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* PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA DO SUBSOLO Qualquer projeto de engenharia, por menor que seja, requer o conhecimento adequado das características e propriedades dos solos onde a obra irá ser implantada. Na prática, os depósitos de solo naturais não são homogêneos. Em alguns locais, a estratificação dos depósitos de solo pode variar muito dentro de curtas distâncias (15 a 30 m). As sondagens não só identificam o sub-solo mas também servem como referência para a escolha do tipo de fundação mais adequada à obra. * * * * * * * * * * * * * * * * FATORES INICIAIS A CONSIDERAR Condições geológicas da área a estudar; Condições físicas da área de estudo (acesso, drenagem, vegetação); Tipo de estrutura a ser suportada ou de obra a ser realizada no local. Informações sobre estruturas vizinhas que possam ser afetadas pela obra. * OBJETIVOS Determinação da profundidade e espessura de cada camada e sua extensão na direção horiozontal; Determinação da natureza do solo com sua descrição e indicação da compacidade/consistência; Profundidade da superfície da rocha e suas características; Informações sobre a ocorrência de água no solo – profundidade do lençol freático e suas variações; Obtenção de amostras para medir as propriedades de engenharia dos solos e das rochas. * ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO 1. Estudos de Reconhecimento; Abrangem investigações geológicas do local em estudo, levantamentos aerofotogramétricos, mapas, etc.. 2. Estudos para Anteprojeto Estudos realizados em locais definidos a partir da etapa anterior, permitem a escolha de soluções técnicas e o dimensionamento de estruturas de fundações. 3. Estudos para o Projeto Executivo 4. Investigação durante a construção * Estudos Preliminares e Planejamento O número de sondagens e a sua localização em planta dependem do tipo da estrutura, de suas características especiais e das condições geotécnicas do subsolo. O número de sondagens deve ser suficiente para fornecer um quadro, o melhor possível, da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo. * De acordo com o estabelecido na Norma NBR 8036 a investigação do subsolo deve ser feita através furos escolhidos e distribuídos na área em estudo, dependendo da área a ser ocupada pela construção, isto é, por sua projeção. Um furo para cada 200 m2 até 1200 m2; Um furo adicional para cada 400 m2 para área entre 1200 e 2400 m2 ; Acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. * Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser: a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m2; b) três para área entre 200 m2 e 400 m2. Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios, como nos estudos de viabilidade ou de escolha de local, o número de sondagens deve ser fixado de forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três sondagens. * Profundidade das sondagens A profundidade a ser explorada pelas sondagens de simples reconhecimento, para efeito do projeto geotécnico, é função do tipo de edifício, das características particulares de sua estrutura, de suas dimensões em planta, da forma da área carregada e das condições geotécnicas e topográficas locais. A experiência do engenheiro responsável pelos estudos é importante na análise da profundidade necessária aos mesmos. * A exploração deve ser levada a profundidades tais que incluam todas as camadas impróprias ou que sejam questionáveis como apoio de fundações, de tal forma que não venham a prejudicar a estabilidade e o comportamento estrutural ou funcional do edifício. As sondagens devem atingir a profundidade onde o solo não seja mais significativamente solicitado pelas cargas estruturais, fixando-se como critério aquela profundidade onde o acréscimo de pressão no solo, devida às cargas estruturais aplicadas, for menor do que 10% da pressão geostática efetiva. (NBR 8036) * As sondagens devem ser localizadas em planta e obedecer às seguintes regras gerais: a) na fase de estudos preliminares ou de planejamento do empreendimento, as sondagens devem ser igualmente distribuídas em toda a área; na fase de projeto podem-se localizar as sondagens de acordo com critério específico que leve em conta pormenores estruturais; b) quando o número de sondagens for superior a três, elas não devem ser distribuídas ao longo de um mesmo alinhamento. * MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO Métodos Indiretos: São aqueles em que a determinação das propriedades das camadas do subsolo é feita indiretamente pela medida de um parâmetro geofísico. Resistividade Elétrica; Método Sísmico. 2. Métodos Diretos: São aqueles que utilizam amostras dos materiais existentes no subsolo. * Métodos Diretos de Prospecção I. Manuais Poços; Trincheiras; Trado manual; II. Mecânicos Sondagem à percussão com lavagem; Sondagem rotativa; Sondagem especial com extração de amostras indeformadas. * POÇOS DE SONDAGEM Permitem o exame das camadas do subsolo ao longo de suas paredes, e a retirada de amostras deformadas ou indeformadas (blocos). A profundidade da investigação é limitada pela presença do nível d’água ou desmoronamento das paredes. Com diâmetro mínimo de 60 cm, permitem um exame visual das camadas do subsolo e de suas características, bem como a retirada de amostras indeformadas na forma de blocos. * Bloco de amostra indeformada * TRINCHEIRAS São valas escavadas manual ou mecanicamente. Permitem um exame visual e contínuo do subsolo, ao longo, por exemplo da seção de uma barragem ou de áreas de empréstimo. Permitem a coleta de amostras deformadas e indeformadas. Muito empregadas em escavações em taludes. * Poço e Trincheira de sondagem * SONDAGEM À TRADO Constituem o meio mais simples, rápido e econômico para as investigações preliminares do subsolo. Neste método a perfuração é executada manualmente com o auxílio de trados (tipo concha ou helicoidal). Por meio de sua execução pode-se obter a posição do nível d’água (NA) e coletar-se amostras para ensaios geotécnicos, bem como para estudos geológicos. Seu avanço é limitado pelo NA ou pelo excesso de resistência de solos contendo camadas de pedregulhos ou areias muito compactas. * TIPOS DE TRADOS PARA SONDAGENS * Uso do trado em sondagens. * Uso de trado motorizado * MÉTODOS MECÂNICOS DE SONDAGEM SONDAGEM À PERCUSSÃO COM LAVAGEM (SPT) BASEADO NA NORMA NBR 6484/2001 O ENSAIO TEM OS SEGUINTES OBJETIVOS: DETERMINAR OS TIPOS DE SOLOS EM SUAS RESPECTIVAS PROFUNDIDADES DE OCORRÊNCIA; DETERMINAR A POSIÇÃO DO NÍVEL D´ÁGUA; OBTER OS ÍNDICES DE RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO (NSPT) A CADA METRO DE PROFUNDIDADE. * SEQÜÊNCIA EXECUTIVA PARA O SPT Locação do furo com determinação de uma cota de referência (RN); Execução do furo, inicialmente com o trado, posteriormente por meio de lavagem à percussão; Ensaio de penetração, determinação do número N, com retirada de amostra; Determinação da posição do nível d’água; * EQUIPAMENTO SPT * * SONDAGEM À PERCUSSÃO: ESCAVAÇÃO E SPT * SPT – EXECUÇÃO DO FURO Exame táctil-visual do solo escavado * SPT – EXECUÇÃO DO FURO Exame táctil-visual do solo escavado * ESQUEMA DA CRAVAÇÃO DO AMOSTRADOR SPT * ESQUEMA DE REALIZAÇÃO DO ENSAIO SPT * RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO - NSPT Número de golpes para 30cm finais de penetração NSPT : Número de golpes necessários para cravar os últimos 30cm do amostrador no solo. * SPT – STANDARD PENETRATION TEST SISTEMA DE LEVANTAMENTO * SPT – Levantamento Manual do Martelo* SPT – Tipos de Martelos Martelo com gatilho disparador (Furnas Centrais Elétricas) * SPT – STANDARD PENETRATION TEST CABEÇA DE BATER TIPOS DE CABEÇA DE BATER * SPT – STANDARD PENETRATION TEST TRÉPANO PARA PERFURAÇÃO CABEÇA DE BATER E LUVA (CONEXÃO) * SPT – EXECUÇÃO DO FURO Amostrador bi-partido Amostrador desmontado Amostrador sendo enroscado na haste * RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO - NSPT NO de golpes * Perfil Individual de Sondagem à Percussão * APLICAÇÕES DO SPT Identificação do tipo de solo (compacidade e consistência) Previsão da capacidade de carga de fundações superficiais e profundas adm = k . NSPT Previsão de recalques de fundações rmáx = f(adm, B) Correlações com diversas propriedades dos solos * CORRELAÇÕES NA NORMA 6484/2001 * * SONDAGENS ROTATIVAS São empregadas na perfuração de rochas, matacões e solos de alta resistência. Tem como principal objetivo a obtenção de testemunhos (amostras de rochas) para identificação das descontinuidades do maciço rochoso, mas permite ainda a realização de ensaios “in situ”, como por exemplo o ensaio de perda d’água ou infiltração. * * Realização de Sondagem Rotativa * Detalhes da sonda rotativa e ponteiras de corte. * Tipos de ponteiras utilizadas em sondas rotativas. Amostras (testemunhos) Profa. Andrea Sell Dyminski * SONDAGENS ESPECIAIS Ensaio de Penetração de Cone Os ensaios de cone com medida de poropressão são utilizados para a determinação estratigráfica de perfis de solos, avaliação de propriedades dos materiais investigados e previsão da capacidade de carga de fundações. No Brasil sua metodologia é normatizada pela NBR 12069/91 - Solo - Ensaio de penetração de cone in situ (CPT). * PROCEDIMENTO O ensaio de cone é bastante simples, consistindo na cravação no terreno de uma ponteira cônica (60° de ápice) a uma velocidade constante de 20 mm/s. A seção transversal do cone é de 10 cm2 e a área da luva de atrito lateral é de 150 cm2. O equipamento de cravação possui uma estrutura de reação e um sistema de aplicação de carga. A penetração é obtida através do acionamento contínuo de hastes com comprimento de 1 m, mediante a operação de um pistão hidráulico. * Aspectos do Cone de Penetração * Profa. Andrea Sell Dyminski * REFERÊNCIAS NORMATIVAS NBR 8036 (1983) – Programação de sondagens de simples reconhecimento de solos para fundações de edifícios – Procedimento; NBR 6484 (2001) – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio; NBR 6502 (1995) – Terminologia de solos e Rochas; NBR 13441 (1995) – Rochas e solos – Simbologia.
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