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CAP. 6 – TEORIA DA DEMANDA DISCIPLINA: AAM 0719 – ENGENHARIA DOS TRANSPORTES Professor: LUÍS HENRIQUE GONÇALVES COSTA, MSc. CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E TEORIAS C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A CONCEITOS O propósito fundamental da teoria da demanda é determinar os vários fatores que afetam a demanda. Demanda é uma relação multivariada, determinada por vários fatores de forma simultânea. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A FATORES DETERMINANTES • Preço; • Renda dos consumidores; • Preço de outros produtos/serviços correlatos; • Gosto dos consumidores; • Distribuição de renda; • População total; • Riqueza dos consumidores; • Disponibilidade de crédito; • Políticas governamentais; • Histórico dos níveis de renda. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A CARACTERÍSTICA DA DEMANDA POR TRANSPORTE Flutuação regular no tempo: • Áreas urbanas: manhã, final da tarde; • Viagens interurbana: anual – alta estação; • Cargas internacionais: ciclos de longo prazo; • Viagens a negócios: horários comerciais. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Análise do comportamento do consumidor: • Renda: planeja o gasto da sua renda de forma a obter o máximo possível de satisfação (utilidade). C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Enfoques: • Cardinalista: a utilidade pode ser medida sob algumas condições (completo conhecimento das condições de mercado e níveis de renda ao longo do período planejado) – quantidade de dinheiro que o consumidor está disposto a sacrificar por outra unidade de bem/serviço. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Enfoques: • Ordinalista: o consumidor deve ranquear as várias “cestas de bens/serviços” de acordo com a satisfação. As principais teorias ordinais são o enfoque das curvas de indiferença e a hipótese da preferência revelada. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Pressupostos da utilidade cardinal: • Racionalidade: o consumidor é reacional – sujeito às restrições impostas por sua renda; • Utilidade cardinal: a utilidade é medida baseado em quanto o consumidor está preparado para pagar por outra unidade de produto/serviço; • Utilidade marginal constante do dinheiro: se a utilidade marginal do dinheiro muda com a variação da renda, a métrica da utilidade comporta-se como uma régua elástica; C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Pressupostos da utilidade cardinal: • Utilidade marginal decrescente: a utilidade diminui à medida que o consumidor adquire quantidades maiores do mesmo. • Utilidade total: depende da quantidade de bens/serviços individuais. Se existirem n bens/serviços com quantidades x1, x2, ..., xn a utilidade total é C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Críticas do enfoque cardinal (Koutsoyiannis, 1979) • A utilidade cardinal é extremamente duvidosa. • A satisfação derivada de bens ou serviços não pode ser medida objetivamente. • A medida que a renda aumenta a utilidade marginal do dinheiro muda. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DAS CURVAS DE INDIFERENÇA Pressupostos básicos: • Racionalidade – o consumidor é suposto ser racional: ele objetiva maximizar sua utilidade, dada sua renda e os preços de mercado; • A utilidade ordinal – é considerado verdadeiro que o consumidor pode ranquear suas preferências de acordo com sua satisfação; • Taxa marginal de substituição decrescente – as preferências são ranqueadas em termos de curvas de indiferença, convexas em relação a origem. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DAS CURVAS DE INDIFERENÇA C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A TEORIA DAS CURVAS DE INDIFERENÇA A função da utilidade C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A AVALIAÇÃO DE POLÍTICA DE GOVERNO O governo estuda adotar uma política de total subsídio de passagens para aposentados ou dar uma renda suplementar. Qual dessas medidas custa menos para o governo (e desta forma para o contribuinte)? Quais são os efeitos dessas políticas na demanda por mobilidade de um aposentado? Essas questões podem ser respondidas através da utilização da análise de curvas de indiferenças. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A AVALIAÇÃO DE POLÍTICA DE GOVERNO y renda x alimento custo da renda suplementar custo do subsídio C A Z L K 0 X1 X3 X2 B D B’ e3 e2e1 M N I2 I1 C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A AVALIAÇÃO DE POLÍTICA DE GOVERNO Efeitos do subsídio das viagens O custo para o governo (e assim para o contribuinte) é LK; O preço da passagem não é afetado por esta política, de forma a que outros passageiros do sistema de transportes continuam para o preço original; O governo está certo de que os aposentados passarão a se movimentar mais utilizando o sistema de transportes e realizando suas atividades de lazer, saúde etc. Esse efeito pode ser particularmente desejável se houver excedente de oferta no serviço de transporte; A assistência aos aposentados através da política de subsídios impõe uma certa tendência de consumo, uma certa escolha de como o aposentado gastará parte de sua renda. C A P . 6 – T E O R I A D A D E M A N D A AVALIAÇÃO DE POLÍTICA DE GOVERNO Efeitos de uma política de renda suplementar O custo no aumento da renda, geralmente, é menor que a política de subsídio. No entanto a quantidade de passagens adquiridas pelos aposentados é menor. Se existir um excedente de produção de viagens, o governo pode adotar a política mais onerosa de subsídio, que além de aumentar o bem-estar dos aposentados, beneficia os produtores (operadores do TP), através da redução do excedente. As políticas de renda suplementar são em geral mais inflacionárias do que as políticas de subsídio para indivíduos. Aumentar as rendas de alguns grupos, pode conduzir a aumentos dos preços para todos os consumidores.
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