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Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Nutrição Josué de Castro Departamento de Nutrição Básica e Experimental Disciplina: Tecnologia de Alimentos Professora: Kim Inada Aula Prática Vl - Fabricação de Queijo Turma A / Grupo 3 Alessandro Maia Bárbara Holanda Hector Azevedo Laís de Oliveira Rio de Janeiro 2017 1. INTRODUÇÃO O leite é matéria-prima bastante flexível e, a partir dele, podem-se obter centenas de produtos, incluindo, aproximadamente, 1.000 variedades de queijos. É fundamental a utilização de leite de boa qualidade para a fabricação de produtos seguros à saúde do consumidor, além do mais, o leite contaminado é um problema para a indústria queijeira, uma vez que se torna mais ácido, resultando em perda de rendimento, queijos defeituosos e mais perecíveis. (SEBRAE, 2012) Tipicamente do sertão nordestino brasileiro, o queijo de coalho ou queijo do sertão surgiu com a necessidade dos viajantes, ao realizarem longas jornadas, acondicionarem o leite nas mochilas (matulão) fabricadas a partir do estômago de animais jovens. Com isso, observaram que o leite coagulava, e que a massa era muito saborosa, dando origem ao "Queijo de Coalho", o qual figura entre as iguarias típicas da culinária nordestina e seu processo de fabricação é baseado na simples coagulação do leite e na prensagem da massa. Contrariando a sua forma simples de produção, a sua utilização é um tanto quanto variada, podendo ser consumido fresco, assado ou como ingrediente em diversos pratos regionais (SEBRAE, 2012). A produção de queijo é basicamente um processo de concentração do leite no qual parte dos componentes sólidos, principalmente proteína e gordura, são concentrados na coalhada enquanto as proteínas do soro, lactose e sólidos solúveis, são removidos no soro. O soro de leite é a porção aquosa que se separa da massa durante a fabricação convencional de queijos, e que retém cerca de 55% dos nutrientes do leite. Aproximadamente de 85 a 90% do volume de leite utilizado na fabricação de queijos resulta em soro, que contém grande parte dos sólidos representados por proteínas, sais minerais, vitaminas e, principalmente, lactose. Aproximadamente 75% das proteínas do leite são aproveitadas em queijos obtidos por coagulação enzimática, o restante é perdido no soro (KOSIKOWSKI, 1982; FOX e MCSWEENEY, 1998; WALSTRA et. al., 1999). O objetivo da etapa de coagulação é aumentar a área superficial das partículas de massa, o que por sua vez permite a expulsão do soro e um aquecimento mais uniforme de todas as partículas de massa no tanque. As partículas devem ser cortadas de forma uniforme, para evitar a ocorrência de defeitos no queijo final (VON HOHENDORFF & SANTOS, 2006). A qualidade dos queijos é determinada pela qualidade da matéria-prima, além de processamento e armazenamento adequados. O leite como matéria-prima principal, deve ser de boa procedência e de baixa contaminação microbiológica, razão pela qual a seleção do mesmo deve estar baseada principalmente na qualidade desejada para o produto final (BRASIL, 2002). Quando esse produto é fabricado de forma artesanal, pode ocorrer a contaminação por diversos microrganismos, o que compromete sua qualidade e segurança da saúde do consumidor. Dessa forma, as práticas de higiene devem ser observadas para prevenir uma possível contaminação do produto. Além disso, por não ser maturado, é perecível, devendo ser consumido rapidamente, após curta estocagem em ambiente refrigerado (VIEIRA et. al., 2008). Atualmente, em função do grande consumo, já existe uma legislação nacional específica, por meio do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Produtos Lácteos, o qual estabelece os padrões de identidade e os requisitos mínimos de qualidade que o queijo coalho deve cumprir para ser destinado ao consumo humano (FILHO et al., 2012). 2. OBJETIVO Realizar operações para processamento de derivados do leite, utilizando método de coagulação, prensagem e salga. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Materiais ● Balanças; ● Panela; ● Termômetro; ● Faca; ● Concha; ● Prensa; ● Refratário; ● Colher de pau; ● Leite pasteurizado; ● Sal ● Água mineral ● Solução coagulante quimosina; ● Solução de cloreto de cálcio 40%. 3.2. Métodos ● Aferir o peso de 4 L de leite pasteurizado; ● Transferir o leite pasteurizado para panela e aquecer até atingir a temperatura de 36C (utilize o termômetro para controlar a temperatura); ● Desligar a chama; ● Adicionar 2 mL de solução de cloreto de cálcio 40% e mexer por 1 minuto; ● Adicionar 1 mL de coagulante quimosina dissolvido em 1 colher de sopa de água mineral e mexer por 1 minuto; ● Deixar em repouso por cerca de 60 minutos para que ocorra a coagulação; ● Ao notar a formação de coalhada lisa, firme e compacta, cortar a coalhada vertical e horizontalmente, em uma distância de 1 cm entre os cortes; ● Deixar em repouso por 5 minutos ● Inicie a mexedura, com movimentos circulares, por toda extensão e profundidade da panela por 20 minutos; ● Após a realização da etapa anterior, inicie o aquecimento da massa sob mexedura constante e intensa até que a massa atinja a temperatura de 45oC (utilize o termômetro para controlar a temperatura); ● Desligar a chama; ● Mexer por mais 30 minutos, até observar certa secura dos grãos (o ponto do queijo coalho ocorre quando a massa firme se deposita no fundo da panela e apresenta rigidez); ● Com o auxílio de concha e/ou peneira, retirar totalmente o soro, reservando-o em um recipiente; retiramos a maior parte do soro com o auxílio de uma concha. ● Dissolver 40 g de sal em 2 copos do soro reservado; misturamos o soro salgado à massa, de maneira uniforme; ● Deixamos em repouso por cerca de 10 minutos; ● Recolhemos e depositamos a massa na forma revestida com o dessorador, tampamos e prensamos sob a mesma. Deixamos em repouso de quarta (18/10) até terça (23/10) em refrigeração. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados desta prática foram observados e analisados quanto a quantificação de massa e as propriedades organolépticas, alguns dias após a elaboração do produto. Gerando então a discussão sobre as principais causas para a obtenção do produto final e suas etapas. Onde foram elaborados fluxogramas com estas etapas principais a fim de facilitar a observação e entendimento dos fundamentos tecnológicos. Tabela 1. Peso dos queijos produzidos e leite utilizado por cada grupo. Grupo 01 Grupo 02 Grupo 03 Peso do queijo 500g 590g 360g Peso do leite 4,030 Kg 4020 Kg 4,010 Kg Os queijos elaborados durante a aula prática mostraram-se um pouco distintos em suas características sensoriais, uma vez que alguns ingredientes foram adicionados em uns e em outros não Fluxograma1: queijo coalho. Análise das etapas do fluxograma do queijo coalho: ● Aquecimento do leite pasteurizado: Temperatura ótima para ação das enzimas coagulantes entre 32°C a 36°C. ● Adição de cloreto de cálcio 40%: A adição do cloreto de cálcio serve para complementar a quantidade de cálcio perdido durante a pasteurização, mantendo o rendimento. ● Adição de coagulante quimosina: tem como função hidrolisar caseínas que estabilizam a formação de micelas e previnem a coagulação do leite. Facilitando assim a coagulação. ● Repouso para coagulação: Tem como objetivo a formação de coágulos firmes. ● Corte da coalhada: Facilita a retirada do soro. ● Mexedura: Evita que os cubos precipitem ou venham a se fundir, entre si, dificultando a retirada do soro. ● Cozimento da massa/Mexer e observar o ponto: Essencial para alcançar o ponto da coalhada. ● Dessorar e salgar/Enformar com dessorador sob refrigeração: Necessário para dar forma ao produto. Agrega sabor ao produto, o controle da umidade e a conservação do produto. Retira todo o soro, resultando no produto a ser maturado de 5 a 10 dias sob refrigeração para obtenção final do queijo coalho. Fluxograma 2: queijo minas frescal. Análise das etapas do fluxograma do queijo coalho: ● Aquecimento do leite pasteurizado: Temperatura ótima para ação das enzimas coagulantes entre 32°C a 36°C. ● Adição de sal refinado: Agrega sabor ao produto, auxilia no controle da umidade e a conservação do produto. ● Adição de cloreto de cálcio 40%: A adição do cloreto de cálcio serve para complementar a quantidade de cálcio perdido durante a pasteurização, mantendo o rendimento. ● Adição de coagulante quimosina: tem como função hidrolisar caseínas que estabilizam a formação de micelas e previnem a coagulação do leite. Facilitando assim a coagulação. ● Repouso para coagulação: Tem como objetivo a formação de coágulos firmes. ● Corte da coalhada: Facilita a retirada do soro. ● Mexedura: Deve ser realizada de forma a preservar a umidade característica do queijo minas frescal. ● Enformar: Necessário para dar forma ao produto. No caso do minas frescal não se utiliza dessorador devido a necessidade de se obter uma elevada umidade característica desse tipo de queijo. Fluxograma 3: queijo minas padrão. Análise das etapas do fluxograma do queijo coalho: ● Aquecimento do leite pasteurizado: Temperatura ótima para ação das enzimas coagulantes entre 32°C a 36°C. ● Adição de cloreto de cálcio 40%: A adição do cloreto de cálcio serve para complementar a quantidade de cálcio perdido durante a pasteurização, mantendo o rendimento. ● Adição de fermento para queijo minas padrão: Para que ocorra a formação ácido lático, conseqüentemente reduzindo o crescimento de microrganismos indesejáveis e aumentando o poder de coagulação do coalho pela redução do pH ● Adição de coagulante quimosina: tem como função hidrolisar caseínas que estabilizam a formação de micelas e previnem a coagulação do leite. Facilitando assim a coagulação. ● Repouso para coagulação: Tem como objetivo a formação de coágulos firmes. ● Corte da coalhada: Facilita a retirada do soro. ● Mexedura da coalhada e repouso: Deve ser realizada de forma a preservar a umidade característica do queijo minas frescal. ● Retirada de soro e salga: Agrega sabor ao produto, auxilia no controle da umidade e a conservação do produto. ● Enformar com dessorador: Necessário para dar forma ao produto. No caso do minas frescal não se utiliza dessorador devido a necessidade de se obter uma elevada umidade característica desse tipo de queijo. Imagem 1: (Da esquerda para a direita) Queijo minas padrão; Queijo coalho; Queijo minas frescal. Dentre os queijos obtidos, as características sensoriais ao tipo de queijo produzido foram observadas no queijo minas padrão e no queijo coalho. Enquanto o queijo minas frescal apresentou uma consistência em que o produto se fragmentava com maior facilidade. Acredita-se que esta fragmentação possa ter sido gerada devido a realização do corte da massa após do ponto adequado. A coagulação do leite é a etapa fundamental para a elaboração de queijos. Para isso, normalmente, faz-se uso de enzimas coagulantes que, dependendo de sua origem, apresentam composições enzimáticas diferenciadas, tanto em quantidade (proporção das enzimas), quanto em qualidade (tipo de enzima) (Neelakantan et al., 1999). As enzimas utilizadas nos queijos podem ser oriundas de animais, vegetais e/ou de microrganismos, que podem ser usadas isoladamente ou misturadas entre si. Esta mistura de enzimas pode proporcionar, entre outros efeitos, um ajuste da taxa de proteólise durante a maturação, a um nível desejado (Rani &Verma., 1995). A lactoperoxidase (LP) é uma enzima da família química das oxidases, as quais estão amplamente distribuídas na natureza, tanto nos vegetais quanto nos animais, incluindo todos os mamíferos, inclusive o homem (KUSSENDRAGER e HOOIJDONK, 2000). A LP encontra-se presente nas glândulas mamárias, salivares e lacrimais dos mamíferos e em suas respectivas secreções, ou seja, no leite, saliva e lágrimas (WOLFSON e SUMNER, 1993). Todas as peroxidases são química e imunologicamente similares. São glicoproteínas que possuem um grupo heme no centro catalítico, ligado covalentemente a uma cadeia polipeptídica (THANABAL e LA MAR, 1989) e apresentam como função principal a de catalisar a oxidação de diversos componentes na presença de peróxido de hidrogênio, gerando produtos intermediários com propriedades antimicrobianas (ORAM e REITER, 1966; REITER e HARNULV, 1984; WOLFSON e SUMNER, 1993). A concentração mínima para sua ação bactericida é de 0,02 unidades/mL, o que garante que em qualquer condição do leite cru exista a atividade requerida (SEIFU et al., 2005). O SLP é um mecanismo natural de defesa da glândula mamária de todos os mamíferos, sendo composto pela enzima lactoperoxidase (LP), uma proteína sintetizada na glândula mamária por íons tiocianato (SCN-), originados do metabolismo hepático e por peróxido de hidrogênio (H2O2), derivado da atividade dos leucócitos e outras células. O SLP compreende uma série de reações que se produzem no leite como parte dos mecanismos intrínsecos à proteção da glândula mamária e a outros fluidos biológicos como sangue, saliva, suco gástrico, linfa e urina (ORAM e REITER, 1966; SHARMA e RAJ, 1999; VANOIRBEECK et al., 2005). Para ativação exógena do SLP em leite, preconiza-se a adição de peróxido de hidrogênio e de tiocianato de sódio nas concentrações de 8 e 14 ppm, respectivamente, de maneira que alcance concentrações equimolares de cada componente na ordem de 0,20-0,25 mmoles/L (CAC, 1991). O sistema possui ação não somenteinibidora como também bactericida (dependendo das condições do meio) sobre as bactérias Gram negativas, catalase positivas como coliformes, pseudomonas, salmonelas etc. que, inclusive, eventualmente, podem sofrer lise (BJORCK, 1978; WILKINS e BOARD, 1989; KUSSENDRAGER e HOOIJDONK, 2000). As bactérias Gram positivas Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes são mais resistentes; neste caso, o SLP possui somente ação inibitória sobre os seus crescimentos (BJORCK, 1978; WILKINS e BOARD, 1989; KUSSENDRAGER e HOOIJDONK, 2000). Dessa forma, a atividade da lactoperoxidase no leite que será utilizado na produção de queijo, garante que esse queijo está microbiologicamente protegido e adequado para o consumo. 5. CONCLUSÃO Com a prática realizada, foi possível observar a importância da coagulação do leite para obtenção de um queijo de qualidade. Para tanto, a adição de quimosina e de cloreto de cálcio foram fundamentais. Além disso, o cloreto de cálcio, por ajudar a repor o cálcio perdido no processo, ainda confere aumento da qualidade nutricional do produto final. Mostrou-se também de fundamental importância a realização do adequado manejo da massa em relação ao corte e mexedura para a obtenção de um produto com as características sensoriais desejadas. 6. REFERÊNCIAS SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. SEBRAE. Fabricação de Queijo Artesanal (coalho e manteiga). 2013. KOSIKOWSKI, F. Cheese and fermented milk foods. Second Edition 3 rd Printing-with revisions. P.O. Box 139, Brooktondale, 1982. 711p. FOX, P. F.; McSWEENEY, P. L. H. Dairy Chemistry and Biochemistry. Published by Blackie Academic & Professional, an imprint of Thomson Science, 2-6 Boundary Row, London SE1 8UK. First ed. 1998. 478p. WALSTRA, P.; GEURTS, T. J.; NOOMEN, A.; JELEMA, A. VAN BOEKEL, M. A. J. S.; Dairy technology: principles of milk properties and processes. Food science and technology. Marcel Dekker, Inc. 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