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Mead - Psicologia Social

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS PINHEIROS MANHÃ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Resumo e análise crítica do capítulo 1 do livro 
Metodologias Qualitativas na Sociologia Moderna 
Nathalia Tainah Freitas da Cruz – RA D83786 9 / 2° Semestre
SÃO PAULO
2019
	No capítulo “Interação Simbólica”, escrito por Teresa Maria Frota Haguette, a autora introduz aspectos básicos para a compreensão da escola da interação simbólica. O nome interacionismo simbólico, foi dado por Herbert Blumer (1900 – 1987) em 1937, porém os princípios da teoria são calcados principalemente nos fundamentos de George Herbert Mead (1863-1931), entre outros pensadores clássicos da sociologia do final do séc. XVIIII. 
	As ideias de Mead, também denominadas “ Behaviorismo Social”, se opõem ao “Behaviorismo Radical” de Watson, ao considerar o ato social não apenas como concebido de algo externo observável, mas também de uma atividade “encoberta” do ato. Para Mead os humanos se diferenciam dos outros animais pois seu comportamento cooperativo social não é padronizado como o dos insetos, por exemplo. Os humanos, não apenas respondem à realidade, mas interpretam-na de modo a criar maneiras de lidar com a mesma. 
	Para o Interacionismo Simbólico, a grande chave é a interação social; a constituição da identidade do homem e do mundo, se dá a partir da interação com o outro e da maneira como este responde à suas ações. Uma vez estabelecidos os gestos simbólicos o homem age de modo a receber uma resposta previamente esperada, e assim as relações são construídas.
	Mead fala sobre o Self, um processo dinâmico de atuação no mundo, que se forma a partir da relação interdependente entre o Eu (referente aos impulsos) e o Mim (referente à resposta dos outros às “minhas” ações). Deste modo, o Self desenvolve a Mente através do cérebro, implicando em uma percepção seletiva da realidade. Estes fenômenos devem ser observados por métodos científicos de exploração e inspeção, ou seja, uma investigação naturalista sem simulações ou imagens pré concebidas, pois não se tratam de questões estáticas.
	Um ponto que mechamou a atenção é a afirmação de que é o processo social cria e mantém as regras e não o contrário. Se o Self é constituído pela interação social simbólica, a própria estrutura em si não comporta o caos, pois parte de significados estruturados, que levam consequentemente levam à formação de regras. 
	No geral, considero de suma importância o fato de que nossa percepção da realidade perpassa o outro e se constitui a partir desta interação, mas no meu ponto de vista, não são fatores que devem ser tomados como uma máxima isolada da subjetividade do indivíduo. Diferentemente de Mead e Blumer, penso que a subjetividade é algo intríseco ao homem. A meu ver, há tanta dificuldade em enxergar o outro e a si mesmo, pois o homem muitas vezes se perde em sua própria subjetividade e deixa de comunicar ou de interagir.

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