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Aleitamento materno- debs segundo ciclo

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Aleitamento materno – primeira parte (26/03)
Nos primeiros 6 meses de vida da criança a alimentação devia ser exclusivamente o leite materno (não é novidade, desde 1991). Esse leite da mãe pode ser: direto do peito ou ordenhado ( as vezes é um ato doloroso, e é feito em algum momento de necessidade, essa prática em momentos transitórios é muito efetiva). Essa criança nos 6 meses, não deve receber nenhum alimento liquido e nenhum alimento sólido, apenas o leite materno. A não ser que alguma criança necessite de algum suplemento vitamínico, mas a grande maioria não precisa. Se o bebe receber água, chá ou suco nesse período, sua alimentação já não será ideal para esses primeiros meses de vida, essa prática não se relaciona com escolaridade, muitas mães com nível superior completo acha que o bebe precisa tomar água nesse período de vida, no entanto, sabemos que não há a necessidade de nada a mais que o leite materno. Essas crianças são capazes de fazer homeostase liquida, em qualquer época do ano, não tem necessidade de água em qualquer lugar do país, com qualquer clima. 
A amamentação traz diversos benefícios para a mãe como: diminui risco de câncer de ovário, câncer de útero, diminui risco de hemorragia, questões emocionais. Um estudo feito no Brasil mostrou que crianças no primeiro ano de vida não amamentadas tinham risco 14 vezes maior que crianças amamentadas de morrer de diarréia, 3,6 vezes maior de morrer por doenças respiratórias. 
O leite tem uma proteína espeço-especifica, mesmo a pessoa sendo capaz de comprar um leite para suprir a necessidade nutricional, mas esse leite não é sempre seguro, nutricionalmente falando ele pode não ser bom, porque a criança pode ter alguma necessidade, e as vezes mesmo o leite tendo a qualidade nutricional boa para aquela criança não vai se adequar e ela pode fazer quadros graves como hemorragia intestinal, quadros respiratórios graves relacionados aquela proteína estranha (mais difícil para digestão do bebe) que foi oferecida.
Mamas: essa mama na sexta semana de vida intra-uterina já começa a se desenvolver, na nona semana na grande maioria das vezes já tem os dois botões mamários (é especo-especifico também, vai de acordo com a necessidade do mamífero- no caso do humano apenas dois botões). RN de ambos os sexos tem glândula mamaria, tudo acontece nos dois sexos, é muito comum no RN ter uma descarga papilar neo-natal resultado da influencia dos hormônios maternos sobre aquela glândula, pode sair uma secreção (chamado de leite de bruxa pela população, não pode espremer essa mama do RN, pois pode fazer uma infecção-mastite) volta ao normal com algumas semanas. Essa mama fica quiescente até 11 ou 12 anos nos dois sexos, e a partir dessa idade começa sofrer influencia dos hormônios ovarianos, ou seja, só a glândula feminina que vai começar a desenvolver a partir de agora. Então a menina vai entrar na pubarca (desenvolvimento da mama-aréola está proeminente e a glândula começa a crescer, antes da pubarca tem só os dois botões), depois a pelarca (desenvolvimento de pelos) e um ou dois anos após a pelarca terá a menarca (primeira menstruação).
Anatomia da mama: a glândula mamaria é uma glândula sudorípara que se diferenciou através da influencia dos hormônios ovarianos, para uma glândula capaz de produzir leite. Esta localizada na parte anterior superior do tórax. Tem músculo posterior a mama, não tem músculo na mama, dessa forma ela irá cair de qualquer forma, a amamentação não interfere nisso. Não existe exercício para a mama, ela não tem músculo. A primeira coisa que faz a mama cair é engordar e emagrecer. Mama cair = ptose mamaria. Uma segunda coisa que predispõe a ptose mamaria é a questão genética. Amamentar pode levar a ptose mamaria porque a mama aumenta de tamanho, assim deve-se usar um sutiã para uma boa sustentação dos seios.
A diferenciação estrutura e funcional das mamas esta sobre controle de hormônios ovarianos e hipofisários. Nós seres humanos, temos a capacidade de produzir leite ideal para os nossos filhotes assim como todos os mamíferos, independente da condição sócio-economica. O organismo tira cálcio do osso e coloca no leite para a sobrevivência das espécies.
Já no inicio da gestação algumas mulheres descobrem que estão grávidas pelas modificações das mamas (passagem de tec. Gorduroso para tec. Glandular). Entre a quinta e a oitava semana há uma dilatação das veias superficiais e um aumento de uma pigmentação do complexo aréolo-mamilar. Prolactina já esta presente no segundo trimestre, e aumenta no terceiro trimestre, essa prolactina só vai agir na sua magnitude com a saída da placenta, caindo os hormônios da gestação e fazendo a prolactina aumentar e produzir o leite. 
Células epiteliais sintetizam alguns componentes do leite e outros ela puxam do plasma, essa produção tem uma sequencia de eventos: lactogenese 1 e 2 e galactopoese. Lactogenese 1 já esta acontecendo no ultimo trimestre de gestação quando essa mama já esta pronta para produzir o leite e já produz (pré-colostro) que acontece numa quantidade pequena, porque a placenta ainda esta lá com progesterona inibindo a ação real da prolactina. Depois que o neném nasce e a placenta sai, entre 24 a 48 horas após o parto a mama fica intumescida (atração da água), com a dilatação dos ductos e alvéolos, esse evento chama-se de apojadura (descida do leite), que marca então o inicio da lactogenese 2. Para de fato produzir uma quantidade adequada de leite precisa-se da sucção. Sucção: para ser adequada tem que abocanhar todo o mamilo e grande parte da aréola, o maximo que couber na boca para conseguir espremer todo depósito (seios lactíferos) e de fato esvaziar o leite e produzir mais leite.Tem que abocanhar o mamilo e grande parte da aréola para que esses seios possam ser pressionados pela língua no palato e conseguir então ordenhar esse leite para a boca. Isso desencadeia o reflexo materno de produção do leite. A sucção do mamilo libera um estimulo nervoso, estimulo aferente, que vai levar a secreção da prolactina para a hipófise anterior,provoca produção da prolactina, essa prolactina volta e vai agir diretamente nas células epiteliais (lactíferas), que são capazes de produzir e secretar esse leite de novo em direção aos seios lactíferos, para que o bebe possa retirar. Então a sucção é fundamental para garantir a produção. Na lactogenese 1 não tem sucção, mas a lactogenese 2 que é a partir das apojaduras senão tiver o estimulo da sucção ela não progride com uma boa produção de leite. Essa prolactina acontece muito mais quando o bebe suga a noite (isso é um problema porque a mãe não quer que a criança mame a noite, e para o primeiro momento é fundamental). Quanto mais ele mamar mais leite tem na próxima mamada. Além da prolactina estimular a produção de leite ela inibe a ovulação. Esses níveis de prolactina são fundamentais para desencadear o processo de produção de leite, em geral, após 40 dias os níveis voltam ao normal, e terá um pico em cada mamada, mas já não precisa dos níveis altos de prolactina o tempo inteiro para ter uma boa produção de leite. E naturalmente 2°, 3° e 4° mês isso vai ficando mais perto do normal, e o neném começa a mamar cada vez menos de madrugada, porque mamar de madrugada também é uma sobrevivência da espécie. Além da sucção garantir o reflexo da produção do leite, a sucção também garante o reflexo da ejeção ou descida do leite. Na hora que ele consegue fazer o movimento de ordenha e tirar esse leite levando aquele impulso aferente que vai estimular a hipófise anterior, produz prolactina, volta e aumenta a produção, ele também consegue agora com o estimulo que chega na hipófise posterior liberar a ocitocina que também vai de volta para aquela mama e lá no alvéolo tem as células mioepiteliais que recebem o estimulo da ocitocina e comprimem ejetando o leite. Hipófise anterior libera prolatina e hipófise posterior libera ocitocina simultanemante. Essa ocitocina que volta para o sangue após a sucção tem um papel também muito importante na contração uterina,reduzindo o risco de mortalidade pós-parto, reduzindo o risco de hipotonia pós-parto, diminuindo a chance da mulher ter que voltar para o centro cirúrgico e perder o útero, que é uma coisa um pouco rara mas possível de acontecer. Contato pele a pele da mãe com o bebe faz liberar a ocitocina, reduzindo o risco da mãe ter problemas de hemorragia ou hipotonia uterina pós-parto. 
Causas externas interferem na produção de prolactina e ocitocina. Da ocitocina é uma interferência boa, quando a mãe vê um bebe chorando, ouvir o som do bebe faz aumentar a produção de leite. Por outro lado, quando a mãe tem uma preocupação excessiva ou um estresse excessivo, ou uma mãe cheia de duvidas sem apoio, sem acompanhamento adequado, pode de fato reduzir sua produção de ocitocina. 
A lactogenese 2 passa para a galactopoese (ou lactogenese 3) quando a manutenção da produção de leite não depende tanto dos hormônios. Que será regulada então pela sucção e esvaziamento da mama. Isso a mãe pode manter pelo tempo que ela quiser. Se o leite não for removido ou for removido poucas vezes ao dia, o leite pode ir cessando. O leite seca com 3 meses ou menos pois a mãe deu outro leite para o bebe e não estimulou a produção do seu leite. Faltou a orientação de que ficar no peito é a melhor saída, mesmo tendo pouco colostro, porque vai chegar mais leite quanto mais o bebe sugar. Até duas horas após o parto consegue colocar a criança no peito da mãe, após isso fica difícil porque eles entram em sono profundo. O certo se o bebe não mamou ainda é tentar acordar ele, até ele conseguir mamar. 
O modelo materno hoje que se preconiza, é o modelo de livre demanda (ver o vídeo no blog-20 minutos de vídeo). Livre demanda é o bebe mamar na hora que ele tiver fome, se ele dormir mais de 4 horas seguidas a recomendação é acordar o bebe para ele mamar. Quanto mais mamar, mais leite terá.
Bebe de oito meses ou mais é suficiente mamar apenas umas 5 vezes ao dia, pois ele já come outras coisas, é natural ter menos leite. A adequação do volume se da pela freqüência da mamada. A amamentação pelo ministério da saúde é recomendada até dois anos ou mais, pois as famílias carentes não têm dinheiro suficiente para comprar bujão de gás para ferver a mamadeira para dar o mama para o neném, podendo dar até leite de vaca e causar doenças gastrointestinais na criança.
Reflexos dos RN: prematuro que tem dificuldade pra sugar não faz todos os reflexos listados, tem um pouco mais de dificuldade mesmo. Algumas outras coisas interferem, por exemplo, o teste da língua positivo (o frêmito da língua que devia estar preso no assoalho da boca e ele ta inserido na gengiva inferior, atrapalhando na extrusão que a língua tem que fazer).
5 reflexos: (que garantem que o filhote faça uma sucção adequada)
-Reflexo da busca/procura ou rotação: é aquele que a mãe com muita roupa atrapalha o bebe mamar, pois a roupa fica passando na boca dele e ele vira a boca e a mãe acha que ele está rejeitando o peito. Esse reflexo é isso, estimula com o mamilo o lábio da criança e ela abre a boca para abocanhar o que esta estimulando.
-Reflexo de extrusão: quando o bebe ao ser estimulado pelo mamilo coloca a língua para fora para pegar o mamilo e a aréola o máximo possível.
-Reflexo de sucção: movimento de ordenha com a língua para tirar o leite.
-Preensão reflexa/mordida fásica: movimentos da mandíbula para baixo e para cima para ajudar na efetividade da ordenha da língua.
-Reflexo de deglutição: coordenar essa sucção com essa respiração para o leite chegar no esôfago.
Para a amamentar a mão tem que ser em “C”, antigamente era dedo em tesoura, mudou porque reduz o risco de bloqueio de ducto lactífero, que seria um passo para uma mastite (estase de leite facilitando uma proliferação bacteriana). O bebe para a amamentar tem que estar de frente para a mãe, com a cabeça alinhada com o tronco, com a boca bem aberta (passo a passo no vídeo). É possível amamentar gêmeos, até dois é muito tranqüilo, a mãe fica um pouco cansada, mas é possível, e a produção de leite se adéqua. Deve fazer higienização da boquinha do bebe, não parar de amamentar porque vai dar carie.
Sinais de uma lactação adequada: ganho de peso adequado (lembrar da perda fisiológica. Se o ganho de peso não tiver adequado, estiver menos, deve pedir para mãe amamentar no consultório, e como a sala de espera esta muito cheia, muitos profissionais já receitam NAN e por isso o bebe desmama, o ideal é colocar pra mamar pra ver se a técnica esta correta. As vezes também a mãe erra na troca da mama, pois a mãe não deixa esvaziar a mama inteira, porque no final que esta gordura do leite). Padrões normais de evacuações: – mecônio (enegrecidas, pastosas e pegajosas- acabou de nascer), -fezes de transição (algo mais liquidas de coloração cinza esverdeadas- até o final da primeira semana), - fezes típicas (amareladas semi-liquidas, grumosas e pastosas- já se espera essas fezes no final da primeira semana para a segunda). Micções: 1° dia- 1 evacuação e 1 micção (não recebe alta enquanto não fizer xixi e coco), 2° dia: 2 evacuações e 2 micções, 3° dia: 3micções e 2 evacuações, 4° dia: 4 micções e 3 evacuações, 5°dia: 5 micções (não falou quantas evacuações), 6° dia: 6-8 micções (vai aumentando de acordo com o numero de dias até o 6° dia) e 4/5/6/10/12 evacuações a partir daqui. 
No aconselhamento começa compartilhando o problema, e depois passa pra ela todo o seu conhecimento e como aquilo será importante para o bebe, porque muitas vezes ela já quer dar o NAN sem tentar outra alternativa. Tudo que o bebe reclamar, colocar no peito.
A qualidade da proteína do leite de cada tipo de espécie dos mamíferos é especifica para suprir as necessidades do seu filhote. O que manda é a proteína, o teor da proteína é diferente para cada espécie assim como a quantidade. Cada mamífero respeita a velocidade do seu crescimento. Dessa forma, o leite da vaca não é adequado para o bebe, por causa da sua proteína, e a velocidade de crescimento do bebe é muito menor. Devido ao deposito de muita proteína pela alimentação inadequada do bebe (dar leite de vaca), o mesmo pode sofrer com uma sobrecarga de soluto renal, levando a um quadro grave de desidratação. 
Leite materno: o leite da mãe é espeço-especifico, surge como pré-colostro no terceiro trimestre de gestação na lactogenese 1.
Colostro: quando o bebe nasce, é o primeiro leite produzido logo que a mãe da a luz, permite boa adaptação do RN à vida extra-uterina. É secretado desde o terceiro trimestre de gestação e durante a primeira semana após o parto. É espesso, pegajoso e amarelo claro. Volume = 30 ml por dia (varia de 10 a 100 ml/dia). Rico em anticorpos, protege contra infecções e alergias. Rico em leucócitos, em fatores de crescimento. Diminui possibilidade de infecções bacterianas. É laxante, ajudando na expulsão adequada do mecônio e prevenindo uma icterícia (bilirrubina transformada em biliverdina e eliminada pelo trato gastrointestinal).
Leite materno de transição: aparece entre o 7° e o 14° dia de vida e é mais calórico o que auxilia na recuperação do peso do RN.
Leite materno maduro: contém quantidades exatas de nutrientes, anticorpos e fatores de crescimento, permanecendo com essa mesma qualidade enquanto a mãe amamentar. Dessa forma, o leite da mãe não vai ficando fraco, e sim a criança que vai precisando de mais nutrientes a partir dos 6 meses, e vai entrando com as frutinhas, sucos e papinhas, mas o leite continua sendo essencial. A mãe precisa esvaziar toda a mama para que o bebe tenha um ganho de peso adequado, pois a gordura do final da mamada que garante esse ganho de peso esse final é chamado de leite posterior. O leite anterior é rico em água, acinzentado, como se fosse ralo (80% do peso do RN é água, e se não der esse leite ele irá desidratar). O leite posterior é mais branco e as vezes até um branco amarelado, que é o que tem a gordura, que garantirá um ganho de peso adequado e uma maior sensação de ansiedade. 
-Modifica conforme a mamada.
-Modifica-se durante a mamada.-Modifica-se conforme a necessidade do bebe.
-Modifica-se de acordo com as doenças que a mãe já teve.

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