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Gases Reais Gases Ideais Equação de estado de um gás: p = ƒ(T,V,n) Equação de estado de um gás ideal: • A lei dos gases ideais não representa o comportamento “real” dos gases falha em altas pressões e baixas temperaturas desvios da idealidade. Desvios do Comportamento Ideal Para os gases ideais consideramos : • Ausência de forças intermoleculares; • Os átomos e moléculas do gás não possuem um volume (V=0), consideramos somente o volume do recipiente. Os desvios da idealidade estão relacionados com as interações entre as moléculas gasosas e com o volume molecular. Gases Reais • Em um gás real, as moléculas não se movimentam de forma totalmente livre, em razão das forças de interação existentes entre elas. • Os desvios da idealidade são nas: Altas pressões; Baixas temperaturas; e No ponto de liquefação. Interações Moleculares Os gases reais exibem desvios em relação à lei dos gases perfeitos interações moleculares. A energia potencial muito grande (positiva), as distâncias muito pequenas, indica que as interações entre as moléculas são fortemente repulsivas. Nas distâncias intermediárias, onde a energia potencial é negativa, as interações atrativas são dominantes Gases Reais T= 0 oC repulsão. de forças as que do aspronunciad mais são de forças as então previsto o quemenor é ocupado volumeo1z atração. de forças as que do aspronunciad mais são de forças as então previsto o quemaior é ocupado volumeo 1 z real gas para 1, z ideal gás para , 1 z nRT PV P nRT V V V z idealidade da desvio o medez real ideal real atração repulsão 1. Considera as interações e a natureza dos gases. 2. Um gás real caracteriza-se por um parâmetro de dependência com a temperatura, da pressão e da natureza do gás, chamada de fator de compressibilidade z. GASES REAIS GASES REAIS O fator de compressibilidade Z Valores de Z versus P para o N2 em diferentes T Podemos ver que à medida que a temperatura diminui os desvios tornam-se mais acentuados porque o gás se liquefaz ou está próximo de se liquefazer. Valores de Z versus P para gases a 0°C • P/ o H2 Z >1 em todas as pressões (difícil liquefazer); • P/ o N 2, dependendo da pressão: P Z < 1 (forças atrativas predominam) P Z > 1 (forças repulsivas predominam) • P/ o CH4 e CO2, a inclinação é mais brusca e negativa em P e em P , Z > 1 O que podemos observar no gráfico? Modificando a Equação do Gás Ideal – A equação de van der Waals Podemos começar corrigindo um defeito óbvio na equação do gás ideal que prevê que sob pressão finita, V=0 quando T= 0 K. _ _ _ Vgás >> V liq. > V sol. Pequena mudança de volume após liquefação Corrigindo o Volume (forças repulsivas) Moléculas como esferas rígidas e impenetráveis, que ocupam volume. O volume de um gás real é o volume do recipiente menos o volume ocupado por todas as outras moléculas. Modificando a Equação do Gás Ideal – A equação de van der Waals Podemos obter uma nova equação provendo um volume positivo e finito para o gás a zero Kelvin, adicionando uma constante, b, ao volume do gás ideal: O volume do gás real é o volume do recipiente menos o volume ocupado por todas as outras moléculas (1) Como essa nova equação pode explicar as curvas de Z x P ???? A eq. (3) requer que à T=cte, Z = f(P), com um coeficiente linear positivo. Explica casos em que Z > 1, ou seja, explica a curva do H2. Quando Z > 1 V > 0 e finito o gás é menos compressível que o gás ideal, ou seja, as forças repulsivas (efeitos de volume) predominam. (2), Igualando as eq. (2) e (1) (3) Podemos observar no gráfico que os gases que apresentam Z<1 são aqueles que liquefazem mais facilmente. Deve haver uma relação entre a facilidade de liquefação e o coeficiente de compressibilidade. Como explicar os efeitos observados para Z<1??? Por que um gás se liquefaz??? Quando T ou P as moléculas se aproximam e devido às forças atrativas entre elas, ocorre: Se o gás é mais compressível que o ideal, Z< 1, liquefaz mais facilmente As forças atrativas diminuem a pressão exercida por esse gás com relação ao gás ideal. Como as forças atrativas reduzem as velocidades das moléculas então estas atingem as paredes do recipiente menos frequentemente e as colisões ocorrem com menos força. Se considerarmos as forças de atração que agem nas moléculas e tendem a aproximá-las entre si, constataremos que a pressão efetiva na parede do recipiente será inferior à do gás ideal. A pressão exercida por um gás real é menor do que a exercida por um gás ideal. E essa redução na pressão do gás real em relação ao gás ideal, deve ser proporcional às forças intermoleculares. - Intensidade de colisões a concentração molar, c - Freqüência de colisões a concentração molar, c P é proporcional à: Tabela: Constantes de van der Waals Constantes de van der Waals A constante a de Van der Waals está associada às forças intermoleculares de atração e quanto mais alto o seu valor, maiores são os módulos destas forças. Como a energia interna está diretamente relacionada à temperatura, quanto maiores os módulos das forças intermoleculares, mais altos são os pontos de fusão e de ebulição da substância em questão. Assim, por exemplo, um valor alto para a constante a de Van der Waals pode significar um alto ponto de ebulição. Resumindo.... Forças Atrativas: Contribuem p/ a compressão do gás (o gás é mais compressível que o ideal) e diminuem a pressão do gás com relação ao ideal (reduzem as colisões do gás c/ as paredes do recipiente. Forças Repulsivas: Moléculas como esferas rígidas e impenetráveis que ocupam volume. Contribuem para a expansão do gás (o gás é menos compressível que o ideal) e aumentam o volume do gás com relação ao do gás ideal. Como calcular Z para um gás de van der Waals? Substituir a eq. van der Waals em P Trabalhando com a Série de Taylor chegasse na equação 4 que expressa Z= f(P,T) que é a mais conveniente p/ explicar os desvios da idealidade que ocorrem em P e T. (1) (2) (3) (4) Como Z varia com a Temperatura???? Baixas T: Predominam os efeitos das forças atrativas no comportamento do gás Z < 1 Altas T: Predominam os efeitos das forças repulsivas, ou do tamanho, no comportamento do gás Z > 1 Na TB: o coef angular inicial é nulo e a curva tangencia a do gás ideal (Z = 1) em uma ampla faixa de pressões Na Temperatura de Boyle (TB): Acima da TB, Z >1 Na TB, Z =1 Abaixo da TB, Z < 1. Temperatura de Boyle p/ vários gases Vemos que no gráfico, a T do H2 é maior que sua TB, por isso Z >1 Em T abaixo da Tc há fronteira separando líq de gás!!!! Em Tc e T > Tc é impossível distinguir líq de gás!!!! Em T > Tc é impossível liquefazer um gás e a fase que contém a substância é mais densa do que uma fase gasosa normal (fluido supercrítico). Propriedades intermediárias entre líq e gás Continuidade dos Estados Fluído Supercrítico: passa da região de líquido para a região de gás sem atravessar a fronteira que representa a transição de fases, isto é, a mudança ocorre continuamente, sem a identificação de duas fases coexistindo. Propriedades intermediárias entre líquidoe gás - Densidade típica de líquido - Propriedades relacionadas ao transporte (difusão e viscosidade) típicas de gás Aplicações Industriais: - Extração de produtos naturais - Extração de corantes - Descafeinização - Substituição de processos de destilação - Remoção de solvente residual de polímeros Mais utilizado como fluído supercrítico é o CO2 Continuidade dos Estados - Inicialmente em “A” a substância está em estado gasoso. Mantendo V constante e aquecendo o vapor, a P aumenta até atingir o ponto G, acima da Tc. Então substância é resfriada a P cte, até atingir o ponto F. - No ponto F a substância existe na forma líquida, mas em nenhum ponto desse caminho as duas fases coexistiram, isto é, houve a passagem de GásLíq sem passar pela região de duas fases. - O ponto F poderia representar um estado gasoso altamente comprimido, ou seja, a distinção entre líq e gás nem sempre é clara. O fato de nem sempre ser possível distinguir entre um líquido e um gás é o: “Princípio de Continuidade dos Estados” Estado Crítico: À medida que T aumenta, a região de duas fases diminui até chegar em um ponto: Tc, Pc e Vc onde gás e líq coexistem em equilíbrio. (ponto de inflexão) Condições analíticas p/: Ponto de Inflexão: (Ponto Crítico) De acordo com a equação de van der Waals, as duas equações seguintes devem ser obedecidas, simultaneamente no ponto crítico (T = Tc, V = Vc, P = Pc). Resolvendo para o ponto crítico, dividindo (1) por (2): Usando as equações podemos encontrar a, b e R: Equação de Van-der-Waals V c é difícil de determinar exp. com precisão. Determina-se: Resultados discordam dos experimentais, pois a eq. van der Waals falha próximo ao ponto crítico. E calcula-se Outras Equações de Estado Melhor exatidão no comportamento dos gases, especialmente a ELEVADAS PRESSÕES ou perto das TEMPERATURAS DE CONDENSAÇÃO, deve-se usar expressões que possuam mais de dois parâmetros ajustáveis. Equação do virial pVm = RT (1 + B(T)/Vm + C(T)/Vm 2 + ....) Essas duas expressões são versões da equação do estado do virial. Os coeficientes B, C, etc. são os coeficientes do virial e são dependentes da natureza do gás e da temperatura. Outras Equações de Estado Exercícios 1- Um mol de CO2 , a 27,5 C ocupa 0,138 L. Se gás obedece a equação de van der Waals, qual é a pressão em atm. 2-Calcule a pressão exercida por 1,0 mol de H2S, comportando-se como : (a) um gás perfeito, (b) um gás de van der Waals, quando está confinado nas seguintes condições: (i) a 273,15 K em 22,4 L (ii) a 500 K em 150cm3. a= 4,484 atm L2 mol-2 ; b= 4,34x10-2 L.mol-1 3- A densidade do vapor de água a 327,6 atm e 776,4 K é 133 g dm-3. Determinar o volume molar (Vm) do vapor de água e o fator de compressibilidade, Z, a partir destes dados. 4- Um certo gás segue a equação de vc der Waals com a=0,50 m6 Pa mol-2. O seu volume é 5,00x10-4 m3mol-1, a 273 K e 3,0 MPa. Com estas informações, calcule a constante b de van der Waals. Qual o fator de compressibilidade do gás nessas condições de temperatura e pressão? 5- Um gás a 350 K e 12 atm tem o volume molar 12% maior do que o calculado pela lei dos gases perfeitos. Calcule (a) o fator de compressibilidade nestas condições e (b) o volume molar do gás. Que forças são dominantes no gás, as atrativas ou repulsivas? 6- Calcule a massa de vapor de água presente numa sala 400 m3, com ar a 27 °C, num dia em que a umidade relativa é 60 %.
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