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�Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - 22451-900 Matéria: ENG1031 – Laboratório de Mecânica dos Fluidos Professor: Ademir Freire Aluno: Rafael Albert Silva de Medeiros - Matrícula: 1221049 - Turma: 3VD Laboratório 2: Experimento de Reynolds (Ensaios com o Aparato de Reynolds) Niterói, 11/05/2015 ÍNDICE Introdução........................................................................................................................3 Objetivos...........................................................................................................................4 Fundamento Teórico......................................................................................................5 Número de Reynolds ..................................................................................................5 Procedimento Experimental...........................................................................................6 Medições e Cálculos.........................................................................................................7 Tabela com os dados experimentais obtidos.............................................................7 Dados Aula de Laboratório “Experimento de Reynolds”.............................................7 Resultado dos cálculos realizados.............................................................................8 Cálculo dos ensaios............................................................................................................8 Estimativa de Incertezas................................................................................................9 Expressão de Kline e McClintock....................................................................................9 Conclusões................................................................................................................10 Referência Bibliográfica.........................................................................................11 Introdução O Experimento de Reynolds é utilizado para classificar os fluidos. Assim é necessário antes se perguntar "Por quê classificar os fluidos?". A classificação dos fluidos é importante para o desenvolvimento de uma descrição matemática que seja simples e ao mesmo tempo se aproxime muito do caso real. Os fluidos podem ser classificados quanto ao regime: No regime laminar (também chamado de lamelar ou tranquilo), as linhas de fluxo são paralelas ao escoamento, fazendo com que o fluido escoe sem que ocorra mistura. Em um duto circular, o escoamento é laminar até um número de Reynolds de aproximadamente 2000. Na transição entre os regimes laminar e turbulento, percebe-se que as linhas de fluxo se tornam onduladas, o que indica que começa a haver mistura entre uma camada e outra. Para um duto circular, esse regime ocorre para um número de Reynolds entre 2000 e 2300. No regime turbulento as trajetórias das partículas são curvilíneas, não paralelas, alteram-se em sentido e são irregulares. Apresentam entrecruzamento, formando uma série de minúsculos redemoinhos ou vórtex. O escoamento turbulento é também conhecido como "turbilhonário" ou "hidráulico". Na prática, o escoamento dos fluidos quase sem exceção é turbulento. É o regime típico das obras de engenharia, tais como adutoras, tubulações industriais, vertedores de barragens, fontes ornamentais, etc. O regime turbulento é dado para um número de Reynolds acima de 2300. Verifica-se então a importância do Experimento do Reynods para classificação dos fluidos e criação de formulações matemáticas na engenharia e outras ciências. Objetivos Caracterizar os regimes de escoamento em laminar, turbulento ou de transição através da visualização de um filete de corante escorrendo no Aparato de Reynolds. Determinar o número de Reynolds que indicará qual o regime correto do escoamento. Figura 1: Aparato de Reynolds � Fundamento Teórico Número de Reynolds Figura 2a: Regime Laminar. Figura 2b: Regime Turbulento. Osborne Reynolds após ter feito diversas experiências com diferentes valores de diâmetros e temperaturas na transição entre regimes laminares e turbulentos em um tubo, chegou à conclusão que a melhor forma de se determinar o tipo de regime de escoamento não depende exclusivamente do valor da velocidade, mais ao valor de uma expressão adimensional, considerando também a viscosidade do líquido. Essa expressão recebeu o nome de número de Reynolds (Re): (1) Onde Re é o número de Reynolds, V é a velocidade do fluido (m/s), D é o diâmetro da canalização (m), μ é a viscosidade cinemática (m²/s). Procedimento Experimental Foi utilizado o Aparato de Reynolds, um cronômetro e um frasco onde o processo se inicia com o fluxo de água que é acionado pela abertura da válvula inicial (torneira) no ponto (A) e é posto um frasco (C) que solta um filete de tinta (B) pelo tubo. Na mangueira (D) esse filete é jorrado para fora com a água em um frasco (E). Este corante possui uma válvula que controla sua vazão e de acordo com a vazão o fluxo pode se tornar laminar, de transição ou turbulento como foi visto no laboratório. Para medir a vazão foi cronometrado o tempo que um certo volume que saia da mangueira (D) para o frasco (E). Foram feitas 6 experiências e suposições do tipo de regime em cada experimento com o propósito posterior de verificar qual de fato era o regime. Figura 3: Descrição do Aparato de Reynolds � Medições e Cálculos Tabela com os dados experimentais obtidos Dados de tempo medidos e seus supostos regimes Teste Volume (mL) (∀) Tempo (s) (Δt) Regime Observado 1° 200 42” 84 Laminar 2° 200 27” 08 Laminar 3° 200 23” 23 Laminar 4° 200 17” 73 Laminar 5° 300 15” 62 Turbulento 6° 300 16” 09 Turbulento Tabela 1 Dados Aula de Laboratório “Experimento de Reynolds” Dados Valores Unidades Diâmetro do tubo (D) 0,013 m Massa específica (20°) () 1000 Kg/m³ Temperatura (T) 20 °C Viscosidade (μ) 0,001 N.s/m² Tabela 2.1 Dados Valores Unidades 50 Kg/m³ ∀ 0,000001 m³ 0,00001 Pa/s t 0,01 s D 0,001 m Tabela 2.2: Incertezas Resultado dos cálculos realizados Utilizando-se da vazão (Q) para calcular: Q = ∀ ⇨ V. A ⇨ V. D² (2) Δt 4 Onde ∀ é o volume, logo: V = 4.∀ (3) D².Δt Substituindo a expressão 3 em 1: Re = 4∀ (4) D.t Cálculo dos Ensaios Assim, substituindo os dados (e D) na fórmula: Re = 4.106.∀ 0,013.t Para cada ∀ e t utiliza-se a tabela 1. Então: Teste Número de Renolds Regime Definido 1° 457,2436329 Laminar 2° 723,3499717 Laminar 3° 843,2336304 Laminar 4° 1104,812027 Laminar 5° 1881,0804 Laminar 6° 1826,132744 Laminar Tabela 3 Verifica-se que todos os regimes observados são laminares teoricamente, enquanto que os dois últimos observados (teste 5 e 6) foram vistos como turbulentos. Como a agulha vibrava fez parecer que o regime era turbulento. � Estimativa de Incertezas Expressão de Kline e McClintock Teste Incerteza 1° 42,261 2° 66,855 3° 77,936 4° 102,113 5° 173,719 6° 168,645 Tabela 4 � Conclusões É possível concluir que o número de Reynolds é uma teoria consistente que ajuda na definição dos tipos de regimes para formulações matemáticas. Verifica-se que os regimes 5 e 6 anteriormente observados como turbulentos tornam-se laminares (Re < 2000) pelonúmero de Reynolds, já que têm Re5 = 1881,08 e Re6 = 1826,13. Enquanto que pela análise de incerteza o regime 5, com incerteza 173,719 pode ser tratado como um regime de transição (2000 < Re < 2300), pois somando o seu valor à sua incerteza obtém-se Re5 = 2054,80. A dificuldade de definição dos regimes é causada pela falta de precisão humana no cronômetro, da paralaxe na medição dos volumes, da vibração da agulha que fez parecer que o regime era turbulento e outros erros de precisão, que afetaram experiência. � Referência Bibliográfica Fox, McDonald, Pritchard; Introdução à Mecânica dos Fluidos; Editora LTC/gen, oitava edição, 2014. http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_escoamento http://pt.wikipedia.org/wiki/Mecânica_dos_fluidos �PAGE \* MERGEFORMAT�1�
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