Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O resultado da medição de um mensurando variável quando a incerteza e correção combinadas são conhecidas 1 Qual a altura do muro? h1 h2 h3 h4 h5 c/2 c/2 h6 h7 h8 h9 h10 h11 h12 h13 h14 h = média entre h7 a h14? Qual seria uma resposta honesta? 2 Respostas honestas: Varia. h1 h2 Varia entre um mínimo de h1 e um máximo de h2. A faixa de variação de um mensurando variável deve fazer parte do resultado da medição. Faixa de variação 3 Medição de mensurando variável Deve sempre ser medido muitas vezes, em locais e/ou momentos distintos, para que aumentem as chances de que toda a sua faixa de variação seja varrida. 4 Caso 4 Mensurando variável n > 1 Corrigindo erros sistemáticos 5 Caso 4 mensurando sistema de medição RB faixa de variação das indicações ± t . u + C 6 Caso 4 indicação média + C + t . u - t . u u = incerteza padrão determinada a partir das várias indicações RM = I + C ± t . u 7 Caso 4 - Exemplo Temperatura no refrigerador A B C D C = - 0,80°C As temperaturas foram medidas durante duas horas, uma vez por minuto, por cada sensor. Dos 480 pontos medidos, foi calculada a média e incerteza padrão: u = 1,90°C Da curva de calibração dos sensores determina-se a correção a ser aplicada: I = 5,82°C 8 Caso 4 - Exemplo Temperatura no refrigerador RM = I + C ± t . u RM = 5,82 + (-0,80) ± 2,00 . 1,90 RM = 5,02 ± 3,80 RM = (5,0 ± 3,8)°C 4 6 8 0 2 9 Caso 5 Mensurando variável n > 1 Não corrigindo erros sistemáticos 10 Caso 5 mensurando sistema de medição RB faixa de variação das indicações ± t . u - Emáx + Emáx 11 indicação média + Emáx - Emáx Caso 5 - Erro máximo conhecido e mensurando variável + t . u - t . u RM = I ± (Emáx + t . u) 12 Caso 5 - Exemplo Velocidade do vento Emáx = 0,20 m/s A velocidade do vento foi medida durante 10 minutos uma vez a cada 10 segundos. Dos 60 pontos medidos, foi calculada a média e a incerteza padrão: u = 1,9 m/s I = 15,8 m/s Anemômetro de hélice 13 RM = I ± (Emáx + t . u) RM = 15,8 ± (0,2 + 2,0*1,9) RM = (15,8 ± 4,0) m/s 15 17 19 11 13 Caso 5 - Exemplo Velocidade do vento 14 1) Quando saboreava seu delicioso almoço no RU, um estudante achou uma pepita de ouro no meio da sua comida. Dirigiu-se então ao laboratório com a finalidade de determinar o valor da sua massa por meio de uma balança. O aluno não conseguiu localizar a curva de erros da balança, mais o valor ± 2,0 g, corresponde ao erro máximo, estava escrito bancada. O aluno, inicialmente, mediu apenas uma única vez, tendo obtido como indicação 32,4 g. Qual o valor da massa dessa pepita ? 2) Não satisfeito com a incerteza da medição, o aluno obteve as nove indicações adicionais listadas a seguir (todas e gramas). Qual o novo resultado da medição ? 32,8 32,7 32,2 32,9 32,5 33,1 32,6 32,4 33,0 15 3) Quando chegava ao trabalho após o almoço, o laboratorista, encontrou o aluno no laboratório e foi buscar o certificado de calibração da balança. Constataram que, para valores na ordem de 33 g a balança apresenta correção de +0,50 g. Ele então fizeram mais 10 medições adicionais e obtiveram as indicações a seguir. Para estas novas condições, qual o resultado da medição ? 32,3 32,1 32,8 32,5 33,2 32,0 32,6 32,9 32,7 31,8 Medições anteriores 32,4 32,8 32,7 32,2 32,9 32,5 33,1 32,6 32,4 33,0 16 O resultado da medição na presença de várias fontes de incertezas 17 Determinação da incerteza de medição em oito passos P1 – Analise o processo de medição P2 – Identifique as fontes de incertezas P3 – Estime a correção de cada fonte de incerteza P4 – Calcule a correção combinada P5 – Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas P6 – Calcule a incerteza padrão combinada e o número de graus de liberdade efetivos P7 – Calcule a incerteza expandida P8 – Exprima o resultado da medição 18 Compreenda todos os fenômenos envolvidos no processo de medição. Busque informações complementares na bibliografia técnica, catálogos, manuais, etc. Se necessário, faça experimentos auxiliares. P1 – Analise o processo de medição 19 incertezas no resultado da medição definição do mensurando procedimento de medição condições ambientais sistema de medição operador P2 – Identifique as fontes de incerteza Atribua um símbolo para cada fonte de incertezas considerada 20 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν Cc correção combinada uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal 21 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν S1 descrição 1 S2 descrição 2 S3 descrição 3 S4 descrição 4 S5 descrição 5 Cc correção combinada uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal 22 Analise o fenômeno associado Reúna informações pré-existentes Se necessários realize experimentos Pode ser conveniente estimar a correção para um bloco de fontes de incertezas cuja separação seria difícil ou inconveniente. Estime o valor da correção a ser aplicada para as condições de medição e expresse-o na unidade do mensurando. P3 – Estime a correção de cada fontes de incertezas 23 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 S2 descrição 2 C2 S3 descrição 3 C3 S4 descrição 4 C4 S5 descrição 5 C5 Cc correção combinada uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal 24 A correção combinada é calculada pela soma algébrica das correções individualmente estimadas para cada fonte de incertezas: P4 – Calcule a correção combinada 25 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 S2 descrição 2 C2 S3 descrição 3 C3 S4 descrição 4 C4 S5 descrição 5 C5 Cc correção combinada Ccomb uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal 26 Determinação através de procedimentos estatísticos (tipo A): A incerteza padrão pode ser estimada a partir de um conjunto de “n” medições repetidas por: P5 – Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 27 Determinação através de procedimentos estatísticos (tipo A): Quando o mensurando é invariável e é determinado pela média de “m” medições repetidas, a incerteza padrão da média é estimada por: P5 – Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 28 Determinação através de procedimentos estatísticos (tipo A): Quando o mensurando é variável e é determinado a partir da média de “m” medições repetidas, sua incerteza padrão é estimada por: P5 – Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 29 Determinação através de procedimentos não estatísticos (tipo B): Dedução através da análise do fenômeno Informações históricas e pre-existentes Experiência de especialistas Informações extraídas de catálogos técnicos e relatórios de calibrações P5 – Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 30 Determinação através de procedimentos não estatísticos (tipo B): Normalmente assume-se que a distribuição de probabilidades é perfeitamente conhecida. O número de graus de liberdade associado a uma distribuição de probabilidades perfeitamente conhecida é sempre infinito P5 – Estime a incerteza padrão de cada fonte de incertezas 31 f(x) + a - a P5 – Estime a incerteza padrão – distribuição retangular 32 Incerteza devido à resolução mensurando indicação R erro R/2 - R/2 33 + a - a f(x) P5 – Estime a incerteza padrão – distribuição triangular 34 + a - a 2s 2s 95,45% f(x) P5 – Estime a incerteza padrão – distribuição gaussiana35 + a - a f(x) P5 – Estime a incerteza padrão – distribuição em “U” 36 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 a1 tipo 1 u1 ν1 S2 descrição 2 C2 a2 tipo 2 u2 ν2 S3 descrição 3 C3 a3 tipo 3 u3 ν3 S4 descrição 4 C4 a4 tipo 4 u4 ν4 S5 descrição 5 C5 a5 tipo 5 u5 ν5 Cc correção combinada Ccomb uc incerteza combinada normal U incerteza expandida normal 37 O quadrado da incerteza padrão combinada é normalmente calculado pela soma dos quadrados das incertezas padrão de cada fonte de incertezas: P6 – Incerteza padrão combinada e o número de graus de liberdade efetivos 38 O número de graus de liberdade efetivo é calculado pela equação de Welch-Satterthwaite: P6 – Incerteza padrão combinada e o número de graus de liberdade efetivos Se um número não inteiro for obtido, adota-se a parte inteira. Por exemplo: se adota-se 17. 39 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 a1 tipo 1 u1 ν1 S2 descrição 2 C2 a2 tipo 2 u2 ν2 S3 descrição 3 C3 a3 tipo 3 u3 ν3 S4 descrição 4 C4 a4 tipo 4 u4 ν4 S5 descrição 5 C5 a5 tipo 5 u5 ν5 Cc correção combinada Ccomb uc incerteza combinada normal ucomb νef U incerteza expandida normal 40 Multiplique a incerteza combinada pelo coeficiente de Student correspondente ao número de graus de liberdade efetivo: P7 – Calcule a incerteza expandida 41 BALANÇO DE INCERTEZAS processo de medição unidade: fontes de incertezas efeitos sistemáticos efeitos aleatórios símbolo descrição correção a distribuição u ν S1 descrição 1 C1 a1 tipo 1 u1 ν1 S2 descrição 2 C2 a2 tipo 2 u2 ν2 S3 descrição 3 C3 a3 tipo 3 u3 ν3 S4 descrição 4 C4 a4 tipo 4 u4 ν4 S5 descrição 5 C5 a5 tipo 5 u5 ν5 Cc correção combinada Ccomb uc incerteza combinada normal ucomb νef U incerteza expandida normal Uexp 42 Use sempre o SI P8 – Exprima o resultado da medição Não esqueça: Conhecimento + Honestidade + Bom Senso 43 Bibliografia Albertazzi, A., Souza, A. R. “Fundamentos Metrologia Cientifica e industrial”. 407p., Editora Manole, 2008. Guia para Expressão da Incerteza de Medição (Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement - ISO GUM) – Inmetro, 2003 SI - SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si.pdf VIM 2008 - VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE METROLOGIA http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/VIM_2310.pdf
Compartilhar