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Introdução
Dissonância Cognitiva
Para Festinger, a teoria da dissonância tem o seu embasamento nas formas de percepção da realidade bem como na maneira de inserção do indivíduo em um contexto no qual partilha opiniões e deve estar em equilíbrio, de forma a sentir-se bem socialmente, o que é possível tomando-se por base a relação entre discurso e ação, que têm que estar em equilíbrio, ou seja, em consonância.
Distorções cognitivas são formas imprecisas de pensar que podem te induzir a emoções negativas e comportamentos prejudiciais, é comum que as distorções nos levem a acreditar em coisas irrealistas.
De acordo com a teoria de dissonância cognitiva, existe uma tendência nos indivíduos de procurar uma coerência entre suas cognições, convicções, opiniões. Quando existe uma incoerência entre atitudes ou comportamentos (dissonância), algo precisa mudar para eliminar a dissonância. No caso de uma desigualdade entre pensamento e comportamento, é mais provável que o pensamento vai mudar para acomodar o comportamento.
Um exemplo clássico sobre dissonância cognitiva é o do fumante que é confrontado com a informação de que fumar (o comportamento que ele tem) faz mal à saúde (a cognição). Para reduzir a dissonância de cognição (entre o sentimento de vida e de estar prejudicando a própria vida), ele pode: *
Redução de Dissonância Cognitiva
A redução acontece quando justificamos nossas atitudes, visando diminuir nossas culpas, tentamos minimizar nossos conflitos pessoais usando de artimanhas e justificativas que deem um sentido real e ou um bom motivo para nossas motivações, mantendo intacto nosso ego.
Distorções Cognitiva
São formas imprecisas de pensar que podem te induzir à emoções negativas e comportamentos prejudiciais, é comum que as distorções nos levem a acreditar em coisas irreais. 
Abaixo seguem alguns exemplos encontrados na série de televisão americana “You” de suspense psicológico desenvolvida por Greg Berlanti e Sera Gamble que é baseada no livro homônimo de 2014 escrito por Caroline Kepnes.
Raciocínio Emocional
Presumir que sentimentos são fatos. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento muito forte a respeito. Deixar as emoções guiarem as interpretações. 
Ex: Quando a Peach simula um suicídio por pensar que vai perder a amizade de Beck. 
Rotulação
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular a situação ou comportamento específico.
Ex: O próprio Joe com a construção do relacionamento perfeito que ele faz com a Beck, sua paixão platônica por ela e toda a narrativa da série, onde o protagonista narra e nos faz pensar em uma Beck completamente diferente do que ela é. 
Imperativos (os deverias e tenho que)
Interpretar eventos e termo de como as coisas deveriam ser, ao invés de simplesmente considerar as coisas como são. Exigências rigorosas feitas a si mesmo ou aos outros.
Ex: Todo assassinato cometido pelo Joe é justificado por ele que teve que matar por um bem maior, pois o personagem caracterizava a vítima como sendo uma pessoa ruim. 
Questionalização (E se?) 
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se pelas futuras.
Ex: Conseguimos notar em muitas atitudes da Beck, um exemplo é que ela está sempre na dicotomia do se eu tivesse escrito o livro talvez não estaria nessa situação.
Vitimização 
Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimento ou comportamentos.
Ex: A paixão platônica da Peach por Beck, onde nota-se um evidente medo de contar para a família sua bissexualidade, por ser de família religiosa, escondendo de todos ao seu redor e nunca assumindo a culpa por seus atos, na maioria das vezes em relação a sua situação sexual. Há cenas que Peach tenta fazer com que Beck termine com Joe por puro ciúme, chegando ao ponto de fingir um suicídio para manter a amiga presa emocionalmente ao seu lado. 
Pensamento Dicotômico ou Absolutista (tudo ou nada)
Ver a situação em apenas duas categorias mutualmente excludentes, extrema valorização de acontecimentos, sem levar em conta aspectos intermediários. 
Ex: Para Joe ou Beck o ama ou ela está equivocada em relação a suas escolhas. Para ele, o final acaba sendo 8 ou 80 e como Beck não foi de acordo como planejado ele a mata. 
Desenvolvimento
A série é contada a partir do ponto de vista de Joe, um gerente de livraria que mostra traços de sociopatia logo no início da série que se aproxima e se apaixona de forma obsessiva à primeira vista por Beck, uma estudante de letras, cliente da loja que pede indicação de um livro. A partir daí ele começa a “perseguir” Beck, fazendo de tudo para se aproximar dela, seguindo-a e tramando situações para que os dois fiquem juntos, acompanhando-a ativamente em suas redes sociais e interferindo em seu cotidiano para que de alguma maneira um romance floresça, mas antes de tudo isso se depara com inúmeros obstáculos como a melhor amiga Peach e o ex Benji. 
A lacuna entre quem somos e quem gostaríamos de ser é explorada no protagonista, que se imagina mais esperto que todos, como alguém que sabe o que Beck quer e precisa, mas continua cometendo erros em suas tentativas de conquista-la, até que consegue traze-la para perto mas coloca tudo a perder no decorrer da temporada. 
Nota-se muitas dissonâncias e distorções cognitivas ao longo da trama e conhecendo um pouco mais cada personagem. A autora consegue claramente trazer à tona muitos exemplos cotidianos onde esses tipos de comportamentos afetam a vida da própria pessoa e de quem se encontra ao seu redor. Principalmente, se tratando de uma serie que é narrada em primeira pessoa, onde não temos uma visão muito clara dos personagens pois todas as informações que temos nos são fornecidas pelo protagonista e sua visão deturpada da realidade. 
	
Conclusão:
Concluímos que a dissonância cognitiva faz parte do nosso cotidiano, usamos a dissonância em todo tempo para manter intacta nossas visões, crenças e preconceitos, é um mecanismo de defesa do nosso ego.