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O Método Científico e a Bioestatística

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Bioestatística aula 2 
 Victória Viana
O que é estatística?
Por Robert Hogg: ‘’no nível da iniciação a estatística não deve ser apresentada como um ramo da Matemática. A boa estatística não deve ser identificada com rigor ou pureza matemáticos, mas ser mais estreitamente relacionado com o pensamento cuidadoso. Em particular, os alunos devem apreciar como a estatística é associada com o método científico; observamos a natureza e formulamos questões, coligimos dados que lançam luz sobre essas questões, analisamos os dados e comparamos os resultados com o que tínhamos pensado previamente, levantamos novas questões e assim sucessivamente.’’ 
Estática e o Método Científico
Nas palavras de Hogg, método científico e pensamento cuidadoso são coisas que não podem ser separadas. O pensamento é um aspecto da razão humana, e um pensamento cuidadoso é estruturado, sistematizado. Podemos então escrever esse conceito da seguinte forma: 
Método científico: conjunto de estratégias, ferramentas e ideias resultantes da experiencia humana e consequentes do acúmulo de saberes, que, estruturas e sistematizadas, possibilitam alcançar um objetivo, que é responder a uma pergunta. Toda pesquisa cientifica é baseada em uma pergunta. 
- Em outras palavras, o pensamento é algo natural de qualquer ser humano, porem a partir do momento em que esse pensamento começa a ser cauteloso, organizado e estruturado em sua forma de raciocínio ele se torna um método científico de pensar. 
- Dentro do método estatístico, que é como fazer uma pesquisa, pode-se formular que existe um conjunto de estratégias, ferramentas, pensamentos e ideias resultantes do nosso raciocínio e da nossa estruturação e esquematização.
- A estática então pode ser uma ferramenta a ser utilizada em conjunto com o método científico, a fim de se obter as respostas para perguntas presentes em determinadas pesquisas cientificas.
Método estatístico e suas etapas: (debaixo para cima na imagem)
Observação: o pesquisador é motivado a pesquisar quando olha para o mundo ao seu redor e decide conhecê-lo melhor. Dessa etapa surgem as perguntas (se forem pertinentes darão início a uma pesquisa), sendo elas originadas a partir das observações feitas.
Definir uma questão: o pesquisador especifica o que deseja conhecer em relação ao fenômeno observado. Parte do princípio de desejar entender melhor aquilo que é observado, sendo assim, entender melhor os fenômenos que acontecem ao redor de quem os observa. 
Formular uma hipótese: o pesquisador fundamenta-se em seu conhecimento e experiencias prévias para imaginar o que explicaria o fenômeno observado. Sempre que existir uma hipótese ela será acompanhada de uma contra hipótese. A partir disso, começasse uma busca para verificar qual hipótese é a correta. 
Coleta de dados: início da fase operacional da pesquisa (planejamento da obtenção e obtenção dos dados), o pesquisador tem à sua disposição técnicas estatísticas de amostragem para auxiliá-lo a selecionar de forma adequada um conjunto de sujeitos que representarão essa população. O momento em que se executa para desenvolver a parte quantitativa do trabalho. 
Analisar dados: o pesquisador confronta seus dados, que representam um universo empírico, com as hipóteses previamente formuladas, ou seja, está utilizando medidas estatísticas para trabalhar essa informação que foi obtida e assim ser capaz de analisar a veracidade das hipóteses formuladas no início da pesquisa. Confronto daquilo que se esperava, com o que realmente se obteve de fato. 
Conclusões: a partir da organização das informações obtidas, o pesquisador traça analogias com estudos prévios e faz reflexões sobre as limitações e o alcance de seu estudo (para ser cuidadoso com as generalizações). Síntese de todo o estudo e resultado da pesquisa. 
O que é a Bioestatística?
A bioestatística é a estatística aplicada às ciências biológicas e da saúde. A estatística é fundamental para a genética, a pesquisa agronômica, a pesquisa clínica, a epidemiologia e outras áreas. Entendemos que a bioestatística não é necessariamente uma área de estatística, e sim uma ‘’adaptação’’ de suas ferramentas aos desafios encontrados nas pesquisas da área biológica e da saúde. 
População e amostra (parte inicial do operacionismo do método científico)
POPULAÇÂO: é quando se tem um conjunto elementos (o que for o conjunto de material de estudo) que têm alguma característica em comum. De modo que a pergunta formulada seja a eles direcionada. 
Um estudo que utiliza dados de toda uma população é chamado de censo. Porém, na maioria dos estudos não é possível ter a coleta de dados de toda uma população, devido a X razoes (acesso, tempo, custos financeiros), então usamos as informações de uma amostra, ou seja, de uma parte selecionada da totalidade de elementos da população. 
Conjunto= População
Subconjunto= Amostra 
Estudos usados nas pesquisas em saúde 
Se dividem em dois grupos: Observacionais e Experimentais. 
Estudos observacionais: o pesquisador apenas observa algumas características, condições, conhecimentos, crenças, comportamentos, hábitos ou atitudes dos indivíduos selecionados e faz uma análise sobre essa observação, sem criar modos de intervenção para mudar aquela realidade. 
Dentro dos estudos observacionais são encontrados outros tipos de estudo, sendo eles: estudo caso-controle, estudos transversais e estudo de coorte.
Caso-controle: de uma mesma população de interesse, são selecionadas duas amostras, uma amostra é composta de indivíduos portadores de uma condição específica (os casos) e a outra amostra é composta de indivíduos que não portam essa condição (os controles). Sempre com a mesma quantidade de indivíduos nas duas amostras, sendo assim, dando ênfase a população em que tem uma menor quantidade de indivíduos, não sendo proporcional então o número de população com o número coletado para amostra. 
Transversais: um objetivo central de um estudo transversal é obter uma estimativa da proporção de pessoas portadoras da característica. Sendo assim, o número retirado para amostra será proporcional as populações doentes e não doentes, ou seja, se existem mais não doentes, a amostra dos não doentes será maior do que a amostra dos doentes visto que a população desses é menor que a outra. 
Coorte: os indivíduos amostrados são, a princípio, classificados como expostos ou não a uma situação ou condição que pode (ou não) ocasionar um evento específico (como uma doença, por exemplo). Esses indivíduos são acompanhados durante um período específico. É um estudo feito a longo prazo. De início funciona como um caso-controle, se difere, pois as amostras coletadas serão observadas por um longo período, a fim de obter respostas ao que tange a evolução do que está sendo observado.
 
Estudos experimentas | de intervenção: o pesquisador utiliza deliberadamente algum tipo de método de intervenção para modificar a situação em que o indivíduo está inserido pela característica ou aspecto que o indivíduo possui. Essa intervenção pode ser, por exemplo, uma cirurgia, a administração de um fármaco, uma ação educativa ou um programa de exercícios físicos. Podemos dizer que os estudos de intervenção podem ser profiláticos ou terapêuticos. 
Profiláticos: tem a ideia de evitar o surgimento do problema, ou seja, destinam-se a estudar o efeito de uma intervenção em evitar uma doença, evento ou condição de interesse. Assim, é natural que nos lembremos de estudos de novas vacinas que podem evitar o surgimento de uma doença. 
Terapêuticos: entendemos que pessoas selecionadas já são, em alguma intensidade, portadoras da doença, evento ou condição de interesse, e a intervenção destina-se a modificar, de forma benéfica, esse estado. Então destinasse para melhorar a qualidade de vida de uma pessoa que já tem alguma doença, sendo assim, o tratamento para essa doença. 
Ensaio controlado aleatorizado:os indivíduos elegíveis ao estudo são divididos ao acaso em dois ou mais grupos. Os indivíduos de um grupo recebem o tratamento sob investigação, enquanto os de outro grupo recebem um tratamento convencional, um tratamento simulado ou mesmo nenhuma intervenção. Quando possível, os participantes da pesquisa não sabem a que grupo pertencem, para evitar que suas crenças sobre o tratamento interfiram no resultado do estudo ou que desistam de participar quando selecionados para o grupo controle. Efeito placebo entra nesse caso. 
Ensaio de não superioridade: Nesse caso, o objetivo não é estudar se uma dada intervenção é, sob algum aspecto, superior a outra, e sim entender se a intervenção estudada é tão benéfica quanto a outra tradicionalmente utilizada no tratamento de uma doença ou condição. Definir se técnicas novas tem o mesmo nível de benefício para o paciente as quais as tradicionais proporcionam. 
Estatística descritiva: variáveis e apresentação de dados
Variável: é uma característica de interesse que pode assumir diferentes valores ou classificações para diferentes sujeitos, organismos ou objetos selecionados para nosso estudo, ou seja, são as informações que estão sendo mensuradas , investigadas, sendo essas informações, independente da variável, sendo convertida em números depois, dando origem a uma mensuração numérica. É sobre esse termo que se busca realizar uma investigação. 
Exemplo: em uma análise sobre fatores de risco para doenças cardiovasculares, as variáveis de interesse podem ser a idade (em anos), a pressão sistólica (em mmHg), o peso (em kg), a prática de exercícios físicos (os indivíduos são classificados com praticantes ou não), os antecedentes familiares (presentes ou ausentes) e diabetes (presente ou ausente). 
Classificação das variáveis: 
Quantitativas: podem ser contínuas ou discretas. 
Quantitativas contínuas: são resultados de medições feitas diretamente. Ex.: peso (kg), altura (cm), níveis séricos de colesterol (em mg/ml).
Quantitativas discretas: está relacionada a uma contagem total, um número de elementos, um número de resultados. Ex.: número de tempo de internação (em dias) e o número de pontos dolorosos de pacientes com fibromialgia.
Qualitativas: podem ser nominais ou ordinais. 
Qualitativas nominais: quando a variável pode ser agrupada, sendo sobre uma característica, uma propriedade que as informações possuem em comum. Ex.: tipo sanguíneo (A, B, AB ou O), o diabetes (presente ou ausente). 
Qualitativa ordinais: da uma noção de ordenação, de escala de níveis, de hierarquia. Ex.: classe econômica (A, B, C ou E) e a gravidade de uma doença (leve, moderado ou alta).

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