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CRASE
CRASE
FUSÃO do a (preposição) e do a (artigo).
Principais casos de crase obrigatória
Com a palavra “moda” oculta – à moda de:
Comi um bife à milanesa.
Usava sapatos à Luis XV.
 
Antes de palavra feminina:
Estou atento à chamada.
Devido à avalanche de perguntas, ele saiu.
Vou à feira.
Resisti à oferta.
Fui à praia.
 
Diante de pronomes demonstrativos “aquele”, “aquela” e “aquilo”
Resisti àquele doce.
Refiro-me àquilo que ocorreu hoje à tarde.
Fui assistir àquela palestra.
 
Nome de lugar (TOPÔNIMOS)
Volto da: crase há
Volto de: crase para quê?
Fui a Curitiba. (Volto de Curitiba)
Fui à Itália. (Volto da Itália)
Fui à França. (Volto da França)
Por quê?
Pense:
Vou a Aparecida do Norte.
(Quem vai, vai a – já há a preposição)
Inicie uma frase com Aparecida do Norte.
Aparecida do Norte é a cidade da fé.
Há artigo antes de Aparecida do Norte? Não!
Então:
Vou a Aparecida do Norte (sem crase, porque não há o artigo, somente a preposição)
Repensando sobre outros topônimos:
Vou a Roma.
(Roma é maravilhosa. Não há artigo antes de Roma, portanto, sem acento indicador de crase.)
Vou à antiga Curitiba.
A antiga Curitiba é linda. 
(Há artigo antes de “antiga Curitiba”, portanto, com acento indicador de crase.)
Vou à Bahia.
A Bahia é um estado incrível. (há artigo antes de Bahia, portanto, com acento indicador de crase).
Nas expressões adverbiais femininas:
"à vontade", "às claras", "à míngua", "à direita", "à esquerda", "à tarde", "à noite", "à mão", "à mão armada", "à beça", "à vista“, às vezes, etc. 
Consulte o “google” e descubra mais expressões.
Entre as prepositivas estão, por exemplo, "à custa de", "à espera de", "à altura de", "à beira de", "à espreita de", "à frente de", "à base de", "à moda de, à procura de " etc. 
As locuções conjuntivas são expressões como "à medida que" ou "à proporção que".
As expressões que indicam horas são locuções adverbiais formadas com a palavra feminina "hora (s)". Assim: "Encontre-me às 16h", "Saíram às 20h" etc.
Observações:
Há gramáticos que consideram o seguinte:
Ficou de castigo até as 13h. (sem crase)
Ficou de castigo até às 13h. (com crase)
Ficou a distância. (sem crase)
Ficou à distância. (com crase)
Educação a distância (sem crase)
Educação à distância. (com crase).
Para as nossas aulas, consideraremos esses casos “sem o acento indicador de crase.
Assim:
Educação a distância. (sem crase)
Ficou de castigo até as 13h. (sem crase)
Crase proibida
Diante de palavras masculinas:
Estou no Rio a trabalho.
 
Antes de Verbo:
Estou disposto a fugir.
Estou disposto a fazer o exercício.
Diante de pronomes de tratamento e de pronome demonstrativo:
Enviarei tudo a Vossa Senhoria.
Entreguei a essa menina o diploma.
Antes de artigo indefinido:
Entreguei o presente a uma menina.
Antes de pronome indefinido:
Disse isto a toda pessoa.
Entregue a pasta a alguém de confiança.
Antes de pronome reto:
Entreguei a ela
 
Diante de casa e terra::
Quando vierem especificadas, a crase é obrigatória, mas quando não vierem com um complemento, a crase é proibida.
Fui à casa de Luciana.
Fui à terra dos anões.
 
Antes de casa = lar 
Dirijo-me a casa 
 
Antes de terra, antônimo de bordo:
O almirante foi a terra.
Quando a palavra seguinte estiver no plural e o a no singular:
Refiro-me a moças inteligentes. (sem crase)
Está sujeito a mudanças. (sem crase)
Obedecia a leis. (sem crase)
Assistiu a peças interessantes. (sem crase)
Não há crase entre palavras repetidas:
gota a gota
frente a frente
cara a cara, etc.
EM TEMPO (1):
Disponível em: http://portugues.uol.com.br/gramatica/ha-crase-nas-locucoes-adverbiais.html
A locução adverbial a distância tem gerado polêmica. Isso ocorre porque algumas gramáticas dizem que a crase só deve ser usada quando a palavra distância estiver determinada. Veja o exemplo:
A melhor praia fica à distância de 30 km.
No exemplo, a palavra distância está especificada, portanto, ocorre a crase. No entanto, há momentos em que a palavra distância aparece sem que nada a determine. Analise:
O menino estuda a distância.  
Eu escrevo a distância.
O ensino da faculdade é a distância.
Nesses casos, gramaticalmente, não existe justificativa para o uso da crase. Entretanto, se a análise for semântica, ou seja, voltada para a análise do significado, seu uso passa a ser recomendado, já que a presença da crase elimina as ambiguidades. Acompanhe:
A matéria estudada pelo menino chama-se distância ou ele não estuda em uma instituição física?
Eu escrevo sobre a distância ou escrevo longe das pessoas?
A faculdade ensina sobre distância ou é o ensino que acontece de longe?
Todos sabem que um texto precisa ser claro, portanto, todas as possibilidades de ambiguidade (duplo sentido) devem ser eliminadas. Pensando nisso, alguns estudiosos já defendem o uso da crase com a palavra distância, ainda que esta não esteja especificada, pois seu uso elimina a possibilidade de dupla interpretação. Veja os exemplos:
O menino estuda à distância.
Eu escrevo à distância.
O ensino da faculdade é à distância.
A presença da crase não permite duplo sentido. Percebeu? Agora, com ela, fica claro que tanto o ensino quanto o estudo e a grafia são feitos distantes do local.    
Outras expressões que trazem dúvidas são as que vêm acompanhadas de adjuntos adverbiais de instrumento.  Não há justificativa para o uso da crase, no entanto, sua ausência gera duplo sentido. Por isso, seu uso é recomendado.  Além desses adjuntos, há algumas expressões que também pedem o uso da crase para evitar a ambiguidade. Veja:
Bateu à máquina.
Cortou à faca.
Lavou à mão.
Combateremos à sombra.
Em tempo (2):
É facultativa a crase antes de pronome possessivo. Pode ser:
Fui à minha casa.
ou
Fui a minha casa.
Estou à sua disposição.
ou
Estou a sua disposição

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