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Aula 10 Dobramento e Curvamento * PARTE 1 - Dobramento * Dobramento x Curvamento DOBRAMENTO Dobra é a parte do material plano que é flexionada sobre uma base de apoio. CURVAMENTO Curva é a parte de um material plano que apresenta uma curvatura ou arqueamento. * Nesta operação, a tira metálica é submetida a esforços aplicados em duas direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a forma de uma superfície plana para duas superfícies concorrentes, em ângulo, com raio de concordância em sua junção. Dobramento * Na Linha Neutra a fibra neutra não é tracionada nem comprimida, porém a determinação de sua posição e do seu raio é importante no desenvolvimento linear da peça Dobramento * Dobramento Cálculo do Comprimento do Material Necessário L = L1 + L2 + Ld Onde: * Ele é usado para a produção de peças, mas também para a produção de perfis, tubos, cilindros e cones. Os processos de dobra são classificados através do movimento da ferramenta. Dobra em ferramentas com movimento linear. Dobra em matriz. Dobramento * Dobra em ferramentas com movimento circular. Processos usados na fabricação de pequenos lotes: Artesanal / Funilaria. Dobradeira de mesa oscilante. Calandra: Os dois cilindros inferiores são acionados, o cilindro superior é ajustável e pressiona a chapa. Dobramento * Dobra em ferramentas com movimento circular. Produção de perfis a partir de tiras de chapas. Dobramento * Diferentes tipos de perfis em forma de U, C e de trilhos. Diferentes tipos de perfis em forma de L (cantoneiras) e Z. Formatos de Perfis dobrados * Dobra em matriz Máquina de Dobramento * Dobra em matriz Máquina de Dobramento Sequência da fabricação de um perfil. * Dobradeira de mesa oscilante Máquina de Dobramento * Múltiplas Dobras Equipamento para a fabricação De perfis a partir de tiras de chapa. Sequência das operações. Máquina de Dobramento * Abaixo dele a superfície externa do metal trincará durante operação de dobra. Expresso geralmente em múltiplos da espessura da chapa. Ex: Um raio de dobramento de 3t indica que o metal pode ser dobrado formando um raio de três vezes a espessura da chapa sem que haja o aparecimento de trincas. O raio mínimo de dobramento varia muito para os diversos metais e sempre aumenta com a prévia deformação a frio do metal. Alguns metais muito dúcteis apresentam raio mínimo de dobramento igual a zero. Isto significa que as peças podem ser achatadas sobre si mesmas. Raio Mínimo de Dobramento * Raio Mínimo de Dobramento É importante evitar cantos vivos, para evitar trincas do material no lado do raio maior. Raios preferenciais seguem as sugestões da DIN 6935: 1 - 1,2 - 1,6 - 2 - 2,5 - 3 - 4 - 5 - 6 - 8 - 10 - 12 - 16 - 20 25 - 28 - 32 - 36 - 40 - 45 - 50 - 63 - 80 - 100 ... O sentido de laminação também tem influência. Se for possível é melhor projetar peças e ferramentas assim que as dobras são executadas a 90° ao sentido de laminação. 13/23 * O raio de curvatura antes da liberação da carga ( Ro) é menor do que após a liberação ( Rf ). O efeito mola é representado pelo símbolo K . Efeito Mola * A operação de dobramento exige que se considere a recuperação elástica do material (efeito mola), para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada. A recuperação elástica da peça será tanto maior quanto maior for o limite de escoamento, menor o módulo de elasticidade e maior a deformação plástica. Estabelecidos estes parâmetros, a deformação aumenta com a razão entre as dimensões laterais da chapa e sua espessura. Efeito Mola * O fenômeno do retorno elástico causa que as peças dobradas abrem-se depois do fim do contato das ferramentas com a peça. Por isso é dobrar um pouco mais do que desejado na peça pronta para atingir as medidas desejadas. s: espessura da chapa a1: ângulo necessário a2: ângulo desejado ri1: raio interno da ferramenta ri2: raio interno da peça Efeito Mola * A relação entre o ângulo desejado a2 e o ângulo necessário a1 é o valor chamado kR: O valor der correção depende do material e da relação entre o raio interno da peça e a espessura da chapa. Ele pode ser encontrado em tabelas. kR: valor de correção s: espessura da chapa a1: ângulo necessário a2: ângulo desejado ri1: raio interno da ferramenta ri2: raio interno da peça Efeito Mola * Efeito Mola * Nas figuras no lado esquerdo encontram-se dois métodos para evitar o retorno elástico. O dois métodos trabalham com uma diminuição da espessura da chapa no canto dobrado. Na figura acima esta diminuição é causado por um aumento do raio da matriz. Na figura embaixo por um ressalto na ponta do punção. Efeito Mola * kR: valor de correção s: espessura da chapa a1: ângulo necessário a2: ângulo desejado ri1: raio interno da ferramenta ri2: raio interno da peça Rm: resistência máxima E: módulo de elasticidade Usando as fórmulas nesta página é possível calcular o ângulo necessário na ferramenta e o raio interno da ferramenta. Efeito Mola * Ensaio de flexão Os corpos de prova, de seção transversal retangular ou circular, são submetidos a carregamento transversal como no dobramento convencional A carga é aumentada lentamente até que ocorra a ruptura. O valor da carga máxima, no momento da ruptura, permite calcular o momento fletor máximo na seção. * Curvamento A operação de curvamento é feita manualmente, por meio de dispositivos e ferramentas, ou à máquina, com auxílio da calandra, que é uma máquina de curvar chapas, perfis e tubos. Em linhas gerais, segue os mesmos princípios e conceitos explicados na operação de dobramento. * Curvamento Curvamento Manual O esforço de flexão para a operação é feito à mão, com o auxílio de martelo, grifa e gabaritos, sempre de acordo com o raio de curvatura desejado. Esta operação permite fazer cilindros de pequenas dimensões, suportes, etc. * Curvamento Curvamento Manual * Curvamento Curvamento a quente O trabalho de curvar barras torna-se mais fácil quando o material recebe aquecimento. O curvamento a quente só terá êxito se alguns componentes do processo forem observados: Calor aplicado no local correto por meio de maçarico ou forja adequados à espessura da peça, Pressão exercida durante o curvamento, Dispositivos adequados a cada tipo de trabalho * Curvamento Curvamento à máquina A máquina usada para curvar chapas chama-se calandra. Na calandra são curvados chapas, perfis e tubos. As peças podem ser curvadas de acordo com o raio desejado. Nesse tipo de máquina é que se fabricam corpos ou costados de tanques, caldeiras, trocadores de calor, colunas de destilação, etc. * Curvamento Elementos da calandra A calandra é constituída por um conjunto de rolos ou cilindros, com movimento giratório e pressão regulável. O material a ser curvado é colocado entre rolos que giram e pressionam até que o curvamento esteja de acordo com as dimensões desejadas. * Curvamento Rolos fixos e móveis O curvamento é feito por meio dos rolos, que podem ser fixos ou móveis. Rolo fixo é aquele que tem apenas o movimento giratório. Rolo móvel é aquele que, além de girar, também pode ser movimentado para cima e para baixo. Desse modo, o raio varia de acordo com a distância entre os rolos. * Curvamento Curvamento de cones Quando se quer produzir um cone, cujos raios de curvatura são diferentes, recorre-se a um tipo especial de calandra. Ela possui rolos inferiores que se deslocam inclinados entre si, no sentido vertical. * Curvamento Calandras para chapas Têm geralmente 3 ou 4 rolos. As de 3 rolos são as mais usadas na indústria e nelas os rolos estão dispostos em formação de pirâmide. As calandras para chapas com 4 rolos apresentam a vantagem de facilitar o trabalho de pré-curvamento. Nas calandras de 3 rolos o pré-curvamento é feito manualmente. * Tipos de Calandra Calandras para chapas * Tipos de Calandra Calandras para tubos e perfis Apresentam conjuntos de rolos ou cilindros sobrepostos, feitos de aço temperado, com aproximadamente 200mm de diâmetro. Podem curvar qualquer tipo de perfil: barras, quadrados, cantoneiras, em T, etc. * Tipos de Calandra Manuais e Mecânicas Quanto ao acionamento, as calandras podem ser: manuais, com um volante ou manivela para fazer girar os rolos, ou mecânicas, com motor elétrico e redutor para movimentar os rolos. * Tipos de Calandra Calandras manuais e mecânica As calandras mecânicas podem apresentar além do motor elétrico, um sistema hidráulico que imprime maior ou menor pressão aos rolos. Este último tipo é usado para trabalhos de grande porte. * Máquinas de dobrar tubos * Seminário na Próxima Aula Aula 11: Fabricação (Brochamento) + Seminário 1º Grupo Aula 12: Fabricação (Conformação: Estamparia) + 2º Grupo Aula 13: Fabricação (Conformação: Estamparia e por explosão) + 3º Grupo Aula 14: Fabricação (Usinagem) + 4º Grupo Aula 15: Fabricação (Torneamento) + 5º Grupo Aula 16: Fabricação (Torneamento) + 6º Grupo Aula 17: Fabricação (Fresamento) Aula 18: Fabricação (Fresamento) Aula 19: Fabricação (Tratamento de Superfície e Impactos Ambientais) Aula 20: Fabricação (Tratamento Térmico) * * O que é dobramento e curvamento ? O que é linha neutra ? Qual sua utilidade prática ? Defina Efeito Mola e Raio Mínimo. Quais os tipos de Calandra ? Explique o princípio de funcionamento da Calandra. *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1 *1
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