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Disciplina :RELACIONAMENTO E COMUNICAÇÃO EM ENFERMAGEM 7°semestre – noturno DOCENTE : Enf° Camila sarmento Discentes: Jaqueline gomes Lívia lazara Natali costa Suellen correia Vanice venas COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA: Desafios a comunicação terapêutica INTRODUÇÃO Comunicação é um instrumento básico do cuidado em enfermagem. Ela está presente em todas as ações realizadas com o paciente, seja para orientar, informar, apoiar, confortar ou atender suas necessidades básicas. Como instrumento, a comunicação é uma das ferramentas que o enfermeiro utiliza para desenvolver e aperfeiçoar o saber-fazer profissional. O papel do enfermeiro não se restringe a executar técnicas ou procedimentos e sim propor uma ação de cuidados abrangente, que implica, entre outros aspectos, desenvolver a habilidade de comunicação. Deste modo, o uso da comunicação como instrumento básico do enfermeiro é um meio utilizado para atender as necessidades do paciente. Neste trabalho, vamos refletir sobre a comunicação e o relacionamento terapêutico, as estratégias adotadas na comunicação terapêutica, assim como suas dificuldades. Comunicação terapêutica A comunicação é um instrumento básico para o relacionamento terapêutico e o cuidado de enfermagem, uma vez que o compartilhamento de mensagens entre enfermeiro e cliente contribui para a promoção e a recuperação da saúde e para o bem -estar do cliente. Comunicação terapêutica [...] comunicação terapêutica é a competência profissional de saúde em usar seu conhecimento sobre comunicação humana para ajudar o outro a descobrir e utilizar sua capacidade e seu potencial para solucionar conflitos, reconhecer as limitações pessoais, ajustar -se ao que não pode ser mudado e enfrentar os desafios à auto-realização, procurando aprender a viver da forma mais saudável possível, tendo como meta encontrar um sentido para viver com a maior autonomia possível. ‘Segundo Stefanelli’ Estratégias de comunicação terapêutica O enfermeiro e sua equipe prestam assistência ininterrupta a seu cliente.Essa interação constante se revela mais frequente do que a desenvolvida pelos demais profissionais de saúde. Essa característica aumenta a necessidade de o enfermeiro dar atenção ao emprego de técnicas de comunicação terapêutica. Stefanelli divide as estratégias de comunicação terapêutica em três grupos: de expressão, de clarificação e de validação. Estratégias de comunicação terapêutica Grupo de expressão As técnicas de expressão são as mais utilizadas no início do relacionamento terapêutico entre enfermeiro e cliente ,nesse grupo encontram se as seguintes técnicas: Ouvir reflexivamente – escuta sensível Usar terapeuticamente o silêncio Verbalizar aceitação Verbalizar interesse Verbalizar dúvidas Estratégias de comunicação terapêutica Grupo de expressão Usar frases em aberto ou reticentes Repetir as últimas palavras ditas pelo cliente Fazer perguntas Devolver a pergunta feita Usar frases descritivas Manter em foco a idéia principal Permitir ao cliente que escolha o assunto Estratégias de comunicação terapêutica Grupo de expressão Dizer não Estimular expressão de sentimentos que não se manifestam claramente Usar terapeuticamente o humor Estratégias de comunicação terapêutica Grupo de clarificação As técnicas de clarificação reforçam ou desmentem a percepção inicial do profissional. Deve se : Estimular comparações Solicitar que esclareça termos incomuns Solicitar ao cliente que esclareça o agente de ação Descrever os eventos em sequência lógica Estratégias de comunicação terapêutica Grupo de validação As técnicas de validação possibilitam ao enfermeiro interpretar se a mensagem tem o mesmo significado para ambos ou se são relevantes para o cuidado. Repetir a mensagem do cliente Pedir ao cliente para repetir o que foi dito Resumir ou recapitular o conteúdo da interação Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Mesmo que o enfermeiro esteja sensível ao uso da comunicação terapêutica, é importante lembrar que a comunicação é um processo dinâmico e interativo, por isso, é comum nos perguntarmos por que agimos de determinada forma que consideramos, muitas vezes, ineficaz ou até mesmo errada. Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Existem condições que se constituem limites para sua aplicabilidade, sendo, portanto, apropriado chamá -las de dificuldades, ou desafios, uma vez que devemos estar atentos e dispostos para superar tais obstáculos. Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Limitação do emissor ou receptor A assistência de enfermagem a pessoas portadoras de deficiência auditiva e/ ou visual e a idosos exige atenção especial, pois a alteração da acuidade visual ou auditiva são duas limitações que comprometem a comunicação terapêutica. Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Falta de capacidade de concentração da atenção A capacidade de concentração da atenção varia de pessoa para pessoa e está relacionada a problemas orgânicos ,condições ambientais e desconhecimento de termos utilizados. Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Pressuposição da compreensão da mensagem Quando o enfermeiro transmite informações ao cliente é comum que ele tenha como base seu próprio conhecimento. Desse modo, o profissional deve estar atento ao nível de compreensão do cliente que, muitas vezes, oprimido pelo medo e pela submissão imposta pelo sistema de saúde, não manifesta o não entendimento ao que está sendo dito Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Imposição de esquema de valores A cultura de um povo determina crenças, valores, atitudes e padrões de comportamento de cada um dos seus integrantes. Enfermeiro e cliente, naturalmente, têm valores diferentes, por isso, esse profissional deve tomar cuidado para não impor seus próprios valores. Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Ausência de linguajar comum A falta de um linguajar comum altera o significado da mensagem e, por consequência, prejudica a comunicação, elemento essencial para elaboração do histórico e do diagnóstico de enfermagem. Por isso, o enfermeiro precisa procurar alternativas para compreender o cliente e se fazer entender por ele. Dificuldades para o uso da comunicação terapêutica Influência de mecanismos inconscientes Os seres humanos defendem -se inconscientemente de sentimentos negativos vivenciados em uma situação perturbadora. Podem fazê -lo negando ou distorcendo a realidade para enganar a si mesmo. Esses mecanismos são usados para proteger sua autoimagem, o que é bastante comum. Na condição de seres humanos, enfermeiros e clientes têm necessidade de uma autoimagem positiva, de terem seu comportamento aprovado e justificá- -lo quando necessário. Comunicação não terapêutica Não saber ouvir Dar conselhos Usar jargões técnicos ou linguagem científica Falsa tranquilização Julgar um comportamento Induzir respostas Manter -se na defensiva Pôr o cliente à prova Mudar de assunto subitamente Comunicar -se unidirecionalmente CONCLUSÃO Com este trabalho entendemos que a comunicação não é simplesmente uma troca de mensagens entre a enfermeira e o paciente, mas é uma ação que deve ser planejada e individualizada, não sendo realizada somente por impulsos e de forma intuitiva. Podemos lançar mão de diversos guias e técnicas que podem ser utilizados para tornar terapêutica essa comunicação. Tais técnicas de comunicação terapêutica não existem para serem usadas mecanicamente, devem ser associadas a todas as demais ações de enfermagem, são instrumentos que contribuem para a excelência da assistência, permitindo o desenvolvimento de um relacionamento terapêutico. Assim o cuidado de enfermagem que está pautado nesses princípios defende o reconhecimento do ser humano como um importantepromotor de sua saúde e estimula o desenvolvimento de habilidades que fazem dele protagonista do seu cuidado entre enfermeiro e cliente. REFERÊNCIAS Pontes, A. C., Leitão, I. M., & Ramos, I. C. (2007). Comunicação terapêutica em Enfermagem: instrumento essencial do cuidado Comunicação terapêutica em Enfermagem: instrumento essencial do cuidado. Revista Brasileira de Enfermagem , 7. Relacionamento e comunicação em enfermagem / Andrea Damiana da Silva Elias ; Miriam Garcia Leoni; Renata Jabour Saraiva; Rosiela Alves de Sousa; Zilma Denize Xavier. Rio de Janeiro : SESES, 2016. Google imagens
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