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Noções Prévias de Fiscalização de Projetos e Obras 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 1 Ao final deste tópico, o aluno será capaz de: Relacionar qual é a legislação vinculada aos processos licitatórios, aos contratos e à fiscalização; Perceber a importância de cada uma das leis aplicadas aos temas. Seja bem-vindo ao curso de Fiscalização de Projetos e Obras de Engenharia! Durante o seu desenvolvimento, você terá contato com vários temas relacionados a essas duas importantes ações do servidor público que atua na área. Com o objetivo de encaminhar as atividades do curso de maneira didática, iniciaremos, neste Módulo 1, com a apresentação e a introdução de alguns conceitos importantes. Certamente, prezado(a) aluno(a), muitos dos conceitos que serão aqui desenvolvidos já são do seu conhecimento, ou mesmo domínio. Outros, no entanto, podem ser novos, e serão aqui apresentados. Para que possamos atender inclusive aqueles alunos que não têm conhecimento aprofundado no tema, essa ação de apresentação dos conceitos ganha grande importância e será constaFnte até o final do curso. Assim, desejamos a você uma excelente experiência, e que comecemos os trabalhos! No âmbito da Administração Pública, as atividades de fiscalização de projetos e obras apresentam uma particularidade, se considerarmos o desempenho dessas mesmas atividades no âmbito da iniciativa privada. Trata-se da preparação da contratação, amparada em normativas legais específicas, e o seu resultado com a publicação de um edital. Compare e veja que na esfera pública as contratações são muito mais demoradas do que aquelas da iniciativa privada. O edital, como peça fundamental para as contratações de projetos e obras, é o instrumento que norteará a relação entre a Administração Pública e a proponente (dos serviços), e dele fará parte a minuta do contrato, como um dos seus anexos, quando das modalidades de licitação Concorrência e Tomada de Preços, ou Dispensa de Licitação e Inexigibilidade (BRASIL, 1993, arts. 40 e 62)1. O regime jurídico para tais contratos, conforme a Lei n° 8.666/1993, confere à Administração Pública a prerrogativa de modificá-los unilateralmente para a melhor adequação às finalidades do interesse público, respeitados os direitos do contratado. Para as demais modalidades, o contrato é facultativo, podendo ser substituído por carta- contrato, nota de empenho de despesa ou ainda ordem de execução de serviço. É muito importante que os profissionais que atuam nessas áreas detenham um conhecimento básico de legislação relativa à elaboração de editais. A preparação desse instrumento convocatório deve obedecer às inúmeras normativas, muitas em constante atualização, devendo a sua redação ser correta e atualizada, visto que esse será o principal documento da relação contratante/contratado, servindo de referência legal durante todo o período da contratação. O edital, como é o principal elemento que solucionará impasses e esclarecerá dúvidas, se incorreto, perderá o seu propósito, inclusive dando oportunidade para contestações judiciais, caso não esteja bem elaborado ou redigido de forma clara, coesa e obedecendo fielmente à legislação vigente. 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 2 Recentemente, a Instrução Normativa (IN) n° 05, de 25 de maio de 2017, da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (Seges/MP), determinou a obrigatoriedade do gerenciamento de riscos para as contratações públicas, com a elaboração de mapas de riscos, juntados aos autos dos processos em algumas etapas da licitação, entre elas ao final da elaboração do Termo de Referência ou Projeto Básico.2 Já a Portaria n° 389, de 23 de agosto de 2017, do Ministério da Fazenda (MF), determina que devam ser adotadas as minutas padronizadas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) na elaboração de instrumentos de contratação pública de serviços, como projetos ou execução de obras pelos órgãos do MF. Essa determinação foi acatada com a edição da Portaria da Receita Federal do Brasil (RFB) nº 2.363, de 6 de julho de 2017. Outro aspecto importante é a observação ao Decreto nº 7.746, de 5 de junho de 2012, que regulamenta o art. 3° da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer critérios, práticas e diretrizes para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável nas contratações realizadas pela Administração Pública Federal, e institui a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública (Cisap), e ao Decreto nº 9.178, de 23 de outubro de 2017, que o atualiza. Complementa o mesmo tema a IN da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SLTI/MP) nº 01, de 19 de janeiro de 2010, que dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências. A Lei nº 8.666/1993 determina os elementos mínimos necessários à composição de um edital. No seu art. 40 estão as principais exigências para a sua elaboração: Preste muita atenção nos três pontos desse artigo (acima em negrito), os quais devem ter a sua total atenção como fiscal do contrato. O primeiro refere-se à previsão legal de que seja parte integrante do edital ao menos o Projeto Básico do objeto (no caso em estudo, obras ou serviços de engenharia), com a relação completa dos seus elementos (pranchas de desenho, especificações técnicas e tantos outros elementos necessários ao entendimento do objeto). Você encontrará um estudo mais aprofundado dessa relação no tópico 1.1.2 e no Módulo 2. O segundo ponto refere-se à necessidade de que conste do edital o orçamento estimado em planilhas de quantitativos e custos unitários. Este orçamento é uma responsabilidade da Administração, e servirá como uma referência para o preço de venda que se deseja para o objeto a ser contratado. Isso não impede, no entanto, que as licitantes apresentem valores diferentes para os custos unitários em relação àqueles demonstrados na planilha referencial da Administração, advindos de sistemas de custos de referência. Essa possibilidade deve respeitar, porém, regras definidas nos diversos Acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o tema e determinações que constarão do próprio edital. O preço global da etapa não deverá ser excedido, ainda que os seu custos unitários formadores sejam distribuídos de forma diferente, ou que sejam diferentes daqueles obtidos a partir dos sistemas de custos de referência previstos no Decreto nº 7.983/2013, assunto que estudaremos no Módulo 3. 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 3 O terceiro ponto refere-se à inclusão, nesse artigo, da obrigatoriedade de que conste no edital a minuta do contrato. Essa determinação advém do fato de que os contratos administrativos são contratos de adesão, já que as suas cláusulas são estabelecidas unilateralmente pela Administração. O licitante (ou contratado), ao participar da licitação, demonstra aceitar as condições do contrato, cuja minuta estará anexa ao edital. Esse simples comando legal servirá de base de argumentação em eventuais discussões futuras acercas das obrigações e dos direitos do contratado, assunto ao qual nos dedicaremos no Módulo 4. Já o art. 41 da Lei nº 8.666/1993 define que o edital é peçarégia quando da licitação e contratação dos serviços, ou seja, ele é a lei interna da licitação, documento que servirá ao esclarecimento para quaisquer controvérsias que venham a ocorrer durante o período do contrato e ao qual a Administração está vinculada: “Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada” (BRASIL, 1993). A elaboração de editais, considerando-se todos os quesitos já discutidos até aqui, é tarefa complexa e que requer dedicação do agente público. Por tal razão, é imprescindível a sua capacitação no seu desenvolvimento. Soma-se a isso o fato de que há constantes atualizações na legislação afeta ao tema, que muitas vezes corrigem ou alteram preceitos anteriormente adotados, seja pela edição de novas leis, seja por jurisprudência dos Tribunais Superiores ou outros órgãos de controle. Sendo o edital a peça fundamental na relação contratual entre a Administração Pública e o contratado, dele faz parte a minuta do contrato de prestação de serviços, conforme disposto no art. 40, inciso XVII, parágrafo 2º, item III da Lei nº 8.666/1993. Contudo, uma análise detalhada da Gestão por Competências da RFB (no caso dos servidores desse órgão), apresentada na forma de uma Cadeia de Valor, por meio do Mapa Estratégico da instituição, informa quais são as competências que se espera do servidor, em níveis fundamental, gerencial (quando servidor ocupante de cargos de chefia) e específico. A Gestão por Competências da RFB está vinculada à Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal da Administração Pública Federal (PNDP), que foi instituída pelo Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, sendo o referencial para a política de capacitação do servidor. 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 4 Dentro das competências individuais específicas necessárias ao servidor, estruturadas de acordo com os processos de trabalho que compõem a Cadeia de Valor da RFB, aquelas aplicadas aos servidores arquitetos, engenheiros, ou demais servidores que atuam na Fiscalização de Projetos e Obras, são as relacionadas ao macroprocesso “Gestão de Materiais e Logística”, processo de trabalho “Gerir Imóveis e Obras” (Portaria RFB n° 38, de 11 de janeiro de 2016), e são as listadas a seguir: Manutenção da infraestrutura física da RFB – gerir a infraestrutura física da RFB, mantendo a adequação dos imóveis aos padrões técnicos e à imagem institucional, de forma a conferir funcionalidade e segurança à consecução das atividades-fim; Adequação da infraestrutura física – adequar a infraestrutura física da RFB, de acordo com os padrões técnicos e a imagem institucional, propiciando um ambiente seguro e saudável aos servidores no desempenho de suas atividades; Contratação de projetos, obras e serviços de engenharia – gerir os procedimentos necessários à contratação de projetos, obras e serviços de engenharia, inclusive orçamentos, tendo em vista a gestão efetiva dos recursos disponíveis e o desempenho das atividades-fim; Fiscalização de projetos, obras e serviços de engenharia – fiscalizar minuciosamente a execução dos contratos e a realização de projetos, obras e serviços de engenharia, primando pelo pleno cumprimento da especificação do objeto, das obrigações do contratado e das orientações dos órgãos de controle e fiscalização. Perceba que, das competências elencadas, os dois itens marcados devem ser observados com muito cuidado, pois invocam grande responsabilidade do agente público. Ambos tratam da responsabilidade subsidiária que está vinculada ao servidor quando nomeado fiscal do contrato, na figura de especialista (engenheiro ou arquiteto), e que será novamente tratada nos Módulos 2 e 4. O primeiro está diretamente ligado à qualidade e à segurança do ambiente construído. O segundo, à observância das determinações e jurisprudência dos órgãos de controle. Note que a qualidade e a segurança do ambiente construído referem-se ao cuidado de se prever instalações que atendam às normas técnicas ou normas legais intrinsicamente vinculadas ao desempenho, à funcionalidade, ao conforto, à acessibilidade e à segurança. Como exemplo, podemos citar a necessária observação à legislação ambiental ou à legislação de incêndio. Nesse aspecto, o fiscal do contrato com formação técnica é solidariamente responsável, caso não sejam cumpridas as normativas técnicas ou legais que são vinculadas à construção, inclusive podendo vir a ser responsabilizado civil e criminalmente nesses casos. Em relação aos órgãos superiores de controle, a não observância das suas normativas legais (acórdãos ou outras jurisprudências), por parte do fiscal do contrato, poderá implicar a sua responsabilização, inclusive prevendo sanções. Dessa forma, é de vital importância que o fiscal proceda com todo o rigor na atuação da sua fiscalização, devendo sempre fazer constar nos autos do processo administrativo do contrato todos os seus atos relativos a tais quesitos, como exigências da observância de tais normas e, o mais importante, o seu cumprimento. 1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua elaboração – Parte 1 Ao final deste tópico, o aluno será capaz de: Identificar o conceito de Termo de Referência, como apresentado na legislação, e a sua elaboração de forma eficiente. Conforme orientações do TCU, o Termo de Referência é o documento que definirá o escopo do objeto do contrato quando da licitação na modalidade pregão, regida pela Lei nº 10.520/2002, incluindo os serviços comuns de engenharia. Nas modalidades definidas pela Lei nº 8.666/1993, para a licitação de obras, tal documento é o Projeto Básico, previsto no item I, parágrafo 2°, inciso XVII, do art. 40. Constitui-se em importante etapa que antecede o Projeto Básico, a elaboração de estudo técnico preliminar ou anteprojeto, previstos no art. 6º da Lei nº 8.666/1993: Pereira Jr. (2012) ensina3: "Durante o estudo preliminar, avaliam-se questões que possibilitarão a elaboração de anteprojeto em conformidade com as necessidades administrativas e as características do objeto a licitar, ou a contratar de forma direta. Tal estudo leva em conta aspectos como: a) adequação técnica; b) funcionalidade; c) requisitos ambientais; d) adequação às normas vigentes (requisitos de limites e áreas de ocupação, normas de urbanização, leis de proteção ambiental etc.); e) possível movimento de terra decorrente da implantação, necessidade de estabilizar taludes, construir muros de arrimo ou fundações especiais; f) processo construtivo a ser empregado; g) possibilidade de racionalização do processo construtivo; h) existência de fornecedores que deem respostas às soluções sob consideração; i) estimativa preliminar de custo e viabilidade econômico- financeira do objeto (PEREIRA JR., 2012)." Já para a contratação de serviço de elaboração do Projeto Básico da obra ou edificação, farão parte de anexo do edital as diretrizes e especificações técnicas do projeto pretendido, em que estarão descritos todos os requisitos (técnicos, de prazos etc.) que deverão ser atendidos. Essas diretrizes devem ser dadas por profissional habilitado, do próprio quadro da Administração, ou contratado para tal, e serão abordadas no Módulo 2. 1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua elaboração – Parte 2 Para a contratação de serviços de execução de obras, nos quais já se tenha o Projeto Básico, estarão descritas em anexo ao edital as diretrizes para aelaboração do Projeto Executivo concomitante à obra (previsão dada pelo art. 7º, parágrafo 1º, da Lei nº 8.666/1993), e as providências que se espera da contratada quando da sua execução. Obviamente, não será descrito nesta peça todo o roteiro técnico para a execução da edificação ou obra viária ou de infraestrutura, visto que isso é tema do projeto de construção civil (documentos técnicos) que dela fará parte. Nas diretrizes para a elaboração do Projeto Executivo, complementar ao Projeto Básico, estarão descritos os elementos que devem ser entregues à Administração quando da execução ou finalização da obra (além do Projeto Executivo, os laudos, o “as built” etc.), e as providências que devem ser tomadas pela contratada para a execução do objeto (observância às normativas de sustentabilidade, à legislação ambiental, ao cronograma de etapas, aos prazos etc.). O Termo de Referência, ou Projeto Básico, deve apresentar os seguintes itens: a) Justificativa no que se refere à alternativa escolhida, notadamente quanto à viabilidade técnica, econômica e ambiental do serviço; b) Fornecimento de uma visão global do serviço e identificação de seus elementos constituintes de forma precisa; c) Especificação do desempenho esperado; d) Demonstração de que estão sendo adotadas soluções técnicas, quer para o conjunto, quer para suas partes, amparada por memórias de cálculo e de acordo com critérios de projeto previamente estabelecidos, de modo a evitar e/ou minimizar reformulações e/ou ajustes acentuados, durante a fase de execução; e) Identificação e especificações dos tipos de serviços a serem executados, dos materiais e dos equipamentos a serem incorporados; f) Definição das quantidades e dos custos dos serviços e fornecimentos com precisão compatível com o tipo e o porte do objeto, de forma a ensejar a determinação do custo global; O detalhamento de todos os serviços da planilha orçamentária tanto motiva o preço referencial proposto, como dá maior condição ao particular de melhor oferecer a sua proposta, ao conhecer todas as nuanças da contratação. Além da necessária publicidade e motivação do referencial de preços utilizado, tal medida instiga a competitividade e contribui para a economicidade do certame, uma vez que, ao melhor conhecer o objeto, em tese, embutem-se menos riscos na contratação. O particular, igualmente, deve apresentar o detalhamento de seus preços. Não se destina desclassificar concorrente por sobrestimativa de eventual insumo, posto que tal rigorismo em nada contribuiria para a obtenção da "melhor proposta". A demonstração objetiva de todos os custos do empreendimento subsidia a Administração em eventuais análises de exequibilidade da oferta. Também evita a ocorrência de duplicidade de encargos dispostos no orçamento e serve de lastro probatório para o discernimento de futuros pleitos de reequilíbrio econômico-financeiro (CAMPELO; CAVALCANTE, 2014, p. 119).4 Destaca-se, dessa doutrina, a característica meramente referencial do orçamento da Administração. Enquanto esse é necessário e obrigatório, conforme o Decreto nº 7.983/2013, o orçamento da licitante é de sua responsabilidade, devendo esta produzi-lo conforme a sua técnica adotada, seus procedimentos construtivos ou de projetos e o seu enquadramento tributário, sempre observando os limites e as regras dados no próprio decreto. Por certo essa condição remete àquela licitante toda e qualquer assunção de responsabilidade pelos serviços que serão prestados, pelo preço ofertado e pela distribuição dos seus custos, inclusive para a eventual celebração de aditivos ao contrato, conforme será estudado no Módulo 3. 1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua elaboração – Parte 3 1. As regras sobre como serão realizadas as medições, a exemplo de pagamentos após cada etapa conclusa do empreendimento ou de acordo com o cronograma físico- financeiro da obra, em atendimento ao que dispõe o art. 40, inciso XIV, da Lei nº 8.666/1993 (Acórdão nº 1.977/2013 – Plenário, TCU); 2. Fornecimento de subsídios suficientes para a montagem do plano de gestão do serviço; 3. Detalhamento dos programas ambientais, compatível com o porte do serviço; 4. Observância das normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de modo a abranger todos os materiais, equipamentos e serviços previstos no projeto; 5. Se a referência de marca ou modelo for indispensável para a perfeita caracterização do componente do serviço, a especificação deverá indicar as expressões “ou similar”, “ou equivalente” ou “de melhor qualidade”, definindo-se com clareza e precisão as características e o desempenho técnico requerido pelo projeto, de modo a permitir a verificação e a comprovação da equivalência com outros modelos e fabricantes; 6. As especificações técnicas deverão considerar as condições locais em relação ao clima e às técnicas a serem utilizadas; 7. As especificações de componentes conectados a redes de utilidade pública deverão adotar, rigorosamente, os padrões das concessionárias; 8. As especificações serão elaboradas visando equilibrar economia e desempenho técnico, considerando custos de fornecimento e de manutenção, porém sem prejuízo da vida útil do componente utilizado; 9. Características e condições do local de execução dos serviços, bem como de seu impacto ambiental, se houver, considerando-se os seguintes requisitos: segurança, funcionalidade e adequação ao interesse público, possibilidade de emprego de mão de obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, de modo a diminuir os custos de transporte, facilidade e economia na execução, na conservação e na operação, sem prejuízo da durabilidade do serviço, adoção das normas técnicas de saúde e de segurança do trabalho adequadas e infraestrutura de acesso; 10. Observância de critérios e parâmetros técnicos prescritos na norma NBR 9050/2015, relacionados à acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida (Acórdão nº 853/2013 – Plenário, TCU); 11. Catálogo de projetos que devem ser elaborados pela contratada, durante a execução do serviço, retratando a forma exata como foi cumprido o objeto contratado (“as built”); 12. A indicação de leis, decretos, regulamentos, portarias e demais atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais, bem como normas técnicas aplicáveis ao objeto. A expressão “pessoas portadoras de deficiência” , constante no item "p" da infografia acima, atualmente está em desuso. O item apresenta o texto da lei. Essa expressão e as expressões correlatas “pessoa com necessidades especiais” e “pessoa deficiente” não têm mais sido aceitas desde a assinatura, pelo Brasil, do Tratado Internacional dos Direitos Humanos na Convenção de Nova Iorque sobre os direitos das pessoas com deficiência, em 2007, e da edição do Estatuto da Pessoa com Deficiência, em 2015. Isso decorre do fato que a primeira expressão, ao transmitir a ideia de portabilidade, pode levar à conclusão de que se pode abrir mão da deficiência, configurando um eufemismo. Igualmente, a segunda e terceira expressões, equivocadamente, transmitem a ideia de redução da capacidade das pessoas com deficiência. A deficiência se manifesta na relação com o meio externo, mas jamais limita as habilidades das pessoas no desempenho de competências ordinárias. O Termo de Referência ou Projeto Básico contemplará ainda: a) Cronograma físico-financeiro; O cronograma físico-financeiro integra, obrigatoriamente, o edital, como item ou anexo deste.Seu objetivo é o de prever desembolsos no decorrer do tempo de execução proposto pelo Projeto Básico. O pagamento corresponderá à efetiva contraprestação da execução da obra ou da prestação de serviço, em conformidade com as etapas fixadas no cronograma físico e de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros, vedada a antecipação de pagamento à contratada. A Lei nº 8.666, de 1993, menciona esse relevante instrumento de controle de execução e de pagamento em serviços de engenharia em mais de uma de suas disposições, a saber: art. 7º, parágrafo 2º, inciso III; art. 40, inciso XIV, alínea “b”; art. 65, inciso II, alínea “c”. Estende-se ao serviço de engenharia o disposto no art. 12 do Decreto nº 7.983, de 2013, o qual estabelece que a minuta de contrato deva conter cronograma físico-financeiro com a especificação física completa das etapas necessárias à medição, ao monitoramento e ao controle das obras. b) Realização de vistoria (se obrigatória ou facultativa); c) Data de início das etapas de execução, conclusão e entrega do objeto; A autoridade sempre deve atentar-se para que a soma dos prazos de execução, de medição, de fiscalização e para realização de correções na obra não ultrapasse o prazo de vigência contratual. d) Condições para o recebimento do serviço, recebimento provisório e definitivo; e) Critério de aceitação do objeto e prazo para correções/substituições, quando em desacordo com as especificações exigidas; f) Obrigações da contratada e da contratante; g) Procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato; h) Subcontratação (possibilidade ou não); i) Projeto Executivo. 1.3. Fiscal de contrato e o profissional habilitado: quais as diferenças entre um e outro? – Parte 1 Ao final deste tópico, o aluno será capaz de: Identificar os limites de atuação e as responsabilidades legais dos diferentes tipos de profissionais; Reconhecer por que o profissional habilitado é importante para a contratante; Reconhecer quais as vantagens de possuir o profissional habilitado no quadro do órgão. Na esfera pública, a contratação de serviços de engenharia e arquitetura comumente se dá por necessidade da manutenção ou ampliação das suas instalações, como atividade não finalística, salvo em alguns poucos casos, em que a atividade-fim do órgão público seja a construção ou a edificação. No entanto, uma das prerrogativas da Administração Pública é a gestão de contratos geridos por suas seções de licitação. Nas seções de licitação, invariavelmente estão alocados servidores do órgão que apresentam experiência na gestão de contratos e certames licitatórios, mas que normalmente são servidores com pouca ou nenhuma experiência na contratação de serviços específicos de engenharia e arquitetura. Salvo se o órgão dispor de seções especializadas nessas áreas, tais processos licitatórios são conduzidos pelas seções de licitação, que não raras as vezes têm pouca familiaridade para conduzir temas tão específicos. Para essa situação, a Lei n° 8.666/1993 prevê, no seu art. 67, a possibilidade de assessoramento técnico especializado: “Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição” (BRASIL, 1993). No caso da RFB, há orientação no mesmo sentido, dada na Portaria RFB/Sucor/Copol nº 566, de 30 de novembro de 2011: Art. 20. Caso seja necessário, a autoridade competente, mediante justificativa fundamentada, poderá autorizar a contratação de profissional, empresa ou escritório técnico, especializados, para assessorar o representante da Administração, assistindo-o e subsidiando-o com informações pertinentes a sua atribuição (BRASIL, 2011).5 1.3. Fiscal de contrato e o profissional habilitado: quais as diferenças entre um e outro? – Parte 2 Da análise da legislação citada é possível identificar a diferença entre o servidor fiscal de contrato e o servidor profissional habilitado na área de engenharia ou arquitetura. O servidor fiscal de contrato, embora com experiência na sua gestão, não tem a experiência nas áreas específicas, salvo se habilitado. Já o profissional habilitado em engenharia ou arquitetura detém o conhecimento técnico específico. Como a realidade da maior parte dos órgãos da Administração Pública é ter as atividades de engenharia e arquitetura como áreas-meio – e não finalísticas –, é natural que nos seus quadros não estejam presentes tais profissionais. Por conta disso, a legislação traz explicitamente a possibilidade da contratação desses, como assessoria, conforme já mencionado, pelos comandos da Lei nº 8.666/1993, e, no caso da RFB, da Portaria RFB/Sucor/Copol nº 566, de 30 de novembro de 2011. A presença desses profissionais nos quadros dos órgãos da Administração Pública, cujas áreas de atuação finalística não sejam a arquitetura e a engenharia, é, no entanto, recomendável. Isso se deve ao fato de que somente tais profissionais têm condições técnicas de contratar, fiscalizar e receber serviços de projetos e obras e, muito embora se possa dizer que essas atividades possam ser contratadas, na forma de assessoramento, a vantagem de o órgão ter servidores nessas especialidades é muito grande. A razão é simples: profissionais engenheiros ou arquitetos nos seus quadros, atuando nas áreas específicas, trazem segurança técnica mesmo quando tais atividades são contratadas na forma de assessoramento ou terceirizadas, visto que os servidores do quadro poderiam atuar como revisores. Os servidores do órgão, desempenhando a atividade de revisão, possibilitam a análise isenta dos serviços propostos por empresas contratadas (tanto projeto quanto obra), ou ainda a complementação e a convalidação do trabalho desenvolvido por empresas de assessoramento. 1.4. Os conceitos específicos na área de fiscalização de projetos e obras – Parte 1 Ao final deste tópico, o aluno será capaz de: Identificar os principais conceitos vinculados aos temas. Nesta parte do Módulo 1, você será apresentado aos principais termos das áreas de arquitetura e engenharia, cuja conceituação é necessária para o desenvolvimento do trabalho do fiscal. Retomam-se, dessa forma, os conceitos de Projeto Básico, Projeto Executivo e “as built”, já mencionados neste módulo, e apresentam-se outros termos de igual importância. Os dois primeiros termos acima, especialmente, têm conceitos diferentes se tomados a partir da Lei nº 8.666/1993, das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das resoluções do sistema Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). A Lei nº 8.666/1993 assim define os conceitos de Projeto Básico e Projeto Executivo: IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantesdurante as fases de elaboração do Projeto Executivo e de realização das obras e montagem; c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados. X – Projeto Executivo – o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (BRASIL, 1993, grifo nosso). A ABNT NBR 16636-1:2017 – Elaboração e desenvolvimento de serviços técnicos especializados de projetos arquitetônicos e urbanísticos – Parte 1: Diretrizes e terminologia, por sua vez, traz os seguintes conceitos: 3.95 Projeto Executivo (PE) Etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas dos projetos arquitetônicos, urbanísticos e de seus elementos, instalações e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à execução dos serviços de obras correspondentes. 3.99 Projeto completo de edificação (PECE) Etapa dedicada à finalização da compatibilização dos Projetos Executivos, e ao detalhamento das definições construtivas que envolve o conjunto de desenhos, memoriais, memórias de cálculo e demais informações técnicas das especialidades totalmente compatibilizadas e aprovadas pelo cliente, e necessários à licitação, à contratação e à completa execução de obra de edificação (ABNT, 2017, grifo nosso).6 Já o Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), por meio da sua Orientação Técnica n° 01/2006, assim define Projeto Básico: Projeto Básico é o conjunto de desenhos, Memoriais Descritivos, especificações técnicas, orçamento, cronograma e demais elementos técnicos necessários e suficientes à precisa caracterização da obra a ser executada, atendendo às Normas Técnicas e à legislação vigente, elaborado com base em estudos anteriores que assegurem a viabilidade e o adequado tratamento ambiental do empreendimento. Deve estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos, todas as características, dimensões, especificações, e as quantidades de serviços e de materiais, custos e tempo necessários para execução da obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a elaboração do Projeto Executivo e realização das obras. Todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável o registro da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica, identificação do autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e documentos produzidos (IBRAOP, 2006).7 1.4. Os conceitos específicos na área de fiscalização de projetos e obras – Parte 2 E, por fim, o sistema Confea/Crea assim conceitua o termo “Projeto Executivo” na sua Decisão Normativa nº 106, de 17 de abril de 2015: “II – o Projeto Executivo, que consiste no conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra ou do serviço, conforme disciplinamento da Lei n° 8.666, de 1993, e das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT” (CONFEA, 2015).8 Perceba que a variação na conceituação dos termos “Projeto Básico” e “Projeto Executivo”, conforme a legislação ou normativa consultada – e também a adoção da Lei nº 8.666/1993 como referência principal aos atos licitatórios da Administração Pública – tem causado muita confusão nas licitações dos órgãos públicos, em relação àquilo que se exigirá das licitantes e àquilo que o contratado entenda devido. Se considerarmos ainda o “as built”, identificam-se três termos vinculados à documentação técnica que deve ser gerada por ocasião do desenvolvimento do projeto ou da execução da obra. Esse último, cujo conceito deriva da expressão da língua inglesa que significa “como construído”, trata tão somente do registro da solução técnica efetivamente executada na obra. Conforme o Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Arquitetura e Urbanismo – Indústria Imobiliária, da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), “as built” é o jogo completo do projeto arquitetônico e dos projetos das demais especialidades envolvidas, bem como dos pareceres de consultorias, contendo todas as anotações de ajustes e/ou alterações ocorridas, devidamente assinadas e assumidas pelos engenheiros e/ou arquitetos responsáveis pela obra, e será a base para a elaboração do Manual do Proprietário, obrigatório conforme a ABNT NBR 14037: 2011 – Versão Corrigida: 2014 – Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos. Esses conceitos devem ser parte integrante do instrumento convocatório com clara e precisa conceituação, devendo estar presentes no Termo de Referência ou Projeto Básico, anexo a esse. Além do conhecimento dos conceitos anteriores, é importante o fiscal de contrato conhecer também os conceitos de retrofit, compatibilização de projetos e etiquetagem das edificações, apresentados a seguir. Não se pretende encerrar este tema neste módulo. Outros conceitos, igualmente importantes, serão definidos e apresentados ao longo do curso, conforme a sua aplicação. Retrofit, conforme definido na IN nº 2, de 4 de junho de 2014, da SLTI/MP, é qualquer reforma que altere os sistemas de iluminação, condicionamento de ar ou envoltória da edificação. Segundo Qualharini (2004)9, retrofit “é processo de interferir em uma benfeitoria, que foi executada em padrões inadequados às necessidades atuais”. Assim, retrofit, em sua forma original, é qualquer tipo de reforma, a renovação completa de uma edificação, uma intervenção a um patrimônio, ou seja, colocar o velho em forma de novo, preservando seus valores estéticos e históricos originais, além de trabalhar com o conceito de sustentabilidade, na medida em que busca preservar os elementos que caracterizam a edificação ao invés de simplesmente descartá-los. Croitor (2009)10 define retrofit como a ação tomada quando há interesse do empreendedor pela substituição de sistemas prediais ineficientes e/ou inadequados, pela mudança de uso do imóvel ou, também, quando as edificações encontram-se inacabadas e abandonadas. A ABNT NBR 15575-1:2013 – Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais, define retrofit como “remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, através da incorporação de novas tecnologias e conceitos, normalmente visando à valorização do imóvel, mudança de uso, aumento de vida útil e eficiência operacional e energética” (ABNT, 2013, grifo nosso)11. Note que o retrofit não se limita apenas a dar uma cara nova ao edifício, como é comumente entendido, mas lhe conceder renovação, necessariamente elevando o seu desempenho. 1.4 Os conceitos específicos na área de fiscalização de projetos e obras – Parte 3 A compatibilização de projetos é a atividade de integrar os diferentes elementos do projeto, para que todos tragam as mesmas informações.A coordenação de projetos, em um nível mais aprofundado, busca a identificação de orientações conflitantes, que poderiam ordenar comandos contraditórios nas pranchas de desenho ou outros documentos dos diversos projetos envolvidos na concepção de um objeto. Assim, projetos elétricos, hidráulicos, estruturais e de arquitetura, por exemplo, devem trazer coerência nas informações, referenciando-se em uma mesma base (plantas baixas, cortes, fachadas e demais desenhos). Os trabalhos de compatibilização e coordenação dos projetos são complexos e com alto grau de dificuldade, devendo ser feitos por profissional especializado (arquiteto ou engenheiro), e requerem treinamento e experiência. Atualmente, esse trabalho vem sendo facilitado com o uso de ferramentas BIM (Building Information Modelling – ou Modelagem da Informação da Construção), tema que será tratado no Módulo 2. Por fim, a etiquetagem das edificações, que teve o seu início por meio da Lei nº 10.295, promulgada em 17 de outubro de 2001. Conhecida como Lei da Eficiência Energética, dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia e visa desenvolver, difundir e estimular a eficiência energética no país. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto nº 4.059, de 19 de dezembro de 2001, que determinou que: os níveis máximos de consumo de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no país, bem como as edificações construídas, serão estabelecidos com base em indicadores técnicos e regulamentação específica a ser fixada nos termos deste decreto, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia (BRASIL, 2001).12 Para tanto, por meio do decreto foi instituído, em 2003, o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), e, especificamente para edificações, o Grupo Técnico para Melhoria da Eficiência Energética nas Edificações no país (GT- Edificações), para regulamentar e elaborar procedimentos para avaliação da eficiência energética das edificações construídas no Brasil, visando ao uso racional da energia elétrica.13 A etiquetagem das edificações, no âmbito da Administração Pública Federal, é obrigatória para edificações novas ou que recebam retrofit, com área superior a 500 m² ou cujo valor da obra seja maior que o equivalente ao Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB Médio Brasil) aplicado a uma edificação de 500 m², conforme o art. 8º da IN nº 2, de 4 de junho de 2014, da SLTI/MP. Noções Prévias de Fiscalização de Projetos e Obras 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 1 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 2 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 3 1.1. Qual é o conhecimento básico necessário aos profissionais que atuam no preparo do instrumento convocatório, do contrato e na fiscalização? – Parte 4 1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua elaboração – Parte 1 1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua elaboração – Parte 2 1.2. O Termo de Referência (ou Projeto Básico, anexo ao edital): os cuidados na sua elaboração – Parte 3 1.3. Fiscal de contrato e o profissional habilitado: quais as diferenças entre um e outro? – Parte 1 1.3. Fiscal de contrato e o profissional habilitado: quais as diferenças entre um e outro? – Parte 2 1.4. Os conceitos específicos na área de fiscalização de projetos e obras – Parte 1 1.4. Os conceitos específicos na área de fiscalização de projetos e obras – Parte 2 1.4 Os conceitos específicos na área de fiscalização de projetos e obras – Parte 3
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