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Caso psicanalise

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PSICOLOGIA JURIDICA
PROFESSORA: Isabella Teixeira Bastos
CURSO DE DIREITO
2016
Casal se divorciando de maneira litigiosa após 9 anos de
relacionamento.
Mariana, 10 anos, única filha do casal está atualmente morando
com a mãe, mas o pai requer a guarda da criança na justiça
alegando que a mãe possui desequilíbrio emocional e não
consegue cuidar da criança. O pai move um processo contra essa
mãe na Justiça alegando que ela é traficante de drogas, para
consumo próprio.
A mãe alega que o pai é um mau elemento e que trata essa
criança como se fosse sua esposa (a chama dessa forma). Move
um processo contra guarda desse pai na justiça o acusando de
abuso sexual.
A mãe de Mariana reside na comunidade de Santa Marta,
interior de São Paulo. Trabalha em uma cooperativa de
mulheres do bairro que recebe doações do traficante da
área, mas também de ONGs. Faz uso de maconha.
O pai de Mariana é um técnico em informática aposentado
por problemas de saúde – depressão - e que presta serviços
de técnicos de manutenção a computadores em sua casa.
Tinha uma relação bem próxima com Mariana, a chama de
amor da vida e sai com ela ou a acompanha para todos os
lugares fora de sua casa.
 Mariana é uma garota de 10 anos de idade que cursa a 5
período do ensino fundamental, faz aula de piano e também
gosta de dançar. Está no momento triste pelo fato de seus pais
estarem se separando, mas afirma que é melhor assim porque
eles brigavam muito.
Mariana sente a falta de seu pai e diz que gostaria que ele
viesse visita-la mais vezes, que sua mãe é legal, mas que
gostaria de estar com o pai em outros momentos.
Não possui avós paternos próximos, seu avós maternos são
falecidos.
Entrevistas com os pais.
Entrevistas e possíveis sessões com a criança.
Aplicação de Instrumentos de Avaliação Psicológica;
Levantamento da situação escolar e de outra ordem da
criança.
Conversas e combinações acerca dos momentos de visita
(horários, condições, tempos e espaço de discussão entre
os tipos de guarda)
Os pais começam a falar dos processos que cada um move
sobre o outro, processos da vara criminal.
Os pais não falam e nem preguntam para Mariana suas
vontades ou preferências.
A psicóloga descreve que não percebe referências aos desejos
e necessidades dessa criança, exceto quando ela é arrolada
aos processos que estão em tramitação nas varas criminais.
Os pais ao final de algumas sessões de escuta falam que não
estavam conseguindo usar o espaço para conversar sobre
Mariana.
Como fazer para promover um espaço de encontro
dessa família para discutir a guarda, situação de visita a
Mariana e do olhar que o casal tem sobre ela?
Como fazer para promover um ambiente de
cooperatividade entre os pais no convívio com Mariana,
principalmente nos momentos de visita?? E a
continuidade disso, como fica???
Conflito intersubjetivo de justiça e Conflito psíquico.
Sintoma e Normatividade.
Solução interpretativa e solução normativa.
Setting de escuta, mesmo que pericial, partindo de um prisma
coercitivo e de autoridade.
Transformar conflitos em solução jurídica e consensual entre
ambas as partes x externar conflitos de maneira que ele faça
sentido a uma pessoa (ressignificação do sintoma) =
construção de um espaço híbrido de trabalho sobre o conflito.

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