou 2º), conforme o caso, pelos seguintes motivos: 
as qualificadoras são exclusivamente preterdolosas, portando incompatíveis com a figura do crime tentado; 
o tipo penal utiliza a expressão “se da conduta resulta”, ou seja, se do ato de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, resulta lesão corporal de natureza grave ou morte, independentemente da consumação do delito.
	- Concurso de Crimes = Antes do advento da Lei 12.015/2009, que fez a fusão dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor (arts. 213 e 214), não havia dúvida alguma de que esses crimes podiam ser praticados em concurso material, desde que os atos libidinosos praticados não fossem prelúdio da conjunção carnal. Assim, por exemplo, o sexo oral ou anal, praticado com a mesma vítima, antes ou depois da cópula vagínica, constituía-se em crime autônomo de atentado violento ao pudor, em concurso material (soma da penas) com o estupro, visto que predominava o entendimento no sentido de que, por não se tratarem de delitos da mesma espécie (estavam previstos em tipos penais distintos), não havia possibilidade de aplicação do benefício do crime continuado (CP, art. 71), em que o juiz aplica a pena de um único crime, aumentando-a (sistema da exasperação), em vez de somá-las.A lei vigente fez surgir uma polêmica doutrinária a respeito da natureza jurídica do crime de estupro (CP, art. 213), ou seja, o crime passou a ser um tipo misto alternativo (existem vários verbos que definem as hipóteses de realização do mesmo fato delituoso, ou seja, há crime único), ou trata-se de tipo misto cumulativo (existem vários verbos que definem unidades distintas do delito, ou seja, são crimes praticados em concurso), que têm conseqüências jurídicas distintas.
Na realidade, verifica-se um equívoco técnico, pois, os tipos penais podem ser simples (quando o núcleo está representado por um único verbo), ou mistos (quando o núcleo está representado por mais de um verbo) e esses se dividem em alternativos ou cumulativos. O estupro tem o núcleo do tipo penal representado por um único verbo “constranger”, ou seja, trata-se de um tipo simples. Quanto à conduta, é crime de forma vinculada (somente pode ser cometido pelos meios de execução previstos no tipo penal: violência ou grave ameaça) e de duas formas, por parte da vítima (praticando ou permitindo que se pratique), que resultam em três condutas típicas: (1) ter conjunção carnal; (2) praticar outro ato libidinoso; (3) permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Assim, entendemos que o estupro é um tipo penal simples, que pode se dividir em crime de condutas alternativas ou crime de condutas cumulativas, de acordo com o caso concreto.De qualquer forma, entendemos que a prática da conjunção carnal e de outros atos libidinosos (exemplos: sexo oral ou anal) praticados no mesmo contexto fático contra a mesma vítima, caracterizam crime único de estupro (e não mais concurso material). Trata-se de uma inovação benéfica ao réu, cujo alcance é retroativo, atingindo inclusive a coisa julgada.Se o agente pratica vários estupros contra a mesma vítima em ocasiões distintas, se preenchidos os demais requisitos legais, é possível reconhecer a continuidade delitiva (sistema da exasperação). Ausentes esses requisitos, o agente deverá responder pelos crimes de estupro em concurso material (soma da penas).[12
ELEMENTO SUBJETIVOS DO CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO 
O dolo é elemento subjetivo necessário para o reconhecimento do estupro, sendo também necessária a obediência às características exigidas pelo tipo do artigo 217- A do CPB.Rogério Greco esclarece que: “não é admissível a modalidade culposa por ausência de disposição legal nesse sentido”.O elemento subjetivo é o dolo, não se punindo a forma culposa.Nesse sentido, NUCCI assevera: “O emento subjetivo é o dolo, não se punindo a forma culposa. Cremos existente o elemento subjetivo especifico consistente na busca da satisfação da lascívia.
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso = I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Crime culposo = II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.O dolo, prescrito no art. 18, pode ser caracterizado como direto, simplesmente pelo fato do agente ter a ciência da idade tenra da vitima.Também pode ocorrer o dolo eventual, uma vez que sem ter a certeza da idade da vitima, mesmo com seu aspecto físico ressaltando sua idade tenra, o autor assume o risco da conduta.Assim, o dolo inclui a ciência ou o risco assumido do sujeito passivo ser menor de 14 anos, podendo, então, haver erro quanto ao elemento do tipo, pois assim exemplifica ALESSANDRA PEDRO GRECO:Se, por exemplo, o menor aparenta idade superior a legal. Situação peculiar é a de o menor ter certidão errônea, de que consta ser menor de 14 anos, mas na verdade, por questões não incomuns no grande Brasil, ter idade mais adiantada. Constatada essa circunstância a hipótese é de atipicidade ou crime impossível, porque o que vale para a condenação é a realidade concreta e não documental.Sendo assim, pode-se caracterizar duas situações diversas: na primeira, o agente pratica a conduta delituosa mediante violência ou grave ameaça, fato este em que a conduta recairá no art.213 (estupro); e a segunda, onde o agente não a pratica mediante violência, nem sob grave ameaça, excluindo-se assim o dolo e a tipicidade da conduta delituosa.
Preceitua assim GRECO:No que diz respeito à idade da vítima, para que ocorra o delito em estudo, o agente, obrigatoriamente, deverá ter conhecimento de ser ela menor de 14 (catorze) anos, pois, caso contrário, poderá ser alegado o chamado erro de tipo que, dependendo do caso concreto, poderá conduzir até mesmo à atipicidade do fato, ou a sua desclassificação para o delito de estupro, tipificado no art. 213 do Código Penal.E conclui que:Se, na hipótese concreta, o agente desconhecia qualquer uma dessas características constantes da infração penal em estudo, poderá ser alegado o erro de tipo, afastando-se o dolo e, conseqüentemente, a tipicidade do fato. Não é admissível a modalidade culposa, por ausência de disposição legal expressa nesse sentido.Portanto, as características pessoais da vitima, o fato de ser menor de idade, ou a dúvida da idade, são fatores determinantes para que o agente seja autuado no art. 217-A (estupro de vulnerável
		Dolo (conduta) e dolo (resultado)
		Dolo (conduta) e culpa (resultado)
Consumação e Tentativa de estupro Qualificado pela lesão corporal grave e morte. 
Tentativa de estupro e a incidência da qualificadora (teoria de Rogério Greco): “Poderíamos, ainda, visualizar a hipótese em que o agente, depois de derrubar a vítima, fazendo com que batesse com a cabeça em uma pedra, morrendo instantaneamente, sem que tivesse percebido esse fato, viesse a penetrá-la. Aqui, teríamos, ainda, somente uma tentativa de estupro qualificada pela morte da vítima, uma vez que a penetração ocorreu somente depois desse resultado, não podendo mais ser considerada como objeto material do delito de estupro. Também não ocorreria o vilipêndio a cadáver, tipificado no art. 212 do Código Penal, em virtude do fato de não saber o agente que ali já se encontrava um cadáver, pois que desconhecia a morte da vítima”.
> estupro consumado + lesão corporal grave consumada = estupro qualificado consumado
>estupro consumado + lesão corporal tentada = estupro qualificado tentado.
>estupro tentado + lesão corporal consumada = estupro qualificado consumado
>estupro tentado + lesão corporal tentada = estupro qualificado tentado
Morte 
>estupro consumado + morte consumada= estupro qualificado consumado
>estupro consumado + morte tentada = estupro qualificado tentada Sum STF 610
>estupro tentado + lesão corporal grave consumada = estupro qualificado consumado sum STF 610.
>estupro tentado + lesão corporal grave tentada = estupro qualificado tentado.
Estupro de pessoa Prostituída 
Como o objeto juridicamente protegido desse tipo é a LiberdadeSexual, a autodeterminação das pessoas no exercício de sua sexualidade, a livre disposição do próprio corpo no aspecto sexual, admite-se perfeitamente o estupro de prostituta. Assim observa-se : ESTUPRO. CONDUTA DA VITIMA. NO CRIME DE ESTUPRO NAO SE PERQUIRE SOBRE A CONDUTA OU HONESTIDADE PREGRESSA DA OFENDIDA, PODENDO DELE SER SUJEITO PASSIVO ATE MESMO A MAIS DESBRAGADAPROSTITUTA. 
A INEXISTÊNCIA DE LESOES SE EXPLICA PELO FATO DE A VIOLÊNCIA TER SIDO MORAL, ATRAVÉS DA GRAVE AMEACA. RESUMO) (Apelação Crime Nº 692004500, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS,Relator: Nilo Wolff, Julgado em 01/07/1992)(TJ-RS - ACR: 692004500 RS , Relator: Nilo Wolff, Data de Julgamento: 01/07/1992, Segunda Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia)ESTUPRO. 
AUTO DE EXAME DE CORPO DE DELITO. VALOR. EM SE TRATANDO DE VITIMA PROSTITUTA, DE ONDE SE PRESUME A FREQÜÊNCIA NAS RELAÇÕES SEXUAIS, INEXIGE-SE A PRESENÇA DE LESOES GENITAIS PARA A COMPROVAÇÃO DO DELITO DE ESTUPRO. PALAVRA DA VITIMA. VALOR. O FATO DE A VITIMA SER PROSTITUTA EM NADA INVALIDA AS DECLARAÇÕES PRESTADAS, QUANDO VERIFICADO QUE ESTAS SE APRESENTAM EM PLENA CONSONÂNCIA COM TODO OCONJUNTO PROBATÓRIO. PROVA SUFICIENTE. CONDENAÇÃO MANTIDA. (Apelação Crime Nº 696106400, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Egon Wilde, Julgado em 16/10/1996)
Estupro entre cônjuges 
O estupro da mulher casada, praticado pelo marido, não se confunde com a exigência do cumprimento do débito conjugal; este é previsto inclusive no rol dos deveres matrimoniais, se encontra inserido no conteúdo da coabitação, e significa a possibilidade do casal que se encontra sob o mesmo teto praticar relações sexuais, porém não autoriza o marido ao uso da força para obter relações sexuais com sua esposa. A violência sexual na vida conjugal resulta na violação da integridade física e psíquica e ao direito ao próprio corpo. A possibilidade de reparação constitui para o cônjuge virago uma compensação pelo sofrimento que lhe foi causado.
Estupro de Vitima que não aparenta ser menor 
O dolo, prescrito no art. 18, pode ser caracterizado como direto, simplesmente pelo fato do agente ter a ciência da idade tenra da vitima.Também pode ocorrer o dolo eventual, uma vez que sem ter a certeza da idade da vitima, mesmo com seu aspecto físico ressaltando sua idade tenra, o autor assume o risco da conduta.Assim, o dolo inclui a ciência ou o risco assumido do sujeito passivo ser menor de 14 anos, podendo, então, haver erro quanto ao elemento do tipo, pois assim exemplifica ALESSANDRA PEDRO GRECO:
Se, por exemplo, o menor aparenta idade superior a legal. Situação peculiar é a de o menor ter certidão errônea, de que consta ser menor de 14 anos, mas na verdade, por questões não incomuns no grande Brasil, ter idade mais adiantada. Constatada essa circunstância a hipótese é de atipicidade ou crime impossível, porque o que vale para a condenação é a realidade concreta e não documental.Sendo assim, pode-se caracterizar duas situações diversas: na primeira, o agente pratica a conduta delituosa mediante violência ou grave ameaça, fato este em que a conduta recairá no art.213 (estupro); e a segunda, onde o agente não a pratica mediante violência, nem sob grave ameaça, excluindo-se assim o dolo e a tipicidade da conduta delituosa.
Se, na hipótese concreta, o agente desconhecia qualquer uma dessas características constantes da infração penal em estudo, poderá ser alegado o erro de tipo, afastando-se o dolo e, conseqüentemente, a tipicidade do fato. Não é admissível a modalidade culposa, por ausência de disposição legal expressa nesse sentido.Portanto, as características pessoais da vitima, o fato de ser menor de idade, ou a dúvida da idade, são fatores determinantes para que o agente seja autuado no art. 217-A (estupro de vulnerável).
Natureza Jurídica do Consentimento (* base para pesquisa consultor jurídico online e Doutrina Rogerio Grecco)
Para estas hipóteses, imaginem-se duas famílias que têm uma amizade de longa data. Cada uma delas tem um filho do sexo oposto e, com o passar dos anos, os jovens decidiram iniciar um namoro consentido pelos pais. Ela tinha 12 anos e ele 17 anos. Devido às carícias progressivas naturais das relações afetivas de hoje e com o passar do tempo, iniciaram a vida sexual. Entretanto, ela tinha apenas 13 anos e ele já possuía a maioridade. Ela engravidou. Será que é correto ele ser punido com uma pena desproporcional, que chega a ser maior do que as penas aplicadas aos crimes de furto, roubo e homicídio simples por uma relação sexual consentida, pelo simples fato de ser o autor menor de 14 anos? Claro que não.
Este também é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça.
RECURSO ESPECIAL. ESTUPRO. VIOLÊNCIA PRESUMIDA. PRESUNÇÃO RELATIVA.SITUAÇÃO CONCRETA A AFASTAR A HIPÓTESE DELITIVA. RELACIONAMENTO ENTRE JOVENS IMPÚBERES. ATINGIMENTO DA MAIORIDADE. MANUTENÇÃO DO RELACIONAMENTO AMOROSO.
Em recente decisão da Sexta Turma (HC 88.664/GO), restou afirmado que a violência presumida prevista no núcleo do art. 224, “a”, do Código Penal, deve ser relativizada conforme a situação do caso concreto, cedendo espaço, portanto, a situações da vida das pessoas que afastam a existência da violência do ato consensual quando decorrente de mera relação afetivo-sexual.No caso dos autos, não se era de esperar que, iniciado o relacionamento entre jovens impúberes, e adquirida a maioridade por um deles, as relações sexuais, a partir daí, passassem a configurar a violência presumida só porque prevista a conduta na norma incriminadora.
Recurso especial do ministério público desprovido para manter a absolvição do Recorrido.(REsp 430.615/MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 27/10/2009, DJe 01/02/2010)
Neste contexto do exemplo acima mencionado, é importantíssimo algumas ponderações.
Caso um pai se recuse a assumir a paternidade do filho com medo de ser preso pela prática do crime de estupro de vulnerável, ensejaria o choque de duas normas. Em matéria de investigação de paternidade, ocorreria à aplicação da Súmula 301 do STJ: "Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade”Ocorre que a atual ordem jurídica constitucional, em esfera penal, consagra o direito de qualquer acusado não produzir provas contra si mesmo, assim como o Pacto de São José da Costa Rica, também conhecido como Convenção Americana de Direitos Humanos, do qual o Brasil é signatário, que, em seu artigo 8º, inciso 2, alínea 'g',[v] também dispõe sobre a possibilidade de não se produzir provas contra si mesmo.Para o Direito de Família presume-se que ele é o pai. Se ele é o pai presumido, consequentemente ele é o culpado do crime de estupro de vulnerável. É obvio que este tipo de prova não deveria ser aceito no Direito Penal.
Nota-se, portanto, um certo choque da norma penal com o direito de família e, concomitantemente, o tamanho do problema que a imposição de vulnerabilidade acarretaria ao agente, pois não adiantaria o pai da criança casar com a menor grávida, como forma de extinção da punibilidade, já que a Lei n. 11.106 de 28 de março de 2005, revogou o inciso VII, do artigo 107, do Código Penal.
11/03/2015
ART. 215 - Violação Mediante Fraude (Estelionato sexual)
Breve Resumo do Art 215 CP
A lei 12.015/2009 unificou os crimes de posse sexual e atentado ao pudor mediante fraude, passando da mesma forma do
estupro, a abranger o emprego de fraude para manter conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso com a vítima. – Crime Único –
Emprego de fraude ou qualquer outro meioque impeça ou dificulte a livre manifestação da vítima – não há violência ou grave ameaça – Fraude é qualquer meio iludente, podendo criar situação e engano na vítima para que ela seja levada ao ato sexual.
Exemplos: Médicos que mentem para vítima a necessidade de exame ginecológico; Pessoas que se dizem “pais de santo” ou parapsicólogos e convencem a vítima a tirar a roupa e se submeter a apalpações; irmão gêmeo que passa pelo outro para realizar atos sexuais com a namorada deste, etc.
Não há crime quando o agente diz reiteradamente a vitima que a ama só para que esta concorde em manter relacionamento sexual, e depois a abandona.
O tipo penal não exige que a vítima anua o ato sexual, pois pode ocorrer fatos que o cenário iludente montado pelo agente impeça que a vítima perceba a realização do ato. Ex: médico que durante o exame ginecológico em mulher que esta com a visão encoberta encosta o pênis em suas partes íntimas.
Sujeito ativo e passivo/consumação e tentativa/causas de aumento de pena/ ação penal/ segredo de justiça – idem ao Estupro.
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
A nova redação do artigo 215, nominada de violação sexual mediante fraude, unificou as antigas figuras da posse sexual mediante fraude e atentado ao pudor mediante fraude, a exemplo do que ocorreu com o estupro e o atentado violento ao pudor.
Passou-se a ter exclusivamente a figura do artigo 215, que abarca a prática de conjunção carnal ou a prática de ato libidinoso diverso contra homens ou mulheres, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
Inicialmente, destaca-se que o sujeito ativo e passivo da aludida infração penal pode ser homem e mulher, indistintamente.
Ademais, a conduta destinada a violar a liberdade sexual da vítima é a fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre sua manifestação de vontade.
Quanto á fraude, não há inovações, tratando-se de conduta que ludibrie, iluda, submeta a vítima ou a mantenha em erro, possibilitando a obtenção de conjunção carnal ou outro ato libidinoso. Exemplo que se tem visto é a prática de simulações por médico no sentido de sugestionar estarexaminando o(a) paciente para obter aludidos atos libidinosos. Ou mesmo rituais de cura fraudulentamente praticados com o mesmo fim.
Atinente à prática pelo agente de outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade, evidentemente, não poderá ser a violencia ou grave ameaça, sob pena de se caracterizar estupro. Cogita-se de o agente ter amarrado a vítima para a prática dos atos libidinosos, sem, contudo, caracterizar vias de fato. 
Exemplo mais factível diz respeito à chantagem de alguém para obter o ato libidinoso com a vítima. Atentar para que não se configure a hipótese prevista no novel parágrafo 1o do artigo 217, que preve o tipo penal de estupro contra vulnerável, isto é, quando a vítima, além das demais hipóteses lá elencadas (vítima menor de 14 anos, pessoa que, por enfermidade ou deficiencia mental, não tiver o necessário discernimento para a prática do ato), por qualquer outra causa, não possa oferecer resistencia. Se a vítima, por exemplo, estiver absolutamente embriagada, absolutamente narcotizada, dormindo, em estados de inconsciencia, elevada senilidade, deficiencia física que a incapacite de resistir, etc., teremos estupro contra vulnerável. No artigo 217, a conduta de impedir a livre manifestação de vontade da vítima deve ser realizada a exemplo da fraude. 
Por outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima pode-se entender, ainda, as hipóteses de semi-imputabilidade. Por exemplo: a vítima encontrar-se em condição de pouca embriaguez, pouca narcotização, desde que tenha dificultada a livre manifestação de vontade.
O namoro ou noivado prolongado, com promessa de casamento, não caracterizam a fraude. A simulação de casamento, com a encenação totalmente artificiosa, com o fito de obter o ato libidinoso, evidentemente caracteriza a fraude.
A tentativa é perfeitamente cabível, desde que ocorra a fraude ou outro meio e circunstancia alheia impeça o agente de obter o ato libidinoso desejado.
Consentimento Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
	
SUJEITOS DO CRIME 
	Sujeito ativo – na modalidade “ter conjunção carnal”, o delito é próprio, somente pode ser praticado pelo homem. Na segunda modalidade, qualquer pessoa pode ser autora do crime.
	Sujeito passivo – Na primeira modalidade é a mulher. Na segunda modalidade é qualquer pessoa.
OBJETO JURIDICO
 (Bem Jurídico Tutelado) / Objetividade Jurídica – a liberdade sexual
OBJETO MATERIAL
 Pessoa sob a qual recaíra a conduta do sujeito ativo.
ELEMENTOS OBJETIVOS 
	a- Ter
	b- Conjunção Carnal - Introdução do Pênis na vagina 
	c- praticar - Executar
	d- alguém - Seres humanos, não distingue homem ou mulher
	e- fraude - é o ardio, o artificio usado para cometer o ato.
	f- outro meio - a vítima mediante erro (era pra cometer o ato com o marido e a esposa confundiu), ou via chantagem .
	g- Ato libidinoso diverso
	5.1 Elemento subjetivo – somente pode ser praticado dolosamente.
MEIOS DE EXECUÇÃO
	Emprego de Fraude: Ex Líder religioso induz a vítima a praticar a conjunção carnal ou ato libidinoso diverso a praticar o ato. Se for obrigar a vitima será Art 213 ou 217-A.
TIPO PENAL MISTO	
Verbos praticados no mesmo contexto fático- Porque ele prevê mais de uma forma de praticar a conduta. 2 - verbos Ter e Praticar, 2 modos de execução - fraude e outro meio diverso, crime plurissubsistente, pode ser fracionada e dividida em vários atos . Mesma Fraude com outro meio - Crime Unico 
Verbos praticados em contesto fático distintos - Mesma Fraude com pessoas diferentes- Concurso de Crime
ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO 
Dolo, o sujeito ativo tem que obter o consentimento da vitima criando previamente esse consentimento de forma dolosa essa fraude ou outro meio qualquer, isso antes do consentimento. Segundo Nucci e Capez , eles dizem ter dolo subjetivo de tendência .
QUESTÃO DE PROVA Elemento Subjetivo de Tendência - é aquela finalidade ou intenção que é essencial a realização da conduta, sem o qual q conduta não poderá ser praticada. Nos delitos sexuais, é indissociável, da conduta a finalidade ou intenção de satisfação da lascívia ou apetite sexual. Logo, os professores Nucci e Capez afirmam que nos delitos sexuais a o elemento subjetivo de tendência a satisfação sexual. Em resumo é aquela finalidade que segue a conduta típica sem o qual a conduta típica não pode ser realizada.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
Comum, Material, Forma Livre, Comissiva (regra) ou comissivo por omissão imprópria (Art 13 S2 CP), instantâneo, unissubjetivo (aquele crime que pode ser praticado por uma única pessoa, podendo eventualmente haver o concurso de pessoas), plurissubsistente (crime cuja a conduta típica se divide em vários atos).
Art 216-A Assedio Sexual ( Lei 10224/01)
Condutas típicas. O crime de assédio sexual foi introduzido no Código Penal pela Lei n. 10.224/2001 e, em virtude de sua redação ambígua, tem causado grandes controvérsias a respeito de sua tipificação e extensão. Além disso, as dificuldades em torno da prova tornaram raríssimas as condenações por este tipo de delito.
A primeira questão consiste em descobrir qual significado o legislador quis dar à palavra “constranger”, que é o núcleo do tipo. Este verbo normalmente é empregado em nossa legislação como transitivo direto e indireto, aplicando-se, portanto, a situações em quealguém é coagido, obrigado a fazer ou não fazer algo, como ocorre nos crimes de estupro, e constrangimento ilegal.Acontece que no crime de assédio sexual a lei não descreveu nenhum complemento, mencionando apenas a conduta de “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual...”.
Fica, pois, a indagacão: constranger a que?
Como não há resposta para essa pergunta, é foroso concluir que o legislador empregou a palavra “constranger” com outro sentido, ou seja, como verbo transitivo direto em que significa incomodar, importunar, embaraçar.
A solução deve efetivamente ser essa, considerando-se o próprio significado da palavra “assédio” que dá nome ao delito: “importunar, molestar, com perguntas ou pretensões”. Não basta, entretanto, que o patrão conte uma anedota que faça a funcionária ficar envergonhada, uma vez que, nesse caso, não há propriamente assédio sexual.Também não configuram o delito os simples elogios ou gracejos eventuais e, tampouco, um convite para jantar, já que isso não é algo constrange- dor. É claro, entretanto, que haverá crime se houver recusa da funcionária e o chefe começar a importuná-la com reiteradas investidas.
Na realidade, o crime de assédio sexual pode ser visto, em ter- mos comparativos, como se fosse a contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor (art. 61 da LCP) agravada pelo fato de ser cometido por alguém que se prevalece da sua superioridade hierárquica ou da ascendencia inerente ao cargo.
Como a lei não esclarece os meios de execução, todos devem ser admitidos (crime de ação livre), como, por exemplo, atos, gestos, palavras, escritos etc.Assim, é claro que pode existir crime na conduta de pedir uma massagem à secretária, de trocar de roupa em sua presença, de apalpar-lhe as nádegas ou passar-lhe as mãos nos cabelos, de pedirpara ela experimentar um biquíni, de convidá-la para encontro em motel, de propor-lhe sexo para que seja promovida, para que não seja transferida, para que receba aumento etc. Lembre-se, porém, que é sempre necessário para a configuração do crime que o agente tenha se aproveitado do seu cargo.
Sujeito ativo. Pode ser homem ou mulher. O delito pode envolver pessoa do sexo oposto ou do mesmo sexo.
É necessário que o agente importune a vítima prevalecendo-se de sua superioridade hierárquica ou ascendencia inerente ao exercício de emprego (relação laboral privada), cargo ou função (relação laboral pública). Na hipótese de hierarquia existe um superior e um subalterno, o que não ocorre na hipótese de ascendencia em que o agente apenas goza de prestígio, influencia em relação à vítima (exs.: desembargador em relação a juiz; professor de faculdade em relação a aluno).
Veja-se que uma conduta que constitua crime quando pratica- da pelo superior não o tipificará se realizada pelo subalterno contra seu chefe.
Em razão do veto presidencial ao parágrafo único do art. 216-A, somente o assédio laboral constitui crime, sendo atípico o assédio proveniente de relações domésticas, de coabitação e de hospitalidade, ou aquele proveniente de abuso de dever inerente a ofício ou ministério.
Sujeito passivo. Qualquer pessoa, homem ou mulher, que seja subordinado ao agente ou que esteja sob sua influência.O sujeito ativo pode ser homem ou mulher, inclusive do mesmo sexo da vítima. Além disso, exige-se uma elementar referente à superioridadehierárquica ou ascendencia funcional do sujeito ativo com relação ao sujeito passivo. Por isso, trata-se de crime próprio, diverso dos crimes comuns ou de mão própria. Ademais, a superioridade hierárquica ou ascendencia funcional do sujeito ativo com relação à vítima deve decorrer de um vínculo laboral ou funcional entre ambos, isto é, relação de emprego (setor privado), cargo ou função (setor público).
Elemento subjetivo. O crime só existe se o sujeito age com intenção de obter vantagem ou favorecimento sexual (conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso).
Trata-se de crime formal. Na há necessidade de que ocorra a prática dos atos libidinosos com vítima. Basta constranger com o fim de obter vantagem ou favorecimento sexual. A obtenção do resultado é o mero exaurimento.
Consuma-se com a prática dos atos constrangedores destinados a obter vantagem ou favorecimento sexual, independentemente da obtenção do resultado no mundo naturalístico. Admite-se a tentativa, embora de difícil configuração. Ex.: na forma escrita, quando o recado não chega à vítima.
Consumação. É fácil concluir pela redação do dispositivo que se trata de crime formal cuja consumação ocorre no exato instante em que o agente importuna a vítima, independentemente de obter a vantagem ou favorecimento sexual visados.
Tentativa. É possível, por exemplo, na forma escrita (bilhete que se extravia).
Causas de aumento de pena. De acordo com o § 2o do art. 216-A, a pena é aumentada de um terço se a vítima do assédio é me- nor de dezoito anos. Esse dispositivo foi introduzido no Código Penal pela Lei n. 12.015/2009. Interessante notar que não existe e nunca existiu o § 1o.
Aplicam-se ao crime de assédio sexual as causas de aumento de pena do art. 226 do Código Penal, exceto a hipótese do art. 226, II, que prevê aumento de metade da pena se o agente for empregador da vítima, na medida em que constituiria bis in idem.
Ação penal. Nos termos do art. 225 do Código Penal, a ação penal é pública condicionada à representação, exceto se a vítima for menor de dezoito anos, hipótese em que será pública incondicionada.
Segredo de justiça. Nos termos do art. 234-B do Código Penal, os processos que apuram esta modalidade de infração penal correm em segredo de justiça.
Distinção entre assedio sexual e moral 
	Assedio Sexual: Constrangimento visa vantagem ou favorecimento sexual.
	Assedio Moral: Conduta visa humilhar, constranger moralmente, criar situação vexatória.ASSÉDIO MORAL: não é abrangido nesta figura típica. Ocorre quando o agente procura humilhar, constranger moralmente a vítima, colocá-la em situação vexatória, depreciativa. Nestes casos, pode-se buscar enquadramento em outros tipos penais (arts. 146, 147 ou 140 do CP).
A vantagem ou o favorecimento sexual podem ser destinados ao próprio agente que constrange a vítima ou mesmo a terceiros. Neste caso, deve-se observar se houve concurso de agentes ou não.
Objeto jurídico (bem jurídico tutelado) protege-se, além da liberdade sexual, a honra e a dignidade sexuais da vítima e a dignidade das relações trabalhistas ou funcionais.
ART. 217 – A = ESTUPRO DE VULNERÁVEL 
Introduzido pela Lei 12.015/2009
Vulneráveis:
a) menores de 14 anos;
b) doentes mentais ou pessoas portadoras de enfermidade que não tenham necessário discernimento da pratica do ato – necessidade de perícia médica para constatação de que o problema retira por completo o discernimento para o ato sexual.
c) Pessoas que por qualquer outra causa, não possam oferecer resistência - embriagadas, hipnotizadas, em coma, anestesiadas, dopadas com medicamentos, etc
Crime Comum, se consuma com a pratica da condição carnal ou pratica do ato libidinoso diverso.
VALOR PROTEGIDO (OBJETIVIDADE JURÍDICA)
“A proteção penal volta-se à liberdade sexual e ao pleno (e livre) desenvolvimento das pessoas vulneráveis, ou seja, aqueles que, em face de alguma condição pessoal (transitória ou perene),“não dispõem de forças ou de compreensão para resistir a um ataque contra sua dignidade sexual.
Quanto aos menores de 14 anos, sustenta um setor doutrinário que a tutela penal também se dirige à defesa da candura, da inocência e da falta de maturidade mental no que se refere à própria sexualidade.”
O CONCEITO DE VULNERABILIDADE
O presente capítulo introduz na legislação criminal brasileira um novo conceito: a vítima vulnerável (ou seja, aquela que pode ser vulnerada, atacada; frágil).
Cuida-se de expressão que já se encontra em outrasleis penais, como é o caso do Código Penal espanhol, para o qual a pena do crime de “agressões sexuais” será agravada quando cometido contra vítima “especialmente vulnerável”[3].
De acordo com a nova legislação, entende-se por tal o menor de 14 anos (art. 217-A, caput), bem como as pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não têm o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não podem oferecer”
TIPO OBJETIVO
A conduta típica consiste em “ter conjunção carnal” ou “praticar outro ato libidinoso” contra pessoa vulnerável. No caput, o objeto material é a pessoa menor de 14 anos. Cuida-se de crime de forma livre, também chamado de onímodo, que admite, portanto, qualquer meio executório (inclusive“a fraude). Não importa, ademais, se houve ou não consentimento para a prática do ato sexual. Se o agente se utilizar de violência ou grave ameaça contra a vítima, deverá tal circunstância ser considerada na dosagem da pena.
O § 1º equipara a estupro de vulnerável o ato libidinoso praticado com doentes ou deficientes mentais que não têm discernimento sexual e com aqueles que, por qualquer causa, não podem oferecer resistência. Estes, portanto, estão inseridos no conceito de vulnerabilidade (vide item 2, supra).
É preciso lembrar que a equiparação mencionada, com respeito à incapacidade de oferecer resistência, não se confunde com o emprego, por parte do sujeito ativo, de “meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade do ofendido”. No primeiro caso, há estupro de vulnerável, no outro, violação sexual mediante fraude (art. 215, cuja pena é sensivelmente inferior).”
TIPO SUBJETIVO
O delito é punido exclusivamente na forma dolosa. Exige-se, destarte, a voluntariedade e a consciência, aí incluindo o conhecimento da condição de vulnerabilidade do ofendido. Conforme já se analisou (vide item 2, supra), o desconhecimento acerca desta condição torna atípica a conduta, por força do art. 20, caput, do CP.”
SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo - Em negrito Classificação Doutrinária 
O crime pode ser cometido por qualquer pessoa (crime comum). Caso o autor da conduta seja menor de 18 anos, embora penalmente inimputável, incorrerá em ato infracional“equiparado a delito hediondo, sujeitando-se a medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa afirmação revela o cuidado que se deve ter na interpretação do alcance dos tipos penais, com vistas à proteção do valor fundamental (tipicidade material), já que a prática de atos libidinosos, como carícias íntimas, entre jovens de idades próximas (por exemplo, ambos com 13 anos), não pode significar a realização de um ato capaz de sujeitá-los a um processo perante o juízo da infância e da juventude, com ameaça de aplicação de medidas socioeducativas.Forma Livre, Comissiva, Excepcionalmente pode ocorrer comissivo por omissão ou omissivo impróprio (pelo garantidor), Instantâneo ( pois a consumação acontece no momento certo e determinado, não se pronlonga com o tempo), unissubjetivo (pode ser praticado por uma pessoa) mas comporta o concurso de pessoas, se houver o concurso de pessoas ele será concurso eventual, plurissubsistente e também unissubsistente.
Sujeito passivo
São vítimas vulneráveis: a) os menores de 14 anos; b) os doentes ou deficientes mentais que não tenham discernimento sexual; c) quem não tiver capacidade de resistência, por qualquer causa (vide o estudo sobre o“conceito de vulnerabilidade, acima).”
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação
A realização típica integral dá-se com a realização do ato libidinoso ou conjunção carnal Trata-se de crime de mera conduta, já que a norma não faz qualquer menção a resultado naturalístico. Se houver ato plurissubsistente a consumação só ocorre o ato se realizar por completo a conduta.
Tentativa
Admite-se a tentativa, desde que o agente dê início à execução de atos lascivos, mas seja impedido por circunstâncias alheias à sua vontade. Permite-se pois é um crime material e plurissubisistente 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA DO ART. 9º DA LEI N. 8.072/90
Encontra-se tacitamente revogada pela Lei n. 12.105/2009. De acordo com o art. 9º da Lei dos Crimes Hediondos, “as penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal”. Nota-se pela redação do dispositivo que o aumento encontrava-se estritamente vinculado ao art. 224 do CP, que foi expressamente revogado pela lei acima citada.
Nesse sentido, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: “Com a superveniência da Lei n. 12.015/2009 restou revogada a majorante prevista no art. 9º da Lei dos Crimes Hediondos, não sendo mais admissível a sua aplicação para os fatos posteriores à sua edição”
FORMAS QUALIFICADAS (§§ 3º E 4º)
Quando do ato sexual resultar lesão corporal de natureza grave, a pena será de reclusão, de dez a vinte anos e, se houver a morte, de doze a trinta anos.
Referidas figuras constituem crimes qualificados pelo resultado, motivo por que o evento qualificador (lesão grave ou óbito) pode ser proveniente de dolo ou culpa, nos termos do disposto no art. 19 do CP. A redação dos §§ 3º e 4º, que se limita a mencionar os eventos agravadores, favorece essa conclusão; afinal, onde a lei não distingue, não cumpre ao intérprete fazê-lo.
É de se perguntar, contudo, quid inde se do fato resulta lesão corporal leve? Acreditamos que há concurso formal entre o estupro de vulnerável e o crime do art. 129 do CP. A modalidade de crime sexual em estudo não contém a violência como elementar, de modo que não se pode falar em sua absorção pela figura típica do art. 217-A.
Solo (Conduta) + Culpa (resultado)- Entendimento Majoritário = Estupro Qualificado pelo Resultado
Solo (Conduta) + Dolo (resultado) - Entendimento Majoritário = Concurso de Crimes / Mas entendimento minoritário = Estupro Qualificado pelo resultado.
	9.1 Consumação e Tentativa de Estupro Qualificado pelo Resultado 
A- Estupro Consumado + Lesao grave ou morte consumada = Estupro de Vulnerável qualificado pelo resultado consumado art. 217A
B- Estupro tentado + Lesao grave tentada ou morte tentada = Estupro de vulnerável qualificado pelo resultado tentado
C- Estupro tentado + Lesao grave ou morte consumada (Sumula 610 STF)
D- Estupro Consumado + Lesao Corporal Grave ou Morte Tentada = Estupro de Vulnerável qualificado tentado.
AÇÃO PENAL
É pública incondicionada (art. 225, parágrafo único).”
HEDIONDEZ - (Questão de Prova)
O estupro de vítima vulnerável é crime hediondo, tendo em vista sua expressa inclusão no rol do art. 1º da Lei n. 8.072/90 (inciso VI), promovida pelo art. 4º da Lei n. 12.015/2009.”
ART. 218 – CORRUPÇÃO (SEXUAL) DE MENORES
 DISPOSITIVO LEGAL
Corrupção de menor, embora autores sustente que esse titulo de crimes foi revogado, onde o nome mais adequado seria "Mediação de menor e vulnerável para satisfação da lascívia de outrem"
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
VALOR PROTEGIDO (OBJETIVIDADE JURÍDICA)
A norma penal procura tutelar a livre formação da personalidade dos menores de 14 anos, protegendo sua inocência, candura e imaturidade sexual.
Cuida-se da salvaguarda do bem-estar sexual da pessoa menor de 14 anos, em atenção à sua tenra idade e ao seu desenvolvimento físico e psíquico.
ABOLITIO CRIMINIS
A norma incriminadora proibia o ato de corromper ou facilitar a corrupção sexual de“pessoas entre 14 e 18 anos, praticando com estas ou induzindo-as a praticar ou a presenciar “atos de libidinagem”.
De há muito a doutrina já questionava a subsistênciada tipificação de semelhante ato. Nucci disserta que “a corrupção de menores, nos termos do art. 218, na anterior redação do Código Penal, era antiquado e praticamente inadaptado à realidade.”
DENOMINAÇÃO DO CRIME
É de se estranhar tenha o legislador mantido o nomen iuris “corrupção de menor”, dada a substancial modificação operada na norma incriminadora.
O crime do art. 218, com sua atual redação, constitui, na verdade, forma especial de lenocínio.
“Com a mudança operada em 2009, a distinção entre os delitos tornou-se meramente formal, posto que diz respeito somente à idade do sujeito passivo.
Registre-se, outrossim, que o lenocínio contém forma qualificada, quando a vítima é maior de 14 anos mas menor de 18, ou quando o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda (§ 1º). A pena, nesse caso, é de reclusão, de dois a cinco anos (pena idêntica à da corrupção de menores!). Dessa forma, induzir pessoa menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem configura corrupção de menores (art. 218), mas fazê-lo contra pessoas maiores de 14 anos e menores de 18, lenocínio qualificado (art. 227, § 1º), sendo em ambos os casos cominada a mesma sanção.”
SUJEITOS DO CRIME
Sujeito ativo ou proxeneta ou lenão = Explora a dignidade sexual alheia (Homem ou Mulher)
Cuida-se de crime comum, o qual pode ser praticado por qualquer pessoa, menos por aquele com quem se realiza o ato libidinoso (este responderá por “estupro de vulnerável – art. 217-A). A ausência desse Sujeito seria o 218-A
Sujeito passivo
Somente pessoa que não completou 14 anos. Se a vítima for maior de 14, mas menor de 18 anos e pessoa determinada, há lenocínio qualificado (CP, art. 227, § 1º); se maior de 18 anos, lenocínio simples (CP, art. 227, caput).
Pessoa Determinada (Outrem) se for pessoa indeterminada crime art. 228 CP) Precisa ter sua satisfação por meio de um ato meramente contemplativo, um ato de cunho erótico, Ex StripTease. Caso o terceiro realize uma conjunção carnal, ou qualquer ato libidinoso diverso será 217-A.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação
O crime é material ou de resultado, motivo por que é necessário que a vítima seja efetivamente influenciada e se convença a realizar o ato libidinoso com terceiro. Não se exige, contudo, que da influência resulte na prática do ato tendente à satisfação do prazer sexual alheio. A realização do ato libidinoso configurará exaurimento. Não é necessário, ademais, que a pessoa com quem o contato sexual for estabelecido chegue à plena satisfação de sua libido; basta, repita-se, que se dê o ato de libidinagem entre este e a vítima.
Tentativa
O conatus é admissível, porquanto pode o agente procurar influenciar psicologicamente o menor, que, por circunstâncias alheias à vontade do autor,“não ceda às suas táticas suasivas.
CAUSAS DE AUMENTO
Aplicam-se as exasperantes do art. 226 do CP. Aquelas previstas no art. 234-A do Código (resultar gravidez ou contaminação de doença sexualmente transmissível), todavia, somente terão incidência se o agente tiver ciência sobre a possibilidade de sua ocorrência (por exemplo, sabendo que o tertius encontra-se acometido de doença sexualmente transmissível).
LEI N. 2.252/54
A Lei n. 12.015/2009 revogou expressamente a Lei n. 2.252, cujo art. 1º (também denominado “corrupção de menores”) descrevia o ato de corromper menores de 18 anos, com estes praticando crime ou contravenção, ou induzindo-os a cometê-los.
Não houve, contudo, abolitio criminis, porquanto o fato continua sendo tipificado penalmente. A norma incriminadora migrou para o art. 244-B do ECA (Lei n. 8.069/90), com idêntica redação: “Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la”. A pena, ademais, é a mesma (reclusão, de 1 a 4 anos), salvo quanto à multa (que não mais se comina – nesse“aspecto, trata-se de novatio legis in mellius).
O § 1o contém norma explicativa, revelando que “incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet”.
O § 2o do art. 244-B, por fim, criou nova causa de aumento de pena (no patamar de um terço), no caso de a infração cometida ou induzida configurar crime hediondo ou equiparado.
Destaque-se que, segundo entendimento corrente da jurisprudência, o delito em destaque tem natureza formal, isto é, dispensa-se prova da efetiva corrupção moral do menor, bastando comprovar-se que o agente praticou com ele infração penal ou o induziu a fazê-lo. Nesse sentido: “É assente neste Superior Tribunal de Justiça, bem como no Supremo Tribunal Federal, o entendimento no sentido de que o crime tipificado no art. 1º da revogada Lei n. 2.252/54, atual art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, é formal, ou seja, a sua caracterização independe de prova da efetiva e posterior corrupção do menor.
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
Crime Comum, Material (se consuma com o ato a pratica do ato libidinoso satisfazendo por terceiro, se o terceiro não se satisfazer o mesmo também se consuma) , Forma livre, Instantâneo, Comissivo (regra), ou comissivo por omissão ou omissivo impróprio (Exceção), unissubjetivo, plurissubsistente ou unissubsistente.
218-A SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE (ART. 218-A)
Essa figura é inédita no Código Penal.
“Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer a lascívia de outrem.”
Para a configuração do crime, o agente deve praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso na presença do menor de 14 anos, com a finalidade de satisfazer a lascívia de outrem. A presença do menor no ato sexual é motivo de prazer para um terceiro.
O menor não pratica nenhum ato sexual, mas apenas assiste essas práticas. “Lascívia” é a sensualidade, luxúria, concupiscência.
Busca-se punir a conduta da pessoa sexualmente desequilibrada, cuja satisfação da lascívia advém da presença de menor de 14 anos durante a prática do ato libidinoso isolado ou em conjunto com outrem.
O agente do crime não tem qualquer contato físico com o menor de 14 anos nem o obriga a se despir ou a adotar qualquer conduta sexualmente atrativa, pois se assim fizesse estaria cometendo estupro de vulnerável.
O núcleo do tipo prevê a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso, destinado ao prazer sexual, para satisfação de lascívia própria ou de terceiro.
O menor de 14 anos a tudo assiste. O tipo penal menciona o termo presença e o verbo presenciar, dando margem a interpretação de que o menor deveria estar fisicamente no local onde o ato sexual se desenvolve.
Não deveria ser assim, pois a evolução tecnológica já propicia a presença – estar em determinado lugar ao mesmo tempo em que algo ocorre – por meio de aparelho apropriado (web Can). Logo, o menor pode a tudo assistir ou presenciar através de TV ou monitores.
A conduta do agente pode consistir em praticar o ato sexual na presença do menor ou simplesmente induzir (dar a idéia) o menor a presenciar o ato de terceiro. O menor não precisa ter consciência da libidinosidade do ato praticado
Nessa última medida, por cautela, deveria o legislador ter inserido os verbos instigar e auxiliar. Porém, se algum deles se configurar, torna-se viável inserir o autor como partícipe do ato sexual de qualquer modo.
Objetividade Jurídica – é a dignidade sexual e o desenvolvimento sexual normal da vítima.
Sujeito Ativo e passivo. Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime. Sujeito passivo é o menor vulnerável.
218-B FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE VULNERÁVEL (ART. 218-B)
“Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiênciamental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone.”
Pena: Reclusão de 4 a 10 anos.
EXPLORAÇÃO SEXUAL é expressão nova na legislação penal que significa tirar proveito ou enganar alguém para lucrar.
Cuida-se de modalidade especial de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, que tem por vítima a pessoa vulnerável. A vulnerabilidade pode ser relativa ou absoluta, conforme exposto no art. 217-A.
Menores de 18 anos e maiores de 14 vulnerabilidade relativa. Menores de 14 anos,vulnerabilidade absoluta.
Se a vítima tem menos de 14 anos, o crime poderá ser o de estupro de pessoa vulnerável (art. 217-A).
Quanto ao relacionamento sexual do vulnerável, está vedado quando a pessoa tiver menos de 14 anos (estupro de vulnerável), porém somente está proibido para os que possuem menos de 18 anos quando envolver prostituição ou outra forma de exploração sexual.
As pessoas enfermas ou deficientes mentais também se submetem à análise da vulnerabilidade relativa ou absoluta:
1) enfermos e deficientes que não têm a menor compreensão e discernimento em relação ao ato sexual, a vulnerabilidade é absoluta (estupro de vulnerável).
2) enfermos e deficientes que têm relativa compreensão e discernimento em relação ao ato sexual, a vulnerabilidade é relativa. Pode configurar-se o crime do art. 215, se não houver pagamento pelo ato, ou o art. 218-B, quando no cenário da prostituição.
Nucci entende que a vulnerabilidade relativa deve inserir, dependendo do caso, os menores com idade entre 12 e 13 anos.
Na modalidade “submeter”, a vítima é subjugada pelo agente, sujeitando-se à prostituição ou a outra forma de exploração sexual (Exs: pornografia, turismo sexual, etc.).
“Induzir’ é semear na mente da vítima a idéia de prostituir-se. “Atrair” é chamar a atenção da vítima para essa atividade, concedendo-lhe alguma vantagem como presentes, viagens, etc.
Na modalidade “facilitação”, o agente pode proporcionar meios para o exercício da prostituição (carro, apartamento, roupas), ou mesmo conseguindo clientes para a vítima.Neste caso a vítima já vive na prostituição.
Pode ainda o crime ser cometido quando o agente impede ou dificulta a vítima de abandonar a prostituição. A vítima se encontra no exercício da atividade, sendo impedida pelo agente de abandoná-la ou quando o agente dificulta o abandono.
A vítima com doença mental ou com deficiência mental se deixa explorar sexualmente, sem que ninguém mantenha com ela conjunção carnal ou ato libidinoso. Por exemplo: tirar fotos eróticas, trabalhar em casa de prostituição, em casa de disque-sexo, etc.
Se ocorrer ato sexual poderá ocorrer o crime do art. 217-A (estupro de vulnerável).
O tipo é misto alternativo: a prática de uma só conduta configura o crime. Porém, a prática de mais de um verbo mantém o crime único.
A prostituição e a exploração sexual são elementos normativos do tipo, implicando em exercício do comércio do sexo ou sexo obtido mediante engodo.
Portanto, deve existir prova de habitualidade, ou seja, de que o comércio sexual instalou-se na vida da vítima, ainda que por breve tempo.
Se uma pessoa realizou ato sexual uma única vez mediante paga não há prostituição porque não existe habitualidade.
§2º: Incorre nas mesmas penas quem:
I- pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18anos e maior de 14 anos na situação descrita no caput do artigo 218-B.
II- o proprietário, gerente ou responsável pelo local (hotel, motel, boate, danceteria, etc.) em que se verifiquem as práticas referidas no caput do artigo 218-B.
Ler §3º do artigo em estudo.
Objetividade Jurídica – a dignidade sexual, no que concerne a moralidade sexual e o desenvolvimento sexual.
Sujeito Ativo – qualquer pessoa.
Sujeito passivo – é a pessoa vulnerável.
Consumação – Ocorre com a realização da conduta descrita no núcleo do tipo penal.
AV2
AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
ART 225
Como regra geral estabelece o legislador que a ação penal nos crimes sexuais é Ação Penal Publica Condicionada a representação da Vítima. Nesse caso, a representação é só da vítima e não do representante legal , pois em se tratando do menor de 18 anos ou pessoa vulnerável a Ação é Publica Incondicionada.
Estupro Qualificado pela lesão corporal grave ou morte, Qual ação penal irá regir?
Lesão corporal Grave e Morte: Crimes de Ação Penal Publica Incondicionada 
E se o estupro se aplicar a ação penal pública condicionada ?
Posicionamentos 
Ação Pública Incondicionada P.R.G(ADI4301), Rogerio Grecco, etc. Argumentos Aplicação da Súmula 608 ST, Aplicação do Art 101 do CP
Ação Pública Condicionada a representação Capez, LFG Etc.. Argumentos: inaplicabilidade da sum 680 STF, Inaplicabilidade do art 101 CP, tendencia publicista do direito de não chegar ao extremo de ignorar interesse da vítima de não ver a sua intimidade exporta.
Causas de Aumento de Pena: Art 226CP
Concurso de 2 ou mais pessoas, aumenta a pena da 4 parte .
Se praticado por ascendente, descendente, padrasto, madrasto, irmão cônjuge, companheiro, tutor, curador, ou empregador, da vítima ou por outro título possui autoridade aumenta em metade.
Art 227 LENOCÍNIO E TRAFICO DE PESSOA PARA O FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA PESSOA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL ( Crime da Novela Babilônia)
Figura muito próxima do 218. (CUIDADO PARA NAO CONFUNDIR)
Para alguns o Lenocínio divide-se em Principal, no qual o agente induz a vítima a satisfazer de outrem ou a leva efetivamente a prostituir-se e Acessório , em que o agente encontrando a vítima corrompida ou prostituída, apenas facilita ou explora a concreção dos atos libidinosos. 
Classificação Doutrinária 
Material/ Formal/ Livre/ Instantâneo/ Comissivo (REGRA) ou omissivo impróprio/ Comissivo por omissão ( EXCEÇÃO Art 13§2 CP) Unissubjetivo, Plurissubsistente.
Bem jurídico: Além da liberdade sexual, a sua integridade e autonomia sexual.
Conduta Típica / Núcleo do Tipo: INDUZIR
Elemento Normativo Alguém maior de 14 anos, lascívia de outrem.
Suj Ativo pode ser qualquer pessoa do sexo masculino ou feminina, podendo haver inclusive coautoria ou participação quando dois ou mais agentes contribuem para a ação delituosa ( Delito Comum) Lenão/ Cafetão / Procheneta.
Suj Passivo pode ser qualquer pessoa independente do sexo, uma vez que a norma não faz menção ã identidade daquele sobre quem recai a conduta podendo inclusive, ser pessoa já corrompida. Deve-se observar que nesse caso o delito é de difícil configuração, já que o núcleo do tipo é expresso pelo verbo induzir e não se pode induzir quem já se encontra inteiramente corrompido. Maior de 14 anos.
Consumação Consuma-se o delito quando a vítima vem efetivamente a praticar os atos libidinosos com o destinatário do lenocínio, independente de que este venha a alcançar "gozo genésico"
Tentativa "é admissível quando apesar de induzida, a vítima não chega a praticar o ato libidinoso, por circunstancias alheias a sua vontade. 
Beneficiado : Pessoa DETERMINADA com beneficiado . Caso seja induzimento ã satisfação da concupiscência de pessoas indeterminadas caracteriza o delito do Art 228. 
Ação Penal : Pública Incondicionada (Legislador, silenciou; não se aplica o 225 apenas aos cap I e II do título IV)
Suspensão Condicional do Processo: Caput Forma Básica, tipo básico
Pessoa Já prostituída : Capez; Leonardo Castro.
 Forma Qualificada : Ocorre nas hipóteses de lenocínio perpetrado contra a vítima maior de 14 anos de menor de 18 anos , ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação , de tratamento ou de guarda , se o delito é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude e, se há fim de lucro.
Artigo 228 – Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual
O tipo pune o agenteque convence, diretamente ou indiretamente, alguém a se prostituir.
A lei não pune quem contrata tais serviços. Nem quem prostitui-se.
Classificação Doutrinária : 
Comum, material, de forma livre , instantâneo (induzir, atrair, facilitar) ou permanente ( impedir dificultar), comissivo (regra) ou Comissivo por omissão, omissivo impróprio (garantidor) unissubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente.
Prostituição – comércio do próprio corpo de maneira habitual.
Exploração Sexual - fazer sexo por telefone, webcam, strip-tease.
Conduta Nucleares - induzir, atrair, facilitar, impedir, dificultar
Sujeito
Passivo - qualquer pessoa desde que tenha 18 anos ou mais.
Sujeito Ativo – qualquer pessoa.
Forma Qualificada – Artigo 228 § 1º - Se o agente for ascendente, descendente, cônjuge, companheiro, irmão, tutor, curador da vítima, ou a quem ela esteja confiada para fins de educação, tratamento ou guarda.
Consumação e Tentativa :
1- controvérsia, crime instantâneo ou permanente, 
Modalidades de induzir, atrair, e facilitar, bastante o agente pratique uma única condutas infração, não exigindo reiteração. 
2- Crime Habitual: para alguns autores na modalidade de submeter, induzir, atrair, e facilitar o crime só se consuma se a vítima passa a se dedicar com habitualidade à prostituição (Capez,Cleber Masson, Cézar Bittencourt) 
Para essa corrente se a vítima vier à se prostituir uma única vez, o crime permanecerá na esfera tentada.
Composta tentativa: Crime Instantâneo 
Modalidades de impedir ou dificultar, enquanto a vítima se sentir impedida ou dificultada de abandonar a prostituição, o crime estará em execução. Crime permanente .
Forma qualificada se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude - § 2º.
Ressalta-se que se resultar lesão, ainda que leve, o agente será responsabilizado por estes crimes.
Intuito de Lucro – aplica-se cumulativamente pena de multa. § 3º.
Ação penal – Pública Incondicionada.
Segredo de Justiça.
( Trabalho em grupo 7 pessoas Portal do aluno, entregue por email. Usar duas doutrinas no mínimo uma básica. )
Artigo 229 – Casa de Prostituição
O tipo abrange casas de prostituição, de massagens onde ocorra encontros com prostitutas em quartos, boates em que se faça programa com prostitutas.
Pune-se o dono do local, o gerente, empregados, etc.
Dispensa-se a intenção de lucro e a mediação direta do proprietário ou gerente na captação dos clientes.
Exige-se habitualidade, ou seja, o funcionamento reiterado do estabelecimento.
Sujeito Ativo – qualquer pessoa.
Sujeito Passivo - pessoas exploradas, assim como a sociedade que é vítima deste crime que tutela a moralidade.
Consumação – na habitualidade. 
Crime permanente. 
Tentativa – Impossível, por conta da habitualidade.
Objeto Jurídico/ Bem Jurídico = Moralidade Pública 
Objeto Material = Local 
Ação penal – Pública Incondicionada.
Segredo de Justiça.
Classificação Doutrinária : Comum, Formal, Forma livre, comissivo (regra) ou comissivo por omissão, omissivo impróprio, habitual, unissubjetivo, plurissubsistente.
Núcleo do tipo /ação nuclear/ conduta típica : Manter
Elemento subjetivo : elemento subjetivo é o dolo, não há modalidade culposa 
ALTERCAÇÃO: a alteração produzida pela lei 12015/09 substitui a antiga nomenclatura "casa de prostituição ou lugar destinado a encontros libidinosos" para estabelecimento em que ocorra a exploração sexual 
Concurso aparente de Normas - QUESTÃO DE PROVA
Há íntima relação entre os crimes dos arts. 228 (facilitação à exploração sexual) e 229 (casa de prostituição). Afinal, aquele que mantém o estabelecimento destinado ao “comércio carnal” fomenta a prostituição e atividades a ela assemelhadas. “O responsável pelo lupanário, todavia, não incorre nas duas infrações penais. Se assim fosse, dar-se-ia inegável bis in idem.
Prevalece, sem dúvida, o delito do art. 229 em relação ao do art. 228 do CP. A relação entre eles, parece-nos, desenvolve-se como a de um gênero (o 228) e sua espécie (o 229). Vale dizer que a casa de prostituição é especial em relação ao favorecimento, prevalecendo sobre este sempre que o incentivo ao meretrício se der mediante a manutenção do bordel.
Concurso de crimes entre 228 (favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual) e 229 ( casa de prostituição. Conflito Aparente de normas penais . Aplicação do principio da Consunção. não há concurso de crimes. Não ha concurso de crimes, pois o favorecimento à prostituição, constitui meio de execução para o artigo 229 CP.
QUESTÃO DE PROVA ** Observar Erro de Tipo em relação a alvará - se o local é mantida de forma habitual pra pratica de exploração sexual, o sujeito ativo estará no 229. Sendo que a autoridade desconhecia que o no local sabia de tais fatos, sendo assim será a típica.
ALVARA E CLT REGISTRADA NAO EXCLUI ILICITUDE 
Artigo 230 – Rufianismo
O rufião visa à obtenção de vantagem econômica reiterada em relação a prostituta ou prostitutas determinadas. Vulgo cafetão. Rufianismo indireto: Gigolô
Trata-se de crime habitual – reiteração de atos.
Situações Importantes.
1º Sujeito Ativo tira proveito direto dos lucros oriundos da prostituição alheia.
2º Sujeito Ativo não tenha participação direta, sobrevivendo às custas da prostituição alheia. 
Sujeito Ativo – qualquer pessoa.
Sujeito Passivo - Necessariamente pessoa que exerce a prostituição – homem ou mulher
Forma Qualificada – Artigo 230 § 1º - Se o agente for ascendente, padrasto, madrasra, enteado, cônjuge, companheiro, irmão, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou a quem ela esteja confiada para fins de educação, tratamento ou guarda.
Bem Jurídico, no dizer de Damásio de Jesus, constitui “a disciplina da vida sexual, de acordo com os bons costumes, a moralidade pública e a organização familiar”
Forma Qualificada – Artigo 230 § 1º - Se prostituta for maior de 14 e menor de 18.
Consumação – na habitualidade. 
Crime permanente. 
Tentativa – Impossível, por conta da habitualidade.
Classificação Doutrinária: Crime Comum, material, de forma livre, comissivo (regra) ou omissivo impróprio/comissivo por omissão (exceção), habitual, unissubjetivo, plurissubsistente, misto alternativo (Dias formas de ser praticado, 1 tirar proveito de forma direta, fazer-se sustentar pela profissao alheia).
Forma qualificada se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude - § 2º.
Ressalta-se que se resultar lesão, ainda que leve, o agente será responsabilizado por estes crimes.
Ação penal – Pública Incondicionada.
Segredo de Justiça.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE“É de se perguntar: é válida a incriminação do ato de usufruir, materialmente, dos ganhos obtidos com a prostituição voluntária de adultos? O meretrício não é ato ilícito, somente imoral. Por que razão não se pune aquele que lucra com a própria prostituição, mas somente o terceiro que toma parte dos proveitos, direta ou indiretamente? A resposta só pode ser uma: por razões morais. Se assim o é, não há por que deva o Direito Penal ser chamado a tutelar semelhante comportamento.”
Artigo 231-Tráfico Internacional de Pessoa para fim de Exploração Sexual 
Objetividade Jurídica: Evitar a facilitação à prostituição e o aliciamento ou compra de prsotitutas.
A lei pune quem realiza diretamente o tráfico, quem auxilia, e os eventuais intermediários. Também quem compra a pessoa traficada, assim como aqueles que cientes ajudam a transportá-la, transferi-la ou alojá-la. Por fim, aqueles que facilitam a entrada ou saída da prostituta do território nacional.
A anuência da vítima não desnatura o crime.
Sujeito Ativo – qualquer pessoa.
Sujeito Passivo - quem pretende exercer a prostituição – homem ou mulher.
Forma Qualificada – Artigo 231 § 2º, III - Se o agente for ascendente, padrasto, madrasra,enteado cônjuge, companheiro, irmão, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou

Continue navegando