Buscar

Doenças sexualmente transmissíveis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Doenças sexualmente transmissíveis
Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs, ou Doenças Venérias), são causadas por uma variedade de bactérias, vírus, protistas e até fungos.
Diferentemente dos patógenos de vias respiratórias, que são expelidos em grande número por um indivíduo infectado, os micro-organismos causadores de DSTs são encontrados apenas nos líquidos corporais do trato genito-urinário, que são “transferidos” durante o ato sexual. Isto ocorre por que estes micro-organismos são, tipicamente, muito sensíveis a fatores de ambientais de estresse (ex: calor, luz, umidade).
A maioria das DSTs tem cura, e todas são controláveis, se tomadas medidas apropriadas. Entretanto, atraso ou ausência de tratamento podem levar a problemas a longo prazo, como infertilidade, câncer, cardiopatias, degeneração nervosa, más formações congênitas, ou até destruição do sistema imune.
A transmissão de micro-organismos causadores de DSTs é restrita ao contato físico íntimo.
Gonorréia
Neisseria gonorrhoeae, normalmente chamada Gonococcus, é o agente causador da Gonorréia.
Trata-se de um diplococcus gram(-), não-esporulador, aeróbio obrigatório e oxidase(+).
É um micro-organismo que pode ser morto rapidamente pela falta de umidade, luz solar, luz ultravioleta, que, normalmente, não sobrevive fora da membrana mucosa do trato genitourinário.
Os sintomas diferem de homens para mulheres:
Mulheres:
Vaginite leve, difícil de ser distinguida de uma infecção qualquer, que pode deixar a gonorreia acontecer despercebida.
Complicações podem levar à Doença da Inflamação Pélvica, que é uma inflamação crônica da região pélvica que pode levar a sérios problemas, como a infertilidade. 
Homens: Compartilham seus sintomas com as mulheres
Danos às valvas do coração
Danos aos tecidos das articulações devido ao acúmulo de imunocomplexos.
Pode haver a infecção da próstata e do epidídimo
Recém-nascidos:
Infecção ocular
A incidência de gonorreia é relativamente alta, pois:
Apesar de haver a produção de anticorpos, eles podem não ser eficazes na proteção, ou podem ser específicos para a cepa. Portanto, é possível que haja re-infecção.
Neisseria gonorrhoeae é capaz de trocar seus antígenos de superfície, prevenindo uma defesa imunológica.
O uso de contraceptivos orais alteram a mucosa do trato genitourinário (aumento do pH) de forma a favorecer a instalação do Neisseria gonorrhoeae.
Os sintomas são leves e podem facilmente passar despercebidos, e uma única mulher infectada pode infectar vários homens.
São capazes de se aderir ao epitélio do trato genitourinário através de Antígenos Proteicos de Opacidade (OPA), havendo endocitose da bactéria. Possuem capacidade de impossibilitar a fusão do fagossoma e do lisossoma, portanto, habitam o interior de fagócitos.
Sífilis
A sífilis é causada por uma espiroqueta, o Treponema pallidum. Esta espiroqueta é extremamente sensível a estresses ambientais.
A sífilis é, comumente, transportada junto à gonorreia. Apesar disso, a sífilis é muito mais perigosa que a gonorreia.
O Treponema pallidum não é capaz de atravessar o epitélio íntegro, e a infecção por esta bactéria requer lesões ou microlesões na camada epitelial. Também, a sífilis pode ser transmitida da mãe para o feto, que nascerá com Sífilis Congênita.
A sífilis é uma doença complexa, normalmente dividida em estágios:
Sífilis primária
O T. pallidum se multiplica localmente e causa um “Cancro duro”. Daí, as espiroquetas migram para vários locais (ex: olhos, articulações, ossos, SNC) e se multiplicam intensamente.
Sífilis secundária
Normalmente, após a disseminação da T. pallidum, há reação de hipersensibilidade, indicada pela presença de lesões na pele, que indicam a presença da sífilis secundária.
Sífilis terciária
Nem sempre acontece, e só acontece se não houver tratamento. Pode causar infecções leves, ou até morte, devido a infecções do sistema cardiovascular ou SNC (podendo levar a paralisia ou dano neurológico, se não matar). Os danos são, predominantemente, resultado da inflamação provocada por hipersensibilidade tardia às espiroquetas.
Clamídia
A Clamídia é causada pelo Chlamydia trachomatis. È a DST mais frequente. Também é capaz de causar uma infecção ocular séria – o Tracoma. Entretanto, as cepas que causam tracoma são diferentes das cepas que causam DSTs.
Habitam células do hospedeiro e são Gram(-).
Tem um ciclo de vida:
Corpos elementares
È a forma infecciosa do patógeno e são especializados para a sobrevivência externa às células do hospedeiro. São capazes de se aderir às células do hospedeiro, causando sua endocitose. Dentro das células, se convertem em corpos iniciais.
Corpos iniciais (reticulares)
Se reproduzem rapidamente e não são infecciosos. Há retorno ao estado de corpos elementares, com fuga da célula infectada, recomeçando o ciclo de vida.
O Chlamydia trachomatis pode ser transmitido da mãe para o feto, causando pneumonia e conjuntivite do recém-nascido.
O C. trachomatis, normalmente, é transmitido junto ao Neisseria gonorrhoeae, a infecção se dá num só evento.
A uretite não-gnocóccica (NGU) é a infecção mais causada pelo C. trachomatis, e pode ser passada despercebida. Em alguns casos, a NGU pode ser sucedida por complicações sérias, como inchaço dos testículos e inflamação da próstata e epidídimo em homens, e cervicite, doença da inflamação pélvica e danos às trompas de falópio em mulheres.
Também pode causar linfogranuloma venéreo. Há inchaço dos linfonodos da virilha, podendo haver migração do C. trachomatis para o reto, causando inflamação local.
AIDS – Síndrome da imunodeficiência adquirida
Retrovírus
Retrovírus são vírus de simples fita de RNA, que possuem a enzima transcriptase reversa, que pode transformar um ssRNA numa dupla-fita de DNA.
Certos retrovírus são capazes de transformação oncogênica das células, e podem ser chamados de oncornavírus.
HIV (Vírus da imunodeficiência humana)
Dividido em HIV-1 e HIV-2, sendo que o primeiro é responsável por 99% dos casos de AIDS pelo mundo.
HIV-1 é um retrovírus que busca macrófagos e linfócitos T do sistema imunológico humano. A infecção eventualmente causa depleção dos linfócitos T do organismo, destruindo a imunidade do hospedeiro.
O diagnóstico da AIDS inclui:
Teste para HIV: positivo
Número total de linfócitos T CD4+ reduzidos, e a razão linfócitos T CD4+/linfócitos totais < 14%
Numero total de linfócitos T CD4+ não tão reduzidos, mas há associação a diversas infecções oportunistas
Infecções oportunistas e cânceres atípicos
Infecções oportunistas, causadas por, normalmente, protistas não perigosos, ocorrem em alta prevalência em indivíduos com AIDS.
Patogênese do HIV
HIV infecta células que contêm a proteína CD4 na sua superfície. As duas células mais comumente infectadas são macrófagos e linfócitos T CD4+ Helpers, ambos importantes na imunidade do hospedeiro. Estas células, infectadas, produzem e liberam grandes números de partículas HIV, que podem infectar outras células com CD4.
Além do CD4, o HIV deve interagir com um “coreceptor” na célula alvo. Nos macrófagos, este coreceptor é um receptor a quimiocinas (indivíduos que possuem morfismos neste receptor CCR5 não adquirem AIDS). Após a infecção do macrófago, o vírus se torna capaz de infectar linfócitos T CD4+ através de seus receptores a quimiocinas (CXCR4).
Como resultado, há depleção dos macrófagos e linfócitos T CD4+ do corpo, levando a catastrófica destruição do sistema imune humano.
A destruição de linfócitos T pode ser acelerada da seguinte maneira: podem inserir a proteína de ligação do HIV na sua membrana celular, que se liga à proteína CD4 de outro linfócito. A célula infectada e a não infectada se fundem, formando uma célula gigante multinucleada chamada “Sincícia”. A sincícia não tem função imune e logo morre.
Resultados da infecção por HIV
À medida que o numero de linfócitos T CD4+ cai, a produção de citocinas declina, levando à função imune reduzida do organismo; As respostas mediadas por anticorpose mediadas por células são gradativamente destruídas.

Continue navegando