Buscar

Cuidados do RN em CPAP

Prévia do material em texto

CUIDADOS COM RN EM CPAP
Introdução e Justificativa
O CPAP por Prong Nasal é uma técnica utilizada por meio de dispositivo nasal com o objetivo de manter uma pressão positiva contínua nas vias aéreas. Essa técnica é indicada os recém nascidos e lactentes com SDR, Taquipneia Transitória do RN, Apneia da Prematuridade, Síndrome Aspiração Meconial, Displasia Broncopulmonar, Edema Pulmonar, Suporte Respiratório e Pós Extubação, Traqueomalacia, Paralisia Diafragmatica, sala de parto em RN com menos de 1.000g.
O uso do CPAP por pong nasal tem sido considerado de fácil aplicação e manuseio, fornecendo pressão constante que evita o colabamento alveolar. Contudo, a pressão é diminuída quando a pronga se desloca das narinas, sendo um papel imprescindível da equipe a confirmação do seu posicionamento adequado. 
Fluxograma do Processo
Tamanho do Prong de acordo com o peso do RN
	Peso
	Nº do prong
	< 700g
	0
	– 1.000g
	1
	1.000 – 2.000g
	2
	2.000 – 3.000g
	3
	> 3.000g
	4
Descrição das Atividades / Responsabilidades 
Explicar o procedimento para os pais;
Supervisionar e orientar a montagem do circuito com técnica asséptica, utilizando máscaras e luvas estéreis;
Colocar água estéril no umidificador;
Ajustar os alarmes;
Higienizar as narinas com hastes flexíveis embebidas em SF 0,9%, se necessário, e inserir os prongs com a curvatura para baixo;
Manipulação mínima do Rn, agrupando cuidados e mantendo maior conforto possível;
Manter o RN sobre colchão e forros macios;
Mudar decúbito e proteger proeminências ósseas, se necessário;
Promover o enfaixamento parcial suave das mãos, quando a criança permanecer acordada, para prevenir o deslocamento da pronga;
Minimizar ruídos removendo a água condensada das extensões e atendendo aos alarmes prontamente;
Realizar a avaliação da dor utilizando escalas objetivas, bem como medicando CPM;
Posicionar a touca adequadamente, evitando que as traqueias pressionem a cabeça do RN, fixando nas toucas, acima das sobrancelhas, e não na pele do paciente;
Utilizar prongs de tamanho adequado, de preferencia de silicone;
Manter o RN em decúbito dorsal e elevado a 30º, com coxim na região subescapular e cabeça na região mediana do corpo, com apoios laterais, evitando lesões do nariz e oscilações frequentes na pressão;
Atentar para que as prongas nasais ocluam completamente as narinas, sem as repuxarem, mas em continuidade com as mesmas;
Manter a região nasal seca e protegida com placa de hidrocoloide (para prevenir lesão por pressão);
Realizar aspiração de vias aéreas apenas após avaliação da necessidade (queda da Sat, dispneia, roncos pulmonares), evitando aspiração de rotina;
Quando necessário, a aspiração deve ser rápida e suave evitando tosse, regurgitação e aumento da pressão intracraniana. Retirar prongs para aspirar narinas, se necessário, recolocando as imediatamente. De preferencia, evitar a aspiração das narinas devido ao risco de lesão e aumento da resposta inflamatória local, com edema;
Manter narina umidificadas com SF 0,9%, instilando 0,5ml em cada narina ou umedecê-las com hastes embebidas em soro;
Comprimir a ponta do nariz e observar se as aletas nasais estão assimétricas (sinal de deslocamento de septo);
Realizar massagem em septo nasal a cada 3hrs evitando a lesão por pressão e oxigenando o local;
Oferecer o oxigênio sempre úmido e aquecido;
Trocar as tubulações a cada 7 dias ou quando necessário;
Quando em uso de CPAP optar por SOG nº 08 ou 10, de modo a não causar limitações ao tratamento;
Evitar a distensão abdominal mantem SOG aberta. Caso o RN não esteja em jejum abrir a SOG após 1hr a infusão da dieta, deixando em posição vertical até o próximo uso;
Mensurar a circunferência abdominal e comparar com a medida anterior.
Referencias Bibliográfica
SOUZA, Aspásia Basile Gesteira. Manual prático de enfermagem neonatal. São Paulo/SP: Atheneu Editora, 2017.
TAMEZ, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI Neonatal. Rio de Janeiro/RJ: Editora Guanabara Koogan LTDA, 6º edição, 2018.
SOUZA/, A.B.G., Organização. UTI Neonatal: cuidados ao recém-nascido de médio e alto risco. São Paulo/SP: Atheneu, 2014; p.159-66.

Continue navegando