Buscar

Resumo da disciplina Metodologia de Pesquisa para a primeira prova

Prévia do material em texto

Resumo da disciplina Metodologia de Pesquisa para a primeira prova.
O que é ciência:
É um corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente. A ciência exige método, experimentação, sistematização, regras pra se chegar ao pensamento concreto.
Objetivos da Pesquisa
Descobrir “respostas” utilizando procedimentos científicos.
Pesquisa Social: processo que utiliza a metodologia científica para a obtenção de novos conhecimentos em relação ao ser humano e suas relações com outros indivíduos e instituições sociais
Razão da pesquisa, sua natureza ou finalidade 
Pesquisa Pura ou básica: Ordem intelectual: conhecimento pelo conhecimento, gerar conhecimento novos uteis para o avanço da ciência sem aplicação pratica ou imediata.
Pesquisa Aplicada: Ordem prática: conhecer para agir.
A Lógica da Ciência (Babbie, 2003)
Alguns conceitos:
Teoria: 
Conjunto de proposições lógicas, inter-relacionadas, que explicam a natureza do fenômeno estudado; e, É abstrata. Ou seja uma teoria é um conjunto de hipóteses que atreves de métodos são testadas e comprovadas. 
Hipótese: 
É uma ideia embasada em conhecimentos cientifico já produzidos, mas ainda não confirmada, prevê o que acontecerá em condições específicas. Testam a validade da teoria, é também abstrata, mas mais específica do que a teoria. Deve ser operacionalizada. 
Lei:
Uma lei nas ciências vai descrever a existência de determinado fenômeno que acontece na natureza, não vai explicar o porquê tal fenômeno ocorre, a teoria sim.
Métodos de pesquisa 
Construção da teoria
 INDUÇÃO DEDUÇÃO
 (particular) (geral))
 
Método indutivo: parte de casos particulares, isolados, busca-se um padrão, ou uma verdade geral que os explica e se aplica a todos os casos isolados análogos aos observados. Determina-se três etapas observação do fenômeno, descoberta da relação entre eles e generalização da relação.
Ex: o cachorro tem pelos, o gato tem pelos, o cavala tem pelos, logo todos os mamíferos tem pelos.
Método dedutivo: parte de uma lei, uma verdade geral (conhecida como premissas) ou abrangente, chega-se a uma verdade partícula e/ ou especifica. Esse método é mais utilizado nas ciências exatas,
Método Hipotético-Dedutivo: esse método é aplicado a partir de um problema de pesquisa, algo que ainda não foi totalmente explicado, em seguida o pesquisador desenvolve hipóteses(respostas) passiveis de teste e posteriormente cria-se novas considerações, conclusões sobre o tema estudado.
Esse método geralmente é usado para testar hipóteses já existentes, chamadas de axiomas, para assim, provar teorias, denominadas de teoremas. Por isso, ele é também denominado de método hipotético-dedutivo. 
Método Dialético: esse método se caracteriza pelo confronto de ideias, por esse método qualquer conceito tido como verdadeiro deve ser testado diante de outras ideia, afim de produzir uma nova teoria. Esse método compreende três etapas, a tese, antítese e a síntese 
.
Método Fenomenológico: 
Tipos de Pesquisa
Forma de abordagem do problema
Pesquisa Quantitativa: Traduz em números, opiniões e informações para classifica-los e organiza-los. Ou seja, essa abordagem possibilita uma análise estatística, o pesquisador se mantem distante do processo.
Pesquisa Qualitativa: Considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e sujeito. É descritiva e utiliza o Método indutivo, sendo que os dados obtidos são analisados indutivamente. Ou seja esse tipo de abordagem possibilita a interpretação frente os dados do pesquisador 
Objetivos de pesquisa
Pesquisa exploratória:
Quando o tema/objeto do estudo é pouco estudado, geralmente constitui a primeira etapa de um estudo mais abrangente. Tem como objetivo desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, formular problemas mais precisos ou hipóteses que podem ser pesquisadas em estudos posteriores e ter como produto final, um melhor entendimento do problema para que o mesmo possa ser melhor estudado utilizando procedimentos mais sistematizados. Pode decorrer através do levantamento de dados bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casos.
Pesquisa descritiva 
Preocupa-se em descrever determinado fenômeno, identificar e denomina-lo, A conceituação é um importante processo nesse tipo de pesquisa. Tem como objetivo descrever, identificar, registrar e analisar as características de determinada população ou fenômeno, ou mesmo o estabelecimento de relações entre variáveis, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observações sistemáticas.
Pesquisa Explicativa
É o estudo da relação causa e efeito, busca por explicações significativas sobre determinado fenômeno social ou comportamental. Requer o uso de modelos teóricos que embasam as explicações do por que em dadas condições o fenômeno estudado ocorre. Visa identifica suas causas, os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos, envolve a construção de uma tese.
Pesquisa Preditiva
Se sabemos porque certos resultados ocorrem, podemos prever quando o resultado ocorrerá ou não. É um passo à frente da pesquisa explicativa.
Ex. Analisar a trajetória do Serviço Social no Brasil, bem como dos desafios colocados para construirmos avanços.
Pesquisa Interventiva ou Pesquisa-Ação
Se sabemos porque um resultado ocorre, temos o conhecimento, mas não necessariamente os recursos ou a tecnologia para mudar o resultado. É a resolução de um problema coletivo 
Pesquisa Avaliativa
Mostra se os programas e políticas estão produzindo os tipos desejados de resultados ou atingindo as metas estabelecidas.
 Estratégias: 
Análise estratégica, Análise de implantação, Análise de desempenho, Análise dos efeitos das ações
Abordagem:	
Estrutura: recursos materiais, humanos e organizacionais, 
Processo: a tudo aquilo que medeia a relação profissional-usuário, e, Resultados
Pesquisa descritiva-exploratória
Ex.: Identificar as redes sociais de apoio utilizadas por famílias e aquelas indicadas pelos profissionais de saúde no cuidado domiciliar, para classificá-las de acordo com o tipo de apoio e de relação oferecidos e justapô-la
Unidades de Análise:
Indivíduos, grupos, organizações, artefatos sociais: ex. currículo. Todo tipo de objeto feito pelo homem.
População (N)
Conjunto de todos os elementos que têm pelo menos uma característica comum. 
Tamanho da população (N)
Finitos – quanto têm até 100.000 elementos.
Infinitos – quando têm mais de 100.000 elementos.
População Alvo: conjunto de elementos ou objetos que possui a informação procurada pelo investigador e sobre a qual as inferências serão realizadas. Deve ser definida de modo preciso
Amostra (n)
Subconjunto finito da população.
Unidade da Amostra: elementos ou conjunto de elementos considerados para seleção em alguma etapa da amostragem. Ex.: cidades, bairros, escolas etc.
Elemento: unidade sobre a qual a informação é coletada. Ex.: pessoas, famílias, escolas etc. 
Ex: população: pessoas residentes em viçosa.
Amostra: subpopulações, como só mulheres, ou por bairros, ou por determinada renda etc.
Questões que devem ser levadas em conta na hora de selecionar a amostra:
Quantos indivíduos deve ter a amostra para que represente de fato a totalidade de elementos da população?
Como selecionar os indivíduos de maneira que todos os casos da população tenham possibilidade iguais de serem representados na amostra? 
Moldura de amostragem: lista de unidades da qual se retira a amostra. Em geral são as molduras de amostragem que definem a população. Ex.: Registros administrativos, cartografias, listas telefônicas.
Unidade de análise e unidade de observação:em geral, podem ser o mesmo, mas não necessariamente. 
Unidade de análise: domicílio 
Unidade de observação: pessoa de referência
Amostragem probabilística
A seleção da amostra é aleatória de tal forma que cada elemento tem igual probabilidade de ser sorteado para a amostra, e é selecionado independentemente de qualquer outro. Esse tipo de método de seleção da amostra possui uma tamanho amostral maior, mas a margem de erro é menor.
Amostragem aleatória simples.
Cada elemento da população tem a mesma probabilidade de ser selecionado, é a mais utilizada. Ex: sorteio.
As vantagens são que além da facilidade de compreensão os resultados podem ser projetados para a população alvo. E as desvantagens são menor precisão com maiores erros do que outras técnicas e pode não resultar em uma amostra representativa.
Amostragem aleatória sistemática
Este tipo é uma variação da amostragem aleatória simples, mas nessa há uma mescla entre o acaso e método, ou seja, a seleção é aleatória do primeiro elemento da população e sequencial dos restantes por exemplo.
Amostragem Aleatória Estratificada
A população divide-se em subpopulações (estratos) razoavelmente homogêneos, Separa os elementos da população em estratos, Especifica quantos itens da amostra serão retirados de cada estrato, Seleção aleatória dos elementos de cada estrato. Esta divisão pode ser por sexo, raça, renda, idade etc. 
Amostragem por Conglomerados ou Clusters
Utilizada quando é impossível ou impraticável criar um quadro de amostragem de uma população alvo porque ela é espalhada geograficamente e o custo da recolha de dados é relativamente alto.
 A população encontra-se dividida em clusters que são selecionados aleatoriamente, as desvantagens Plano amostral menos eficiente pois dentro dos conglomerados os elementos tendem a ser mais parecidos.
Exemplo: quero entrevista moradores de determinada comunidade, e para isso eu seleciono as casas de maneira aleatória, por sorteio atreves de uma foto de satélite ou mapa por exemplo. O pesquisador não vai ter o controle de quantas pessoas vão ser entrevistadas. 
Amostragem não probabilística
A amostra é baseada em critérios definidos previamente, não dá a todos os indivíduos da população as mesmas chances de ser selecionados. Não é possível generalizar os resultados para a população, pois amostras não probabilísticas não garantem a representatividade da população.
Amostragem por Conveniência ou acidental 
 O pesquisador vai selecionar sua amostra de acordo com a Disponibilidade e acessibilidade dos elementos que constituem a população alvo, As unidades amostrais são acessíveis, fáceis de medir e cooperadoras.
O pesquisador vai selecionar sua amostra geralmente em lugares movimentados onde tem um diversidade de indivíduos grande, como uma avenida, um shopping, pesquisa de opinião por exemplo.
Amostragem Intencional
A escolha da amostra baseia-se na opinião de uma ou mais pessoas que conhecem bem as características específicas da população em estudo. O pesquisador estabelece um “filtro” ou seja, ele não vai abordar qualquer pessoa, mas apenas aqueles que possuem determinada característica que interessa ao determinado estudo. Exemplo: o pesquisador ir pra lugares movimentados mas só vai aportar pessoas negras, ou que usam óculos se esse for o foco da pesquisa.
Amostragem Snowball ou Bola de Neve
Esse tipo de amostra se dá em duas fases, a 1ª fase: os indivíduos são escolhidos aleatoriamente e na 2ª fase: os indivíduos adicionais escolhidos com base na informação dos primeiros.
Obs: A diferença da probabilística pra não probabilística que que na primeira todos os indivíduos possuem chances iguais de participarem da amostra.
Amostragem Sequencial
A realização da fase seguinte só é decidida depois de analisados os resultados da fase anterior, a amostragem é continuada até obter o resultado desejado. Assim que os resultados forem significativos e relevantes para a finalidade para a qual a amostragem é feita, a amostragem é interrompida e se o resultado desejado não for alcançado, o próximo lote de amostra é retirado e analisado.
Amostragem por Quotas ou proporcional.
As unidades são selecionadas com base em características já especificadas que condizem com a proporção da população total
 Etapas:
Divide-se a população do estudo em grupos de forma exaustiva (todos os indivíduos estão em um grupo) mutuamente exclusivos (um indivíduo só pode estar em um único grupo), semelhante à divisão em camadas usadas na amostragem estratificada. Normalmente, utiliza-se uma variável sociodemográfica, como sexo, idade, classe social, região.
Posteriormente estabelece-se a meta de indivíduos a serem entrevistados para cada um dos grupos, proporcionalmente ao tamanho do grupo populacional e nem seguida seleciona-se os participantes para cobrir todas as quotas definidas, que pode ser por conveniência.
Fases do Processo de Amostragem:
Definir processo de amostragem adequado ao tipo de dados e ao instrumento de análise
• Estabelecer o plano de amostragem de acordo com a população alvo:
• Definir a população pesquisada ou população alvo
• Definir o quadro de amostragem
• Escolher a técnica de amostragem
• Determinar o tamanho da amostra
• Executar o processo de amostragem
“Dados coletados de forma descuidada podem ser tão inúteis que nenhum procedimento estatístico consegue salvá-los”.
O Problema de Pesquisa
O que é problema?
“...qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento [...] pode-se dizer que um problema é testável cientificamente quando envolve variáveis que podem ser observadas ou manipuladas. As proposições que se seguem podem ser tidas como testáveis: Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?
A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?
Técnicas de dinâmica de grupo facilitam a interação entre os alunos? Todos estes problemas envolvem variáveis suscetíveis de observação ou de manipulação. É perfeitamente possível, por exemplo, verificar a preferência político-partidária de determinado grupo, bem como o seu nível de escolaridade, para depois determinar em que medida essas variáveis estão relacionadas.” (GIL, 2006, p. 49-50). Resumindo: Problema é a pergunta que a pesquisa pretende resolver.
Requisitos para a formulação do problema (GIL, 2002)
Claro e preciso: todos os conceitos e termos usados em sua enunciação não podem causar ambiguidades ou dúvidas;
Empírico: isto é, observável na realidade, que pode ser captado pela observação do cientista social através de técnicas e métodos apropriados;
Delimitado;
Passível de solução: é necessário que haja maneira de produzir uma solução para o problema dentro de critérios metodológicos e de cientificidade.
“O raciocínio – parte essencial de um bom trabalho – não se desencadeia quando não se estabelece devidamente um problema” (SEVERNO, 1986, p. 148-149).
Fatores que determinam a escolha do problema de pesquisa
Valores sociais do pesquisador
Incentivos sociais
Objetivos a serem atingidos com a formulação do problema (CERVO; BERVIAM, 2002):
Tipos de problemas (LAKATOS, 1990, p. 25)
Problemas de Estudo Acadêmico: estudo descritivo, de caráter informativo, explicativo ou preditivo;
 Problemas de Informação: coleta de dados a respeito de estruturas e condutas observáveis dentro de uma área de fenômenos (propaganda);
 Problemas de Ação: campo de ação onde determinados conhecimentos sejam aplicados com êxito (planejamento);
Investigação Pura e Aplicada: estuda um problema relativo ao conhecimento científico ou sua aplicabilidade (investigação).
Como formular um problema
 Formulado em termos de pergunta:
– Qual?
– O quê?
– Como?
– Quando?
 Não deve ocupar mais do que um parágrafo – geralmente 1 a 2 linhas.
A Ética na Pesquisa
Temos dois principais teorias que vão descrever os valores e comportamentos socialmente necessários para um pesquisador e uma pesquisa cientifica.O primeiro documento é o código de Nuremberg (1947) e posterior mente a Declaração de Helsinque (1964).
Código de Nuremberg:
Consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial.
O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a sociedade, que não possam ser buscados por outros métodos de estudo, mas não podem ser feitos de maneira casuística ou desnecessariamente.
O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação em animais e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas em estudo; dessa maneira, os resultados já conhecidos justificam a condição do experimento.
O experimento deve ser conduzido de maneira a evitar todo sofrimento e danos desnecessários, quer físico, quer materiais.
Não deve ser conduzido qualquer experimento quando existirem razões para acreditar que pode ocorrer morte ou invalidez permanente; exceto, talvez, quando o próprio médico pesquisador se submeter ao experimento.
O grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância do problema que o pesquisador se propõe a resolver.
Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante do experimento de qualquer possibilidade de dano, invalidez ou morte, mesmo que remota.
O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas cientificamente qualificadas.
O participante do experimento deve ter a liberdade de se retirar no decorrer do experimento.
O pesquisador deve estar preparado para suspender os procedimentos experimentais em qualquer estágio, se ele tiver motivos razoáveis para acreditar que a continuação do experimento provavelmente causará danos, invalidez ou morte para os participantes.
Declaração de Helsinki
■ A pesquisa clínica deve adaptar-se aos princípios morais e científicos que justificam a pesquisa médica e deve ser baseada em experiências de laboratório e com animais ou em outros fatos cientificamente determinados.
■ A pesquisa clínica deve ser conduzida somente por pessoas cientificamente qualificadas e sob a supervisão de alguém medicamente qualificado.
■ A pesquisa não pode ser legitimamente desenvolvida, a menos que a importância do objetivo seja proporcional ao risco inerente à pessoa exposta.
■ Todo projeto de pesquisa clínica deve ser precedido de cuidadosa avaliação dos riscos inerentes, em comparação aos benefícios previsíveis para a pessoa exposta ou para outros.
■ Precaução especial deve ser tomada pelo médico ao realizar a pesquisa clínica na qual a personalidade da pessoa exposta é passível de ser alterada pelas drogas ou pelo procedimento experimental.
Ética em Pesquisa no Brasil
■ 1988 - Resolução nº 1/88 do Conselho
Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde
(CNS/MS).
■ 1996 - Resolução 196/96 criou a Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP)
– A CONEP tem como principais atribuições:
■ zelar pelo cumprimento da resolução;
■ monitorar
■ aconselhar
_ Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
■ A justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa;
■ Os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados;
■ Os métodos alternativos existentes;
■ A forma de acompanhamento e assistência, assim como seus responsáveis;
■ A garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da pesquisa, sobre o método, informando a possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo;
■ A liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;
■ A garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa;
■ As formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa;
■ As formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.
■ Após o término da pesquisa, seus resultados devem ser divulgados sob a forma de Tema Livre e/ou Artigo Original, cumprindo a resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1595/2000.
Tipos de Dados
Primários e Secundários 
Os dados primários são aqueles que ainda não foram coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, são coletados com o propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento.
Os dados Secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, muitas vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender às necessidades da pesquisa em andamento, estão catalogados à disposição dos interessados.
Interferência no estudo
Observacional ou intervencional 
O primeiro conceito ocorre através da observação direta da população em estudo em uma única oportunidade, quando o pesquisador simplesmente observa, sem intervir ou modificar qualquer aspecto que esteja estudando.
O segundo conceito acontece quando o pesquisador não se limita a simples observação, mas interfere pela exclusão, inclusão ou modificação de um determinado fator.
Direcionalidade temporal do estudo 
Prospectivo: monta-se o estudo no presente, e o mesmo é seguido para o futuro, um estudo de causa e efeito. É no geral, mais demorado, exige do pesquisador um acompanhamento do grupo estudado por um longo período de tempo. Ex; estudo sobre as consequências da reforma do sistema previdenciário. 
Retrospectivo: realiza-se o estudo a partir de registros do passado, e é seguido adiante a partir daquele momento até o presente. É fundamental que haja credibilidade nos dados de registros. Ex: uma estudo sobre os fatores que leva ao aumento da violência urbana em viçosa.
Dimensão temporal:
 Estudos transversais (Cross-Seccional): envolvem a coleta de dados em determinado ponto no tempo não se preocupam com o que aconteceu antes ou depois do estudo demandam menos recurso. (Todas as variáveis refere-se a um único momento).
Estudos longitudinais: permitem a observação em um período de tempo demandam mais recurso. (Quando o estudo há mais de um momento)
Tipos: Retrospectivo: se conhece o efeito e se busca a causa
Prospectivo: se conhece a causa ou fator determinante e se procura o resultado.
Estudos de Coorte: examinam subpopulações específicas ou coortes e suas mudanças ao longo do tempo.
2 grupos: normal e controle
Pesquisa menos propensa a erro.
Pesquisa demorada e cara devido ao acompanhamento dos indivíduos.
Caracterização segundo o grupo:
Coortes de população geral: seguimento de uma amostra de uma população geral (área bem definida geográfica ou administrativamente).
Coortes de grupos populacionais restritos: grupos que oferecem facilidades para a avaliação da exposição, do seguimento e do desfecho (ex. profissionais de saúde).
Coortes de exposição especial: grupo de pessoas submetidas a níveis elevados de uma exposição não usual (ex. exposições ocupacionais, acidentes químicos, acidentes nucleares).
Caracterização segundo o timing da coleta das informações:
Concorrentes, prospectivos, clássicos a exposição pode (ou não) já ter ocorrido, mas o desfecho ainda não ocorreu 
Não concorrentes, retrospectivos. Todas as informações sobre a exposição e o desfecho já ocorreram antes do início do estudo.
Problemas: viés de informação inabilidade para controlar variáveis de confusão (falta de informação).
Caracterização segundo o tipo de experiência populacional captada
 
População fechada ou fixa: Conjunto de pessoas que apresentam um evento comum (restrito no tempo e no espaço) que caracteriza a sua admissão na coorte. Uma vez membro da coorte sempre membro da coorte. 
População aberta ou dinâmica: Conjunto de pessoas que apresentam uma característica (estado de qualificação) que define a sua participação durante o tempo que apresentarem esta característica. Ex estudos de gestantes.
Painel: 
Examina o mesmo grupo em cada tempo. Ex: estudos sobre o desenvolvimento de crianças em determinada escola, para coletar esses estados o pesquisador deve realizar algum tipo de prova de tempos em tempos pra analisar essa progressão.

Continue navegando

Outros materiais