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1- RESPONSABILIDADE CIVIL UNIDADE I-ok

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Direito de Família - Prof.ª M.ª Clarissa Bottega
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RESPONSABILIDADE CIVIL
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Unidade I
Responsabilidade Civil - Prof.ª Francisco Leonardo Silva Neto
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Direito de Família - Prof.ª M.ª Clarissa Bottega
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 NOTAS INTRODUTÓRIAS
Responsabilidade Civil - Prof.ª Francisco Leonardo Silva Neto
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UNIDADE I
 O tema “responsabilidade civil” é suma importância para todos que militam na seara jurídica, seja estudantes, advogados, magistrados, dentre outros.
 O instituto da “responsabilidade civil” se manifesta através das várias adversidades ou mazelas enfrentadas pela sociedade, por exemplo, prática de atos ilícitos; descumprimento de obrigações. Inclusive, tal instituto se alimenta nos danos materiais e morais.
 Enfim, como já dizia *Antônio Chaves, “Uma vida em sociedade sem desarmonias, sem choques, sem lesões é um ideal utópico, inatingível. Por mais civilizado que seja um grupo social, por mais requintada que seja a cultura, existirá sempre um infinita variedade de atos causadores de prejuízos..”. 
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 Dada as relações sociais cada vez mais amplas e diversificadas em sua forma, multiplicam-se as possibilidades de danos.
 Por essa razão, que a responsabilidade civil é o instrumento capaz de reparar o dano sofrido por alguém.
 Portanto, na presente disciplina “responsabilidade civil” se estudará minuciosamente todos os institutos que permeiam tal conteúdo, desde os elementos caracterizadores da responsabilidade civil até as diversas hipóteses de responsabilidade civil previstos no ordenamento jurídico vigente, valendo-se dos entendimentos jurisprudenciais e doutrina pertinente. 
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UNIDADE I
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 CONTEXTO-HISTÓRICO E CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
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Embora antiga a noção de responsabilidade, remontando à Jurisprudentia romana, a palavra tornou-se de uso corrente somente no século XIX.
O vocábulo responsabilidade provém do verbo latino respondere, de spondeo, que significa garantir, responder por alguém, prometer. No Direito Quiritário, o devedor se obrigava perante o credor, nos contratos verbais, respondendo à sua indagação com a palavra spondeo (prometo).
Segundo o doutrinador *Paulo Nader (2016, pág. 50), “Foi com a Lei de Talião que surgiu, historicamente, o primeiro critério de ressarcimento de danos, que não se apoiava na Moral Natural. Pelo princípio estabelecido, haveria igualdade entre o mal infligido e a consequência a ser aplicada ao agente. Os hebreus praticaram a Lei, embora sem lhe atribuir a denominação com a qual ficou conhecida, que é de origem latina – talis (igual, semelhante, tal); daí as palavras talio, taliones, cujo significado é: pena igual à ofensa. (...)” 
UNIDADE I
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CONTEXTO-HISTÓRICO E CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL
Cont.. Paulo Nader (2016, pág. 50), “Na Bíblia, consta a passagem: “ Mas, se se seguiu a morte dela, dará vida por vida, mão por mão, pé por pé...” Livro do Êxodo, 21, 23 a 25. (...) 
Discorre o Autor supracitado, “A vingança pessoal e a pena de talião integraram a fase da justiça privada, que não se norteou pela ideia de justiça substancial ou Jus Naturale”
Vale destacar aqui o Código de Hamurabi (2.000 a. C.), onde a pena foi adotada e de forma simétrica; Por exemplo, se um pedreiro edificava mal uma casa e esta ruía, matando o filho do proprietário, a este caberia o direito de matar, não o pedreiro, mas o filho deste, conforme se lê no §230 do Códex.
Evolui-se para a fase da composição, mais humana e racional
Entre as fontes romanas e a era da codificação, iniciada com o Code Napoléon, a história registra o importante papel desenvolvido pela Escola do Direito Natural, nos séculos XVII e XVIII, conforme Ibidem. 
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CONCEITOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
Para o doutrinador Paulo Nader (2016, pág. 7), “A nomenclatura responsabilidade civil possui significado técnico específico: refere-se à situação jurídica de quem descumpriu determinado dever jurídico, causando dano material ou moral a ser reparado”.
Na definição de M. A. Sourdat, “Entende-se por responsabilidade a obrigação de reparar o prejuízo resultante de um fato do qual se é autor direto ou indireto”.
A autoria indireta é aquela quando o agente responde pelos atos que não praticou, mas terceiros ou coisas. Para tanto, deve haver um liame jurídico entre o responsável e o executor do ato, como pai e filho, tutor e pupilo, patrão e empregado. A culpa daquele será in vigilando ou in eligendo.
Segundo Colin e Capitant, “designa a obrigação de reparar o dano causado a outrem, seja por um fato pessoal, falta de certas pessoas ou por fato de uma coisa da qual se é proprietário ou guardião”.
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Para o já supracitado Autor Paulo Nader, a responsabilidade civil, de acordo com a doutrina, pode ser simples ou complexa. Dá-se a primeira modalidade, quando o agente se responsabiliza por conduta própria. Por exemplo, um motorista, por imprudência, atrolepa uma pessoa, causando-lhe danos físicos, sujeita-se às reparações devidas. Trata-se de responsabilidade simples. Já quando o motorista praticou o ato no desempenho das suas funções de empregado, responsável pelos será a empresa que o contratou. A responsabilidade civil da empresa, dento desta classificação, se diz complexa. Igualmente, se o fato ocorre por desdobramento de prédio ou ataque de animal. 
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ALGUNS CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL
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FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
A finalidade da responsabilidade civil, de acordo com as várias correntes doutrinárias, tem sido expostas em três dimensões: reparação, prevenção de danos e punição.
A) Reparação
A responsabilidade civil visa, precipuamente, ao ressarcimento da lesão sofrida pelo ofendido; se possível, com o retorno ao status quo ante, seguindo-se o princípio da restitutio in integrum.
A reparação deve abranger todos os danos impostos pelo agente à vítima, sejam este materiais ou morais, possível a cumulação das modalidades.
B) Prevenção de danos
A previsão legal ou contratual da reparação reforça nas pessoas a consciência da importância de não lesar outrem. 
Inegavelmente, mais importante do que a reparação é o efeito preventivo da disposição legal. Ao impor a obrigação de reparar os danos, as sentenças judiciais desenvolvem uma atividade pedagógica, evitando, em muitos casos, a práticas de atos ilícitos.
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FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
C) PUNIÇÃO E OS PUNITIVE DAMAGES
A finalidade punitiva da responsabilidade, em nossa experiência, é própria da esfera criminal. No âmbito civil é bastante relativa, pois nem sempre o dever de ressarcir impõe sacrifícios pessoais ao ofensor, especificamente quando integrante de classe social favorecida. 
Punitive Damages, também chamados exemplary damages ou smart money, prática norte-americana, que são a parcela adicional de condenação. Nos moldes do Direito norte-americano, função punitiva induz ao enriquecimento sem causa.
Nosso sistema pátrio rejeita, expressamente, o enriquecimento sem causa, não comportando, pois, os punitive damages. Contudo, na esfera processual civil as astreintes – penalidade estipulada pelo juízo para a hipótese de descumprimento de obrigação, geralmente de fazer ou não fazer, cujo valor é progressivo, pois fixado em dias-multa ou periodicidade diversa, é planamente admissível.
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RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA E OBJETIVA(TEORIA DO RISCO) E CULPA PRESUMIDA
A responsabilidade civil subjetiva é regra geral utilizada no ordenamento jurídico vigente, a saber: no Código Civil. Pressupõe o dolo (ação ou omissão) ou a culpa do agente (negligência, imprudência e imperícia). Tal responsabilidade se respalda na comprovação da culpa lato sensu, ex vi do art. 186 do Código Civil de 2002. 
De acordo com esta orientação, se o dano foi provocado exclusivamente por quem sofreu as consequências, incabível o dever de reparação por parte de outrem. Igualmente se decorreu de caso fortuito ou força maior.
Veja-se: Se ocorre o desabamento de um prédio, provocando danos morais e materiais aos seus moradores, devido ao erro de cálculo na fundação, a responsabilidade civil ficará patenteada, pois o profissional agiu com imperícia. Outro exemplo, se o fato jurídico originou-se de um abalo sísmico, não haverá a obrigação de ressarcimento pelo responsável pela obra. 
Responsabilidade Civil - Prof.ª Fco. Leonardo Silva Neto
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RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA E OBJETIVA(TEORIA DO RISCO) E CULPA PRESUMIDA
Em suma, a responsabilidade subjetiva pressupõe a comprovação da culpa, nos termos do artigo 186 do Código Civil. Fica obrigado a reparar, conforme artigo 927, caput, do Código Civil. Portanto, constata-se a culpa, investigando-se o animus do agente.
Contudo, a responsabilidade subjetiva não satisfaz plenamente ao anseio de justiça nas relações sociais. Há atividades no mundo dos negócios que implicam riscos para a incolumidade física e patrimonial das pessoas. Com base na culpa (leia-se responsabilidade subjetiva), tais danos ficariam sem qualquer reparação.
Daí o pensamento jurídico haver concebido a TEORIA DO RISCO OU RESPONSABILIDADE OBEJTIVA, para a salvaguarda das vítimas. Nesta espécie de responsabilidade civil, dispensa-se o elemento culpa.
Para certos tipos de lesões, em que há manifesta dificuldade de se provar a culpa, o legislador estabelece presunções a favor do ofendido. 
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RESPONSABILIDADE CIVIL
A teoria do risco criado, adotado pelo Código Civil de 2002, ex vi do artigo 927, parág. Único, fundamenta a obrigação de reparar o dano no fato de a atividade desenvolvida pelo ofensor ser geradora de riscos.
A ordem jurídica prevê muitas hipóteses para a aplicação da teoria objetiva e a começar pela Consituição Federal. Além da reponsabilidade objetiva do Estado (art. 37, §6º), a qual será estudada no decorrer desta disciplina, a Lei Maior dispõe expressamente que “a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa”.
A legislação ordinária dispõe em igual sentido, como o Código de Defesa do Consumidor (arts. 12 e 18), Código Brasileiro de Aeronáutica (arts. 246 a 287) Responsabilidade por danos ocorridos durante a execução do contrato de transporte
Cite-se, outrossim, os artigos 734, 936 e 937, todos do Código Civil.
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OBJETIVA (TEORIA DO RISCO) E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
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Transporte de Pessoas
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
Do dono ou detentor de animal causador do dano
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Do dono de edifício ou construção
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
TRANSCRIÇÃO DOS ARTS. 734, 936 E 937 DO CÓDIGO CIVIL
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Segundo o doutrinador Paulo Nader (2016, pág. 34), “A teoria do risco favorece o equilíbrio social, a equidade nas relações. Não visa a excluir a culpa como critério da responsabilidade civil; cumpre uma função de justiça para a qual a teoria subjetiva se mostra impotente. Na ordem jurídica, a teoria subjetiva e objetiva se completam, favorecendo a distribuição da justiça nas relações sociais”
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OBJETIVA (TEORIA DO RISCO) E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
RESPONSABILIDADE CIVIL
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A responsabilidade civil origina-se de violação da lei ou descumprimento de obrigação negocial. No primeiro caso, tem-se a responsabilidade extracontratual (extranegocial) ou aquiliana; no segundo, a responsabilidade contratual (negocial).
De acordo com doutrina, em ambas modalidades ocorre a figura do ato ilícito. 
Destarte, há o ilícito extracontratual, em que o agente descumpre dever jurídico imposto pela ordem jurídica, e o ilícito contratual, que emana do inadimplemento de obrigação originária de negócio jurídico. 
Importante enfatizar que, consoante Paulo Nader (2016, p. 22), “a responsabilidade civil nasce sempre de um fato jurídico que, em sentido amplo, é qualquer acontecimento que gera, modifica ou extingue relação jurídica. 
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RESPONSABILIDADE CONTRATUAL (NEGOCIAL) E EXTRACONTRANTUAL (EXTRANEGOCIAL)
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Exemplos práticos: Aquele que, utilizando-se mal de sua propriedade, provoca danos ao prédio vizinho, pratica fato jurídico lato sensu, mais especificamente, ato ilícito, devendo o seu autor responder pelos prejuízos causados ao vizinho. In casu, tem-se a responsabilidade extracontratual.
Exemplos práticos: Se uma companhia aérea, por desorganização, cancela determinado voo, causando lesões morais ou materiais aos passageiros, sujeita-se à reparação. A hipótese é de responsabilidade negocial, pois os prejuízos decorreram do inadimplemento de cláusulas contratuais.
Portanto, na responsabilidade extracontratual, ocorre a infração de uma lei; na contratual, de obrigação assumida em negócio jurídico.
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RESPONSABILIDADE CONTRATUAL (NEGOCIAL) E EXTRACONTRANTUAL (EXTRANEGOCIAL)
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O ato ilícito, essencial à responsabilização civil, pressupõe a conduta intencional ou a culpa stricto sensu (negligência, imperícia ou imprudência), de acordo com a prescrição do art. 186 do Código Civil.
Excepcionalmente, conforme já frisamos, admite-se a responsabilidade independente de culpa lato sensu, quando então prevalece a teoria do risco criado (art. 927, parág. Único, do CC).
O Código Civil trata da responsabilidade contratual no conjunto dos artigos 389 a 393. A parte sujeita-se a penalidades quando descumpre cláusulas contratuais.
Tanto na responsabilidade extranegocial quanto na negocial a obrigação de reparar pressupõe: a) ação ou omissão do agente; b) dano moral ou patrimonial a outrem; c) nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o dano; d) culpa lato sensu ou risco criado. 
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RESPONSABILIDADE CONTRATUAL (NEGOCIAL) E EXTRACONTRANTUAL (EXTRANEGOCIAL)
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RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL - DISTINÇÕES
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NOÇÕES GERAIS 
Além da responsabilidade civil, a ordem jurídica dispõe sobre a de natureza penal. Naquela, o interesse afetado é restrito à pessoa lesada; nesta, a ação constrange a sociedade como um todo. A civil tem por mira a reparação in natura ou pecuniária, a cargo do autor da lesão, enquanto a penal se caracteriza pela imposição de pena privativa de liberdade ou multa, além de pena acessória, como a perda de cargopúblico. Enfim, em ambas opera-se com a violação de um dever jurídico.
PONTOS EM CUMUM 
A responsabilidade, civil ou penal, decorre sempre de um fato jurídico lato sensu. A penal origina-se da prática de crime ou contravenção, formando-se o vínculo entre o Estado e o infrator.
 Outros denominadores comuns que podem ser destacados são: legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal, atendidos certos pressupostos. 
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DISTINÇÕES DAS RESPONSABILIDADES.
Enquanto a responsabilidade civil pressupõe um dano moral ou material, a penal independe de dano, como por exemplo, a prática de formação de quadrilha ou bando (art. 228, do Código Penal).
Responde penalmente apenas quem age com dolo ou culpa stricto sensu, enquanto na esfera civil é possível, para determinadas relações jurídicas, o agente responder objetivamente, sem culpa.
Enquanto a responsabilidade civil pode ser direta ou indireta, a criminal é direta, embora haja correntes avançadas reivindicando, para situações excepcionais, também a indireta.
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RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL - DISTINÇÕES
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Um fato pode gerar, ao mesmo tempo, a responsabilidade civil e a criminal. A caracterização desta pressupõe a realização de um tipo penal, com o enquadramento da conduta em uma figura legal, pois o princípio nullum crimen, nulla poena sine lege praevia (i.e.,”não há crime e nem pena sem lei anterior”) é soberano.
O sequestro de alguém, além de configurar o delito tipificado no art. 148 do Código Penal, impõe à vítima uma lesão moral e, às vezes, também de natureza pratrimonial. Tem-se, na espécie, a concomitância da responsabilidade penal e civil, dado que o agente violou o dever negativo imposto pelo Código Penal e praticou, ainda, o ilícito previsto no art. 186 da Lei Civil.
Efeitos da condenação criminal: “tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime” (art. 91, I, do CP e o art. 63 do CPP). In verbis:
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UNIDADE I
RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL – IMPORTANTÍSSIMO!!!!
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TRANSCRIÇÃO DOS ARTIGOS
Art. 91. São efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
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Roteiro de estudos ...
Roteiros de estudos (conteúdo das aulas): Slides estarão a disposição após as aulas (porém em atualização contínua)
Material de apoio: Algumas leis e materiais interessantes para complementação do conteúdo
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Exercícios de fixação: 
À critério do aluno
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UNIDADE I
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*Tratado de Direito Civil, 1ª ed., São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 1985, vol. 3, p.1
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NADER, Pualo. Curso de direito civil, volume 7: responsabilidade civil. 6. ed. ver., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2016.
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