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HISTÓRIA DA NEUROPSICOLOGIA Sara Rezende Coutinho Ribeiro Psicóloga | Especialista em Neuropsicologia Primeiros marcos Crânios pré-históricos trepanados: Intervenção no cérebro, provavelmente como tentativa de ‘libertar os maus espíritos’ Papiro de Edwin Smith: relatos clínicos, inclusive de um paciente com alterações de linguagem decorrentes de um ferimento no osso temporal. Antiguidade Hipótese cardiáca: Os processos mentais estão associados ao coração. Para Aristóteles (384-322 a.C.): o coração era a base da mente, sendo o cérebro uma espécie de radiador, que tinha a função de resfriar a temperatura sanguínea. Hipócrates (460-370 a. C.) Contrariando a hipótese cardíaca: “ Algumas pessoas dizem que o coração é o órgão com o qual nós pensamos, e que ele sente dor e ansiedade. Mas não é assim. Os homens deveriam saber que é o cérebro a origem de nossos prazeres, alegrias, riso e lágrimas. Por meio dele, em especial, nós pensamos, enxergamos, ouvimos e distinguimos o feio do belo, o ruim do bom, o agradável do desagradável” Idade média e renascimento Galeno (130-200 d. C): Hipótese Ventricular Nos ventrículos cerebrais circulavam fluidos, ou espíritos, que seriam importantes na regulação dos nossos comportamentos. René Descartes (1596-1650): Dualismo Cartesiano Mente e corpo são separados, porém interligados pela glândula pineal O cérebro ligado ao corpo e a mente relacionada a alma. No século XVII já estava estabelecido que o cérebro estava relacionado às funções do corpo e ao comportamento. Localizacionistas Busca por relacionar estruturas e funções cerebrais. LOCALIZAR FUNÇÕES Cada região do cérebro é responsável por uma função mental e comportamento específico Frenologia – Franz Joseph Gall (1757-1828) Cada região do cérebro é um órgão responsável por uma função/cpto específico O desenvolvimento de cada região molda a superfície craniana Se a região é bem desenvolvida, cresce em volume, refletindo no desenvolvimento do crânio Holistas Processos mentais e comportamento são resultantes da atuação do cérebro como um todo Pierre Flourens (1794-1867): Princípio da ação da massa: não importa a lesão, mas a quantidade de material cerebral lesionado Princípio da equipotencialidade: qualquer área do cérebro pode assumir (com ou sem a redução de sua eficiência) funções que estavam em uma outra área danificada Localizacionistas Paul Broca (1824-1880) Pacientes com lesões nos lobos frontais do HE, com compreensão verbal preservada, mas com comprometimento importante da produção da fala. Afasia de Broca Área de Broca Carl Wernicke (1848-1904) Pacientes com lesões no córtex temporal do HE, com dificuldade de compreensão da linguagem. Afasia de Wernicke Afasia de condução Aleksandr Luria (1902-1977) Funções psicológicas superiores funcionam como uma rede integrada Uma função depende de várias áreas trabalhando de forma ordenada Função X Sistema Funcional Teoria dos Sistemas Funcionais Constituição da Neuropsicologia Década de 90: busca de uma visão integrada entre mente e cérebro – Neurociência Cognitiva Século XX: solidificação de várias áreas de pesquisa Neuropsicologia Objetiva investigar o papel dos sistemas cerebrais individuais em formas complexas de atividade mental Relembrando... -Hipótese Ventricular -Dualismo Cartesiano Teoria dos Sistemas Funcionais de Luria Neuropsicologia Funções Neuropsicológicas Neuropsicologia hoje! (Resolução CFP nº002/2004) Avaliação Neuropsicológica Anamnese Elaboração da hipótese diagnóstica Construção da Bateria Entrevistas/visitas necessárias | Hora do jogo diagnóstica Sessões de Testagem Psicológica Correção e análise dos dados Integração dos dados Elaboração do laudo Devolutiva Conceito Etapas Neurofisiologia e Neuroanatomia Sara Rezende Coutinho Ribeiro Psicóloga | Especialista em Neuropsicologia TECIDO NERVOSO É constituído por células nervosas: neurônios e células da glia. Células da glia: Conjunto de células não-neuronais que tem a função de garantir a infra-estrutura essencial para o funcionamento do neurônio. Ex: bainha de mielina Morfologia do neurônio Ou pericário Recebe as informações vindas de outros neurônios Botões terminais Espinhas dendríticas Conduz a informação Sinapse: região de associação entre células nervosas Sinapse: ponto de comunicação - Interneural (neurônios pré + pós) Tipos de Junção - Neuromuscular (neurônio + célula muscular) - Neuroglandular (neurônio + célula glandular) - Elétrica: Tipos de Sinapse - Química: Precisam de contato físico para passar o estímulo nervoso Ocorrem por meio de mediador químico (NEUROTRASMISSORES) DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso Periférico Transmitir impulsos nervosos Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central Diencéfalo Estrutura interna do cérebro Tálamo Hipotálamo Epitálamo Telencéfalo (Córtex Cerebral) Sistemas Funcionais de Luria Sara Rezende Coutinho Ribeiro Psicóloga | Especialista em Neuropsicologia Revisão do conceito de Função Função X Sistema Funcional Ex: Pâncreas Sistema digestivo Revisão do conceito de Localização Revisão do conceito de localização Melodia cinética: Com a prática a se utiliza um nível menor de energia, uma menor quantidade de áreas para executar a ação Processo de aprendizagem: Energia Áreas cerebrais Melodia cinética: Energia Áreas cerebrais PRÁTICA De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, nao ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etaso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que vcoe pdoe anida ler sem gnderas obrlmea. Itso é poqrue nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Cosiruo não? Revisão do conceito de Sintoma Mudança do conceito de sintoma Qualificar o sintoma Teoria dos Sistemas Funcionais 1º unidade funcional 1º Unidade Funcional Garante a SOBREVIVÊNCIA (respiração, batimentos cardíacos, homeostase) Regula os processos mentais (tônus cortical, consciência) Ciclo sono/vigília Formação reticular ou SARA (Sistema Ativador Reticular Ascendente): Auxilia no controle de concentração, atenção, recebimento da informação sensorial Disfunção da 1º Unidade Funcional Síndrome da face interna dos hemisférios cerebais: Diminuição do tônus geral do organismo Apatia (falta de emoção, motivação, entusiasmo) Abulia (falta de vontade) Acinesia (perda da função motora) Reações catastróficas Alterações da consciência Desorientação temporo-espacial Alterações de memória (confabulações) Fatores que podem influenciar a 1º unidade Medicamentos Sono Fadiga Saúde geral 2º unidade funcional 2º Unidade Funcional OBTÉM, PROCESSA E ARMAZENA Ligada as sensações (visual, auditiva e somestésica) É dividida em três áreas: Área primaria ou de projeção Área secundária ou de associação Área terciária ou de superposição Disfunção: AGNOSIA 3º Unidade Funcional SAÍDA de informações Áreas hierárquicas: Área primária – executa Área secundária – organiza Área terciária – planeja LOBOS CEREBRAIS REGIÕES OCCIPITAIS Centro cortical do sistema visual Pertence a 2º unidade funcional Disfunção: AGNOSIA VISUAL REGIÕES TEMPORAIS Centro cortical do sistema auditivo Pertence a 2º unidade funcional Ex de disfunção: Afasia de Wernicke REGIÕES PARIETAIS Centro cortical do sistema somato-sensorial Pertence a 2º unidade funcional Ex de disfunção: Perda da sensibilidade 2º unidade – Áreas Terciárias São áreas de superposição Parieto– occipital: habilidade visuoespacial Parieto-temporo-occipital HE: habilidades linguísticas Parieto-temporo-occipital HD: Gnosias e praxias REGIÕES FRONTAIS SAÍDA de informações Centro cortical do sistema motor
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